95ª Assembléia Anual da CBEES - Caixas BTech, amps Crown etc

David Fernandes

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Olá pessoal.

A Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES) realizaou, de 22 a 25 de junho, sua 95ª Assembléia Anual, na Primeira Igreja Batista em Piúma, no litoral sul do ES. Na Assembléia Geral, são discutidas todas as questões da denominação e feito planejamento para o ano seguinte nas áreas administrativa e de evangelização. Todas as noites há cultos inspirativos, nos quais se apresentam diversas bandas, corais, orquestras de cordas etc. Como no ano passado, ficamos responsáveis por colocar o sistema de sonorização e operá-lo. Os cultos foram realizados numa quadra ao lado da igreja.

O sistema de PA foi composto por:

- 1 console digital Roland M-400;
- 2 caixas BTech BLA-124 (PA);
- 2 caixas Btech BLA-123 (linha de delay);
- 2 caixas de graves SBT-112;
- 2 caixas de subgraves SBT-115;
- 1 processador Behringer DCX-2496;
- 2 amplificadores Crown XTi 2002;
- 1 gerenciador de energia Pentacústica PC8000.

Vejam, na foto abaixo, a quadra onde foram realizados os cultos e as caixas BTech indentificadas nos círculos vermelhos.

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Visão mais próxima da caixa BTech BLA-124 e da caixa de graves SBT-112 (o camarada de costas é o David Carlos).

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Aqui está a M-400 e o palco no fundo.

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No palco havia:

- 2 multicabos digitais Roland Digital Snake S-1608;
- 1 sistema de monitor por fones de ouvido Aviom (1 distribuidor A-16R e 5 mixers A-16II, interconectados por cabo de rede CAT5);
- 4 fones de ouvido Koss PortaPro;
- 1 fone de ouvido AKG K44;
- 2 caixas Oneal OPM-820 (uma amplificada e outra escrava);
- 6 microfones MB3-k;
- 1 sistema de microfone sem fio Audio-Technica AEW-4260 (receptor AEW-R 4100 e microfone AEW-T6100, com cápsula dinâmica hipercardióide);
- 1 sistema de microfone sem fio Audio-Technica AEW-4230 (receptor AEW-R 4100 e microfone AEW-T3300, com cápsula condensadora cardióide);
- 2 microfones condensadores Audio-Technica PRO45;
- 7 direct boxes ativos Lexsen LDI-100;
- 1 bateria eletrônica Roland V-Drums TD-9KX;
- 1 main power Pentacústica.

Vejam algumas fotos:

David Carlos passando o som com a banda da Associação de Músicos Batistas do ES (AMBEES).

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Banda da AMBEES, os mixers Aviom A-16II e a bateria Roland TD-9KX.

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No teclado está o Ministro de Música da SIB São Mateus, Judson Thompson. Fizemos o projeto de sonorização da igreja dele e saiu uma matéria na Backstage.

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Durante a passagem de som, o David Carlos usou um Phonic PAA3 para auxiliá-lo (apesar de ele não precisa disso... nunca vi um técnico de som com o ouvido igual ao dele para identificar frequências).

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Durante o dia, deixávamos a bateria exposta num ambiente dentro da igreja. Este, na bateria, é o Guto Ferrari, batera da banda Big Beatles. Ele timbrou a TD-9 e a deixou voando...

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Sobre o sistema:

1) Inicialmente usamos duas caixas apenas: as BLA-124. A pressão sonora era suficiente para atingir todo o público, mas percebemos que estávamos sacrificando um pouco as pessoas das primeiras filas. Então optamos por usar duas caixas no PA e duas no delay (BLA-123). Depois que montamos a segunda configuração, o som passou a ficar bem melhor distribuído no ambiente, sem sacrificar ninguém.

2) Gostei do timbre das caixas, apesar de achar que elas raspam um pouco nas frequências mais altas (entre 8 e 10k) e da pressão sonora. Várias bandas, com vários estilos diferentes passaram pelo palco e o sistema respondeu bem. Os amplificadores Crown... sem comentários... :D

3) Os músicos gostaram bastante do sistema Aviom, que é bem fácil de usar... nós gostamos mais ainda... :D

4) A bateria ficou show de bola, depois que o Guto Ferrari timbrou o brinquedo... nos intervalos, havia fila dos vários bateristas presentes ao evento para testá-la.

5) Os mics AT MB3-k são "pau prá toda obra". Ótimo desempenho com os diversos vocais que passaram pelo palco. Trabalhamos na mesa com a equalização dos canais de mic fletados.

Ah... prá terminar, uma visão da quadra cheia, durante um dos cultos. As caixas de delay estão identificadas pelos círculos vermelhos.

