Fones de ouvido diretamente na saída auxiliar

cassioalmeida

New Member
Pessoal gostaria de esclarecer uma dúvida: quem aí usa fones de ouvido diretamente nas saídas auxiliares da mesa de som (sem porwerplay ou powerclick)? Tirando o volume um pouco mais baixo, isso traz algum problema para a mesa de som, principalmente se for uma mesa digital?

Claro que usaria um cabo adaptador XLR para P10 fêmea mono (pino 3 ao terra).

Se alguém puder trocar ideias sobre este assunto agradeço.

Valeu.
 
Seja bem vindo Cassio!

Vamos fazer o seguinte, pra te ajudar a entender, me pegue 2 dados técnicos:
- impedância da saída da mesa de som
- impedância do fone de ouvido

ai sim vamos conversando sobre!rs
(se alguém quiser se manifestar com os dados, não se esqueçam de postar os modelos, ok!?)
 
Caro TonReb quis ser mais genérico e compartilhar experiências. Muito fazem isso (usar o fone de ouvido diretamente nas saídas auxiliares das mesas, sem amplificador de fones). Este assunto é um pouco polêmico e quis trazer a tona com experiencias reais de uso.

De qualquer forma uma saída convencional auxiliar tem de 50 a 100 Ohms e fones de ouvido também tem, normalmente, esta impedância.
 
!?
Não não....


Vamos pegar uma mesa como a LS9:
http://www.yamahaproaudio.com/global/en/products/mixers/ls9/

upload_2017-11-15_17-8-49.png

For use with nominal - 600 ohm

a maioria dos fones que temos é de 32 ohm, sendo assim, vc praticamente fecha curto na saída da mesa...... não pode ser utilizado dessa forma!

exatamente por isso que falei, poste modelos de mesa de som e de fones.... assim todos saberão o pq de nunca usar....
 
A impedância nominal das saídas da LS9 é 75 Ohms conforme manual do fabricante. Mas ok. Vamos esperar para ouvir outras opiniões. Agradeço.
 
For use with nominal - 600 ohm

e, indiferente da impedância declarada, o fone tem que ser igual ou superior e nunca inferior...... que fone tem essa impedância!?
 
monopolizando!?

poste modelos, mais fácil......

e não, nenhum fabricante recomenda essa utilização gambiarra..... NENHUM! Basta usar a pesquisa que verá que já foi discutido diversas vezes o mesmo assunto.
 
hummmmm....

Diz sim... mas com informações técnicas... por isso que logo no inicio comentei para postar informações quanto a saída.....

Faça comparativo com os pré-amps de fones (vide um novo da AKG HP6E - http://www.akg.com/Headphones/Headphone Amps/HP6E.html) e as saídas das mesas....

se ainda resta duvidas, ligue para o suporte das mesas que eles lhe passam as informações.
 
Quando eu comecei no áudio, eu tinha um cabeçote NCA com uma saída de 250 watts em 4 ohms, uma vez tive um evento em um galpão aberto, peguei 4 caixas e uma potencia Appotek 300 watts em 2 canais 4 ohms, antes de ir montar em casa, fiz varios testes, e o jeito que melhor respondeu, foi ligando 4 caixas na saída do cabeçote, aparentemente tocava muito mais do que potencia, e foi assim que fiz, 10 dias de evento, cabeçote tocando no limite, e foi um sucesso (pra mim na época), não queimou nada, nem amp nem caixa. Isso quer dizer que eu posso usar uma resistência de 2 ohms em uma saída de 4 ohms? A resposta é a mesma pro seu caso, mesmo se tratando de potências menores, o que diminui um pouco o risco de queima, ele ainda existe, agora eu te pergunto, levando em consideração que uma mesa digital da mais barata, custa na casa dos 7 mil, vale a pena o risco por um powerplay ou powerclic que custa menos de 300 reais?

obs 1: a Behringer tem um equipamento que faz esse casamento de impedância, porem você perde volume, pois na pratica o que acontece, mesmo que a impedância do fone é adequada, você não tem potência de saída suficiente, ai você recorre a dar ganho no bus, no compressor de saída, em todos os lugares que não deveriam ser usados para isso.

obs 2: eu ja fiz isso"quem aí usa fones de ouvido diretamente nas saídas auxiliares da mesa de som", varias vezes, na hora do aperto, mas não é uma solução, é algo que você faz quando não existe outra opção, tenha em mente que vai haver riscos, poder ser que nunca dê problema, mas não é o adequado.

Abraço!
 
Bom... compreendo toda a polêmica (e possível queima do aux) em volta de usar os fones diretamente da mesa, MAS como não temos condições de comprar agora o pré-amp de fones, estamos usando.
Temos uma mesa analógica da Yamaha a Mg16xu, junto com os fones da AKG o 414p e até agora está tudo em ordem.
Até quando não sei ...
 
Tenha ciência do que esta fazer não é o adequado e tente adquirir o amp o mais rápido possível e não repasse essa informação como se fosse algo a ser seguido, de resto ta tudo certo amigo.

Grande abraço !
 
Que bom um debate saudável!

Sou engenheiro elétrico e entendo muito bem esta questão de impedância, embora não seja especialista no assunto; eu penso o seguinte: me deparei em várias oportunidades de relatos como o do colega Jefersonibm, deste uso que o colega TonReb chamou de "gambiarra", o que de fato não está de todo errado. Porém me intriga que esta situação sempre salta aos olhos como "vai danificar a saída", mas não encontrei nenhum relato de que isso REALMENTE tenha acontecido com alguém.

Será que todos que utilizam esta "gambiarra" são pessoas de sorte? Será que os fones utilizados eram de impedância maior que a da mesa em todos estes casos? Enfim, trouxe a tona este debate apenas para algum relato de problemas usando esta alternativa.

