Já que o assunto não morreu, vou dar o meu pitaco.
Não conheço os conceitos de eletricidade, então devo errar muita coisa. Cada um que achar um erro, pode dizer, que eu vou corrigindo.
Vamos lá.
Pra começar temos que saber o consumo real dos aparelhos usados. Vem numa plaquinha a indicação de quantos VA é esse consumo. Essa indicação vem em alguns aparelhos. Ela é a medida correta do consumo. Todo aparelho perde energia, e além disso nem toda a energia gasta vai para os altofalantes, tem luzes que acendem, equalização, distorção, chorus, compressão, etc. Então um amp de 500W gasta, ou deveria gastar, mais que um outro de 200W, mas só a potência de saída não indica qual o consumo de cada aparelho.
O consumo expresso em VA de todos os aparelhos somados é o nosso consumo real, seja a energia vinda de uma tomada ou gerador próprio. Quando a indicação em VA não está descrita no aparelho é preciso dar uma folga nos cálculos. O valor descrito em VA é maior que a potência que o amp diz fornecer aos altofalantes. O consumo em VA é a potência que o fabricante diz que o aparelho consome, e não a sua potência sonora. É o resultado da multiplicação da potência do amplificador vezes um valor X que é a perda de energia do aparelho. Esse X é no máximo igual a 1. Então o amplificador dos sonhos teria um consumo igual ao valor entregue em forma de som. Claro que sei de músicos com amp de 200W que usam um inversor (só para eles) de 200W, basta não abrir todo o volume. E torcer para que o consumo fique abaixo do fornecido.
Meu caso, toco num grupo de chorinho numa praça e gostaria de amplificar os instrumentos. Descartamos o gerador a gasolina por conta do barulho. Na verdade o único gerador que vimos em uso era o de um Food Truck de salgados, e era muito barulhento. Se fosse um grupo de mais peso, com baixo, guitarra e bateria, talvez o gerador merecesse uma atenção maior, um estudo de preço, consumo e ruído gerado, mas nós não amplificamos os sopros (sax e flauta) e o pandeiro. Os violões, o cavaquinho com volume bem baixo e os solos é que passam pelo mixer + amp, e estamos escolhendo o conjunto bateria estacionária+inversor para alimentar os aparelhos. E tocamos baixo, o suficiente para todos se ouvirem e o som atingir poucos metros ao nosso redor. O botão de volume fica sempre com valores baixos, os leds quase não acendem.
O mixer que usamos é um Yamaha 102C que felizmente tem escrito na fonte INPUT: 120v - 60hZ - 30VA e o amp é um velho Roland de teclado 60w, e que tem escrito numa plaquinha 120v - 160VA. Somando temos um consumo de 190VA que arredondamos para 200W. Em teoria poderíamos arriscar usando um inversor de 200W, mas este seria usado quase no seu máximo. Sendo assim vamos escolher um de 1000W também prevendo algum aumento futuro na carga.
Um ponto sério aqui é a perda de energia do inversor, que promete entregar esses 1000W, mas se formos medir com precisão, apenas parte disso é entregue efetivamente. Não sei as melhores marcas, tenho visto alguns vídeos no YouTube e cada um indica uma marca diferente.
Ficou longo, mas acho que ficou claro. Falta ainda os cálculos pra escolher qual a carga da bateria. Optamos pela estacionária, uma vez que esta aguenta um consumo constante por mais tempo. A bateria de carro é feita para fornecer uma carga altíssima em pouco tempo, a partida do carro. Pode ser usada para alimentar nosso equipamento, mas não feita pra isso.