O decibelímetro, um bom companheiro

bersan

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Criado "na mão" por causa de problemas... já resolvendo...

Comentários são bem vindos!

Fernando
 
é na minha igreja agente precisa de um deste, a poucos meses atras tivemos um problema serio com uma vizinha, que reclamava de som alto. o principal problema era a bateria na verdade o baterista que não manera. ela reclamava mais nos ensaios do som alto, agora ensaiamos de janela fechada o templo e no 1º andar, bom ela não reclamou mais.

muito bom o artigo bersan Deus abençoe.
 
Excelente artigo. Deixo meus comentários.

  • O resultado do dia com maior volume não me surpreendeu, e o resultado do pastor mostra que os músicos não são os únicos "surdos".
  • A NBR 10151, que trata da avaliação de ruído em áreas habitáveis, define apenas a curva de ponderação A nas medições de níveis de ruídos. Aqui no DF mesmo a lei diz que a medição considerada é do Leq com ponderação A.
  • A medição em ambientes externos deve ser feita a no mínimo 1,5 metros de superfícies refletoras como paredes. Em frente a uma janela aberta, até 0,5 metros.
  • A calibração do decibelímetro é muito importante. O equipamento que uso lá na faculdade já está com um erro de uns 3 a 4 dB.
  • Não deixe de procurar a lei da sua cidade ou do seu município, os níveis máximos de intensidade podem variar. Aqui depende da área em que é feita a medida: residencial, comercial, industrial, e também do horário. Muitos pensam que até as 22 horas está liberado qualquer volume.[/list:u]
 
Kadú,

A NBR 10151, que trata da avaliação de ruído em áreas habitáveis, define apenas a curva de ponderação A nas medições de níveis de ruídos. Aqui no DF mesmo a lei diz que a medição considerada é do Leq com ponderação A.

A lei é vantajosa para nós, igrejas. A curva A, por não incorporar tão bens os graves, quase sempre apresenta valores menores que as curvas C. Isso ajuda!

A calibração do decibelímetro é muito importante. O equipamento que uso lá na faculdade já está com um erro de uns 3 a 4 dB.

E o pior é que é cara de ser feita, em algumas mensagens da Audiolist o pessoal comenta. Uma sugestão para quem tem decibelímetro simples como esse RadioShack é comparar com um calibrado e fazer o ajuste. Duro é achar um calibrado.

Aliás, macete para quem tem problema com Prefeitura. Peça o certificado anual de calibração do instrumento, emitido pelo Inmetro. Se o fiscal / Prefeitura não tiver, dá para recorrer da multa, já que a aferição não se deu por equipamento válido. Aliás, isso não serve apenas para decibelímetros não, radares de trânsito. Aqui no meu estado, alguém descobriu que os radares não eram inspecionados pelo Inmetro há anos, acionou a Justiça, e o DETRAN teve que cancelar mais de 70.000 multas por causa disto. Eu me livrei de uma! Foi no início deste ano.

Um abraço,

Fernando
 
bersan disse:
Aqui no meu estado, alguém descobriu que os radares não eram inspecionados pelo Inmetro há anos, acionou a Justiça, e o DETRAN teve que cancelar mais de 70.000 multas por causa disto. Eu me livrei de uma! Foi no início deste ano.

Rsrsrs!!! :?
 
Bersan disse:
Aliás, isso não serve apenas para decibelímetros não, radares de trânsito. Aqui no meu estado, alguém descobriu que os radares não eram inspecionados pelo Inmetro há anos, acionou a Justiça, e o DETRAN teve que cancelar mais de 70.000 multas por causa disto. Eu me livrei de uma! Foi no início deste ano.

Eu me livrei de seis... :D

Falando sério... eu tenho um decibelímetro desses da Radio Shack (igual ao do Raphael) e ele tb mede a intensidade sonora média com o limite máximo de dois minutos. Traduzindo: vc pode progamá-lo para medir a intensidade sonora entre 1 segundo e 120 segundos e no final ele te dá o pico máximo, o mínimo e a média no período.

Outra coisa: ele não serve para a emissão de laudos pq não está de acordo com a norma IEC 60.651:1979. No caso das prefeituras, os decibelímetros usados em inspeções precisam estar de acordo com esta norma IEC, e o calibrador com a IEC 60.942:1988. Se não estiverem, os laudos não têm valor.

Outro aspecto importante deste tópico diz respeito à norma citada pelo carlosecg, a NBR 10.151. Acho importante que a igreja tenha em sua biblioteca exemplares desta norma e da NBR 10.152. Nelas estão definidos todos os procedimentos para a aferição dos níveis de intesidade sonora de um local.

Ainda: a maioira dos grandes municípios possui uma lei que trata do controle de ruído. Qd não têm, a resolução nº 1 do CONAMA, de 8 mar 1990, estabelece que os procedimentos de medição e os níveis devem estar de acordo com a NBR 10.151.

[]'s
 
Só para fazer um comentário também:
A audiometria normalmente é coberta por vários convênios médicos.
Então mesmo aqueles que não tem grana podem fazer, e demora cerca de 15 minutos apenas.
 
gabriel_renascer disse:
Só para fazer um comentário também:
A audiometria normalmente é coberta por vários convênios médicos.
Então mesmo aqueles que não tem grana podem fazer, e demora cerca de 15 minutos apenas.

Aqui no ES, se pode fazer uma audiometria gratuitamente no Pólo Auditivo do Centro de Reabilitação Física do ES, que é um hospital público. As consultas podem ser agendadas pelo telefone e os equipamentos disponíveis são os melhores possíveis. A última que fiz foi lá.

[]'s
 
e complementando, um bom técnico de som faz pelo meno 1 audiometria por ano, o ideal seria de 6 em 6 meses....
e guarda todas elas pra acompanhar a evolução da suas ferramentas de trabalho...
 