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Bom... é isso... se lembrar de mais alguma coisa, posto depois.

[]'s
 
Re: 95ª Assembléia Anual da CBEES - Caixas BTech, amps Crown

Show de bola, David, parabéns (como sempre).

Comentários...

1 sistema de monitor por fones de ouvido Aviom (1 distribuidor A-16R e 5 mixers A-16II, interconectados por cabo de rede CAT5)

3) Os músicos gostaram bastante do sistema Aviom, que é bem fácil de usar... nós gostamos mais ainda...

Pena que os pastores, quando descobrem o preço, passam a detestar o sistema. Mas pessoalmente acho que é a melhor pedida para bandas profissionais ($$), pois aí não precisa de técnico de monitor e de PA, só o de PA resolve tudo. Menos um salário, menos encargos, menos uma boca para sustentar... em 6 meses está pago!

Os mics AT MB3-k são "pau prá toda obra". Ótimo desempenho com os diversos vocais que passaram pelo palco. Trabalhamos na mesa com a equalização dos canais de mic fletados.

Também acho. É o mic dinâmico que eu mais gosto, em relação ao custo/benefício.

1) Inicialmente usamos duas caixas apenas: as BLA-124. A pressão sonora era suficiente para atingir todo o público, mas percebemos que estávamos sacrificando um pouco as pessas das primeiras filas. Então optamos por usar duas caixas no PA e duas no delay (BLA-123). Depois que montamos a segunda configuração, o som passou a ficar bem melhor distribuído no ambiente, sem sacrificar ninguém.

Você falou um ponto interessante e até controvertido. Temos visto no mercado diversos sistemas de "coluna de som" (Meteoro, B.Tech, JBL, Bose, Lando, etc). Eles são construídos com base no princípio de funcionamento dos Line-Array*, e são vendidos muitas vezes como se fosse "a solução de todos os problemas". Você provou que não é bem assim. Teve que colocar caixas de delay para cobrir o espaço da quadra todo (se for oficial, temos 40m de comprimento, esta aí não parece ser oficial, deve ter entre 30 e 35m de comprimento), sem sacrificar o pessoal da frente com o volume altíssimo.

Em resumo: não basta comprar, tem que PROJETAR, calcular o rendimento e então adequar à realidade, que foi o que o David fez.

Digo isto porque tem vendedor "empurrando" essas caixas como se fosse Line-Array. Elas tem inúmeras vantagens, mas não espere um milagre não. Milagre só com Jesus!

* a bem da verdade, os line-array, que surgiram depois, é que foram construídos a partir dos estudos das colunas de som. Inverto a ordem para ressaltar que quem compra essa caixa espera ter o resultado de um line-array, o que nem sempre vai ser obtido facilmente (chegar, colocar 2 caixas na frente e pronto, tudo está lindo e maravilhoso).

Por último, quero ressaltar a boa escolha do local. Sim, boa escolha mesmo. Já fiz toneladas de eventos em quadras semelhantes, e essa aí tem a ENORME vantagem de ter as laterais abertas. Com o local cheio, mesmo com o teto de zinco, a influência da acústica local é tranquila. Por outro lado, em quadra toda fechada... Deus ajude!

Fernando
 
Re: 95ª Assembléia Anual da CBEES - Caixas BTech, amps Crown

bersan disse:
Em resumo: não basta comprar, tem que PROJETAR, calcular o rendimento e então adequar à realidade, que foi o que o David fez.

Fernando.

A Bíblia nos ensina a dar honra a quem tem honra. Todo o trabalho de montagem e alinhamento do sistema, assim como a idéia de colocar o delay, foi do David Carlos.

[]'s
 
Re: 95ª Assembléia Anual da CBEES - Caixas BTech, amps Crown

A galera quer comprar estas caixas de coluna pagando o mesmo de um elemento de line array e quer ter potência e qualidade de um line com 16 elementos, nunca serão!

Tenho um certo receio a estas caixas de coluna, talvez até preconceito. Depois do david ter testado pode até ser uma boa... :mrgreen: :mrgreen:

Falando em David, será que todos que tem esse nome sacam de som? David Distler, Fernandes, Carlos...

Tô pensando em trocar de nome... :twisted: :twisted: :twisted:

Ótima organização, parabéns!
 
Re: 95ª Assembléia Anual da CBEES - Caixas BTech, amps Crown

bersan disse:
Pena que os pastores, quando descobrem o preço, passam a detestar o sistema. Mas pessoalmente acho que é a melhor pedida para bandas profissionais ($$), pois aí não precisa de técnico de monitor e de PA, só o de PA resolve tudo. Menos um salário, menos encargos, menos uma boca para sustentar... em 6 meses está pago!

