Biamplificação possibilita Ativa + Passiva?

grpst

Well-Known Member
Boa tarde SAV's.

Eis por onde começou minha dúvida.

RCF310a- R$ 1900,00
RCF 310- R$ 1200,00

Se eu tenho uma ativa, devo comprar outra igual ou, devido à existência de biamplicação em toda séria A da art posso utilizar uma passiva plugada nela?

Sabemos que isso é feito com caixas como a selenium SPM. A dúvida é: É correto ou é jeitinho de brasileiro?

Vejam o que diz o dicionário do SAV sobre Biamplicação:


Bi-Amplificação (bi-amp ou bi-amping)

Muitas caixas acústicas são feitas para trabalhar com sistemas de bi-amplificação, onde o espectro sonoro é dividido em duas faixas de frequências (duas bandas), em geral uma de graves e outra de médios e agudos, sendo cada banda encaminhada para um amplificador e seu respectivo alto-falante. Um amplificador alimentará os falantes de graves e outro amplificador alimentará os falantes de agudos.

Várias caixas ativas trabalham em sistema de bi-amplificação (com dois amplificadores internos), com a vantagem de que cada amplificador é especializado apenas em um tipo de frequência e não é necessário passar por um divisor de frequências passivo depois (o sinal é dividido antes do amplificador, por um crossover ativo interno). Este sistema traz diversas vantagens, entre elas uma maior eficiência, já que o divisor de frequências passivo em geral acarreta perdas de potência.

Algumas caixas passivas podem trabalhar em sistema full-range (todo o espectro de áudio) ou bi-amp. Em geral, a seleção do tipo de funcionamento dependerá do tipo de conexão utilizada. Por exemplo, se usado conector P10, a caixa trabalhará em modo full-range. Se usado conector Speakon, a caixa trabalhará em modo bi-amp.


Baseado nisso, vemos que uma caixa biamplificada não foi feita para amplificar uma passiva e sim para dividir a amplificação interna. Em vez de trabalharmos com full-range, trabalharmos com um "dual-range", digamos assim. Olhando por ai, não existe possibilidade de amplificar outra caixa.

Liguei pro Andry, lá da CBORGES, para tirar a dúvida e o mesmo foi categórico nas seguintes afirmações:

1- BIAMPLIFICAÇÃO não é para amplificar outra caixa.
2- Nenhum fabricante de respeito afirma ou recomenda isso, vide FBT, RCF, MACKIE e JBL.
3- No Brasil, pratica-se a biamplificação como um "jeitinho" (Provavelmente para economizar-Grana, tomada e cabos ao meu ver).

Pessoal, acabou com a minha alegria. Queria pegar uma 310a usada e comprar uma passiva na Cborges para usar como retorno.

Essas informações (e conclusões que estou tirando) procedem?

Solicito que deem o embasamento pois é um assunto um pouco controverso, vi discussões calorosas sobre isso em outro forum.

Um abração :D
 
A minha resposta foi em relacao "ativa + passiva".
Ja a questao de bi-amp nem entra nessa historia pois se trata de amplificacao das VIAS diferentes! Ou seja , esta confundindo termos e conceitos.Conexao (leia : amplificacao) das caixas escravas (parasitas) 'e util somente em alguns ( POUCOS ) casos.Por tanto nao achara essa solucao nas FBT, RCF , Turbosound e outras do mesmo nivel. Ja bi- e tri- amp pode ser encontrada em maioria das caixas ativas do mercado.

Abrcs,
andry110
 
Amigos da Studio R, concordo que o sistema ativo+passivo não é o ideal. Muito fácil de comprovar isso, é o fato de que os fabricantes renomados não o fazem.
Realmente apenas os fabricantes nacionais, como Staner, Selenium e Ciclotron o fazem.

