Novos termos - Letra T

TSA

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Thiele-Small - Parâmetros T-S. Grupo de fatores eletromecânicos que ditam o comportamento dos alto-falantes. São essenciais no projeto de caixas. Tal nome é dado em homenagem aos pesquisadores australianos A. N. Thiele e Richard N. Small, pioneiros nesse tipo de pesquisa.



Tinnitus - Zumbido persistente no ouvido, sem estímulo externo, normalmente percebido em momentos de silêncio. Há várias causas, sobretudo exposição prolongada a SPLs altos, traumas no crânio, certas substâncias ototóxicas (aspirina, por exemplo) e diversas outras desordens do organismo.


•Tom puro (pure tone) - Som sem sobretons (overtones), ou seja, tem apenas a frequência fundamental. Constitui uma onda (sinal) puramente senoidal.


•Topologia - Disposição lógica ou física; padrão de ligação entre componentes eletrônicos, ou entre aparelhos. Layout (de um circuito ou instalação). Por exemplo, topologia em estrela.


Transistor - Semicondutor. Componente eletrônico que serve para "amplificar e chavear sinais eletrônicos". Basicamente, controla o fluxo de corrente entre 2 terminais, em função de um 3º terminal (que serve como uma espécie de terminal de controle).
Um semicondutor pode conduzir bem eletricidade sob certas condições, ou oferecer bastente oposição sob outras condições.
É uma explicação bem superficial.
Fato é que o transistor revolucionou a eletrônica. É a base de toda a eletrônica moderna.
Antes dele, o dispositivo base para a eletrônica era a válvula termiônica. As vantagens do transistor sobre a válvula são: tamanho e peso menores (bem menores!); processo de produção automatizada bem mais simples; tensões de operação mais baixas, permitindo o uso em dispositvos simples, alimentados por baterias; maior eficiência energética; menor dissipação térmica; maior resistência física, etc.


•Transparência - Diz-se que um sistema/aparelho é transparente quando este não acrescenta nenhuma coloração ao sinal. O termo, então, refere-se à resposta do equipamento.
Significa que o objeto apresenta total fidelidade sonora.



Trigger - Disparador (gatilho, ao pé da letra). Um aparato usado para disparar (desencadear) alguma ação. Por exemplo, em baterias eletrônicas, as superfícies de contato têm triggers, que enviam sinais elétricos ao módulo quando são "atingidos", reproduzindo a ação de uma bateria acústica. Também existem triggers usados em baterias acústicas, para se obter timbres distintos do seu original. Nesses casos, triggers são um tipo de transdutor.

rt10k2.png

Trigger para bumbo acústico, da Roland.


True diversity - Refere-se a sistemas de microfone sem fio. Um tipo de receptor que conta com 2 seções independentes de recepção, cada uma com sua antena (ao invés de um único receptor com 1 ou 2 antenas). As antenas têm um certo espaço entre si, e um circuito de comparação constantemente testa ambas as seções, de modo a usar a que tiver o melhor sinal. Como resultado, o sinal é extremamente estável, já que dificilmente ocorre sua perda em ambas as antenas ao mesmo tempo.
 
Olá Tailan,

aqui tem uma ótima descrição sobre parâmetros Thiele-Small:

<!-- m --><a class="postlink" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Thiele/small">http://pt.wikipedia.org/wiki/Thiele/small</a><!-- m -->

Em português, mas parece mesmo estar escrito em alguma língua que só engenheiros com curso na NASA entendem.... quando falamos que é bem melhor comprar uma caixa PRONTA que montar uma caixa, está aí a explicação.

Alguns parâmetros Thiele-Smal:

Fs

É a frequência de ressonância das partes móveis do alto-falante. Em regra tem-se dificuldade em produzir frequências abaixo dele. Assim, um falante com Fs de 55hz não vai produzir 35hz com desenvoltura. Já um falante com Fs de 35hz vai produzir 32hz se estiver em uma caixa com sintonia adequada. A exceção se dá quando o falante está colocado em corneta, em que é menos afetado pelo valor do Fs e funciona mais como um pistão.

Qts

Descreve a qualidade ou característica total do falante que pode ser elétrica e mecânica. Diz o quão forte os conjuntos dos sistemas de motor e magnético do falante são. Assim, um falante com valor de Qts ao redor de 0,2 vai ter um conjunto magnético grande, sendo capaz de mover o cone com enorme força. É o que em inglês se chama de "tight driver" (firme, com alto controle do movimento do cone). Quando esse Qts sobe para 0,45, o falante terá um conjunto magnético menor e exercerá menor controle no movimento do cone. Assim valores menores de Qts são indicativos de som firme e com pancada, com menor peso e graves menos profundos. Qts maiores darão um grave mais pesado e mais lento respondendo mais a freqüências bem baixas. Já para falantes de Qts de 0,6 ou acima são falantes que necessitam caixas enormes para ter uma resposta adequada, enquanto que em caixas menores não se tem resposta de subgraves. Este tipo é mais bem usado em som automotivo em um veículo de 3 volumes, em que o porta-malas funcionaria como Vb.

