Dores no ouvido e falta de altas após voo

A parte fisiológica eu não sei, mas a física sim. Isso é causado pela diferença de pressão no momento da mudança de altitude. Por que é mais forte em cidades no nível do mar? A pressão atmosférica é maior. Não sei como diminuir, mas tem que ser alguma maneira de diminuir essa diferença de pressão.

Como você deve saber, a sugestão é sempre seguir as recomendações médicas. Encontrei esse texto em um site (<!-- m --><a class="postlink" href="http://www.essortment.com/all/earandflying_rqvp.htm">http://www.essortment.com/all/earandflying_rqvp.htm</a><!-- m -->), é bom confirmar com seu médico as instruções:

There are many things you can do to keep your Eustachian tubes working during a flight. Avoid flying if you have an ear infection, congestion, allergies or a stuffed up head. If you can’t avoid it, you can take some steps to make your flight more comfortable and maybe avoid aerotitus ear pain. Take a decongestant every 6 hours for 24 hours before and after your flight. This will shrink the swollen membranes in your sinus and ear canal. You can use a pediatric nasal decongestant spray immediately before you board the plane to shrink the nasal membranes and clear the sinus. Chewing gum during the entire flight, not just on take off and landing, will open up the Eustachian tubes and keep them open. There are also ear plugs available that decrease ear pain during flight. About half an hour before landing you can start to use the pediatric decongestant nasal spray every 5 minutes to keep nasal passages open.

Curiosidade. Quer um efeito semelhante, em menor escala? Em um carro em velocidade, a 100 km/h ou mais, fique com os vidros totalmente fechados e depois abra as janelas. Mesmo efeito: diferença de pressão. Quanto maior a velocidade de um fluído, menor sua pressão. Com o carro fechado, a pressão é quase constante. Abrindo a janela, o ar entra em movimento e a pressão diminui. Ao fechar a janela, novamente a pressão vai mudar e o efeito também deve ser o mesmo.
 
Olá Thiago,

O médico que consultu era um espcialista ou clínico geral? Vale a pena consultar um especialista, principalmente porque seu ouvido é seu instrumento de trabalho.

Mas há de se considerar um problema das compnhias aéreas. Esta variação de pressão não deve ser sentida pelos passageiros. Durante a decolagem, vôo e aterrisagem, automaticamente a pressão interna deve ser mantida em níveis padronizados.

Consulte o especialista, se ele disser que está tudo bem, vale reclamar junto a companhia ou da ANAC.

Abraços,

Eduardo
 
Tiagão, que pergunta maravilhosa! Dava um bom artigo.

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Nossos ouvidos não são cheios de líquido, mas de ar. Existem cavidades que ligam o ouvido interno à nossa garganta, chamadas de "Trompas de Eustáquio". Essas cavidades mantém a pressão interna do ouvido igual à pressão externa.

Quando existe uma diferença de pressão entre o ouvido interno e a pressão do ar lá fora, o tímpano, que é uma membrana muito fina, não funciona bem.

Por exemplo, quando mergulhamos, a pressão da água empurra o tímpano para dentro, e depois de alguns poucos metros de profundidade sentimos como se o tímpano fosse estourar.

Já quando subimos uma montanha (aqui onde moro é comum, você sai do nível do mar e sobe até 1.100 metros de altitude, um local chamado Pedra Azul em apenas 1:30h), e é comum aquela sensação estranha, de ouvido "tapado". Na verdade, a pressão interna do ouvido, maior do que a pressão atmosférica, pressiona o tímpano para fora, situação em que ele perde momentaneamente sua elasticidade e não vibra.

Assim, isso pode afeta todas as pessoas, em menor ou maior grau. Tudo dependerá do comportamento da trompa de Eustáquio, se ela está mais ou menos fechada (como se um "cano" mais grosso ou mais fino). Isso pode ser causado inclusive por gripes e/ou sinusite, que costumam tampar mesmo as trombas.

Realmente, há muitos anos a dica de mascar chicletes é conhecida, pois você movimenta a mandíbula e com isto também afeta a musculatura da trompa de Eustáquio, ou seja, você estará abrindo-a e fechando-a, facilitando assim a passagem de ar e consequente correção da pressão.

Outra sugestão, mas quando estiver no alto e descer para o nível do mar: tampe o nariz e a boca, e assopre forte o ar para fora. Como não terá por onde sair, ele passará pelas trompas, aumentando a pressão no ouvido interno.

Eduardo escreveu:

Esta variação de pressão não deve ser sentida pelos passageiros. Durante a decolagem, vôo e aterrisagem, automaticamente a pressão interna deve ser mantida em níveis padronizados.

Sim, padronizados, mas não quer dizer que o nível seja igual ao nível do mar. Um avião a jato sai de zero e voa a 10.000 metros de altitude, e a pressão do ar dentro faz uma força brutal sobre a fuselagem, para fora, que chega a rasgar o metal em alguns casos (descompressão explosiva). Para minimizar esta pressão interna, a pressão do ar dentro da cabine é mais baixa que o nível do mar, por exemplo equivalente a 1km de altitude, por exemplo, de forma que o esforço sobre a fuselagem seja menor.

O grande problema é que essa mudança é muito drástica, ou seja, fechou a porta, a pressão começa a cair, devagar mas começa, e uns 20 minutos depois já está reduzida.

Como é que sei disso? Por incrível coincidência, ontem foi dia do meu programa favorito (Desastres Aéreos, no NatGeo, segundas 21:00h), e o assunto foi exatamente sobre pressão atmosférica dentro de aviões.... incrível mesmo a coincidência!

Um abraço,

Fernando
 
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