Choque elétrico X Microfone em Tanque de Batismo

Eu uso o S/F cardióide num pedestal mesmo e consigo ótimos resultados.
Já cheguei a usar dois para facilitar, mas 1 da conta, é só conversar com o pastor para que ele fale ao menos com a boca direcionada para o microfone e logicamente zerar o MIC na via de retorno.
 
Isso acontece bastante quando o pessoal faz um jumper entre o pino negativo e o terra do conector XLR (cabo STR) e plugam em um canal balanceado. Muitos pensam que o negativo do conector é neutro logo emendam ele no terra, triste erro. O Negativo destes cabos serve para passar a mesma fase do positivo invertido em 180º de modo que o mixer possa comparar as fases e cancelar a interferência, logo quando interligam o negativo com o terra estão fechando curto na mesa, levando uma das fases para a carcaça, que é a causa de muitos choques e o desbalanceamento de todos os canais. Com a mesa aterrada o problema pode se ocultar, mas na verdade está jogando uma fase senoidal direto para o terra, efeito que tira o balanceamento de todos os canais e diminui a eficiência do terra. Caso esteja usando o mesmo terra do transformador pode até ter retorno de tensão da rede elétrica para o aterramento de todo o sistema de som, incluindo, mesa, microfones, instrumentos, amplificadores e caixas, causando choque elétrico maior do que os 48V do phantom, por isso que existem relatos de medir 80V na carcaça do microfone. Tudo isso por culpa de um maldito conector que está com os pinos do negativo e terra emendados. Uma simples revisão dos conectores pode resolver o problema.
 
Falando sobre choque elétrico no tanque, gostaria de saber se alguém manja sobre aquecedores de tanque. Eu acho que quando jogam um aquecedor no tanque teria que jogar também um aterramento. Eu acho perigoso jogar duas fases dentro de um tanque com uma resistência de potência tão elevada assim em uma água que não circula sem ter um aterramento, só o fato da água não circular, em tese, já colocaria a água parada ao redor da resistência em processo de eletrólise, o que pode concentrar os sais da água e tornar seus arredores em áreas condutoras. Se alguém descalço colocar a mão na água próxima à resistência poderia levar um choque violento. Além de fechar curto na rede e derrubar os disjuntores, poderia também matar o elemento.
 
Artur Antunes disse:
Isso acontece bastante quando o pessoal faz um jumper entre o pino negativo e o terra do conector XLR (cabo STR) e plugam em um canal balanceado. Muitos pensam que o negativo do conector é neutro logo emendam ele no terra, triste erro.
Quando se faz um cabo XLR desbalanceado (por qualquer motivo que seja, como ligar um equipamento com P10 desbalanceado), o certo é fazer este jumper, aterrando o negativo. Qual seria a alternativa, deixá-lo flutuante?

O Negativo destes cabos serve para passar a mesma fase do positivo invertido em 180º de modo que o mixer possa comparar as fases e cancelar a interferência
Está certo que esta é a maneira que normalmente se explica para leigos como funciona um sistema balanceado. Mas existe uma maneira melhor de explicar o funcionamento, que de quebra explica o nome "transmissão diferencial" e mostra o porquê de se aterrar o negativo:

Em termos práticos, não existe voltagem (tensão elétrica) absoluta. Sempre se mede a diferença de tensão entre dois pontos diferentes. Por isso é normal se adotar um ponto do circuito como a referência -- isto é o que chamamos de "terra". A "voltagem" de um ponto no circuito é definida como a diferença de potencial entre este ponto e o terra.

Em um sistema desbalanceado, o sinal é transmitido pela tensão de um condutor -- ou seja, a diferença entre ele e o terra. No sistema balanceado, o sinal não é mais apenas a tensão de um condutor, mas a diferença da tensão de dois condutores. No caso do XLR, é a diferença entre os pinos 2 e 3.

Agora, como ligar uma fonte desbalanceada a uma entrada balanceada? Não podemos deixar um dos pinos flutuando (sem nada conectado), pois aí a tensão dele será indefinida.
Se o valor do pino 3 do XLR for indefinido, qual será o valor de "pino 2 - pino3"? Indefinido também. Por isso é que nestes casos se aterra o pino 3, para que a sua tensão (comparado ao terra, obviamente) seja 0V. Então o sinal transmitido vira "pino 2 - 0V = pino2". Será desbalanceado, mas o valor recebido estará correto.

logo quando interligam o negativo com o terra estão fechando curto na mesa, levando uma das fases para a carcaça, que é a causa de muitos choques e o desbalanceamento de todos os canais.
Alguns problemas com esta frase:
  1. Se está "fechando curto na mesa" depende se estamos falando de uma entrada ou de uma saída. Se for uma entrada, existe um "curto" no aparelho que está ligado na mesa -- ou seja, o jumper afeta apenas saídas e não entradas, isso se a saída for balanceada. Qualquer equipamento que se prese será feito para aguentar uma saída em curto.
  2. A magnitude de um sinal que sai ou entra em uma mesa de som, mesmo line, é baixo demais (tanto em corrente quanto em tensão) para causar choques. Pode ligar um cabo P10 na saída da mesa e tocar na ponta. Não vais tomar choque.
  3. Por quê pensas que o jumper em uma entrada vai causar o desbalanceamento de todos os canais? Não vejo nenhum motivo que explique essa afirmação
Com a mesa aterrada o problema pode se ocultar, mas na verdade está jogando uma fase senoidal direto para o terra, efeito que tira o balanceamento de todos os canais e diminui a eficiência do terra.
De novo, esta "fase" tem magnitude da ordem de poucos volts, quando muito.

Além disso, se o valor do terra for alterado por receber uma corrente tão pequena como a do caso do jumper, o aterramento é péssimo. Neste caso, o problema não tem nada a ver com o jumper, mas sim com um aterramento ineficiente (ou inexistente, como é muitas vezes). Qualquer choque que possa ocorrer é por causa do aterramento e não por um cabo desbalanceado.

(grifo meu) disse:
Caso esteja usando o mesmo terra do transformador pode até ter retorno de tensão da rede elétrica para o aterramento de todo o sistema de som, incluindo, mesa, microfones, instrumentos, amplificadores e caixas, causando choque elétrico maior do que os 48V do phantom, por isso que existem relatos de medir 80V na carcaça do microfone.
Não tem como um sinal desses (de volts ou milivolts) gerar uma tensão deste tamanho.
 
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