Studio R disse:
Caixas amplificadas que alimentam outra passiva dificilmente são bi-amplificadas ou mesmo ativas, já que se a caixa "escrava" é passiva e feita para funcionar aos pares com outra caixa contendo um amplificador, o fato da principal possuir um crossover eletrônico (ser ativa) seria um contra-senso...
Só achei estranha essa frase... Temos sim no mercado várias caixas bi-amplificadas que possibilitam a ligação ativa+passiva.
Sei que a bi-amplificação é para as vias diferentes, e não para a caixa passiva; mas mesmo assim, nada impede de uma caixa bi-amplificada ter uma saída amplificada para outra caixa utilizando cabo PP de 4 vias... Fazendo assim uma caixa bi-amplificada que alimenta uma passiva externa. Obviamente, partindo do princípio que o amplificador suporta a impedância total do sistema.
Podemos citar a Selenium SPM1202 (bi-amplificada) e a Ciclotron Titanium 700A (tri-amplificada).

Studio R disse:
seriam caixas inevitavelmente bastante diferentes em desempenho, perdas e resposta tentando funcionar em conjunto!
Quanto a isso tenho que discordar. Pode não ser o ideal, mas não dá para dizer que são "bastante diferentes em desempenho, perdas e resposta". Talvez a matemática diga isso, mas meus ouvidos não.
 
grpst disse:
Pessoal, acabou com a minha alegria. Queria pegar uma 310a usada e comprar uma passiva na Cborges para usar como retorno.
Xará, não faça isso! Já passei por vários apertos em sistemas montados assim, com PA e retorno ligados juntos através de sistema ativo+passivo.
A demanda de volume no retorno é muito menor que no PA. Dessa forma você não terá NENHUMA chance de regulagem... nem de mixagem, nem de volume.
 
grpst disse:
RCF310a- R$ 1900,00
RCF 310- R$ 1200,00

Se eu tenho uma ativa, devo comprar outra igual ou, devido à existência de biamplicação em toda séria A da art posso utilizar uma passiva plugada nela?

Gabriel, me desculpe a sinceridade, mas não posso crer que depois de tanto tempo sendo membro do SAV ainda exista esse tipo de dúvida...

Se usar a ferramenta de busca com os termos RCF ART 310, vai encontrar vários tópicos em que já se foi bem esclarecido que a ART 310a NÃO "TOCA" a ART 310 Passiva, inclusive me lembro que existe um tópico meu sobre o assunto (ART 310 Passivas) onde o Andrei explica bastante sobre o produto e debate-se bastante sobre Prós e Contras dos dois modelos...
 
gabriel_equalize disse:
Levou bronca! Hahaha, brincadeira :mrgreen:

Relaxa Xará, estou aqui pra aprender mas acho que o Dene me entendeu mal.

deneripr disse:
Gabriel, me desculpe a sinceridade, mas não posso crer que depois de tanto tempo sendo membro do SAV ainda exista esse tipo de dúvida...

Se usar a ferramenta de busca com os termos RCF ART 310, vai encontrar vários tópicos em que já se foi bem esclarecido que a ART 310a NÃO "TOCA" a ART 310 Passiva, inclusive me lembro que existe um tópico meu sobre o assunto (ART 310 Passivas) onde o Andrei explica bastante sobre o produto e debate-se bastante sobre Prós e Contras dos dois modelos...

No tópico que você postou, o pessoal começou com uma discussão de várias e várias páginas onde, no fim, não foi citado se é possível ou não até por que você só queria saber se as passivas eram boas. Caso tenha sido, mil desculpas, devo ter pulado uma pagina no meio daquelas várias. Acabei de olhar de novo e não achei. Será que poderiam linkar aqui? Quanto a busca, a usei, olhei 6 paginas, cada uma com 10 tópicos, ai os tópicos começaram a repetir-se. Dos mais de 15 que abri, nada falando sobre a biamplificação.

