Olá Spurgeon, tava sentindo mesmo falta de você aqui nesta discussão.
Minha experiência: já trabalhei em uma empresa de sonorização de grande porte aqui em belo horizonte. Não me lembro de ter visto técnicos responsáveis por demensionar o sistema usando calculadoras, era sempre a experiência que ditava a coisa. E digo: não vi erros de dimensionamento. Era sempre 0 dB no fader mestre da mesa para a pressão necessária.
Sim, e essa é prática mais comum. Mas venhamos e convenhamos: você não viu erros de dimensionamento porque o pessoal, via de regra, exagera!!! Por isso aquelas fórmulas de 1W para cada metro cúbico, 10W por pessoa, etc.
Só que, em igrejas, dinheiro é contado. Por isso, se tivermos uma noção, ainda que "por alto", é melhor que não ter nenhuma noção. Então, se há uma chance de fazermos um cálculo aproximado, ainda que longe de exato, é melhor que não ter cálculo nenhum e exagerar.
Quer ver uma coisa interessante? Os cálculos para ambientes abertos são bem mais simples que para ambientes fechados. Mas ambientes fechados sempre demandam MENOS POTÊNCIA que os ambientes abertos de dimensões equivalentes.
Ao concluir isso, entendi bem para o que serve esses cálculos, mesmo que aproximados e sem precisão de 100%. Fazendo o cálculo para ambientes abertos, temos o valor limite para potência.
Por exemplo, se para o templo da nossa igreja calculamos um dimensionamento de 2.000 Watts usando a fórmula para ambientes abertos, qualquer um que resolva colocar mais potência que isso estará exagerando.
Não é um cálculo muito preciso, mas melhor que não ter cálculo nenhum!! E podemos economizar um bom dinheiro, porque sempre tem um que fala que "para resolver esse problema (qualquer problema) tem que comprar mais amplificadores".
Segundo: como disse o David, o cálculo é feito para uma ÚNICA fonte. Eu descobi isto na prática, não nos cálculos. Quem determina a quantidade de caixas é a área a ser sonorizada, levando em conta que cada caixa somada acrescente 3 dBs aos sistema.
Volto a dizer que não entendi o que vocês querem dizer.
Na minha idéia, se preciso de 1.800 Watts para sonorizar um ambiente, preciso de 1.800 Watts de amplificador, divididos por "n" caixas. Para mim, se colocar 900W de cada lado do PA, para quem estiver no "fundão", ainda teremos o Nível mínimo especificado nos cálculos.
Do jeito que vocês estão falando, se eu tiver 2 caixas, precisarei de 3.600W. 4 caixas, de 7.200W... pelo menos foi o que entendi.
E acho que não é assim que funciona. O Sóllon, no livro, fala em "potência necessária para sonorizar um ambiente", não fala nada além disso.
levando em conta que cada caixa somada acrescente 3 dBs aos sistema.
Se cada caixa a mais acrescenta 3dB, então posso reduzir a potência de amplificador em 3dB, não? A pressão sonora, no último ouvinte, ainda não é a mesma?
Deiny,
Para uma boa confiabilidade do resultado do cálculo, os parâmetros envolvidos devem ser de mesma forma confiável, já que estamos trabalhando com valores exponenciais.
Sim, concordo em gênero, número e grau! Mas você verá, principalmente nos artigos sobre dinâmica e ruído de fundo (já estão parcialmente escritos) que não é tarefa nada fácil.
Mas, se tivermos alguma noção, melhor que não ter noção. Acho que esse é um dos objetivos desse artigo, permitir que qualquer um com boa vontade tenha uma estimativa de valor. Outro objetivo é valorizar os profissionais de áudio - engenheiros e consultores - que sabem fazer esses cálculos corretamente.
Caramba, que assunto complicado! Deu muita vontade de desistir ao escrever o artigo (e os futuros artigos que ainda não estão publicados), mas estou me fiando nisso: para Deus, nada é impossível, e tudo posso naquele que me fortalece. Até queimar todos os meus neurônios.
Um abraço,
Fernando