Olá a todos,
este sábado participei de duas situações interessantíssimas que ilustram bem os problemas elétricos que enfrentamos nas igrejas, entre outros.
Pela manhã, das 09:00 às 11:30hs, participei (junto com alguns membros daqui do Fórum) da montagem do rack abaixo:
Tudo novo, tirado da caixa.
Só plugue Santo Angelo (P10) e Amphenol (os XLR), cabos todos novos. Completa o rack uma mesa Ciclotron CSM 16 IS R (Full R.F.I. Supression).
Rack montado para a sonorização de um templo em um Anfiteatro. Tudo feito bonitinho, todos os cabos testados, feito RTA do som do local para poder chegar à equalização, tudo o que podemos fazer para ter um som bom e não ter problemas na hora do evento.
Ao final, problemas persistiram:
- a instalação elétrica local é 127V com um disjuntor de 20A. Só o amplificador que mandaram para a nave principal (Oneal Op 8000) tem um fusível de 25A, e o disjuntor desarmou no momento em que ligamos esse amp. Ou seja: a instalação elétrica terá que ser revista totalmente
- mesmo a mesa tendo proteção contra Interferência de Radio Frequência (Full R.F.I. Supression), dava para ouvir rádio no fundo nos Auxiliares. E olha que todos os cabos são balanceados ou no tamanho mínimo possível. Ficamos sem conseguir resolver o problema.
- O tomadeiro que compraram, da Oneal, tem 3.300 Watts em 120V, e a firma que vendeu sugeriu colocar todos os equipamentos ligados nele. O problema é que o tomadeiro de 3.300 Watts vem com um fusível de 15A em 120V, o que pela Lei de Ohm dá:
Potência = Voltagem x Amperagem = 120V x 15A = 1800Watts.
Está escrito na serigrafia do aparelho: 3.300 Watts em 120V, 6.600 Watts em 220V. Fusível de 15A em 120V ou 7,5A em 220.
Ou alguém está "exagerando" na potência suportada pelo tomadeiro, ou não conhece a Lei de Ohm, ou está aplicando o valor de 50% de consumo típico dos aparelhos. Não há problema algum nisso, mas deveria estar explícito no manual do aparelho.
Só que o amplificador Op 8000 consome 3.000 Watts, o Op 5500 consome mais 1.400 Watts, fora mesa e equalizador. Pelo sim pelo não, deixamos no tomadeiro apenas mesa, periférico e o Op 5500, consumo aproximado de 1.800 Watts mesmo.
Aí, saio de lá e vou na casa de um primo meu, onde estava havendo um aniversário de um ano de trigêmeos (sim, trigêmeos)! Chego lá, era um sítio, e contratam DJ´s para rolar músicas que iam de Xuxa a pagode, passando por forró e outros gêneros. Vejam só:
Um Micrologic M1000 (excelente amplificador, mas já deve ter uns 20 anos de uso, pelo menos), Gradiente H-2 (mais velho ainda que o Micrologic), um pré e um equalizador Cygnus velhos, já com botões quebrados, e um crossover Rane (excelente marca). Tudo mal-tratado, sujo, imundo, com conectores de 1,00, cheio de adaptadores para fazer as ligações, os cabos todos bagunçados em um "balaio de gato" que acho só eles conseguiam entender. O "menos feio" era um mesa LL Audio, que parecia ser semi-nova.
A energia, puxaram da primeira tomada que encontraram por perto, em um local que parecia ser um depósito velho.
E, segundo me informei, estavam tocando som direto, desde às 09:00hs da manhã, sem parar. Saí de lá às 16:30h, com festa que parecia entrar noite à dentro, e o DJ com o som alto e pessoal dançando.
Fico com a impressão que fazer as coisas na igreja é realmente mais difícil que fazer qualquer coisa relativo à sonorização de músicas mundanas. Por mais que nos esforcemos, o diabo tenta de todas as formas atrapalhar a pregação da Palavra de Deus. Ai de nós se deixarmos de vigiar.