Só mais uma coisa. Eu entendi que não da pra "TOCAR" uma RCF passiva linkada numa ativa. A minha dúvida toda foi sobre a bi-amplificação. Vejam que, abaixo, eu citei "Acabou a minha alegria" onde é possível entender que eu entendi que uma não "TOCA" a outra.

gabriel_equalize disse:
grpst disse:
Pessoal, acabou com a minha alegria. Queria pegar uma 310a usada e comprar uma passiva na Cborges para usar como retorno.


Desculpem qualquer coisa, a intenção só era tirar uma dúvida que surgiu e, como não havia tópico criado falante especificamente de biamplificação, deixar este tópico visando facilitar a vida dos que, porventura, tiverem a mesma dúvida.

Um abração
 
Studio R disse:
Gabriel,

Temos sim no mercado várias caixas bi-amplificadas que possibilitam a ligação ativa+passiva.

Leia novamente com mais cuidado a frese que você mesmo destacou de nosso texto:
Caixas amplificadas que alimentam outra passiva dificilmente são bi-amplificadas ou mesmo ativas, já que se a caixa "escrava" é passiva e feita para funcionar aos pares com outra caixa contendo um amplificador, o fato da principal possuir um crossover eletrônico (ser ativa) seria um contra-senso..

Não dissemos que não existem e nem que são impossíveis de ser feitas, dissemos que no mundo e diante da diversidade de modelos e fabricantes, são difíceis, mais raras de se encontrar.

Um grande abraço!
Eu me referi apenas ao caso da RCF!

Perdoem-me mais uma vez caso não tenha sido claro.

Um abraço
 
grpst disse:
Eu me referi apenas ao caso da RCF!

Gabriel!
Bi-amplificacao amplicada nas caixas da RCF (ou nao) tem um proposito : "atender" de maneira dedicada cada via (mid-bass e driver) COM OTIMIZACAO em funcao do tipo de AF usado junto com impedancia e outros parametros !Imagine agora uma situacao quando Voce precisa fazer uma otimizacao universal que serveria tanto para caixa unica como para combinacao ativa+passiva.
1.A fonte 'e calculada em funcao de energia de uma caixa so.Se ligar uma escrava (que nem garantido sera que usuario vai usar este recurso) Voce precisara ter a fonte mais possante e , como consequencia ,mais cara , mais pesada ,mais volumosa.
2. Amplificacao de AF mid-bass 'e feita com a base discreta e possui certos recursos de protecao .Comportamento em combinacao com escrava pode ser previsivel contando que a caixa passiva nao tera nenhum tipo de "protecao".
3.Ja a parte de amplificacao de driver 'e feita com CI tipo LM3886 que tem sua potencia limitada em funcao de impedancia e alimentacao.Por tanto "chamada" de escrava vai ate aumentar a potencia em ligacao de 4 Ohms.Mas sem reserva dinamica (que 'e determinada em 135W pela construcao do CI desse modelo INDEPENDENTEMENTE da impedancia de carga).
4.E como vai ficar a historia de caixa passiva?Ela tem que serlancada em duas versoes : uma para ser usada como a caixa tradicional e outra- como escrava e possuir conexao bi-amp (sem placa de cross-over e sem circuito de protecao que ART310 passiva "original" tem...).

E tem outros pontos a ser expostos.Porem , o mais importante ja foi dito por nossos colegas da Studio R : Voce pode ate resolver os problemas tecnicas ,de marketing e de gosto.Mas nao vai tirar proveito disso desde que uma combinacao de 2(ou mais) caixas passivas com amplificacao EXTERNA na contagem final FARAO bem mais SENTIDO - INDEPENDENTEMENTE DA MARCA!Mesmo que seja Fra.. ou Cicl... (com compania ) ..

Abrcs,
andry110
 
gabriel_equalize disse:
grpst disse:
Pessoal, acabou com a minha alegria. Queria pegar uma 310a usada e comprar uma passiva na Cborges para usar como retorno.
Xará, não faça isso! Já passei por vários apertos em sistemas montados assim, com PA e retorno ligados juntos através de sistema ativo+passivo.
A demanda de volume no retorno é muito menor que no PA. Dessa forma você não terá NENHUMA chance de regulagem... nem de mixagem, nem de volume.