É realmente o sistema Aviom é muito caro mais vale cada centavo, e em contra partida o pawerplay digital da behringer que é uma copia do Aviom jaja estará no mercado nacional com um preço mais acessível. Eu só não concordo em certo ponto com o seu pensamento meu amigo Bersan, para igrejas que só tem um operado ou bandas que estão começando agora o sistema de retorno Aviom é uma mão na roda, mais quando a coisa vai tomando uma proporção maior um técnico de monitor é indispensável. Sito como exemplo: IVETE SANGALO, DIANTE DO TRONO, ASA DE AGUIA , CESA MENOTE E FABIANO, que usa este sistema e mesmo assim tem um técnico de monitor. Como eu disse o sistema é bom mais é limitado a só 16 canais e claro tem que ter aquém que o configure, já penso si de repente der um problema no sistema no meio do show o técnico de PA vai te que larga o que esta fazendo pra tentar soluciona o problema ai não rola. E ao meu ver a uma diferença entre técnico de PA e Monitor. O técnico de PA tem a função de mixa o som pra galera, já o técnico de monitor tem a função de atender o artista e músicos, vejo este tipo de sistema como uma ótima ferramenta de trabalho para o técnico de monitor e não como algo que o faça ser extinto. :mrgreen:
 
Re: 95ª Assembléia Anual da CBEES - Caixas BTech, amps Crown

Parabens aos David's, :D
Tambem fiquei curioso com relação a essa marca das caixas, e de como funciona esse sistema da aviom da mesa ate o ouvido do músico !??!
 
Re: 95ª Assembléia Anual da CBEES - Caixas BTech, amps Crown

Deluna disse:
Falando em David, será que todos que tem esse nome sacam de som? David Distler, Fernandes, Carlos...

Ainda tem o Davi Vitalino (técnico da Banda Vencedores por Cristo), David Lisboa Neto (produtor e arranjador), Davi Heler Julião (guitarrista da Banda VPC e produtor musical), David... :D

medrmf disse:
Deluna disse:
A galera quer comprar estas caixas de coluna pagando o mesmo de um elemento de line array e quer ter potência e qualidade de um line com 16 elementos, nunca serão!

Tenho um certo receio a estas caixas de coluna, talvez até preconceito.

Somos dois,
para comprar caixas dessas, somente com um projeto oficial de um revendedor oficial, fora isso, é muito dinheiro de uma forma arriscada. Arriscado porque as caixas podem não responder como esperado, arriscado porque o sistema e o processador tem que que estar muito bem regulados para não mandar os falantes para o espaço e juntamente o dinheiro investido. Por exemplo, comprar Bose você comprar em muitas lojas, algumas até prometem fazer o projeto para você, mas a informaçãoque tenho é que só tem uma revendedora no Brasil, lá de São Paulo, que realmente tem e está oficialmente capacitada a trabalhar com o programa próprio da Bose que adequa o sistema ao ambiente.

Como toda caixa, este tipo tem sua aplicação. Elas não são line array e não podem ser comparadas com eles. São boas caixas e têm seu espaço no mercado. O que não se pode fazer é achar que este tipo de caixa é solução para tudo, assim como muita gente acha que line array pode resolver qq problema.

medrmf disse:
Não conhecia essa marca, pelo que vi é nacional. Você já conhecia? O que mais pode falar das caixas e do fabricante?

Rômulo, a BTech é nacional sim, mas não sei muito mais além disso. Há algum tempo atrás, o Fernando postou um tópico sobre elas... veja:

http://www.somaovivo.mus.br/forum/viewtopic.php?t=3616

As caixas têm boa sonoridade e aguentam um SPL razoável. É lógico, que com bandas de estilos mais pesados, deixam a desejar, mas em igrejas como as Batistas, Presbiterianas, Luteranas e outras semelhantes, com uma "pegada" mais light, são uma boa opção.

Victor disse:
... e de como funciona esse sistema da aviom da mesa ate o ouvido do músico !??!

O sistema da Aviom tem 16 canais. Vc manda os auxiliares pelo multicabo e os conecta no distribuidor A-16R. Do distribuidor sai um cabo de rede CAT5, que é conectado ao primeiro mixer A-16II. Conecta-se o primeiro mixer ao segundo, via cabo CAT5, e assim por diante até o último.

Da mesa, vc só envia um instrumento por auxiliar. Por exemplo: no auxiliar do baixo, vc só abre o baixo; no auxiliar da guitarra, vc só abre a guitarra e assim sucessivamente. No mixer A-16II, o músico terá todos os instrumentos individualmente e só abrirá o volume daqueles que quiser escutar.

É bem simples de montar e facílimo de usar.

