Capacitores e divisores

VEQ ou PEQ??
O único VEQ que conheço não é um tipo de filtro, mas sim um plugin de equalização que fornece vários tipos de filtros.
VEQ seria Vintage (ou British) EQ. Nada mais que uma "visão exotérica" de um EQ parametrico com frequencias medias mais presentes.

Em geral, utiliza-se PEQs (atenuação e ganho) para corrigir a resposta de frequência em relação a resposta desejada.
Agora, para mexer diretamente com a fase de uma das vias e "gerar acoplamento" com a sua via adjacente na frequência de crossover, aplica-se delay (na via que estiver mais adiantada) de forma que ambas as curvas de fases se sobreponham nessa frequência...
Erro comum : para frequência usa EQ , para fase - delay. Na realidade se Voce mexer na distribuição dos "ganhos" das harmônicas via EQ inevitavelmente vai puxar a fase pra la ou pra ca exatamente na regiao onde Voce esta mexendo. Ja o delay (isso se Voce ainda achar um circuito de precisão para controlar microssegundos ) vai atrasar o grupo todo das frequências.
OBS : Nao li restante logo deixo so comentários de teoria.

Abrcs,
andry110
 
VEQ seria Vintage (ou British) EQ. Nada mais que uma "visão exotérica" de um EQ parametrico com frequencias medias mais presentes.
Interessante Andrei. Havia encontrado somente o plugin V-EQ4 (Vintage equalizer plugin).
Você conhece algum processador digital que contem esse filtro VEQ?
Erro comum : para frequência usa EQ , para fase - delay.
Estava referindo ao procedimento comum de alinhamento que pode ser encontrado, por exemplo, nos papers da EAM. Em tal procedimento, utilizam-se PEQs em cada via para obter a resposta alvo e, por último, o delay para compensar a diferença de tempo entre elas. Dessa forma, o delay levará em consideração a latência introduzida por todos os PEQs e etc.

Na realidade se Voce mexer na distribuição dos "ganhos" das harmônicas via EQ inevitavelmente vai puxar a fase pra la ou pra ca exatamente na regiao onde Voce esta mexendo.

Exato Andrei, concordo com o que disse. Mas para mim é meio esdrúxulo esse lance de compensar o delay entre o driver e woofer em uma caixa de 2 vias, por exemplo, somente com equalização. Caso isso seja possível, acredito que não seja eficiente no sentido de apresentar um bom compromisso entre resposta de frequência e de fase.

Simulando uma caixa full-range de 2 vias no LspCAD, já consegui fazer com que o woofer e driver ficassem em fase somente brincando com filtros assimétricos e frequências de corte ligeiramente assimétricas.

Por outro lado, pensando em filtros (LPF e HPF) simétricos que possuem fases teóricas idênticas, como o LR-24, para:
  • tentar conservar a fase de cada filtro;
  • aproximar a resposta de frequência real da teórica;
não vejo nada mais eficiente do que compensar o atraso entre as vias por meio do delay.
 
Simulando uma caixa full-range de 2 vias no LspCAD, já consegui fazer com que o woofer e driver ficassem em fase somente brincando com filtros assimétricos e frequências de corte ligeiramente assimétricas.
A realidade 'e mais cruel que simulação...
Toda topologia de filtros de alta ordem (alem de L-R) traz modificação de fase. Junto com parâmetros reais dos alto-falantes isso piora resultado final. E nao estou falando de parâmetros TS.Estou considerando parâmetros reativos dos AF em modo de grandes sinais.Nessa situação so sabemos "chutar" mais ou menos com certo grau de adivinhação e mesmo assim ja estamos satisfeitos com isso.E tendo um mais de controle (EQ vs Fase , por exemplo) so aumento este grau de satisfação. A diferença entre as grandes marcas hoje frequentemente 'e no grau de acerto alguns porcentos mais que concorrente.
Entao digo assim : para ter uma coisa redondinha basta operar por delay , quer caçar mais "formigas" - tem EQ e topologia dos cortes dos filtros.

Abrcs,
andry110
 
A realidade 'e mais cruel que simulação...

Sem dúvidas! Compreendo que a modelagem via simulação computacional fornece apenas uma aproximação (ou representação) LIMITADA e IDEALIZADA da realidade. Todo modelo, seja ele físico ou computacional, possui as suas limitações e restrições. Não podemos considerá-lo como verdade absoluta. A lei de Ohm, por exemplo, V = Ri, só é valida para resistores ditos lineares ou ôhmicos.

No caso da teoria de Thiele e Small, ela só descreve bem o comportamento do AF na caixa para deslocamentos do cone dentro da região de xmáx linear. A partir daí, como você bem disse, o comportamento do sistema deixa de ser previsível.