Qms

Leva em consideração as propriedades mecânicas do falante, isto é, a suspensão externa (borda) e a aranha que prende a bobina, responsáveis pela sustentação do cone a fim de que mantenha o movimento linear dentro do gap. Na prática, valores de Qms maiores dão um som mais aberto, mais limpo e com melhor dinâmica, motivo pelo qual terão menos perdas. A borda terá maior flexibilidade e a aranha terá construção dando como resultado maior fluxo do ar e maior sensibilidade, sendo bom indicativo de reserva de energia acumulada.

Bl

Força motor do falante. Quanto maior o valor de Bl mais forte será seu conjunto magnético (motor). Falantes com alto valor de Bl, ao redor de 30 ou mais, tem maior condição de controlar seus cones adequadamente. Certamente terão conjuntos magnéticos massivos, pesados. Em geral apresentarão também baixos valores de Qts. Falantes com Bl abaixo de 20 ou menos terão menos condições de controle do cone. Logo terão valores de Qts maiores. Eles se darão melhor em caixas dutadas, band-pass, dando uma resposta lenta e pesada, com resposta fraca a transientes.

Vas

Esse parâmetro vai dizer o quão controlado é o movimento do cone, sendo medido em litros. Há várias variáveis que influenciam na determinação do seu valor. Não se pode assegurar que altos valores significam ser um falante melhor. A suspensão (aranha) simples ou dupla, bem como o tamanho do cone (Sd), também a temperatura ambiente, a umidade do ar vão afetar seu valor, o que faz esse parâmetro ser um dos mais difíceis de ser medido com precisão.

Mmd

Significa o peso do cone, da bobina e de outras partes móveis do conjunto. Assim, um falante de 18" com um Mmd de 100g vai ser mais eficiente do que um que apresente um cone mais pesado. Um cone leve também será movido mais rapidamente em relação ao mais pesado. Parece ser uma característica dos falantes de alto Qts (seria para compensar?), dando a idéia de ter resposta adequada a transientes, quando de fato, falantes de alto Qts, devido ao seu conjunto motor (magnético) menos eficiente, anulam as vantagens do cone mais leve. Falantes com cone de 200g ou mais vão apresentar cones mais pesados e firmes, e de maneira geral vão ser menos eficientes, ter dupla aranha e valores menores de Qts. Falantes com cones mais pesados podem apresentar um som mais lento, mas se tiverem Qts baixo e Bl alto, ao contrário, terão boa resposta a transientes, isso devido ao conjunto motor forte. O parâmetro Mms é o peso do cone incluindo a massa radiante, não devendo ser confundido com o Mmd. Alguns programas de simulação de caixas de som vão calcular os valores de Mms quando se entra com o Mmd.

Sd

Quanto maior o cone, mais ar ele irá movimentar. Como reproduzir sons graves significa mover ar, quanto maior o cone menor será o movimento necessário pra dentro e pra fora (excursão do cone). Quanto mais fundo o cone maior o Sd, o que explica valores diferentes para alto-falantes com o mesmo diâmetro. A largura da suspensão também influencia esse parâmetro. Alguns autores quotam a distância do diâmetro começando pela suspensão externa incluída até ao limite do cone do outro lado, para o efetivo diâmetro do pistão.

Xmax

Valor mais amado por muitos, este parâmetro representa a distância da altura total da bobina diminuída da medida da altura da peça polar superior, dividida por 2. Ou seja, é a distância em que a bobina mantém seu enrolamento dentro do gap acima e abaixo da peça polar (onde se tem o fluxo magnético). Assim, um falante com Xmax de 8mm quer dizer que ele poderá ter um movimento de 8mm para fora e 8mm para dentro estando ainda dentro do fluxo magnético e com movimento linear, assegurado pelo conjunto magnético, suspensão da borda externa e aranha, e pelo damping factor do amplificador. Excedidos esses valores o cone do falante não mais estará regulado por esses controles, sendo colocado por autores que usá-lo constantemente desta forma não é recomendado, uma vez e o reconamento vai ser uma questão de tempo. Cabe ainda advertir que alguns fabricantes adicionam 15% a esses valores por fins marketeiros. Confundir esse valor com o Xmecânico pode causar graves problemas à saúde do falante, pois além de compressão dinâmica, poderá bater no fundo do gap deformando a forma da bobina.

Vd

Se a questão é mover grandes quantidades de ar nas baixas freqüências, este é o parâmetro a ser olhado. Isso por que para produzir som é preciso mover ar e quanto mais baixa a freqüência a ser reproduzida, maior será a quantidade de ar a ser movida para dar determinado resultado. Pode-se fazê-lo usando cones menores (menor Sd), com a penalidade de ter maior movimento pra dentro e pra fora em relação aos cones maiores. A área do cone maior dividida pela área do cone menor vai dar a necessidade de deslocamento do menor em relação ao maior para produzir o mesmo resultado. É fácil calcular isto e comparar os valores de Vd vai dar um indicativo do que um falante de graves pode produzir, sendo uma coisa que poucos realmente fazem.

