Olá gente,
Curiosidade, sempre pensei que um line teria que ser composto por no minimo 4 caixas por lado, e de acordo com as dimensões do local ampliaria sempre em números pares, está certo esta afirmação?
A fórmula do cálculo de cobertura vertical do line leva em conta a
altura do empilhamento de caixas. Lines de pouca altura em geral não passam de caixas empilhadas, sem o devido efeito do acoplamento.
Agora, daí a dizer que no mínimo 4 caixas por lado... complicado. Tudo dependerá dos cálculos, da distância a ser atingida e do modelo de caixa a ser utilizada.
Agora, quanto ao uso de números pares, isto realmente não é necessário. Exemplo:
Imaginemos que para Distância de Fresnel* de no mínimo 15 metros, precisemos de um empilhamento de 1,5 metro (chute, não é o cálculo real).
Com o modelo X, de 40cm de altura, precisaremos de 4 caixas.
Com o modelo Y, de 60cm de altura, precisaremos de 3 caixas
Com o modelo Z, de 30cm de altura, precisaremos de 5 caixas.
* a distância até onde o conjunto de caixas se comporta como um só, com dispersão sonora cilíndrica, ou seja, funcionando como um line-array de verdade.
Mas note que os sistemas Y e Z serão ativos, enquanto o X pode ser ativo ou passivo. Em lines passivos, onde temos que calcular impedância na hora de ligar nos amps... só trabalhando com pares mesmo. Até dá para fazer com um número ímpar de caixas em sistema passivo, acrescentando um amp específico para estas caixas, mas haja complicação.
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Raphael escreveu:
Em sistemas passivos também é possivel, basta fazer os ajustes num processador colocado antes dos amps do sistema, por isso esses processadores são chamados de gerenciadores de sistema, tem os dbx 260, Driverack PA, 4800 e por ae vai, tem os BSS 366, acho que até um Behringer faz esse tipo de trabalho onde vai se gerenciando o sistema de caixas por zona, caixas mais perto do publico o gerenciador diminui o sinal enviado e assim por diante.
Sim, eu sei. O grande detalhe é este: processamento, ou melhor, alguém que saiba fazer isto.
Imagine o desenho que você mesmo apresentou, mas agora com 6 caixas, todas passivas. Duas apontadas para o fundo (+3dB), duas para o meio (0dB) e duas para o local mais próximo (-3dB); isto em duas torres (L/R). Temos um total de 12 caixas, todas de 8 Ohms.
Em um sistema passivo, ou seja, caixas + amp, será necessário ter um amp dedicado para cada um desses conjuntos, de forma a casar as impedâncias (4 caixas por amp, 4 Ohms impedância final). Cada amp terá volumes ajustados de forma diferente. Amp do fundo no máximo, amp do meio em -3dB, amp da frente em -6dB.
Complicado, não? Agora imagine isto com uma pilha de 12 caixas... Quantos cabos, quantos amps, quantos cálculos...
Por outro lado, com caixas ativas, é só ajustar o volume em cada amp de caixa e pronto, resolvido. A única preocupação é ajustar o volume em relação a posição da caixa no empilhamento.
Agora, nesta caixa da JBL, temos o melhor dos dois mundos. Uma pequena chave para ser acertada em relação à posição da caixa no empilhamento, e todos os amps com o volume no máximo.
Note a vantagem: como a mudança é na caixa, um único amp bem potente resolveria o que no sistema passivo "tradicional" exigiria vários amps. O amp "parrudão" entregará a potência igual a todas as caixas, mas cada uma tem um acerto de volume próprio, na própria caixa, mesmo em um sistema passivo.
E sim, um processador (Driver Rack dbx, Behringer DCX) resolveria isto também. O problema é achar um técnico que SAIBA fazer isto de forma correta. O sistema passivo tradicional é o mais propenso a erros, enquanto os outros dois (ativo ou este novo JBL) tem a tendência a simplificar tudo.
Entretanto, a limitação dessas JBL está clara. Estas caixas pode ser usado em sistemas onde volumes tem variação de 6dB (+3, 0, -3). Em sistemas que necessitam de mais que isto, não serve.
Um abraço,
Fernando