Em relação aos projetos de caixas acústicas, entendo que a caixa simulada por software é somente um resultado inicial - e não final, como tenho visto muitos “projetos” por aí. Não basta somente simular, é preciso efetuar medições...

No caso da minha simulação, havia importado as curvas de SPL e de impedância de cada transdutor e estava otimizando os filtros via software. O objetivo era alinhar as fases efetivas de ambas as vias – apenas isso, mais ou menos como neste material
http://www.ti.com/lit/ug/tidu035/tidu035.pdf
Mas é possível também nesse software ter uma noção do que poderia acontecer com sistema recebendo a máxima potência, considerando o aquecimento da bobina, a não linearidade da rigidez do falante, compressão de potência e etc. Confesso-lhe que não tinha dado muita atenção para essa parte, mas depois que li seu comentário sobre níveis de grandes sinais, reli o manual do software. Foi bom ter comentado sobre isso. Obrigado.

Embora o alinhamento do tempo dos transdutores pode ser considerado como um detalhe, caçar formigas, o vejo como ESSENCIAL para se obter um padrão de radiação otimizado.




n160fig7.gif


Esquerda: sem alinhamento no tempo e direita: com alinhamento no tempo
Interessante que neste paper de 1976 intitulado "Active Crossover Networks for Non-coincident Drivers," Siegfried Linkwitz e Riley, recomendam que para um melhor desempenho do crossover:

  • os drivers e woofers devem ser alinhados, fisicamente ou eletronicamente via delay ;

  • distância vertical, D1, entre ambos transdutores deve ser menor ou igual a 1 comprimento de onda – o que fatalmente amarra a frequência de corte nesta equação: Fc = V_som/D1
E hoje, em pleno 2016, vemos “caixas” com transdutores de vias adjacentes espaçados a quilômetros de distância rsrs. E alguns fabricantes somente agora estão se tocando que o monitor coaxial pode ser uma boa opção.
Ou seja: Conhecimento cientifico é difundindo lentamente, enquanto que "groselhas" são propagadas na velocidade da luz.
 
Última edição:
hehehe (obs : para mim esse desenho tem que ser banido do internet , kkk)

Embora o alinhamento do tempo dos transdutores pode ser considerado como um detalhe, caçar formigas, o vejo como ESSENCIAL para se obter um padrão de radiação otimizado.



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Esquerda: sem alinhamento no tempo e direita: com alinhamento no tempo

Pergunta para todos!
Valendo uma resposta aberta (mini aula , quem sabe) para pergunta "adequada" de vencedor : como seriam esses desenhos para caso caixa com configuração mais popular "de toda gente que pesa que ja ja vai fazer um line-array mas no final so sai line-errei" tipo : 2x12" (ou 2x10") e no meio - um "troço de onda vendido no mercadomorto.com.br" que aceita qualquer driver para qualquer altura de gabinete e qualquer frequência de corte???..
Pergunta complementar : quem conhece alguma caixa INDUSTRIALIZADA (de marca decente) com esquema de posicionamento igual no desenho do nosso colega Matheus?Digo : corneta TAO longa e imas de modo TAO desalinhadas.

Abrcs,
andry110
 
hehehe (obs : para mim esse desenho tem que ser banido do internet , kkk)

Eita, rsrs!! Por quê Andrei?

Pergunta complementar : quem conhece alguma caixa INDUSTRIALIZADA (de marca decente) com esquema de posicionamento igual no desenho do nosso colega Matheus?Digo : corneta TAO longa e imas de modo TAO desalinhadas.

Esse desenho foi extraído do site da Rane. Deveria ter citado este link:
http://www.rane.com/note160.html

Para caixa industrializada de marca decente, o usuário não precisa se preocupar em saber:
i) alinhar o driver e o woofer no tempo,
ii) qual filtro é melhor usar, LR-24, BW-24 ou LR-48, para fazer os cortes do AF e driver,
porque as caixas já vem processadas internamente ou externamente e, certamente, com a diferença de distancias entre as bobinas dos transdutores otimizadas.

Agora, pensando no sujeito que já possui um crossover ativo ou processador digital e pretende otimizar a performance da caixa projeto Selenium composta por 12pw3 /d220ti acoplado na corneta HM2525, esse conhecimento é importante. No artigo da caixa VBT115A2 composta pelo 15pw5+d220ti, recomenda-se, para uso em bi-amp, aplicar um delay de 0.290 ms na via de graves (do woofer).
 
Última edição:
distância vertical, D1, entre ambos transdutores não deve ser menor ou igual a 1 comprimento de onda – o que fatalmente amarra a frequência de corte nesta equação: Fc = V_som/D1
Sempre li que deveria ser de no máximo 1/2 comprimento de onda, mas preferível até 1/4

Essa discussão está interessante, vou acompanhar...
 
