Emerson Silva disse:
E como saber se o Directbox está desempenhando o seu papel? esse teste pode ser feito com um simples multímetro?
*Digo isso por haverem directboxs bem baratos no mercado, posso desconfiar deles?
Teoricamente, o real funcionamento de um direct box só pode ser testado com um osciloscópio.
Se for passivo, pode-se "esboçar" um teste, apenas para saber se o DI tem mesmo circuito isolador e casa as impedancias numa proporção adequada, Com o DI desligado, testar continuidade/resistencia entre:
- Pinos 2 (hot) e 1 (ground) da entrada: deve dar continuidade com resistencia alta
- Pinos 2 (hot) e 3 (cold) da saída: deve dar continuidade com resitencia baixa
- Pinos 1 (ground) e 2 (hot) da saída: não deve dar continuidade
- Pinos 1 (ground) e 3 (cold) da saída: não deve dar continuidade
- Pinos 2 (hot) da entrada e 2 (hot) da saída: não deve dar continuidade
- Pinos 1 (ground) da entrada e 3 (cold) da saída: não deve dar continuidade
- Pinos 1 (ground) da entrada e 1 (ground) da saída: em DIs com a chave "ground lift", deve dar continuidade com a chave ligada e deixar de dar com a chave desligada. Em DIs sem essa chave, é normal que dê continuidade.
Feitos os testes acima, caso tudo dê como esperado, comprova-se a funcionalidade da isolação da entrada pra saída. O próximo teste pode ser feito para identificar problemas com o casamento de impedâncias, mas não significa que não haja problema caso tudo dê certo:
- Medir resistência entre 1 e 2 da entrada, deve dar um valor próximo a entre 10 e 20 vezes mais alto que entre 2 e 3 da saída.
O procedimento correto pra testar o funcionamento do circuito de uma DI, tanto ativa quanto passiva, consiste no descrito abaixo, e para tal, deve-se usar um osciloscópio de dois canais, e um gerador de frequências. Comprovando se a DI balanceia o sinal:
- Ligar uma fonte de sinal (senoidal 60hz por exemplo) na entrada
- Ligar ponta de prova X entre 1 (-) e 2 (+) da saída
- Ligar ponta de prova Y entre 1 (-) e 3 (+) da saída
- Os sinais exibidos na tela devem ser, na mesma escala, idênticos, porém com a fase invertida
- Na função "add", somando os canais X e Y do osciloscópio, a linha resultante deve ficar reta em 0v (na prática não chega a ficar perfeito, mas deve ficar muito próximo)
Testando o casamento de impedâncias:
- Ligar gerador de áudio em alta impedância à entrada
- Ligar ponta de prova X entre 1 (-) e 2 (+) na entrada
- Ligar ponta de prova Y entre 2 (+) e 3 (-) na saída
- Provocar sinal na fonte de áudio e ajustar a sensibilidade dos canais X e Y até que as tensões de pico se igualem. X deve estar com uma sensibilidade cerca de 10 a 20 vezes menor que Y.
Testando resposta de frequência:
- Ligar gerador de áudio em 1khz na entrada
- Ligar ponta de prova X entre 1 (-) e 2 (+) na entrada
- Ligar ponta de prova Y entre 2 (+) e 3 (-) na saída
- Ajustar a posição e sensibilidade dos canais X e Y para que ambos fiquem no mesmo local com a mesma amplitude, sobrepondo-se
- Variar a frequência até o limite inferior e superior dentro do espectro audível (20hz-20khz) e verificar a variação de amplitude entre o canal X e Y. As frequências em que Vrms(X) começar a ser maior que Vrms(Y), indicarão o começo do decaimento da resposta de frequência. Uma variação de 2:1, por exemplo, indicará atenuação de 3dB na frequência. Com um pouco de paciência e cálculos, é possível desenhar o espectro de resposta da DI, muito embora seja quase plana na maioria dos casos.
Depois mostre-nos os resultados de seus testes!
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