Spurgeon
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Pessoal,
Me desculpem, mas vamos colocar as coisas em seu devido lugar. Line é um conceito eletro-acústico ancorado em uma matemática "casca grossa", esta para ser implementado fisicamente (de forma correta) exige-se de quem se propõe a tal tarefa um conhecimento teórico-prático nada trivial.
Matemática em certo sentido é "onipotente". Exemplo: só é possível vermos jogos em tempo real pq a matemática previu isto e os engenheiros implementaram. Logo, se abram para o argumento científico, sem engenharia estaríamos na idade da pedra.
Dito isto, cito alguns problemas da engenharia de áudio:
1- Como projetar caixas que empilhadas verticalmente irá apresentar um resultado acústico de uma única caixa?
2 - Como otimizar a energia acústica tão desperdiçada nos sistemas convencionais direcionando tal energia para onde ela deva estar (audiência)?
3- Quem irá medir tais resultados? Ouvido? Claro que não!!
Minha medição precisa ser objetiva, ouvidos são subjetivos! No mínimo que se exige são "parrudas" ferramentas computacionais que no fundo estarão fazendo cálculos determinados pela engenharia de áudio.
Pensem no seguinte: se estou projetando um Line, em minha busca por um ACOPLAMENTO aceitável (estou presumindo que este é um conceito que as pessoas que postaram msgs no tópico dominam) será que eu conseguiria medir a distância entre os centros acústicos sem ferramentas de CAD?
4 - Pressupondo que eu chege no braço a medidas corretas (eu duvido que seja possível), como eu iria estabelecer o corte da via visando a soma e transição acústica correta? Basta pegar os cortes do fabricante do falante e pronto? Claro que não!! Tem que projetar galera!!
Alguém poderia argumentar que o problema das distância entre os centros acústicos é fácil de tratar nas baixas e difícil apenas para as altas frequências. Em certo sentido sim!
Se este for o caso, será posso pegar um guia de onda qualquer na net ou de um fabricante qualquer e "prega-lo" na minha caixa?
Gente, aceitem isto é uma trabalheira danada!!
A attack levou dois anos para projetar o guia de onda da LAS 212, isto porque mesmo depois dos cálculos teóricos estarem corretos, na prática o resultado estava longe do que os caras buscavam. É fato, ainda não se inventaram componentes ideais, a engenharia de materiais ainda sonha com isto. Eu acho que deva existir materiais perfeitos só no céu!
Caminhando um pouco mais, como estabelecer os parâmetros do sistema (x-over, delays internos, limiters e etcs)? Que requisitos de medição eu preciso saber para garantir meus resultados?
Deixando um pouco de de lado a eletro-acústica, como estabelecer limites seguros de carga para meu sistema afim de suspendê-lo com segurança? É suficiente apenas suspender e angular no olho? Fala sério né gente... Neste ponto, sem engenharia mecânica todo o conceito do sistema como line pode ir pro brejo.
Reparem que os melhores sistemas possuem os encaixes de angulação na traseira da caixa, isto tem uma razão : um erro de posicionamento destroi por completo o resultado e tudo aquilo que se busca vai para o espaço.
E mais, para que funcione como Line e nao como KF qual será o meu mínimo de elementos na torre? Aprofundando um pouco mais, na soma de elementos para uma mesmas torre a soma em SPL é linear entre as vias?
Exemplo: no convencional a cada dodro de caixa ocorre uma soma de + 3 dB, isto é válido para line?
Se não, como dimensionar meus drivers? É fato, altamente eficientes eles terão que ser!
Acho que esta dando para ser ter uma noção de como é complicado lidar com este tema.
Por fim, acredito que todos temos nossas liberdades, e acho legal a coragem e ousadia. Não quero que esta msg saia como eu me fazendo do sabichão e etc.. só não vejo a coisa como sendo tão simples como esta transparecendo nas msgs. Eu entendi perfeitamente que o interesse não é comercial, me transpareceu mais como um hobby, acho legal.
Minha intenção e posicionar corretamente a idéia. Não é minha intenção desmecer ningúem, só quero que as pessoas tenham uma idéia correta do que seja um projeto de Lines.
Por outro lado, vamos valorizar a engenharia, e aceitar que é muuuuuito difícil projetar um line. Vamos aceitar que não é nada trivial.