Vou ajudar mais um pouco: como seria o desenho de "cobertura" para imas desalinhadas no caso de MTM (projeto D'Appolito) ?
OBS : ja to indicando ate o nome !!!
 
Ops, não tem esse NÃO na minha frase!!

Frase corrigida: a distância vertical, D1, entre ambos transdutores deve ser menor ou igual a 1 comprimento de onda.

A recomendação é que essa distância D1 seja a menor possível para minimizar o número de lóbulos de radiação e lobing error no plano vertical.

Este artigo, em português, apresenta a definição do termo lobing error.
http://www.hotsound.com.br/img/File/artigos/crossovers_linkwitz_riley.pdf

Em relação a 1/4, 1/2 e 1 comprimento de onda, se duas caixas estiverem espaçadas centro a centro a 1/4 de lambda da frequência de corte superior, o acoplamento será o máximo possível até essa frequência. E o mínimo para lambda exatamente igual a 1 comprimento de onda.

Para o caso de uma caixa de 2 vias com falante de 10" (25, 4 cm) e "tweeter" de 4" (10,1 mm) , a menor D1 que se consegue é de 17, 7 cm. Supondo uma frequência de corte de 1k7 Hz, que corresponde a lambda em torno de 20 cm , temos D1 < = lambda e, consequentemente, o padrão de radiação da caixa será superior ao de uma caixa com D1 = 27 cm. Neste último caso, de acordo com LR, não haverá uma combinação eficiente da resposta polar de ambos os transdutores. Evidentemente, a medida que essa separação aumenta, os transdutores tenderão a trabalhar de forma independente em termos de resposta polar.
 
e no meio - um "troço de onda vendido no mercadomorto.com.br" que aceita qualquer driver para qualquer altura de gabinete e qualquer frequência de corte???..

Seria necessário ter espírito de advinhação para saber qual é a "cobertura" desse "troço de onda" rsrs:D:D!!!

No caso desta guia de ondas da bomber, creio que o ímã do driver ficaria defasado mecanicamente em relação aos imãs dos dois falantes.

descricao.jpeg


A pergunta foi sobre "COMO VAI FICAR" o desenho de inclinacao da diagrama no caso de MTM. Ja que com um AF tem inclinacao devido a diferença de posicionamento das imas com dois AF um compensa o outro. Nao é ??? :cool::p
OBS : O desenho do projeto de D'Appolito em si eu conheço perfeitamente :D:D!

"um compensa o outro. Nao é"

Faz sentido, mas como tenho que pesquisar mais sobre o D' Appolito, prefiro não esticar os meus comentários sobre esse caso do line errei.

OBS: Sei que sim. Já tinha visto esse desenho também, o anexei para mostrar para quem não conhece.;)
 
Última edição:
@andry110, sobre o caso do "line errei" com 2x12" ou 2x10" na configuração MTM na horizontal, estilo caixa central de HT, obtive este desenho preliminar de padrão de cobertura

coberture.png

o qual privilegia a cobertura no eixo e apresenta sérios problemas de cobertura fora do eixo.

Mudando a distância do imã do driver, cheguei neste outro padrão:

com_delay.jpg


Aqui tem um desenho de padrão de cobertura de um line MTM extraído do site
http://sound.westhost.com/articles/pa.htm

pas_sound_westhost.png.png


Mudando o tipo de filtro, obtive também este padrão

polar2.png
 
Então, ao invés de se obter um caixa com cobertura horizontal “homogênea” de digamos 100° ou 120°, a cobertura desejável de uma célula de line, há grandes chances de se obter uma cobertura horizontal extremamente estreita com picos no eixo. Na melhor das hipóteses, obtém-se uma cobertura horizontal média de digamos 120° para uma dada freqüência alta, porém com vários eixos de cancelamento, como nesse exemplo em 1 k Hz. Faz sentindo chamá-la de "line errei" ;):D!!

teste52.png
 
Pois é ...
Seria uma das coisas importantes.
Tem outras tb pois isso Voce nao ve como unico elemento (imagine que temos colegas aqui sugerindo "alinhar" sistema elemnto por elemento:mad:).Tem que enxergar o conjunto.E neste caso diagrama afina mais ainda.
E depois , o cara aplica (leia : gasta) amp, processador/crossover , EQ e etc - e fala que tem Line pelo metade de valor se comparar com marca decente.
E questão de "troco de onda" deve ser discutido tb pois não tem forca que me faz acreditar que único modelo oferecido no mercadolivre atende driver de qq diâmetro ,de qq Fs , de qualquer volume de camera de compressão (e etc.) de forma universal.Nao mesmo...

Abrcs,
andry110
 
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