TESTE – Yamaha DBR

No dia 01/04/2015 realizamos o teste nas caixas Yamaha da linha DBR, no qual tratam-se de uma nova linha que a marca japonesa está comercializando no território nacional a alguns meses.

Antes de falar sobre o que ouvi, vamos descrever os 3 modelos testados:

DBR10

  • Caixa ativa de 2 vias, bi-amplificada, Bass-reflex
  • Componentes: Driver 1″ / 1″ – Ferrite // Falante de 10″ – Ferrite
  • cobertura: 90ºx60º
  • Potência: 700W pico (LF: 500 W, HF: 200 W) / contínuo: 325 W (LF: 260 W, HF: 65 W)
  • SPL Max: 129dB SPL
  • Processamento: D-CONTOUR: FOH / MAIN, MONITOR, OFF
  • Tensão de alimentação: 100 V, 100-120, 220-240 V, 110/127 / 220V (Brasil), 50 / 60Hz – Chaveada
  • Gabinete de Plastico, medidas: 30,8 x 49,3 x 28,9 cm, 10,5Kg

 

DBR12

  • Caixa ativa de 2 vias, bi-amplificada, Bass-reflex
  • Componentes: Driver 1.4″ / 1″ – Ferrite // Falante de 12″ – Ferrite
  • cobertura: 90ºx60º
  • Potência: 1000W pico (LF: 800 W, HF: 200 W) / contínuo: 465 W (LF: 400 W, HF: 65 W)
  • SPL Max: 131dB SPL
  • Processamento: D-CONTOUR: FOH / MAIN, MONITOR, OFF
  • Tensão de alimentação: 100 V, 100-120, 220-240 V, 110/127 / 220V (Brasil), 50 / 60Hz – Chaveada
  • Gabinete de Plastico, medidas: 37,6 x 60,1 x 34,8 cm, 15,8Kg

 

DBR15

  • Caixa ativa de 2 vias, bi-amplificada, Bass-reflex
  • Componentes: Driver 1.4″ / 1″ – Ferrite // Falante de 15″ – Ferrite
  • cobertura: 90ºx60º
  • Potência: 1000W pico (LF: 800 W, HF: 200 W) / contínuo: 465 W (LF: 400 W, HF: 65 W)
  • SPL Max: 132dB SPL
  • Processamento: D-CONTOUR: FOH / MAIN, MONITOR, OFF
  • Tensão de alimentação: 100 V, 100-120, 220-240 V, 110/127 / 220V (Brasil), 50 / 60Hz – Chaveada
  • Gabinete de Plastico, medidas: 45,5 x 70,0 x 37,8 cm, 19,3Kg

 

Os 3 modelos contam com 2 entradas sendo conector combo no input1 e conector combo + RCA (desbalanceado) no input2; possui também saída XLR com opção de saída apenas do input1 ou um mix dos 2 inputs.

O acabamento agrada, principalmente da menor – DBR10 – que além de leve é mais compacta do que as utilizadas no comparativo (ART 310a e HD10a, ambas da RCF).

 

O TESTE

Para o teste, utilizamos os seguintes equipamentos:

  • Mesa Allen & Heath ZED420
  • CD Player RCF MS-1033
  • Caixas Yamaha: DBR10, DBR12 e DBR15, além de uma DXR10
  • Caixas RCF: ART 310a MKiii, HD 10a, HD 32a, ART 725a e a pequena ART708
  • Microfone sem fio Audix W3OM5
  • Cabos e conectores Bespeco

As musicas foram do CD de testes da própria Yamaha, de estilos variados e com alta qualidade. Resumindo, mp3 não!rs

A realização dos testes foi feita de acordo com a categoria de cada caixa, no caso caixas com falantes de 10″ foram testadas com caixas de 10″, para não ter incoerência nos testes, apesar de testarmos a HD32a (12″) juntamente com as caixas de 15″.

Durante o teste levamos todas as caixas ao seu limite, nivelando o sinal de entrada para cada caixa, sempre respeitando o limiter. Basicamente, mandamos o sinal da mesa em 0dB e ajustamos no controle das caixas até o limiter acionar (piscar).

Inicialmente testamos a DBR10 com a ART310a, que foi no meu ponto de vista o teste mais legal, por tratar-se de um comparativo de uma caixa que muitos comentam no fórum contra uma concorrente direta, e o resultado no meu ponto de vista foi: muito parecidas em timbre! A RCF possui uma resposta no médio agudo um pouco mais forte, mais na cara eu diria, a DBR seria mais suave deixando destacar mais os graves. Quanto ao SPL, a sensação é de que os 127dB da ART310a são superiores aos 129dB da DBR, justamente por causa da “melhor” resposta das frequências altas.

Logo após testamos a DXR10 com a HD10, uma linha digamos “superior”, e o resultado foi o mesmo em meu ponto de vista, porém com maior equilíbrio no SPL, mesmo assim a sensação foi de que a RCF saia na frente.

Ao testarmos as caixas com falante de 12″, achei um pouco injusto o teste de comparação, pela RCF ser uma cx com falante de 12″ mas um driver de 3″, não trata-se de um comparativo correto, mas deixamos como referencial  apenas e nem comentarei as diferenças (fora que da pra comprar uma DBR12 e sobrar uma grana ainda com o valor de uma HD32a). A DBR12 se mostrou com graves bem mais equilibrados e destacados que a sua irmã menor e pelo ponto de cross entre driver e falante ser exatamente o mesmo (2,1KHz), a resposta também é bem parecida, mesmo o driver sendo maior. Se for utilizar com um sub creio que seja a caixa ideal entre os 3 modelos apresentados, não pela resposta nos médio graves apenas, e sim no maior SPL gerado.