Ao meu ver temos que levar em conta que a impedância depende da frequência e a potência envolvida. Em um alto falante de caixa acústica, capaz de trabalhar em altas potências comparado com o driver de um fone, onde em sua ressonância poderemos encontram impedância bem inferior ao nominal, e por conta disso temos toneladas de casos de queima de potências e até mesmo de alto falantes por conta deste fator.

Se ainda levarmos em conta um "achismo" de que enquanto não houver distorção, não temos problemas, será que realmente estamos prestes a queimar uma saída de uma mesa de som?

Não estou defendendo esta prática mas apenas em busca de relatos REAIS de problemas ocorridos por esta "gambiarra".

Valeu!
 
Em tempo: eu uso powerplay ou powerclick em meus eventos, pois não assumo riscos como bem disse o Murilo, mas... e se um dia não tiver outra alternativa em mãos, do tipo "queimou o powerplay DURANTE o evento"? Vale o risco? Enfim: alguém já se ferrou utilizando esta "técnica"?
 
Que bom um debate saudável!

Sou engenheiro elétrico e entendo muito bem esta questão de impedância, embora não seja especialista no assunto; eu penso o seguinte: me deparei em várias oportunidades de relatos como o do colega Jefersonibm, deste uso que o colega TonReb chamou de "gambiarra", o que de fato não está de todo errado. Porém me intriga que esta situação sempre salta aos olhos como "vai danificar a saída", mas não encontrei nenhum relato de que isso REALMENTE tenha acontecido com alguém.

Será que todos que utilizam esta "gambiarra" são pessoas de sorte? Será que os fones utilizados eram de impedância maior que a da mesa em todos estes casos? Enfim, trouxe a tona este debate apenas para algum relato de problemas usando esta alternativa.

Ao meu ver temos que levar em conta que a impedância depende da frequência e a potência envolvida. Em um alto falante de caixa acústica, capaz de trabalhar em altas potências comparado com o driver de um fone, onde em sua ressonância poderemos encontram impedância bem inferior ao nominal, e por conta disso temos toneladas de casos de queima de potências e até mesmo de alto falantes por conta deste fator.

Se ainda levarmos em conta um "achismo" de que enquanto não houver distorção, não temos problemas, será que realmente estamos prestes a queimar uma saída de uma mesa de som?

Não estou defendendo esta prática mas apenas em busca de relatos REAIS de problemas ocorridos por esta "gambiarra".

Valeu!

Koss_Porta Pro_All_-_-_All_-_90_20-20k_-_fr_impedance.png

A curva é "plana" na região de 40 a 15k, da pra considerar a impedância nominal de 67 ohms mesmo. Geralmente esses componentes, como trabalham com baixa potência de saída, não esquentam muito, e as fontes suportam trabalhar "no limite", digamos assim, por isso ha menor incidência de queima, mas o mais provável é com o tempo queimar mesmo, na minha opinião, não vale o risco como solução, logico, uma vez ou outra no desespero, tudo bem, acontece, mas em nenhuma hipótese isso deve ser considerado seguro, se não não teria o porquê de existir amplificadores de fones próprios pra isso, concorda?
 
Vou por um pouquinho mais de lenha neste fogo (kkk). Quando ligo um amplificador com entrada não balanceada em uma saída balanceada (auxiliar) obviamente não traz prejuízo algum ao circuito da mesa de som correto? Claro que não estou falando da qualidade do áudio e sim da possibilidade de queima do circuito de saída auxiliar.

Pois bem quando faço isso, na verdade estou colocando no terra o pino 3, ou seja, colocando em curto o pino 3 ao terra. Oras, todos sabemos que temos na saída balanceada um amplificador diferencial (2 amplificadores operacionais em fases opostas) idênticos. Quando coloco em curto o pino 3 ao terra estou colocando em curto a saída do amplificador, ou seja, impedância menor que esta não existe!

Olhando o circuito de saída da mesa M7CL que o é o mesmo da 01V, é fácil de entender isso. Por extensão de raciocínio, olhei o circuito de saída de fones e notem que o circuíto é muito parecido (exceto que não há inversão de fase, afinal são os canais L e R do fone). O que muda é o amplificador operacional que creio, seja capaz de entregar maior "potência" na saída de fones.

Note mais um detalhe importante: o sistema de MUTE desta mesa é composto pelos transistores TR252 e TR252 (saída 1). O que eles fazem ao serem acionados para mutar a saída? Colocam em curto para o terra tanto o pino 2 como o pino 3 da saída.

Por isso reitero minha dúvida se realmente podemos queimar a saída auxiliar colocando qualquer que seja o fone nela!
Omniout.jpgfone de ouvido.jpg
 
Nunca vi nenhum profissional da área usar ou recomendar algo assim. Se o cliente vê um técnico contratado usar isso certamente vai tirar o cara da operação, eu tiraria. Não deixaria por em risco o equipamento. Nem mesmo na igreja permitiria. Em contrapartida vejo vários sistemas de monitoracao por fone em uso por anos sem problema algum.
 
Tem uma fábula que gosto muito:

Numa experiência científica, um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No meio, uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.

Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, os cientistas jogavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o pegavam e batiam muito nele.

Mas um tempo depois, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.

Então os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira atitude do novo morador foi subir a escada. Mas foi retirado pelos outros, que o surraram.

Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada.

Um segundo foi substituído e o mesmo ocorreu – tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo da surra ao novato.

Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto e, afinal, o último dos veteranos foi substituído.

Os cientistas, então, ficaram com o grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas. Se fosse possível perguntar a algum deles por que eles batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:

“Não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui”.
 
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