Um abraço,
Fernando
este sábado participei de duas situações interessantíssimas que ilustram bem os problemas elétricos que enfrentamos nas igrejas, entre outros.
Pela manhã, das 09:00 às 11:30hs, participei (junto com alguns membros daqui do Fórum) da montagem do rack abaixo:
Tudo novo, tirado da caixa.
Só plugue Santo Angelo (P10) e Amphenol (os XLR), cabos todos novos. Completa o rack uma mesa Ciclotron CSM 16 IS R (Full R.F.I. Supression).
Rack montado para a sonorização de um templo em um Anfiteatro. Tudo feito bonitinho, todos os cabos testados, feito RTA do som do local para poder chegar à equalização, tudo o que podemos fazer para ter um som bom e não ter problemas na hora do evento.
Ao final, problemas persistiram:
- a instalação elétrica local é 127V com um disjuntor de 20A. Só o amplificador que mandaram para a nave principal (Oneal Op 8000) tem um fusível de 25A, e o disjuntor desarmou no momento em que ligamos esse amp. Ou seja: a instalação elétrica terá que ser revista totalmente
- mesmo a mesa tendo proteção contra Interferência de Radio Frequência (Full R.F.I. Supression), dava para ouvir rádio no fundo nos Auxiliares. E olha que todos os cabos são balanceados ou no tamanho mínimo possível. Ficamos sem conseguir resolver o problema.
- O tomadeiro que compraram, da Oneal, tem 3.300 Watts em 120V, e a firma que vendeu sugeriu colocar todos os equipamentos ligados nele. O problema é que o tomadeiro de 3.300 Watts vem com um fusível de 15A em 120V, o que pela Lei de Ohm dá:
Potência = Voltagem x Amperagem = 120V x 15A = 1800Watts.
Está escrito na serigrafia do aparelho: 3.300 Watts em 120V, 6.600 Watts em 220V. Fusível de 15A em 120V ou 7,5A em 220.
Ou alguém está "exagerando" na potência suportada pelo tomadeiro, ou não conhece a Lei de Ohm, ou está aplicando o valor de 50% de consumo típico dos aparelhos. Não há problema algum nisso, mas deveria estar explícito no manual do aparelho.
Só que o amplificador Op 8000 consome 3.000 Watts, o Op 5500 consome mais 1.400 Watts, fora mesa e equalizador. Pelo sim pelo não, deixamos no tomadeiro apenas mesa, periférico e o Op 5500, consumo aproximado de 1.800 Watts mesmo.
Aí, saio de lá e vou na casa de um primo meu, onde estava havendo um aniversário de um ano de trigêmeos (sim, trigêmeos)! Chego lá, era um sítio, e contratam DJ´s para rolar músicas que iam de Xuxa a pagode, passando por forró e outros gêneros. Vejam só:
Um Micrologic M1000 (excelente amplificador, mas já deve ter uns 20 anos de uso, pelo menos), Gradiente H-2 (mais velho ainda que o Micrologic), um pré e um equalizador Cygnus velhos, já com botões quebrados, e um crossover Rane (excelente marca). Tudo mal-tratado, sujo, imundo, com conectores de 1,00, cheio de adaptadores para fazer as ligações, os cabos todos bagunçados em um "balaio de gato" que acho só eles conseguiam entender. O "menos feio" era um mesa LL Audio, que parecia ser semi-nova.
A energia, puxaram da primeira tomada que encontraram por perto, em um local que parecia ser um depósito velho.
E, segundo me informei, estavam tocando som direto, desde às 09:00hs da manhã, sem parar. Saí de lá às 16:30h, com festa que parecia entrar noite à dentro, e o DJ com o som alto e pessoal dançando.
Fico com a impressão que fazer as coisas na igreja é realmente mais difícil que fazer qualquer coisa relativo à sonorização de músicas mundanas. Por mais que nos esforcemos, o diabo tenta de todas as formas atrapalhar a pregação da Palavra de Deus. Ai de nós se deixarmos de vigiar.
Um abraço,
Fernando