Acabei não lhe respondendo sobre esse comentário acima xará!

Mais uma vez(E são várias :lol: ), me expliquei mal.

Já temos 2 RCF 310 que usamos como frontais. Estamos sem retorno. Apareceu a oportunidade de pegar uma 310 por R$ 1400,00 usada. Pensei em pegá-la e comprar uma passiva e usar esse conjunto ativo+passivo como retorno. A dúvida a princípio era se ela suportaria a passiva quando usarmos no máximo, e já vi que não da.

Mas eu NUNCA uso as frontais no máximo, LONGE disso, nunca as vi chegar nem perto de acender o limiter.

Logo, se o Amp da ativa é de 400w(300w +50w) e eu tenho CERTEZA de que, pro meu caso, não vou usar nem perto de 100w nos retornos, poderia usar mas sabendo das limitações. Ocorre que a RCF não tem saída amplificada e eu nem me toquei nisso, só tem um Link.

Caso ela tivesse (Ok, já sei que não tem, é só hipotese), usando dessa forma que citei, ainda seria inviável? (Não to querendo adaptar nada e nem testar isso, só estou tentando entender)

Um abração
 
andry110 disse:
grpst disse:
Eu me referi apenas ao caso da RCF!

Gabriel!
Bi-amplificacao amplicada nas caixas da RCF (ou nao) tem um proposito : "atender" de maneira dedicada cada via (mid-bass e driver) COM OTIMIZACAO em funcao do tipo de AF usado junto com impedancia e outros parametros !Imagine agora uma situacao quando Voce precisa fazer uma otimizacao universal que serveria tanto para caixa unica como para combinacao ativa+passiva.
1.A fonte 'e calculada em funcao de energia de uma caixa so.Se ligar uma escrava (que nem garantido sera que usuario vai usar este recurso) Voce precisara ter a fonte mais possante e , como consequencia ,mais cara , mais pesada ,mais volumosa.
2. Amplificacao de AF mid-bass 'e feita com a base discreta e possui certos recursos de protecao .Comportamento em combinacao com escrava pode ser previsivel contando que a caixa passiva nao tera nenhum tipo de "protecao".
3.Ja a parte de amplificacao de driver 'e feita com CI tipo LM3886 que tem sua potencia limitada em funcao de impedancia e alimentacao.Por tanto "chamada" de escrava vai ate aumentar a potencia em ligacao de 4 Ohms.Mas sem reserva dinamica (que 'e determinada em 135W pela construcao do CI desse modelo INDEPENDENTEMENTE da impedancia de carga).
4.E como vai ficar a historia de caixa passiva?Ela tem que serlancada em duas versoes : uma para ser usada como a caixa tradicional e outra- como escrava e possuir conexao bi-amp (sem placa de cross-over e sem circuito de protecao que ART310 passiva "original" tem...).

E tem outros pontos a ser expostos.Porem , o mais importante ja foi dito por nossos colegas da Studio R : Voce pode ate resolver os problemas tecnicas ,de marketing e de gosto.Mas nao vai tirar proveito disso desde que uma combinacao de 2(ou mais) caixas passivas com amplificacao EXTERNA na contagem final FARAO bem mais SENTIDO - INDEPENDENTEMENTE DA MARCA!Mesmo que seja Fra.. ou Cicl... (com compania ) ..

Abrcs,
andry110

Perfeita a colocação Andry!
O que mais me confundiu foi a parte teórica, onde não tinha o conhecimento de que o Bi-amp é pra otimizar o processo de amplificação das vias internas da caixa. Perfeito.
Muito obrigado pela força.

Aproveitando a oportunidade, Por quanto está saindo o retorno da RCF com rejeição a feedback? Acho que é a série Nexus.

Um abração
 
Aproveitando o tópico,

StudioR

Naquele artigo é citado o seguinte.

