Linha de reforço

pTjz

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Moderador
Bem vamos la, li vários artigos na internet, mais não encontrei nada de muito concreto.
Gostaria de saber, em que distância ou diferença de dBSPL é indicado torres de reforço (delay)?
Porque estou pensando sériamente se o reforço do meu templo é realmente necessário... Talvez uma caixa com mais sensibilidade resolvesse meu problema.

abs
[]s
 
hahaha, não é bem por conta da minha torre...
Estou desenhando as projeções de dispersão das minhas caixas, e acho que com certa altura eu poderia dispensar o delay.
Mais independente disto, gostaria de saber a distancia máxima ou diferença máxima de dbSPL entre a fonte principal, para que seja preciso uma torre de delay.
 
Bem estou estes últimos dias estudando sobre o correto posicionamento do PA.
Logo cheguei à questão das linhas de reforço (torre de delays), e lendo bastante consegui chegar a algumas conclusões...
Não me apeguei e não vi ninguém se apegar a distancias propriamente dito, mais sim a diferença de sinal (atenuação) a uma certa distancia, quando esta diferença chegar a uma magnitude de 10dBSPL, passa ser indicado o uso do reforço.
Porém esta atenuação não pode ser estimada unicamente observando-se uma distancia, ela deve ser calculada em função da sensibilidade do sistema.

Cálculo da atenuação em função da distância
dBSPL = SenS + 20 x log (1 / DistO)
SenS = Sensibilidade do PA (1w/1m)
DistO = Distancia do último ouvinte


Há ainda a questão das ondas cilíndricas (leia-se LINES) que tem sua atenuação na metade da onda esférica (leia-se CAXAIS CONVENCIONAIS), neste caso não achei uma fórmula específica para o cálculo, mais adaptando a de Hopkins-Stryker, ficaria assim.

dBSPL = SenS + 10 x log (1 / DistO)
SenS = Sensibilidade do PA (1w/1m)
DistO = Distancia do último ouvinte


Mas, meu foco não são os lines, então vamos ao que interessa.
Tendo em mãos sua diferença de atenuação (dBSPL) entre a primeira fileira de ouvintes e a última só devemos observar a diferença, é maior que 10dBSPL?
Então vamos implementar a linha de reforço.

Escolha então uma posição média, assim não precisará de tanta pressão na fonte principal.
Escolhido esta posição, devemos medir a distancia em metros entre a caixa principal e a caixa de reforço, em posse destes dados podemos calcular o tempo de delay.
Porém antes de calcular o delay devemos conhecer a velocidade do som.

Velocidade do SOM
Vsom = 20.06 * raiz(T + 273)
T = Temperatura

Uma vez obtido a velocidade, vamos ao cálculo de delay.

Tempo de delay
Delay = Dist / Vsom
Dist = Distância do PA para o Delay
Vsom = Velocidade do som


E com o tempo de delay em mãos basta setar este parâmetro no gerenciador, ou até mesmo em um processador de efeitos, deste que o feedback seja desativado, e a mistura (WET) esteja em 100%.

Obs: Na fórmula do tempo de delay, tem uma grande incógnita para mim, sobre acrescentar +20ms no tempo obtido por conta do efeito Haas, muitos dizem que isto é um erro, muitos dizem que ajuda...
Então no mínimo faça o teste, e via “ouvidometro” veja o que soa melhor para você.

Obs2: Estou estudando isto a pouquíssimo tempo, então posso ter cometido algum equívoco, então é possível que eu reitere algo que tenha dito acima, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Espero que alguém com mais experiência possa opinar no tópico e que ele sirva de aprendizado para outras pessoas.
 
Na aplicação de uma torre de Delay é importante também você atenuar o nivel da Torre...

Até que se pareça que a mesma está desligada... rsrs isso mesmo... até que não percebamos a torre como a fonte sonora principal e sim a primeira linha de PA... isso vai ocorrer depois de mais de 6dbs de atenuação...
 
deneripr disse:
Na aplicação de uma torre de Delay é importante também você atenuar o nivel da Torre...
Até que se pareça que a mesma está desligada... rsrs isso mesmo... até que não percebamos a torre como a fonte sonora principal e sim a primeira linha de PA... isso vai ocorrer depois de mais de 6dbs de atenuação...
Verdade, e faz todo sentido...
Porque o delay será um reforço, então é importante que ele atue juntamente com o sinal principal, e apenas reforce algumas freqüências, logo parece que a fonte sonora é somente uma.
Porém se o sinal for forte demais, isso mascara o reforço, e ele passa a ser a fonte principal.
 
