Choque ao tocar

Olá gente, sou novo por aqui, mas vou tentar ajudar com alguns conhecimentos técnicos. Sou formando em engenharia elétrica. Vou tentar desmistificar algumas coisas e tentar explicar alguns mistérios dos choques em equipamentos de áudio.

Vamos lá...

Há muito tempo atrás algumas pessoas citavam problemas em equipamentos eletrônicos com choque em sua carcaça. Chamavam até de "rabo quente" (esdrúxulo, mas até meu professor falava assim).

Bom, isso acontece devido a falta de polaridade de nossas tomadas e uma má instalação. Quem de vocês sabe em qual lado deve estar a tomada para ligarmos o neutro e a fase em posição de acordo com que o fabricante definiu? E comumente acabamos ligando sem saber a fase invertida. Como nossa rede é senoidal o equipamento irá funcionar do mesmo jeito, porém alguns dispositivos eletrônicos ligam o neutro a carcaça do transformador e a do equipamento. Consequência: quem encosta na carcaça toma um belo choque de 127 VAC.
Solução: Inverte a tomada e como um passe de mágica os choques param. hehe

Mas não é só esse o problema... o aterramento das instalações elétricas no Brasil são um desastre! Ninguém segue as normas! Por isso os eletricistas acabam ligando o pino terra do equipamento ao neutro (um jump) ou seja liga ao neutro ao terra do equipamento e aí surgem 2 problemas:

- o 1º é parecido com o problema anterior só que agora a tomada tem o pino terra, porém o eletricista pode ao invés de ligar o terra ao neutro ligá-lo a fase e então temos fase no terra do aparelho e novamente tomamos um belo choque na carcaça.

- o 2º é que o seu neutro apesar de neutro costuma ter uma certa tensão devido a resistência e a corrente no fio, essa tensão costuma em instalações mal feitas chegar a 20V ou até mais dependendo da carga. Você então leva um choque que não chega a ser mortal, mas você sente! Esse choque acontece em relação a terra (nesse caso o chão e se ele estiver molhado temos um sério problema).

Outra coisa: Uma haste no chão, se não estiver conectada ao seu sistema não resolve em nada! Ou seja pegar o pino terra e conectá-lo diretamente a uma haste e enfiá-la no chão é mesma coisa que nada! E muita gente faz isso. Mas sobre isso eu posso explicar depois...

Espero ter ajudado.
 
Olá Rogério,

ajudou sim. Mas ficou o gostinho do quero mais.

Sábado passado conversei com o Henrique Elisei, da Pentacústica. Era um curso, ele falando de som... a conversa andou para o lado da elétrica e se alguém não tivesse lembrado que o curso é de sonorização, íamos o dia inteiro falando sobre eletricidade. Ah, detalhe - o Henrique sabe muito de som!

Alguém precisa urgente fazer a "receita-de-bolo" da eletricidade para sonorização. O que as pessoas fazem de errado comumente, porque é errado e como fazer certo.

Um abraço,

Fernando
 
Oi bersan,

Eu estava meio sem tempo de acessar o fórum por causa de um projeto, mas acabei, e agora eu,
provavelmente, terei um tempo para dar essas dicas. Vou ver se faço em um formato de artigo com uns
desenhos para melhorar a visualização.

Abraços
Rogério
 
Shalom pessoal!

Eu estou tendo problemas em relação a choques em microfones na minha igreja, também. Porém, o meu caso é um pouco diferente: O pastor que canta sempre reclamou que o microfone estava dando choque ao encostar a boca no globo. Nesse final de semana, nós estávamos organizando o equipamento para ensaiarmos e o pastor estava passando o vocal sem tomar choque. Quando eu liguei a guitarra, ele falou que "deu um pipoco" na boca dele, que o problema era com a guitarra...

O que será que pode ser? Hoje eu estou ligando a guitarra -> pedaleira -> amplificador -> saida out do amp p/ line da mesa.
 
Exite uma solução possível...

faça um aterramento com haste de cobre e conecte no chassi dos amplificadores. Daí com certeza vai acabar esse problema. Talvez quando você liga a guitarra a fonte de alimentação da pedaleira, passe um pouco de corrente elétrica.

Espero ter ajudado.
 
Ola prezados, a Paz do Senhor.

Conforme o colega Rogerio N. citou, todas as suas sugestões são importantíssimas.

1 - Polarização das tomadas
2 - Aterramento adequado (feito por profissional)

Mas, vou dar mais uma sugestão: Muitas vezes nós nos preocupamos em investir em equipamentos, mesas, periféricos, caixas e etc, e não nos preocupamos (ou investimos muito pouco) em instalação e proteção elétrica, seja ela definitiva (como em templos, por exemplo), ou itinerante, no caso dos colegas que trabalham com aluguel de som.

No caso de instalações definitivas, não há dúvida de que é necessário e mais fácil revisar e adequar a instalação aos padrões mínimos de segurança e funcionalidade. Neste caso, vou descrever os passos mais importantes para este processo.

