EQUILIBRIO TONAL

heriberto

Active Member
A PAZ


Há tempos tinha lido sobre este tópico na audiolist, e de tempos em tempos quando falamos sobre sonorização em igrejas sempre me vem a mente, e gostaria se pudessem complementar com mais dados ou traduzir mais ainda para os nossos conhecimentos.

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Heriberto
 
A PAZ

RAPHAEL, tambem tem esta faq que se tornou um artigo é longo, mas de excelente informações para nós, e principalmente voce que acredito que usa processadores.

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Heriberto
 
Muito bom, muito bom!

Ajudou muito aqui, até pq temos na igreja um equipamento bastante deficiente :cry:, então é preciso "se virar" ao máximo p/ conseguir qualidade.


Abraço.

Tailan
 
Esse feriado sonorizei um ambiente, e usei o Behringer Ultracurve DEQ2496.
A equalização foi automática, através do RTA, usando o ECM8000, também Behringer.

Como eu estava com caixas ativas JBL, sem sub-woofer, não consegui uma boa resposta abaixo de 100 ou 150Hz.

De acordo com o Edu, eu deveria então ter cortado meu gráfico, declinando após os 4KHz (125 x 4k = 500.000 ).

O RTA deixou automaticamente a resposta absolutamente plana até 16KHz.

Eu deveria, após a análise do RTA, ter abaixado manualmente as frequências acima de 4KHz?
 
gabriel_renascer disse:
Esse feriado sonorizei um ambiente, e usei o Behringer Ultracurve DEQ2496.
A equalização foi automática, através do RTA, usando o ECM8000, também Behringer.

Como eu estava com caixas ativas JBL, sem sub-woofer, não consegui uma boa resposta abaixo de 100 ou 150Hz.

De acordo com o Edu, eu deveria então ter cortado meu gráfico, declinando após os 4KHz (125 x 4k = 500.000 ).

O RTA deixou automaticamente a resposta absolutamente plana até 16KHz.

Eu deveria, após a análise do RTA, ter abaixado manualmente as frequências acima de 4KHz?

Gabriel.

Alguns softwares de medição, como o Smaart, podem ser configurados para operar na curva de ponderção A, que simula a condição de audição do ouvido e leva em consideração o roll-off. Não sei se o DEQ2496 tem esta possibilidade. Se não, vc precisa fazer o roll-off manualmente.

[]'s
 
Uma dúvida, agora: quando é dito "em sistemas maiores e mais capazes, os números seriam entre 500.000 e 400.000", quer dizer maiores (também) em porte, potência, ou apenas em resposta?


Abraço.

Tailan
 
David Fernandes disse:
Não sei se o DEQ2496 tem esta possibilidade. Se não, vc precisa fazer o roll-off manualmente.

E esse roll-off seria de -3dB na primeira, -6dB na segunda, -9dB na terceira e assim por diante? Ou tenho que fazê-lo em progressão geométrica (-3dB, -6dB, -12dB, -24dB.....)?
 
Olá Gabriel,

O RTA deixou automaticamente a resposta absolutamente plana até 16KHz.

eu tenho um DEQ, e o Fred Júnior do IATEC me ensinou a usar o RTA automático. No começo, eu fazia assim como você fez, e o resultado não era agradável, excessivamente agudo.

Quando você aciona o RTA, inicialmente nele aparece uma tela com uma barra vertical nos 100Hz. Nesta tela, você "ensina" ao equipamento o que você espera da resposta de frequência do ambiente.

Por exemplo, a barra limita o corte dos graves. Abaixo de 100Hz, ele não fará a análise. Você pode mudar isto, colocando 200Hz ou mesmo 20Hz, você que escolhe. Minha sugestão é que você não mude o valor de 100Hz, a não se for para cima, e não para baixo (mais próximo de 20Hz). Chega a ser perigoso para os amps e falante um incremento excessivo nessa faixa através de equalizadores. Por incrível que pareça, melhor fazer "de ouvido", sempre olhando as luzes de clip do amplificador.

Para cima, o Fred ensinou o seguinte: você deve fazer o caimento (roll-off) de 4KHz para cima, até -6dB em 20KHz. Para tanto, você faria algo como o seguinte:

4KHz = -0,5dB
5KHz = -1dB
6k3 = -1,5dB
8K = -2dB
10K = -3dB
12K5 = -4dB
16K = -5dB
20K = -6dB

Feito isto, você aciona a análise automática. O microfone deve estar no meio exato do ambiente, equidistante das caixas. A análise será feita levando em consideração o roll-off programado, e a curva obtida lhe dará uma resposta mais agradável.

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De uns tempos para cá, tenho carregado o UltraCurve para ambientes diversos, para fazer o ajuste dos eqs analógicos existentes.

Eu fico no meio do ambiente, com rádio de comunicação, e a pessoa introduz ruido rosa no sistema, a uns 90dB SPL, que é o volume "médio" no louvor da igreja na minha denominação. Faço o ajuste no "olhômetro" mesmo, passo as alterações pelo rádio, e vamos fazendo assim até ter a curva adequada, e pronto. Funciona que é uma beleza, e é rápido (uns 10 minutos)!

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Dias desses comparei a resposta de um Ultracurve com um Phonic PAA-3. O alinhamento feito com o Ultracurve também ficou 100% no PAA-3, e vice-versa. Mas gostei mais do Ultracurve, por causa da tela. No Phonic, fica muito pequeno, e só dá para ver bem se ligar o PAA-3 no Notebook. Mesmo assim, o software não mostra todas as frequências, assim como o próprio aparelho. Já o Behringer mostra frequência por frequência, bem fácil de ver.