Caixa com 500w RMS no falante e 125w no drive.
Se o amplificador for único, serão necessários 1125w de potência no amplificador.


Para chegar nesse valor, calculou-se apenas o pico do falante? No caso, seria de 1000w + os 125w do drive totalizando 1125w, e isso?

O drive não teria um pico também? Ao meu entendimento(ou desentendimento :( ), precisariamos calcular pelo conjunto! No caso 625x 2 = 1250w.

Usar um amplificador de 500w e um de 125w, sendo a caixa bi-amp., ficou claro pra mim, muito obrigado galera.

Só pra citar...Tenho muito tempo de forum e já tenho um bom conhecimento. Fora do forum, sei bastante! Já aqui, não estou nem perto do nível dos companheiros e sei disso!
Meu problema todo é que, como ensino a muitos o pouco que sei, não gosto de passar informações com alguns percentual de incerteza e, por este motivo, as vezes insisto em temos tão "fáceis" pra maioria mas que, pra mim, as vezes podem gerar vários "Se".

StudioR

Enviei uma MP pedindo um orçamento!

Um grande abraço!
 
Olá pessoal,

O Andry já explicou, o pessoal da StudioR já explicou, todo mundo já falou, mas me deu uma vontade danada de dar pitaco, então vamos lá.

No Brasil, uma pessoa/empresa pega uma caixa, junta um módulo de amplificador e diz: "pronto, temos uma caixa ativa!" Vejam só alguns modelos de módulo de potência:

abertura2.jpg


Esses amplificadores são os mesmos que estão instalados em um amplificador de potência comum: recebem o sinal, amplificam e então jogam para a frente, para os falantes.

A esses modelos, se aplicam as mesmas questões de impedância: se o amplificador é de 4 Ohms de impedância mínima, e os falantes são de 8 Ohms, então a gente pode ligar duas caixas de som. Pronto, temos agora uma caixa ativa que alimenta uma passiva.

Notem: a caixa ativa possuiu um amplificador que só é aproveitado plenamente quando em conjunto com uma caixa passiva. Uma caixa só... metade da potência. Duas caixas, potência toda.

Já vi (não lembro a marca. JHD talvez) uma caixa que alimenta outras três caixas passivas. Logicamente, a caixa ativa tem um amplificador de 2 Ohms/impedância mínima, e cada caixa tem 8 Ohms. Situação "interessante" (no sentido depreciativo), pois se alguém ouvir só a caixa ativa, vai se sentir decepcionado (a caixa sozinha trabalha com 1/4 da potência). Com duas caixas, a coisa melhora, temos metade da potência do amplificador. Já com 04 caixas, aí sim, o amplificador mostra toda sua potência.

A pergunta que resta é a seguinte? E o divisor de frequência? Onde fica? Ora... nestes casos, o divisor fica DEPOIS do amplificador. Em geral, cada caixa passiva tem o seu divisor próprio (de forma que possa trabalhar com qualquer outro amplificador).

Pronto, este é o esquema utilizado na maioria dos produtos nacionais. Staner, Antera, Attack, um monte de gente trabalha assim (nem todos os produtos). Algumas importadas de baixo custo também trabalham assim (CSR...).

Esse sistema é assim: simples de fazer e adequado para sistemas de baixo custo.

Um problema desse esquema, conforme citado pela StudioR (e com contraponto do Gabriel Equalize) é que, neste tipo de situação, as caixas podem "falar" diferente, o desempenho entre a ativa e a passiva variar. O problema existe sim, é possível, e reside no cabo. Enquanto a caixa ativa tem o amplificador situado a centímetros, a passiva é ligada por um cabo... que nem sempre é curto e grosso (literalmente). Muitas vezes é excessivamente longo e de bitola insuficiente. Resultado: perda de potência (perdida no cabo), graves "frouxos" (pois com o cabo fino o fator de amortecimento vai lá embaixo), etc.