1 - Verificar balanceamento das cargas do quadro Geral de distribuição de circuitos (isto ajuda a não sobrecarregar uma fase enquanto que outra fica quase sem carga, gerando picos ou mergulhos de tensão quando liga determinado equipamento).
2 - Dimensionamento adequado de disjuntores e diâmetros dos condutores. (Para não acontescer, por exemplo, aquescimento de um determinado condutor, gerando perda de energia por efeito Joule. Ou, ate mesmo, um disjuntor superdiomesionado não desarmar em caso de curto-circuito). Neste detalhe é importante verificar a curva ideal aplicada à ação do disjuntor. (posso explicar melhor em outro tópico, se necessário).

3 - E o mais importante, para estes casos com choque, a instalação de dispositivos de proteção às pessoas. Há muitos anos tem vigorado no Brasil, a norma (não me lembro agora) que regulamenta o uso de um disjuntor (este não é usado para ligar ou desligar algum equipamento, nem tampouco proteje contra curto-circuitos), chamado de DR. Diferencial Residual, para instalações elétricas. Nos shoppings, por exemplo, é obrigatorio seu uso em lojas e toda instalação do mall.

Este disjuntor deve ser instalado junto ao disjuntor principal, fazendo com que as fases e o Neutro passe por ele, seu principio de funcionamento baseia-se em uma lei de Eletricidade básica, (não me lembro agora qual é), em que a corrente que passa pelo Neutro, é igual a soma das correntes das fases, portanto, se neste percurso da energia eletrica ela "fugir" de algum modo, (pode ser choque, fuga para terra, etc) ele desliga interrompendo a energia. Isso tudo em milesimos de segundo. Vem descrito uma tolerância, entorno de 400 mA, para essa fuga, corrente essa, que em tão pouco tempo não fará mal algum a uma pessoa.
O Investimento não é tão alto, haja visto que além da proteção ``as pessoas, ele é util também para detectarmos vazamento de energia nas instalações, portanto, perda de dinheiro na conta da concessionaria.

Para sons Itinerantes, também é possível utiliza-lo, basta que a alimentação de todo o som, passe por um quadro centralizado, onde possa ser instalado o DR.
Em outro post que ví, vou sugerir como montar um QDC (quadro de distrivuição de circuitos) conhescido pelos senhores de Central AC.

Espero que minhas sugestões tenham sido úteis, pois as sugestões de vocês tem me ajudado bastante

Oseias Guimarães

Técnico de Som e instrumentista Assembleia de Deus, Belo Horizonte.
 
rapaz,

esse negócio de choque é chato, nós trocamos a instalação da igreja para trifásica, e nossos problemas acabaram, pois nessa mudança fizeram um aterramento decente!

eu quando estou ensaiando no grupo de louvor eu toco baixo descalço sem preocupações, nunca mais tomei um choque

o que comentaram sobre inverter a tomada resolve mas num é o ideal.

sugiro chamar um profissional para fazer um aterramento decente.

fica na paz
 
Conjunto de Aterramento Rápido e Temporário(C-770)
Composição do conjunto
1. 03 peças. Ref. C-772. Grampo de pressão por mola.
2. 02 peças. Ref. C-756/16. Cabo de cobre ultraflexível, de curto circuitamento, isolação transparente 16mm2, comprimento de 2.000mm.
3. 01 peça. Ref. C-756/16. Cabo de cobre ultraflexível, para aterramento, isolação transparente 16mm2, comprimento de 12.000mm.
4. 01 peça. Ref. C-780. Carretel de alumínio para cabo de aterramento para conectar no trato.
5. 01 peça. Ref. C-789. Haste de aterramento de aço cobreado, diâmetro de 17mm, comprimento de 1.200mm.
6. 01 peça. Ref. C-774,. Trapézio de elevação para colocação e retirada dos grampos.
7. 01 peça.Ref. C-906. Vara de manobra de fibra de vidro, com 3 elementos, comprimento 3950mm com cabeçote universal. Com cabeçote C-762.
8. 01 peça. Ref. C-778. Caixa plástica para guarda e transporte de conjunto.
9. 01 peça. Ref. C-790A Bolsa de lona impermeável com 4 divisões para guarda e transporte da vara e do trado.
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é facil e pratico eu uso
 
oseiasgsousa disse:
Ai guigui, muito bom esse sistema.
Pode informar + ou - o custo pra gente?
Dê dicas de onde podemos compra-lo ou o nome do fornecedor.

Oseias
Oséias para compra entre em contato pelo fone(21) 2580-4733 e 5291 / 2589 - 3843 o preço é a combinaro que temos foi presente de um amigo ele trouxe do RJ e deu para igreja na embalagem tem só o numero do fone e o site que é <!-- m --><a class="postlink" href="http://www.cimm.com.br/portal/produtos/exibir/8728-conjunto-de-aterramento-rpido-e-temporrioc-770-">http://www.cimm.com.br/portal/produtos/ ... rrioc-770-</a><!-- m -->
 
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