Abraços,
Me desculpem, mas vamos colocar as coisas em seu devido lugar. Line é um conceito eletro-acústico ancorado em uma matemática "casca grossa", esta para ser implementado fisicamente (de forma correta) exige-se de quem se propõe a tal tarefa um conhecimento teórico-prático nada trivial.
Matemática em certo sentido é "onipotente". Exemplo: só é possível vermos jogos em tempo real pq a matemática previu isto e os engenheiros implementaram. Logo, se abram para o argumento científico, sem engenharia estaríamos na idade da pedra.
Dito isto, cito alguns problemas da engenharia de áudio:
1- Como projetar caixas que empilhadas verticalmente irá apresentar um resultado acústico de uma única caixa?
2 - Como otimizar a energia acústica tão desperdiçada nos sistemas convencionais direcionando tal energia para onde ela deva estar (audiência)?
3- Quem irá medir tais resultados? Ouvido? Claro que não!!
Minha medição precisa ser objetiva, ouvidos são subjetivos! No mínimo que se exige são "parrudas" ferramentas computacionais que no fundo estarão fazendo cálculos determinados pela engenharia de áudio.
Pensem no seguinte: se estou projetando um Line, em minha busca por um ACOPLAMENTO aceitável (estou presumindo que este é um conceito que as pessoas que postaram msgs no tópico dominam) será que eu conseguiria medir a distância entre os centros acústicos sem ferramentas de CAD?
4 - Pressupondo que eu chege no braço a medidas corretas (eu duvido que seja possível), como eu iria estabelecer o corte da via visando a soma e transição acústica correta? Basta pegar os cortes do fabricante do falante e pronto? Claro que não!! Tem que projetar galera!!
Alguém poderia argumentar que o problema das distância entre os centros acústicos é fácil de tratar nas baixas e difícil apenas para as altas frequências. Em certo sentido sim!
Se este for o caso, será posso pegar um guia de onda qualquer na net ou de um fabricante qualquer e "prega-lo" na minha caixa?
Gente, aceitem isto é uma trabalheira danada!!
A attack levou dois anos para projetar o guia de onda da LAS 212, isto porque mesmo depois dos cálculos teóricos estarem corretos, na prática o resultado estava longe do que os caras buscavam. É fato, ainda não se inventaram componentes ideais, a engenharia de materiais ainda sonha com isto. Eu acho que deva existir materiais perfeitos só no céu!
Caminhando um pouco mais, como estabelecer os parâmetros do sistema (x-over, delays internos, limiters e etcs)? Que requisitos de medição eu preciso saber para garantir meus resultados?
Deixando um pouco de de lado a eletro-acústica, como estabelecer limites seguros de carga para meu sistema afim de suspendê-lo com segurança? É suficiente apenas suspender e angular no olho? Fala sério né gente... Neste ponto, sem engenharia mecânica todo o conceito do sistema como line pode ir pro brejo.
Reparem que os melhores sistemas possuem os encaixes de angulação na traseira da caixa, isto tem uma razão : um erro de posicionamento destroi por completo o resultado e tudo aquilo que se busca vai para o espaço.
E mais, para que funcione como Line e nao como KF qual será o meu mínimo de elementos na torre? Aprofundando um pouco mais, na soma de elementos para uma mesmas torre a soma em SPL é linear entre as vias?
Exemplo: no convencional a cada dodro de caixa ocorre uma soma de + 3 dB, isto é válido para line?
Se não, como dimensionar meus drivers? É fato, altamente eficientes eles terão que ser!
Acho que esta dando para ser ter uma noção de como é complicado lidar com este tema.
Por fim, acredito que todos temos nossas liberdades, e acho legal a coragem e ousadia. Não quero que esta msg saia como eu me fazendo do sabichão e etc.. só não vejo a coisa como sendo tão simples como esta transparecendo nas msgs. Eu entendi perfeitamente que o interesse não é comercial, me transpareceu mais como um hobby, acho legal.
Minha intenção e posicionar corretamente a idéia. Não é minha intenção desmecer ningúem, só quero que as pessoas tenham uma idéia correta do que seja um projeto de Lines.
Por outro lado, vamos valorizar a engenharia, e aceitar que é muuuuuito difícil projetar um line. Vamos aceitar que não é nada trivial.
Abraços,