Pode-se também usar o sistema Aviom (ou outro similar) com monitores amplificados ao invés de fones de ouvido. É só plugar um cabo na saída de fone do A-16II (ela é projetada prá isso) e conectar à entrada do monitor amplificado. Pronto! O músico poderá mixar seu monitor do jeito que quiser.

[]'s
 
Re: 95ª Assembléia Anual da CBEES - Caixas BTech, amps Crown

poxa que legal e prático esse sistema, muito bom mesmo, sai quanto em média esse sistema para 6 músicos ?
 
Re: 95ª Assembléia Anual da CBEES - Caixas BTech, amps Crown

Victor disse:
poxa que legal e prático esse sistema, muito bom mesmo, sai quanto em média esse sistema para 6 músicos ?

Rapaz... acho que está na casa dos R$ 15k aos R$ 18k.

[]'s
 
Re: 95ª Assembléia Anual da CBEES - Caixas BTech, amps Crown

Só pra completa você pode manda o sinal do instrumento direto do direct out da mesa ou fazer grupos e enviar para distribuidor A-16R da Aviom e utilizar o auxiliar para outra função. :mrgreen:
 
Re: 95ª Assembléia Anual da CBEES - Caixas BTech, amps Crown

Edu,

Eu também acho que o técnico de monitor tem um lugar importante na banda. Que o diga o U2, que praticamente tem um engenheiro de som para cada componente!

Mas, se você fosse o dono da banda, o cara que faz as contas no final do mês, depois de investir seus 20 mil em um sistema desses e ver que os músicos podem se virar sozinhos quase sempre, é quase certo que algum salário vai rodar, como forma de retorno do investimento.

É o mercado. Se você automatiza uma função, quem antes operava manualmente o sistema irá rodar fora. E outra pessoa assumirá a responsabilidade no caso de problemas. Numa banda, por exemplo, pode eleger um roadie para, em caso de falha do Aviom, fazer papel de técnico de monitor, como quebra galho.

Fernando
 
Re: 95ª Assembléia Anual da CBEES - Caixas BTech, amps Crown

Bersan,

E como eu falei anteriormente pra igrejas e bandos que estão começando rola, mais quando a coisa vai tomando uma proporção mai. profissional você tem que ter um técnico, vou te dar um exemplo do que estou falando.

Um empresário tem uma dupla sertaneja que esta começando a fazer sucesso, ele contrata um técnico pra fazer o som e músicos: baterista, baixista, guitarrista, tecladista e alguém da dupla toca o violão. O técnico resolve que todos vão usar fone pra facilitar o seu trabalho que é fazer o PA e Monitor ao mesmo tempo. Como é uma dupla nova e que não tem muitos recursos eles comprão uma 01V como mesa, 2 in ear para dupla e suponhamos que o powerplay digital da behringer já foi lançado, 4 elementos para os músicos. Tudo funcionado perfeitamente com a sequente configuração. No powerplay digital dos 16 canais 8 são para bateria, 2 para dupla e 4 para instrumentos, no total 14 canais usados tudo isso saído via direct out da mesa direto para distribuidor do powerplay. Os in ear vão em 2 auxiliares da mesa. Só que a dupla começa a fazer sucesso, toca em outas cidades gravam CD e com isso novos investimentos são necessários. A banda ganha uma percussão aparece uma sanfona agora tem um músico só pro violão 2 backs 2 roads a mesa muda de 01V pra uma LS9 mais elementos do powerplay são comprados para atender os músicos.
Antes a banda cabia inteira nos 16 canais do powerplay digital os músicos tião o controle, se o baixista quisesse só o bumbo no fone dele ele só aumentava o bumbo. Mais agora a configuração mudo, pra caber todos nos 16 canais o técnico teve que fazer grupos de determinados instrumentos com isso o músico só ouve o geral, ele perde o controle como acontecia antigamente, si antes o baixista queria ouvir só o bumbo da bateria em seu retorno agora ele tem que ouvir a bateria inteira no canal do grupo da bateria. A gora é que vem o problema os músicos começam a reclama o empresário questiona que fez um investimento auto e que antes estava bom e agora todo mundo esta reclamando e te exige uma solução para o problema. A solução encontrada é direcionar um auxiliar para cada músico, assim o técnico pode fazer os ajustes necessários para cada músico.

Citei este exemplo como modo de demostra que estes sistemas são uma mão na roda quando a coisa é pequena mais quando vai tomando uma proporção maior ele passa á não ser tão eficaz. Como disse anterior mente ele é uma boa ferramenta para o técnico usar com músicos mais para o artista prefiro in ear, e outra quando a banda faz sucesso o investimento é auto pra se mante e pra se manter o show tem que ser um espetáculo ai tem que separa as coisas técnico de pa é de pa de monitor é de monitor.
 
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