Se bem que o PAA-3 fica em uma bolsa para ser fixada no cinto. Já o Behringer... um trambolhinho.

Um abraço,

Fernando
 
bersan disse:
Para cima, o Fred ensinou o seguinte: você deve fazer o caimento (roll-off) de 4KHz para cima, até -6dB em 20KHz. Para tanto, você faria algo como o seguinte:

4KHz = -0,5dB
5KHz = -1dB
6k3 = -1,5dB
8K = -2dB
10K = -3dB
12K5 = -4dB
16K = -5dB
20K = -6dB

Feito isto, você aciona a análise automática. O microfone deve estar no meio exato do ambiente, equidistante das caixas. A análise será feita levando em consideração o roll-off programado, e a curva obtida lhe dará uma resposta mais agradável.

Vamos ver se eu entendi...
Tenho que equalizar manualmente (independente do som que to ouvindo) o roll-off acima de 4KHz (caso os graves estejam limitados em 125Hz, como descrito no artigo). Depois disso, aciono a equalização automática com o RTA. O RTA não vai desprezar todas as alterações feitas anteriormente?




bersan disse:
De uns tempos para cá, tenho carregado o UltraCurve para ambientes diversos, para fazer o ajuste dos eqs analógicos existentes.

E qual microfone você tem usado? ECM8000 mesmo?
 
Gabriel,

Tenho que equalizar manualmente

Na verdade, a tela descrita por mim aparece antes de sair som. É onde você "ensina" ao Ultracurve o que ele tem que ouvir, faz a programação interna.

caso os graves estejam limitados em 125Hz

Não entendi bem que limite seja este. Limite da caixa, do sistema (corte) ou do ajuste de graves do Eq?

De qualquer forma, faça o teste COM o roll-off e SEM o roll-off e compare. Seus ouvidos lhe dirão se o roll-off é necessário ou não.

Depois disso, aciono a equalização automática com o RTA. O RTA não vai desprezar todas as alterações feitas anteriormente?

Depois que você aciona, o RTA faz os cálculos com base no que você o ensinou. Os ajustes sugeridos levarão em consideração a programação pré-existente.

Um abraço, ah, uso o ECM 8000 mesmo.

Fernando
 
bersan disse:
caso os graves estejam limitados em 125Hz

Não entendi bem que limite seja este. Limite da caixa, do sistema (corte) ou do ajuste de graves do Eq?

Quis dizer a limitação das caixas mesmo... Caixinhas ativas não costumam responder legal abaixo de 125.

Mas você já esclareceu minhas dúvidas, valeu!!!
Um teste de equipamento com essa parada seria super legal.
 
David Fernandes disse:
podem ser configurados para operar na curva de ponderção A

Aproveitando o tópico, vou criar outro assunto:

Ponderação A = aproxima-se das condições de audição humana.
Ponderação C = praticamente flat, para testar a capacidade de alto-falantes, por exemplo.

E a ponderação B? Não achei nada a respeito na internet...
 
Porque é pouquíssimo usada, assim como a curva D.

Cada curva tem uma utilidade, e na verdade elas tem correlação com o volume de som.

A curva D, por exemplo, é para medições em pista de aeroporto, onde a faixa de dB SPL vai até 140dB!!!! Fora desse tipo de uso, qual a utilidade? (Pensando melhor, talvez tenha uso lá no carnaval da Bahia).

Neste endereço tem muita coisa, muita coisa mesmo:

<!-- m --><a class="postlink" href="http://www.segurancaetrabalho.com.br/download/utilizacao-creppe.doc">http://www.segurancaetrabalho.com.br/do ... creppe.doc</a><!-- m -->

Você vê a curva de audibilidade e vê que as curvas de ponderação A, B e C correspondem à variação na sensibilidade dos ouvidos nos graves.

Um abraço,

Fernando
 
[Coveiro mode ON :mrgreen: ]

Desculpem ressuscitar o tópico, mas tem uma dúvida me enchendo aqui: os sons têm harmônicos "pra baixo" (ou "subtons")??

Vejam só: há situações em que supõe-se que um sistema não precise de via de subgraves. OK.
Mas, mesmo a falta dela não causando um problema gritante, ela não torna a resposta mais interessante, mesmo que as fontes sonoras não "falem" fundamentalmente tão baixo?
Outro dia ouvi um "sistema"* pequenininho, apenas com voz, mas sem ligar o sub parecia que faltava algo (e não, não era placebo :wink: ).


Ou será que tô confundindo isso com a própria questão do equilíbrio tonal??


*Não considero um sistema clássico p/ nossas avaliações, pq não se tratava de um PA.
 
gabriel_equalize

Apenas uma correção, a ponderação A (A Weighted) simula a audição humana até niveis de 85 dB, enqto a curva C faz a mesma coisa acima do nivel de 85 dB. Muito embora atualmente haja uma certa tendencia a se adotar a CURVA A em niveis mais altos, especialmente nas medições de ruido - Lei do Silencio.

Ao se testar um falante (resposta de frequencia), em geral se utiliza os instrumentos em FLAT, sem ponderação alguma. Pois esta implicam em mascarar as respostas em baixas frequencias.

A CURVA B era / é utilizada para medições em locais particularmente barulhentos (peculiares) como piso de fabrica.

Abs
 
Não quero ser chato, mas a questão realmente tá me martelando. :oops: :wink:

TSA disse:
Mas, mesmo a falta dela não causando um problema gritante, ela não torna a resposta mais interessante, mesmo que as fontes sonoras não "falem" fundamentalmente tão baixo?

Ou seja, há algo como "subtons" (harmônicos "p/ baixo" ou coisa assim -- ondas abaixo da frequência fundamental compondo o timbre)?
 
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