O Gabriel falou que usa muito assim mas não sente diferença. É verdade: se o cabo não for muito grande (uns 10 metros, e for bem grosso), tudo bem, a diferença é imperceptível. Mas para quem já viu uma caixa aqui e outra ligada a 30m com um cabinho 0,75mm²... a situação não é bem assim não. A caixa passiva tem menor rendimento sim, não tem jeito.

O tópico inicial do Grpst, pergunta se isso é possível com bi ou tri-amplificação. Sim, é possível sim. Como citado, temos o exemplo da Selenium SPM, da Ciclotron Titanium 700A. Neste caso, a situação muda um pouco de figura. O divisor de frequências não é depois do amplificador, mas sim ANTES, ativo. Cada amplificador trabalha com uma única faixa de frequências, e alimenta os falantes na caixa ativa e na(s) passiva(s) - lembrando que podem ser 01 passiva ou 03 passivas, conforme a impedância das caixas e do amplificador.

Um detalhe sobre as caixas PASSIVAS que funcionam assim: elas precisam ter um divisor interno, para uso quando a ligação é feita com amplificador de potência normal. Caso contrário, só poderão funcionar quando ligadas com a caixa ativa dela, sob pena de queima dos falantes (pois não tem o divisor de frequências). E são assim mesmo: em algum tópico, tem umas fotos de uma Selenium SPM passiva, com o divisor de frequências interno. Se não me engano, se você entra pelo Speakon, o sinal é bi-amplificado e vai direto para os falantes correspondentes. Se entra pelo P10, vai para o divisor interno e só depois para os falantes.

Esse esquema permite um nível melhor de qualidade sonora. Ao se fazer dois ou mais amplificadores dedicados, eles são mais ESPECIALIZADOS na frequência, o corte de frequências é feito ativamente, com melhor resultado. O lado ruim é que o divisor de frequências passivo, na caixa passivo, é um custo que se paga e nem sempre se usa.

Finalmente, temos as caixas ativas que vou chamar de DEDICADAS. Elas não alimentam uma passiva, e tanto o seu amplificador quanto os seus falantes são construídos visando o MÁXIMO RENDIMENTO do conjunto (a caixa propriamente dita). Isso em termos que potência (relação 2:1 ou o que o fabricante achar melhor), resposta de frequência, etc. É um esquema CARO, mas com o melhor rendimento possível. É o esquema adotado pelos melhores produtos, quer nacionais, quer importados. Notem que esse sistema pode ser ativo + divisor passivo (Turbosound Milan MI-15) ou biamplificado (divisor ativo + 2 amplificadores) ou tri-amplificador, etc.

Eu mesmo tive uma caixa Yorkville (canadense, maravilhosa, mas pouco conhecida por aqui) ativa, que não alimentava passiva, bi-amplificada, com um woofer de 2 Ohms da Eminence (um modelo comercial de 8 Ohms que a Yorkville trocava a bobina para 2 Ohms), um driver de 8 Ohms da RCF e, surpreendentemente, para completar a resposta do driver, um tweeter Leson TLX-1 na caixa (sim, isso mesmo). Yorkville Y-115P. <!-- w --><a class="postlink" href="http://www.yorkville.com">www.yorkville.com</a><!-- w -->

Para exemplificar, já viram as especificações da RCF ART 310A, passiva e ativa?

ATIVA - 50Hz a 20KHz @ -3dB
PASSIVA - 50Hz a 20KHz @ -10dB

Notem: os falantes são os mesmos, mas o fato da ativa ter processadores (divisor ativo + amplificador) dedicados resulta em melhor comportamento da caixa. A passiva não é ruim, mas o circuito passivo tem limitações que deixam o resultado inferior.

Resumindo tudo: o fabricante monta o sistema do jeito que quiser. Mas cada implementação tem suas vantagens e desvantagens. Lá fora, o mercado chegou à conclusão de que é melhor uma caixa ativa dedicada. Aqui no Brasil, onde CUSTO é um fator geralmente mais importante que QUALIDADE, a gente ainda tem essas coisas de ativa que alimenta uma passiva. Sem problemas, mas o desempenho sempre será sacrificado (algumas vezes pouco sacrificado, outras vezes muito).

