Eletricidade e Sonorização - Parte 2 - Dimensionamento do si

bersan

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Tópico para a discussão do seguinte artigo publicado no Som ao Vivo:

Eletricidade e Sonorização - Parte 2 - Dimensionamento do sistema elétrico
http://www.somaovivo.mus.br/artigos.php?id=170

Aqui está um pequeno trecho do artigo:
"<p>O operador de um sistema de áudio sempre precisa saber a estimativa de consumo elétrico máximo do mesmo, pois é a partir dessa informação que é feito o levantamento dos cabos elétricos, disjuntores e outros equipamentos que compõem o sistema elétrico de um local. No exemplo do artigo anterior, já estimamos um consumo m..."

Comentários são bem-vindos.

Atenciosamente,
Equipe Som ao Vivo
http://www.somaovivo.mus.br
 
Bersan disse:
Já fiz inúmeros casamentos, e sempre cheguei bem cedo para montar tudo, passar extensões elétricas para onde for necessário, testar tudo. E inúmeras vezes vi a mesma cena: o pessoal da filmagem, com seus poderosos holofotes, chega já próximo ao horário do evento e pedem para usar as nossas extensões, nossas tomadas. Alguns dos holofotes chegam a ter 500W de consumo constante. Eu nunca deixei, pois sei os problemas que podem causar, apesar de vários protestos do pessoal da filmagem. Mas já soube muita gente que passou sérios apertos por deixar a pessoa usar, e simplesmente o sistema elétrico do local não agüentar. Em geral, o disjuntor desarma, mas houve um caso onde o isolamento da extensão elétrica derreteu, fechou curto-circuito, o disjuntor velhíssimo não desarmou e houve um princípio de incêndio. Tudo isso dentro da igreja, no meio de um casamento!

Isso tb já aconteceu comigo. Há alguns anos atrás, uma igreja receberia uma emissora de TV para fazer a transmissão ao vivo de seu culto. Eles me pediram que ajustasse o seu sistema de som e fizesse a conexão com o sistema da TV.

Como disse o Bersan, chegamos cedo, montamos e ajustamos tudo, checamos todos os cabos, todas as conexões, todos os equipamentos, tudo... com uma hora para iniciar o culto, tudo estava montado, checado e funcionando.

Meia hora antes do culto, chega o pessoal da TV com sua iluminiação poderosa e começaram a usar as tomadas disponíveis no templo. Detalhe: o sistema elétrico da igreja, como da maioria, era monofásico. Conclusão: todo o sistema de som e de iluminação estavam ligadas na mesma fase. Eu avisei que haveria problemas... não me escutaram.

Durante o início do culto tudo funcionava bem... qd o culto entrou no ar e ligaram a iluminação, o disjuntor desarmou e parou tudo. Resultado: o culto não pôde ser transmitido pq sem a iluminação era impossível.

O mais interessante de tudo é que a igreja é grande, tem boa estrutura e ainda assim, tem um péssimo sistema elétrico. O fato do sistema ser frágil não está ligado aos recursos financeiros da igreja. Esta igreja tinha (e tem) condições de fazer algo decente, mas não fez. O porquê? Só Deus sabe.

[]'s
 
Boa Tarde,

É o velho problema. Logo cedo aprendi um máxima que é válida até hoje, nós brasileiros compramos os equipamentos e ligamos sem ler os manuais de instruções, e quando falamos de material de segurança rápidamente consumimos as verbas e deixamos de lado o essencial..Se não vejamos, quando há uma reforma ou construção todos se preocupam logo com o material das portas, janelas, piso, revestimentos, extintores, splinter's (não sei se é assim que escreve, é aquele chuveirinho no teto que só funciona quando há principio de incendio), portas de emergencias etc.etc...esquecemos que aquela porta e janela que são pesadas precisam de dobradiças de excelente qualidade, sempre tem um para orientar e dizer q no seu Zé da Esquina tem um bem baratinho, chega no armazem e esquece que o piso precisa de argamassa e rejunte apropriados para trafego permanente (pois igreja não é residencia onde no máximo 10 pessoas trafegam nela), mas o mesmo que informou o zé da esquina fala bem taxativo que não precisa pagar tanto por uma argamassa ACIII, pois com certeza uma argamassa ACI é suficiente, agora vem o tiro de misericórdia, pra que extintores que coisa mais feia e cara, parece desabafo e é, pois nesta vida fui o tempo todo vendedor e pense que entra ano e sai ano e não muda esta música, é sempre a mesma, quando acontece o desastre ficam todos irritados procurando culpados, mas logo esquecem fazem uma gambiarra e tocam para frente (pra frente?)
Eu não citei a parte elétrica que é pra não perder a salvação, pois tambem fui vendedor de material elétrico e sinceramente é onde se encontra as maiores barbaridades.
Espero em Cristo que um dia isto mude, pois quando entro em ambientes fechados começo a ficar preocupado, pois sei das barbaridades que fazem em nome da economia ( o nome pra isto em um pais civilizado é outro)
 
Graça e paz.

