Em um amplificador, temos dois canais independentes.
Você pode ligar uma fonte sonora em um canal, outra fonte no outro canal.
Você pode fazer um funcionar e deixar o outro sem funcionar.
Você pode em um canal ligar uma impedância e no outro canal outra impedância, sem problemas (desde que se respeite a impedância mínima por canal).
Enfim, um amplificador de potência de dois canais nada mais é que dois circuitos totalmente independentes de amplificação, que compartilham um mesmo gabinete e uma mesma fonte de alimentação (isso nos novos, na década de 1970 era comum haver duas fontes, dois cabos de energia, etc).
Mas existe o modo bridge, "ponte" em inglês. Neste caso, os dois canais não trabalham separados, mas sim juntos. As potências são somadas, e as impedâncias também.
Exemplo prático:
amp de 400W@4 Ohms/canal.
em modo brigde, temos:
800W@8 Ohms. 400+400, 4 Ohms + 4 Ohms.
Nota importante: nem todo amp é preparado para trabalhar em bridge. Isso é feito desde o projeto. Se alguém tentar fazer isto em um amp comum, vai queimá-lo.
Bridge na prática:
Modo bridge é muito interessante para "empurrar" subwoofers. Veja:
Se você tem dois subs de 600W cada @ 8 Ohms, você precisará de...
um amp com 1.200W por canal em 8 Ohms (mais ou menos um amp de 4.800 Watts totais em 4 Ohms)
ou...
dois amps de 1200W totais (2x 600W @ 4 Ohms) que trabalhe em modo bridge
Ainda que sendo necessário dois amps, a segunda opção sai bem mais barato.
Um abraço,
Fernando