Um abraço a todos,

Fernando
 
bersan disse:
Olá pessoal,

O Andry já explicou, o pessoal da StudioR já explicou, todo mundo já falou, mas me deu uma vontade danada de dar pitaco, então vamos lá.

Mestre, sempre que puder dar os pitacos, agradeço! Sempre me dão uma luz!

bersan disse:
O tópico inicial do Grpst, pergunta se isso é possível com bi ou tri-amplificação. Sim, é possível sim. Como citado, temos o exemplo da Selenium SPM, da Ciclotron Titanium 700A. Neste caso, a situação muda um pouco de figura. O divisor de frequências não é depois do amplificador, mas sim ANTES, ativo. Cada amplificador trabalha com uma única faixa de frequências, e alimenta os falantes na caixa ativa e na(s) passiva(s) - lembrando que podem ser 01 passiva ou 03 passivas, conforme a impedância das caixas e do amplificador.

(...) se você entra pelo Speakon, o sinal é bi-amplificado e vai direto para os falantes correspondentes. Se entra pelo P10, vai para o divisor interno e só depois para os falantes.

Que bacana. Vou pesquisar mais sobre isso. No caso a tri-amplificação, teríamos de usar um speakon de 8 polos, pois para transmitir o sinal de 3 amplificadores seriam necessários 3 pares de cabos.
Bersan, deve ser isso mesmo. Na igreja do IPAE(Internato adventista em Petrópolis), foi instalado um sistema LINE VERSA e retornos da attack, 4 pares ativo+passivo. Quando toquei lá, percebi os dois pares de cabos indo da ativa à passiva. Quem montou foi o próprio pessoal da loja que vendeu o sistema.
É horrível quando você descobre algo 1 ano depois de ter tido a dúvida :lol: Vivendo e aprendendo!!

bersan disse:
Resumindo tudo: o fabricante monta o sistema do jeito que quiser. Mas cada implementação tem suas vantagens e desvantagens. Lá fora, o mercado chegou à conclusão de que é melhor uma caixa ativa dedicada. Aqui no Brasil, onde CUSTO é um fator geralmente mais importante que QUALIDADE, a gente ainda tem essas coisas de ativa que alimenta uma passiva. Sem problemas, mas o desempenho sempre será sacrificado (algumas vezes pouco sacrificado, outras vezes muito).

Essa era a minha principal dúvida! Quando vai utilizar-se esse esquema em apenas 1 via auxiliar, onde eles estarão a menor de 5m um do outro ligados por um cabo de, no máximo, 10 metros, por que comprar outra ativa se posso economizar comprando uma passiva e investir a diferença(as vezes maior que R$ 500,00) em ítens mais necessários?

Chefe, muito obrigado pela explicação. Fui questionado, hoje, por um amigo sobre esse lance do crossover(posicionamento). Agora já tenho a resposta!

Fique com Deus!
 
Galera,
O manual da selenium diz que, na caixa passiva, deve-se selecionar ëscrava"ou "passiva" através de uma chave. Também diz que quando liga-se o speakon, o sinal não passa pelo crossover interno.
Então já matamos a dúvida ai de cima. Mas, só por curiosidade, alguém sabe se, ao usar o speakon, ainda é necessário trocar a chave de posição visto que o sinal não vai passar pelo crossover?

Boa noite galera!
 
Agora me Surgiu uma dúvida tambem

Temos lah na igreja, para Monitor de palco, uma Selenium SPM 1502A que "toca" uma SPM 1502 pela saida auxiliar.

Mas pra que isso seja possivel, eu preciso usar um cabo Speakon com 4 vias, porque a Ativa já manda o sinal "dividido" para a Passiva, que em modo escravo precisa receber o sinal dessa forma.
A caixa possui divisor interno, porem o sinal só passa pelo divisor se a caixa for alimentava pelo Plug P10, que é selecionado mudando uma chave seletora atraz da caixa. do contrario o sinal vai para o driver e falante da mesmaforma que entrou.