Fiz a modelagem básica do meu templo em 3D.
Vou fazer os cortes laterais, e superior em 2D, definir a posição, depois passo para o 3D.
Farei também o calculo do delay que usarei na galeria, assim que estiver pronto vou postando aqui.

Estou fazendo estes projetos em quanto não fazemos o tratamento acústico, vou redistribuir o som de forma correta e tentar ao máximo evitar as minhas reflexões.
Quanto a galeria, como há cultos em que a galeria não será usava, fica fácil mutar o sistema pelo gerenciador, pois hoje elas estão em série com as caixas do PA, e não há como efetuar a correção por meio de um delay.
 
Estou desenhando o PA para desenvolver o delay, e caramba!!!
Como eu jogo som nas minhas paredes... :shock: :shock:
Vou estudar uma forma de reposicioná-las agora mesmo.

pibipsatual.png
 
Em baixo do mesanino...
Vou depois colocar os bancos, ai eu pinho a mesa.
No desenho só botei o R, nem botei o L ainda kkkkkkkkkk.
 
Bom vou dar meu " pitaco ", pitaco mesmo já que não tenho nenhuma base teórica para isso kkkk.
Mas creio que para determinar se é necessário uma torre de delay precisamos saber qual o ruido ambiente do último banco, com esse dado em mãos se determina qual o spl desejado na última fileira para se ter uma boa inteligibilidade. Aí com os parâmetros de sua caixa vc calcula se ela vai atender ou vai precisar de reforço.
Acho que é por aí o caminho.
Abraço, Deus te abençoe.
 
marciorogeriu disse:
Bom vou dar meu " pitaco ", pitaco mesmo já que não tenho nenhuma base teórica para isso kkkk.
Mas creio que para determinar se é necessário uma torre de delay precisamos saber qual o ruido ambiente do último banco, com esse dado em mãos se determina qual o spl desejado na última fileira para se ter uma boa inteligibilidade. Aí com os parâmetros de sua caixa vc calcula se ela vai atender ou vai precisar de reforço.
Acho que é por aí o caminho.
Abraço, Deus te abençoe.
Ruído é um ponto importante, mais a lei do inverso dos quadrados é muito mais primordial.
Se eu jogar um determinado nível de SPL desejado na última fileira, estarei deixando surdo as pessoas da primeira fileira devido a grande diferença em distância, causando também uma grande diferença de pressão sonora.
Esta diferença ao menos PRA MIM e para todos artigos que li, é o divisor de águas para ser implantar ou não uma linha de reforço.

E sem falar que, ruído dentro do templo (pelo menos no meu) "não existe", nem mesmo o ar condicionado emite algum ruído que chegue a incomodar, e os falatórios que são muito raros, sempre são controlados pelos instrutores, então não vejo porque me preocupar com ele.
 
Acho que achei o melhor posicionamento para minhas caixas.
Com este posicionamento eu evitaria o uso do frontfill que hoje existe, usaria apenas 2 caixas para a nave, e uma de reforço para galeria.
cips1.png

cips2.png

cips3.png

cips4.png

Minha preocupação agora é, a cobertura dos falantes que é de 90h/90v então estou preocupado quanto estas sobras que seriam fatalmente jogadas ao palco pela caixa mais baixa e mais inclinada.
Será que isso me renderia muitos problemas? Mesmo usando um HPF mais puxado?
 
Gerson Araújo disse:
Atualmente você trabalha com o seu sistema mono?
Dá para marcar o início dos bancos?
Trabalho em estereo, mais sem problemas trabalhar em mono.
A primeira fileira começa uns 80cm antes do palco, por isto coloquei a primeira caixa bem próximo do inicio do palco.
 
pTjz disse:
Minha preocupação agora é, a cobertura dos falantes que é de 90h/90v então estou preocupado quanto estas sobras que seriam fatalmente jogadas ao palco pela caixa mais baixa e mais inclinada.
Será que isso me renderia muitos problemas? Mesmo usando um HPF mais puxado?