Quanto ao teste na DBR15 foi o que mais agradou nos graves (lógico!!!rs), e o ponto de cross continua sendo o mesmo (2,1KHz), porém percebi uma maior diferença no processamento gerado pelo sistema FIR-X tuning™ (linear phase FIR filter), fazendo com que o som ficasse mais equilibrado do que na DBR12. Como fator de comparação, utilizamos a ART725a e a HD32a, porém não vou comentar as diferenças, mas basicamente a ART725a se saiu melhor tanto em todos os aspectos e a HD32a mostrou que o driver de 3″ fala muito (muito mais do que todas as outras caixas ali presentes!).

Todas as caixas da linha DBR possuem o sistema de processamento criado pela Yamaha chamado D-Contour, no qual controla o sinal de saída variando a curva de resposta para em todo tempo se ter a mesma resposta, um exemplo é que em algumas caixas quando se tem baixo volume se destaca mais os graves e quando se coloca em 100% o que se destaca é os agudos, e isto não ocorre com as DBR devido ao controle feito por este processamento, e vimos o sistema funcionando em todos os modelos apresentados, e gostei muito. Este processador ainda conta com 3 opções de instalação, FOH/MAIN. MONITOR e OFF, onde no primeiro setup (FOH) a caixa adota uma curva de resposta para um melhor rendimento dos graves e um pequeno up nas frequências altas, já o setup Monitor a caixa gera um corte nas baixas frequências, ideal para a utilização como um retorno de chão. E para os testes deixamos sempre no setup OFF, para não ter diferenças nas repostas. Posso dizer que neste aspecto a Yamaha se sobressai as RCF´s que tínhamos disponíveis pois não possuem diferenciação quanto ao controle de DSP, apenas um BOOST nos graves (logicamente que estou falando de recursos e não comparando o DSP e processamento interno).

Bom, o teste não tinha como intuito fazer comparações diretas de “qual é melhor”, e sim apenas um fator para se ter um norte para os que estavam presentes, e quanto ao desempenho das DBR eu gostei muito dos 3 modelos e reforço que a DBR10 foi a que mais me agradou das 3, bem equilibrada e pelos valores de mercado que pesquisei creio que seja uma opção excelente para as igrejas!

teste

Segue abaixo alguns comentários de usuários que estavam presentes durante o teste:

“Pelo que ouvi, a linha DBR tende a ser uma das melhores relações custo/benefício do mercado, ótimo rendimento e timbre agradável ”
Marcelo Cavic

“A Yamaha de 10 achei me pareceu ter mais graves que a Art 310, porem achei ele um pouco embolado, a 310 tem menos grave porem mais definido.
O Grave da Yamaha de 12 já achei bem melhor que o da Yamaha de 10.
E como te disse no dia, a RCF tem mais brilho e a Yamaha soa um pouco abafada.
Não sei se as caixas estavam no talo ou somente até o ponte de clip, mas a RCF pareceu ter mais SPL que a Yamaha. (sem considerar a 725 que é uma cavala)”
Metal

“O teste das caixas foi sensacional, equipamentos com padrão de qualidade excelente que nos permite, além de adquirir mais conhecimento, ter uma base de opinião para ajudarmos no nosso ministério e no próprio fórum. Ao pessoal da Yamaha que se dispôs de uma maneira imparcial em levar caixas para serem testadas ao lado de outras marcas, sempre agindo com boa índole não se impondo quanto a solicitações que foram feitas durante o teste.
Gosto é gosto e para mim a RCF continua sendo melhor, mais SPL, melhor timbre, enfim, na minha humilde opinião nenhuma foi párea para as RCFs”

Erico Januário

Gostaríamos de agradecer especialmente ao Renan Silva e ao Matheus Madeira –  especialistas de produtos Yamaha – que trouxeram as caixas para o teste e nos deixaram bem a vontade para testamos e tirarmos nossas próprias conclusões sobre a linha DBR, além de tirar todas as duvidas sobre os produtos apresentados, enfim, são gente boa! E já fica o convite para um próximo teste!rs

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TonReb
Moderador - Som ao Vivo

10 Comments on "TESTE – Yamaha DBR"

  1. Tenho duas DXR10, são ótimas, pra quem usava Antera TS700 e passou para Yamaha DXR10 hein??? muitíssimo satisfeito!!!

  2. Estou pensando em adquirir uma dbr10 pra fazer voz e violao em barzinho…como vou comprar pelo ML não vou conseguir testa la…sera q vai me atender?? obrigado??

  3. Aonde eu consigo esse cd de testes da própria Yamaha?

  4. amigo boa tarde, esse modelo de 10 polegadas da yamaha da conta em uma igreja de 130 pessoas? se puder me responder agradeço.

  5. Comparando a yamaha dbr15 com a rcf art712 qual se sairia melhor?

  6. FABIO DE CASTRO MESQUITA | 21 de outubro de 2019 at 21:01 | Responder

    Eu quero comprar para fazer culto ao ar livre para alcançar pessoas até 100 metros de distância. Num parque sem muito barulho ao redor. Aliás quase nada de barulho. Apenas as pessoas conversando.
    Como tenho um desconto muito bom numa loja nas Yamaha Dbr.
    Fico na dúvida se compro a 10 12 ou 15.
    Help.

  7. se alguem ja ouviu uma EV ZLX12 queria saber dela em relação a DBR10 (preços bem parecidos)

  8. Sem considerar o preço, qual sairia melhor: DBR 12 ou RCF HD 10 ou ART 710?

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