Agora pergunto, isso é mesmo jeitinho brasileiro ou tem a chance de a caixa realmente ter sido feita pra isso?
 
grpst disse:
Galera,
O manual da selenium diz que, na caixa passiva, deve-se selecionar ëscrava"ou "passiva" através de uma chave. Também diz que quando liga-se o speakon, o sinal não passa pelo crossover interno.
Então já matamos a dúvida ai de cima. Mas, só por curiosidade, alguém sabe se, ao usar o speakon, ainda é necessário trocar a chave de posição visto que o sinal não vai passar pelo crossover?

Boa noite galera!

a chave funciona de certa formacomo uma seleção de entrada, se mudar para Escrava, ela vai aceitar somente o sinal que entra pelo Speakon, que já deve entrar dividido para falante e Driver (no caso da SPM 1502 que tem Falante e um Ti)
se selecionar Passiva, a entrada speakon fica desabilitada, e a caixa só aceita o sinal que entra pelo Plug P10
 
Douglas Alexandre Formaio disse:
grpst disse:
Galera,
O manual da selenium diz que, na caixa passiva, deve-se selecionar ëscrava"ou "passiva" através de uma chave. Também diz que quando liga-se o speakon, o sinal não passa pelo crossover interno.
Então já matamos a dúvida ai de cima. Mas, só por curiosidade, alguém sabe se, ao usar o speakon, ainda é necessário trocar a chave de posição visto que o sinal não vai passar pelo crossover?

Boa noite galera!

a chave funciona de certa formacomo uma seleção de entrada, se mudar para Escrava, ela vai aceitar somente o sinal que entra pelo Speakon, que já deve entrar dividido para falante e Driver (no caso da SPM 1502 que tem Falante e um Ti)
se selecionar Passiva, a entrada speakon fica desabilitada, e a caixa só aceita o sinal que entra pelo Plug P10

Rapaz, é o que questionei! É jeitinho de brasileiro e não é ao mesmo tempo!

A caixa foi feita, repito, FOI FEITA, para amplificar uma escrava, tanto que o amplificador dela é de 200w RMS em 8ohms e 400W RMS em 4ohms, ou seja, só alcança o seu máximo quando ligamos uma escrava. Isto está no Manual da SPM.

Não é "jeitinho" de brasileiro e sim "Jeitinho pensado" de um projetista que percebeu a realidade brasileira. É a adaptação! Pode não ser o melhor, mas, dependendo do caso, já vimos que funciona muito bem e atende às necessidades como citou o meu xará!Em alguns casos(todos os que eu vi), será a melhor solução como no IPAE(citei acima), 4 vias com 2 caixas por via. Se as caixas aceitam a escrava e foram projetadas para assim trabalhar, levando em consideração que a distância é pequena, melhor comprar 4 ativas + 4 passivas(Utilizando os amps plenamente) e economizar. Comprar 8 ativas seria tem potência sobrando a toa!

Nesse caso, nem se aplica o 2:1, pois o amp só fornece o dobro em 4ohm, situação que exige a escrava.

Aproveitando, alguém sabe como troco o bendito nick name? Não aguento mais o fato de ninguém saber que meu nome é Gabriel :oops:

Abração
 
A PAZ

Me corrijam caso esteja errado
Sempre falamos que as caixas ativas+escrava, mas tem um porem, caso seja para PA tudo bem,pois poderá ser um sinal mono mas se for para retorno teremos um pequeno problema, pois o que uma caixa tiver de sinal a outra também terá, certo? Então como em nossas igrejas temos dificuldades e quando muito temos apenas 2 retornos, fica impossível de dividir certo? inclusive tinha sido uma pergunta que passou desapercebido que o DIEGO fez em outro tópico.
 
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