Para saber se terá problemas teve ser feito o cálculo de GAP (Ganho Acústico Potencial) com o GAN (Ganho Acústico Necessário), para se certificar que não terá problemas, agora o diagrama de dispersão da caixa é fundamental para saber como ela se comporta em todas nas demais frequências, já que a cobertura geralmente é dada em 1khz.

Agora acho estranho você ter 90v e ainda não ter toda a área coberta...como você fez para definir a cobertura necessária, ou está reposicionando o P.A?
 
pTjz disse:
Ruído é um ponto importante, mais a lei do inverso dos quadrados é muito mais primordial.
Se eu jogar um determinado nível de SPL desejado na última fileira, estarei deixando surdo as pessoas da primeira fileira devido a grande diferença em distância, causando também uma grande diferença de pressão sonora.
Esta diferença ao menos PRA MIM e para todos artigos que li, é o divisor de águas para ser implantar ou não uma linha de reforço.

Eu não daria tanta importância assim...não que não seja importante,mas é que existe pontos tão importantes quanto a lei do inverso dos quadrados, como reflexões, tempo de reverberação, GAP (Ganho Acústico Potencial) ,GAN (Ganho Acústico Necessário), entre outros dados importantes em uma sala.

Detalhe a lei do inverso dos quadrados, só acontece na prática em locais abertos, em locais fechados a atenuação é menor...outro detalhe é que a energia de uma caixa é maior no eixo da caixa,e vai atenuando na medida que se vai se afastando do eixo da caixa, é assim que é dada a cobertura da caixa, quando ele decai -6 db é nessa hora que um bom software de simulação acústica faz diferença, outro ponto é que parece que pelo desenho esta tendo sobreposição entre as duas caixas, isso muda o nível de spl no ambiente, como o p.a está em fly, isso diminui a distância do 1º e último ouvinte, o que ajuda a diminuir a diferença de spl no ambiente, no livro do Sóllon, ele diz que é aceitável variações de 9 db em um ambiente.

abraço
 
Danilo Gomes Santana disse:
Agora acho estranho você ter 90v e ainda não ter toda a área coberta...como você fez para definir a cobertura necessária, ou está reposicionando o P.A?
Cobertura do falante é 90/90
A cobertura do drive é 90/40, por isso não deu para cobrir tudo apenas com 1 caixa.
 
a pergunta do Gerson era exatamente a minha, marque o início dos bancos, e ali que deve começar a cobertura de suas caixas, uma "zona de silêncio" entre o início dos bancos e o púlpito ajuda a diminuir a pressão em cima do púlpito isso vai te ajudar a controlar os retornos, diminuir riscos de microfonia e melhorar a captação para uma gravação por exemplo.
Nunca vi precisar de frontfill em Igreja pelo contrário como disse anteriormente e melhor fazer oque puder pra diminuir a pressão nessa área, lembre-se que não é um show onde o pessoal do gargalo se amontoa em cima do palco, pelo nível de ruído que disse ter em sua Igreja me parece ser bem comportada...
acredito que apenas uma das caixas penduradas o mais alto possível resolve seu problema ignore a área em baixo da galeria e coloque um reforço ali, já usei uma arandelas com falantes coaxiais e resolvem bem o problema lembre-se que mesmo sem som direto vai ter muita sobra lá da primeira reflexão, claro que essas arandelas tem que ter os devidos delays.

A segunda caixa eu usaria como torre de delay para cobrir a área sobre a galeria que relativamente extensa em levando em consideração o tamanho de sua Igreja, a atenuação no seu caso vai se dar atenuando a segunda caixa em relação a primeira de forma que fique mais ou menos com a mesma pressão em toda a Igreja, e isso vai variar em ambiente indoor em função dos reforços causados pelas reflexões e mesmo as interações entre o sinal da caixa da frente e da fundo nada que um RTA ou mesmo um decibelímetro não resolva ( o decibelímetro mais limitado uma vez que afere em uma gama de frequência reduzida)
 
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