O irmão bersan escreveu:

...toda a instalação é feita em fio único (não paralelo), rígido, sem emendas, de pelo menos 1,5mm², ligado a um conector de tomada que suporta, no mínimo, 10A em 120V, e a um disjuntor de 10A de capacidade mínima.

>>Essa é a realidade das igrejas...Um barato que (algum dia vai) sai(r) caro....

>>Tenho uma máxima dita por um técnico de eletrônica, sobre sistemas 110/220...mas vi que o irmão bersan vai colocar o assunto na próxima matéria...

O irmão heriberto escreveu:

..quando acontece o desastre ficam todos irritados procurando culpados, mas logo esquecem fazem uma gambiarra e tocam para frente (pra frente?)
Eu não citei a parte elétrica que é pra não perder a salvação :lol:

>>Realmente, é de se irritar com o desleixo...

____________________________
Um abraço.B
 
Na minha igreja fiz o seguinte
Somei a amperagem de todos os 3 Amps que temos:
Staner 800S: 2x5A
Hotsound HS 300SX: 6A
Quasar: 3A
Total: +- 19A
Coloquei um disjuntor de 20A para as potências, cada amp com sua tomada

Pereféricos: mesa, 2 equalizadores, cdplayer, direct box ativo, datashow e notebook em um filtro de 15A
Coloquei um disjuntor de 15A para o filtro dos pereféricos.

A tensão do sistema é 120V~

Isso foi uma das minhas primeiras mudanças no sistema, pois o pessoal antes usava akeles extensões baratas encontradas aos montes em supercados q naum apresentava segurança alguma.
 
Branquinho...

só mudar disjuntor não resolve... trocou os cabos também por um valor adequado? Lembre-se que o disjuntor está ali para proteger os cabos...

Fernando
 
O eletricista ja tinha deixado aberta uma caixa de derivação ao lado do rack com os cabos de 10mm² que vem do quadro principal (1Fase e 1PEN 127V~) para uso no som. O serviço foi simples, pois so terminei o que ele tinha deixado.

Eu conectei o cabo de 10mm² aos disjuntores de 15A e 20A e para fazer a ligação do mesmo as tomadas utilizei cabo flexível de 2,5mm².

Quando o assunto é eletricidade eu levo a sério, pois com isso não se brinca!
 
Brankinho,

Você utilizou FASE e PEN para alimentar seu sistema?

PEN é condutor de proteção, popularmente chamado de Terra, logo, diferente do Neutro. Embora se admita em alguns casos usar o neutro como proteção (neutro aterrado), acredito não ser a melhor forma de instalação disponível.

Eduardo
 
edlopessilva disse:
Brankinho,
Você utilizou FASE e PEN para alimentar seu sistema?
PEN é condutor de proteção, popularmente chamado de Terra, logo, diferente do Neutro.
Eduardo

Só uma correção
PE é condutor de proteção (terra)
N é condutor neutro
PEN é a combinação do terra (proteção) + neutro em um único condutor
 
Discussão interessante....

Eduardo, explica melhor isto aí...

Fernando

(eu acho que já sei, mas como nunca ouvi falar em PEN, melhor esperar antes de falar besteira).
 
Olá a todos,

A norma NBR5410, que trata das instalações elétricas de baixa tensão, disciplina as formas de aterramento que podem ser aplicadas no país.

Entre elas está o sistema TN-C, onde aplica-se o PEN, que é condutor de proteção e também neutro do circuito. Contudo, este sistema é perigoso pois se por algum motivo houver a interrupção do neutro, a carcaça (massa) dos equipamentos ficará com o mesmo potencial da fase. Como nossos equipamentos são metálicos, nesta situação, levaremos uma descarga elétrica ao tocarmos nas carcaças. Isto também deve ser levado em consideração se não conhecemos bem toda a instalação, pois se este condutor (PEN) se romper em algum ponto, todos os equipamentos à frente ficarão na mesma condição.

Na norma, também encontrei este ítem, que até então não tinha percebido e também não sei explicar a razão, mas como é norma, devemos seguir: 6.4.3.4.1 O uso de condutor PEN só é admitido em instalações fixas, desde que sua seção não seja inferior a 10 mm2 em cobre ou 16 mm2 em alumínio....

Se alguém quiser completar, corrigir, enfim, fique a vontade.

Abraços,

Eduardo
 
edlopessilva disse:
Olá a todos,
O uso de condutor PEN só é admitido em instalações fixas, desde que sua seção não seja inferior a 10 mm2 em cobre ou 16 mm2 em alumínio...
Eduardo

Acho que você não viu o que eu disse em uma das minhas respostas ao bersan, quando mencionei que os cabos são de 10mm² (cobre sólido)

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Em momento algum eu disse que usava o pen como terra, mas sim como neutro. No momento a mesa esta sem ateramento, mas desde que eu instalei os disjuntores e as tomadas, nunca mais tive problemas como choque ou algo relacionado a falta de terra como ruido ou estalos.

O ruim é que pelo lugar que o rack se localiza dentro da igreja fica complicado instalar o aterramento, porque teria que quebrar quase 20 metros na parede para passar o conduite, pois a barra se
iria localizar logo na entrada da igreja.

A verdade então é que se eu fosse usar aterramento no rack teria que ficar com o PEN mesmo.
 
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