Muito bom.

Gostei da matéria.

Na parte prática, acredito que ficou faltando algo mais.

Mas realmente gostei e esta de parabéns, mais uma vez!
 
Elmir,

a descrição do que aconteceu com a igreja comentada é que foi a parte prática. O aparelho não tem muito mistério não, então o restante é medir, medir e medir.

Um abraço,

Fernando
 
Bersan...

nessa igreja em particular que vc citou, um bom compressor, bem regulado num ajudaria a resolver uma boa parte do problema não?

Melhor ainda um conjunto de compressor com limiter, de forma que fosse IMPOSSÍVEL passar de um determinado nível sonoro.

Não é mais fácio do que ficar cortando músicas ou ensinando pregadores como falar?
 
Olá Bruno,

muito boa sua ideia. Realmente, um compressor bem regulado e devidamente limitado ajudará em muito.

Historinha que aconteceu aqui no meu Estado:

Um bar estava com problemas sérios. O dono queria manter as apresentações de pequenas bandas mas, dependendo da banda, havia problemas com os vizinhos. Chamaram então o Júlio Martins, profissional de áudio dessas terras. O que ele fez:

- colocou um compressor
- tacou ruído rosa no sistema
- com um decibelímetro, mediu o volume nos vizinhos incomodados.
- por rádio, solicitou que o controle de limitação fosse atuado, no sentido de diminuir o volume
- quando o volume no vizinho se adequou à legislação, ele deu por encerrado o assunto.
- o compressor e os amplificadores ficam guardados em um rack separado, onde só o dono tem a chave
Problema resolvido.

Custos: compressor + rack fechado + consultoria. Vamos chutar em uns R$ 2.000,00, OK?

O único problema possível é que o dono tem que proibir que qualquer músico leve seus cubos, tem que tocar no sistema. E sim, alguns músicos que lá tocavam se mostraram insatisfeitos, que o volume resultante ficou muito baixo na opinião deles. Além disso, a solução só afeta aquele lugar.

Agora, no artigo do decibelímetro, temos uma coisa diferente. Em vez de limitar, educar. A diferença é grande.... envolve cultura e costumes. A cultura de falar baixo, o costume de não exagerar...

Custo envolvido: R$ 150,00, um decibelímetro.

Resultado: não resolveu tudo, mas educou as pessoas. O pregador vai se educar a falar mais baixo, a exigir pouco retorno, e isto na sua própria igreja e em qualquer outra em que estiver.

Mas você está certíssimo. Um compressor ajuda muito, e faz parte da solução. Só não é a única solução.

Um abraço,

Fernando
 
Aliás Bersan, por curiosidade (um pouco de medo) e depois de ouvir suas indicações por aí, comprei um compressor da Behringer, o MDX 2600, que vc disse que tem.

Cara, que maravilha! To impressionado com a quantidade e recursos que essa maquininha tem. Já tinha mexido em outros compressores mas nunca um tão bom. Só o De-Esser já vale o preço do produto. A igreja reclamava muito dos SSSSS e agora estamos livres esse problema.

Nesse produto a Behringer me surpreendeu. Se é cópia de algum outro compressor, copiaram muito bem. E se foi eles mesmo que projetaram o bixinho, os caras realmente são feras.
 
Bruno,

ele é bem legal mesmo, cheio de recursos. O De-Esser é bem interessante mesmo, mas comece a pensar em também usar o Limiter.

Você pode comprimir até certo ponto e então limitar depois. Veja no controle do Limiter que ele é em função do Threshold. Você limita em +3dB, +6dB, +10dB que o nível em que o compressor começa a atuar (Threshold).

Comece limitando em +10dB (10x a potência em que o compressor começa a atuar), depois vá reduzindo um pouco o valor, até descobrir o melhor valor para o seu caso.

Um abraço,

Fernando
 
Na verdade devo acrescentar que o certificado de calibração do medidor de nivel sonoro não precisa ser calibrado pelo inmetro, até porque eu quero ver quem consegue calibrar medidores de nivel sonoro no inmetro, eles calibram os medidores dos laboratórios e com um agendamento de 1 ano e com um preço astronomico mas que vale cada centavo pela qualidade do serviço!!!. Estes sim
(Laboratorios), devem ter rastreabilidade aos padrões primários Nacionais e ai sim podem calibrar os calibradores Acusticos e os medidores de nível sonoro.
Quanto ao Radio Shak, eu não recomendo pra ninguém pois é um equipamento obsoleto, que normalmente não passa na calibração e é recomendado para uso doméstico. Ou seja, como vamos contestar as medições da prefeitura com um Radio Schak, categoria 3 ? vale muito mais a pena, investirmos num Minipa msl1351c ou coisa parecida que apesar de ter microfone de eletreto e não capacitivo, passam nas calibrações e não custam um babilonia de dinheiro com um bruel&kjaer.
e vale dizer que os advogados estão ficando mutio espertos e sacando as normas. Devemos ficar atentos aos periodos de calibração e não deixar nunca de calibrarmos os calibradores acusticos que compensam as variações de temperatura, umidade e pressão barométrica, diminuindo muito o erro na medição.
Vale lembra outro macete, quando constestar um laudo de medição, verifique se o medidor foi ajustado com o calibrador acustico e veja se há o registro deste ajuste antes e depois da medição(depois para validar a medição). e veja se tem o numero de série e o certificado de calibração do calibrador no registro de ajuste do Medidor de nível sonoro.
 
David, 1.000,00 nesse minipa pra mim é uma boa quantidade de dinheiro ein!!!!

Tem que usar pra alguma coisa muito profissional pra justificar um investimento tão grande!
 
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