η0

Olhar o valor de eficiência de referência é mais útil do que olhar o valor quotado pela maioria dos fabricantes para a sensibilidade (eficiência em dBs). Alguns valores não são os calculados pelos parâmetros listados (não conferem) sendo às vezes inflados. Outros são quotados sem ao menos termos os parâmetros disponíveis. Falantes com altos valores de Xmax geralmente são ineficientes (baixa sensibilidade), necessitando amplificadores maiores para que consigam tocar. Isto significa altos dispêndios quando se poderia usar falantes mais eficientes, empurrados por amplificadores menores, com resultados semelhantes, se não melhores, talvez com uma fração do gasto. Se o caso for obter som de caixas menores e tocar os falantes com potências extremas, a solução será usar longas bobinas ineficientes, de grande x-máxima, com grandes e caros amplificadores.

Compressão dinâmica

Esse não é oficialmente um parâmetro T/S, mas certamente tão ou mais importante no trato do som. Seus valores são quotados por alguns fabricantes como exceção, pois são os que mais trabalho lhes dão. Esse valor vai dar a quantidade de perda em dBs que o falante apresentará por causa do aquecimento da bobina, o que aumentará a sua impedância, e como conseqüência o amplificador mandará menos potência ao falante, mesmo que o volume fosse aumentado. Ao entender isto vai se tocar aquém dos limites do falante, tendo como recompensa mais som como resultado prático. O que causa isso é o deslocamento excessivo do cone/bobina, o que provoca cada vez menos arrefecimento por estar o enrolamento menos em contato com o fluxo magnético, passando o enrolamento além do limite da peça polar, onde há a pobre troca de calor, além do ar circulante, devido a melhoramentos acrescidos na sua ventilação, e short rings em alguns casos. Deste mal todos os falantes sofrem, sem exceção, alguns mais outros menos. Um indicativo certo é o deslocamento do cone onde devemos prestar grande atenção. Exceção sempre há, e é em cornetas bem calculadas que se pode ultrapassar limites devido a Vbs minúsculos e sistemas que 3dBs tocando a 0dB, ou seja, se um falante está quotado para 800wrms e tiver 3dBs de compressão dinâmica, teoricamente tocando a 400 wrms ele estaria tocando praticamente a mesma coisa do que se estivesse sendo tocado a 800wrms. Na realidade, mesmo a 400wrms ele ainda apresenta alguma compressão, e esta aumenta à medida que sua bobina esquenta. Trabalhar com folga é a receita! Boas técnicas na confecção de caixas são imperativas na minimização destes efeitos e são certamente segredos guardados pelos grandes fabricantes, diferenciais estes que se pode observar ao se comparar bons projetos originais com seus clones onde nem ao menos os parâmetros dos falantes originais são levados em conta como um indicativo do que usar quando colocar o substituto na caixa.
 
Na prática:

wt2_tsparameters.gif


Abaixo, parâmetros de um folheto de um falante de fabricação nacional:

thiele_small.jpg


Os dados Thiele-Small são essenciais para os cálculos de uma boa caixa acústica, como pode-se ver no texto da Wikipedia. É muito importante que os fabricantes disponibilizem esses dados aos consumidores de falantes, ainda que uma porcentagem mínima deles saiba o que realmente fazer com esses dados.

Recomendamos "fugir" das empresas que não disponibilizam tais dados, pois ou mostra que a empresa não se importa com o consumidor, ou mostra que a empresa não tem capacidade de levantar tais dados, seja por qualquer motivo.

Um abraço,

Fernando

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Ah, sugestão de leitura:

<!-- m --><a class="postlink" href="http://www.selenium.com.br/download/Aes97_ts.pdf">http://www.selenium.com.br/download/Aes97_ts.pdf</a><!-- m -->

Depois dessas, eu pago caro por uma boa caixa sem o menor problema... É literalmente pagar para alguém "queimar neurônios" por você.
 
Sobre o Tinnitus, esse é o nome médico correto para o famoso "Zumbido". Texto interessante:

Zumbido (tinnitus) é a sensação de ruído leve, moderado ou severo no ouvido, perto do ouvido ou à distância, em alguma outra parte da cabeça. Os ruídos podem ser de vários tipos (chiado, assobio, barulho de chuva, estalos etc.). A maioria das pessoas não se incomoda com o zumbido, só o percebendo em situações especiais como no silêncio ou após a ingestão de alcool. Em 5% dos casos, o zumbido chega a ser insuportável, dificultando as atividades normais, prejudicando a concentração, o raciocínio e a memória.

O zumbido não é uma doença em si, mas sintoma de alguma lesão ou desordem no sistema auditivo. Há mais de 200 doenças relatadas que podem causar o zumbido e é fundamental saber identificar as causas de cada caso.

<!-- m --><a class="postlink" href="http://www.medicinageriatrica.com.br/tag/tinnitus/">http://www.medicinageriatrica.com.br/tag/tinnitus/</a><!-- m -->

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Fernando
 
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