Potências classe D

Raul

New Member
Oi pessoal! Sou novo aqui no fórum, me registrei outro dia e acho que vou perguntar bastante aqui, pois achei muita coisa que ajudou no meu aprimoramento como operador de som :D

Bom, a questão é a seguinte: tamos pra fazer uma reforma no som da igreja, a PIB Jd. Indaiá em São Paulo, e colocamos lá vários itens novos pra compra, mas algo nos deixou com a pulga atrás da orelha: Uma potência Behringer NU 3000 que incluímos no orçamento, aprovamos o mesmo, e só depois nos tocamos que estávamos adquirindo uma potência classe "D".

Essa potência vai ser usada pra amplificar as PAs e substituir uma antiga Wattsom DB 1800 (acho que é isso) que é bem menos potente do que nossos 1400 w rms distribuídos em 4 caixas. Bom, eu não estou relevando o fato de ser Behringer, já verifiquei algumas opiniões a respeito e tal, mas alguém pode me dizer, a respeito da classe "D", exatamente o quê eu estaria comprando? Será que não vai dar pau?
 
Os amplificadores classe D também
são conhecidos como "amplificadores
chaveados" e isso se deve ao fato de que os
transistores de saída não operam
continuamente, como vimos até agora, e sim
como "chaves", comutando a tensão de
alimentação ao sinal de entrada (áudio, representado
pela senóide) é constantemente comparado
com uma referência (portadora, onda triangular)
com freqüência muitas vezes maior que a
máxima freqüência contida no sinal de áudio
(20 kHz, teórico).
O resultado é uma onda quadrada cuja
a largura do pulso varia proporcionalmente à
amplitude do sinal de entrada (áudio). Esse
sinal (onda quadrada) é aplicado ao estágio de
potência (transistores como "chaves") que por
sua vez o envia à carga através de um filtro
passa-baixas, que recuperará a "forma" original
do sinal.
Esse é o princípio da "Modulação por
Largura de Pulso" – PWM
o mais utilizado nos classe D de hoje.
Essa classe de operação tem um
rendimento bastante alto, que fica na casa dos
90% , mas não tem a qualidade de
baixa distorção, relativa, que um amplificador
contínuo (classe A e AB) tem ou seja ele possui alta eficiência eletrica consome menos porém a sonoridade é um pouco inferior.
e outra por não utilizar trafos " enormes " são bem mais leves !!!!
 
D som disse:
Se forem de boas marcas,servem muito bem para subgraves e graves.

Discordo... as boas marcas usam amplificadores classe D em caixas ativas de duas vias e também subgraves.
Exemplos: D.A.S Série Avant
JBL Linha EON
QSC Série K
 
Eu de novo! Bom gente, a questão é: usaremos essa potência pra amplificar o som nas PAs e não pra alguma aplicação específica para amplificação de subwoolfers ou coisas do tipo. Vamos ter que usar essa potência classe "D" pra substituir uma classe "AB" que atualmente trabalha muito abaixo da capacidade rms do conjunto de caixas. Infelizmente gastar mais com uma potência classe "A" ou "AB" está fora de cogitação (até porque enquanto eu escrevo isso já compramos a iNUKE NU 3000). Achar alguém que esteja usando ela no Brasil atualmente é muito difícil.
 
Não sei se foi na Audio List ou em outro canto que li um artigo que falava que a classe "D" não tinha sonoridade tão boa quanto o classe "AB" em altas frequencias. Mas agradeço as informações do denesgomes sobre marcas famosas que usam amplificadores classe "D".
 
Olha,os amplificadores que operam em classe D melhoraram muito nos ultimos anos.
Me lembro de um artigo em uma revista de eletrônica que possuo em que explicavam o funcionamento de um amplificador desses e ainda tinha uma montagem simples.
Agora comparar a qualidade com um AB é querer um pouco demais.
São bons,podem ser usados em médias altas mais ainda não são comparáveis.
 
nilrosewilliam disse:
Olha,os amplificadores que operam em classe D melhoraram muito nos ultimos anos.
Me lembro de um artigo em uma revista de eletrônica que possuo em que explicavam o funcionamento de um amplificador desses e ainda tinha uma montagem simples.
Agora comparar a qualidade com um AB é querer um pouco demais.
São bons,podem ser usados em médias altas mais ainda não são comparáveis.

Bom, eu verifiquei o "Quick Start Guide" (Guia de iniciação rápida) do iNUKE NU 3000 da Behringer e muitas de suas especificações atendem ao que é considerado ideal pra um bom amplificador, como a THD que é abaixo de 0,2% e a resposta de frequência, que entre 20 e 20000 Hz está entre somente 0 / -1 dB (esses valores tem que ser de, no mínimo, 0 / -3 dB entre os 20 e 20000 Hz), exceto pelo "damping factor" (fator de amortecimento) que é de acima de 160 @ 8Ω, quando valores considerados bons devem estar acima de 500! Não mostrava o "slew rate" (taxa de variação de sinal), ou pelo menos eu não achei, mas será que seriam justamente taxa de variação de sinal e fator de amortecimento baixos que caracterizariam a qualidade relativamente baixa dos Amplificadores classe D, principalmente em frequências médias e altas? Porque este vai ser usado pra frequências baixas, médias e altas, enfim, vai fazer as vezes de um classe AB nas PAs. Claro que embora ele vá alimentar cada caixa com, no máximo, 440w rms e as mesmas tenham 350w rms cada (portanto teremos 90 w rms de "headroom" ou pico) eu duvido que algum dia nós cheguemos a usar ou mesmo nos aproximar só um pouco de usar tudo isso. Talvez sob essas condições tenhamos feito ou boa aquisição se formos por na balança, certo?...
 
As vezes eu vejo que o problema é mais místico do que real, porque?

O ideal seria o tão falado teste cego, ou seja, colocar vários amps com classes diferentes, creio que a diferença se dará entre os que tenham projetos bons e os projetos medíocres, porque duvido que alguém consiga diferenciar dois amps, um classe Ab e um Classe D, ambos com projeto e construção bem elaborado, apenas no ouvido. O problema maior é que a principal ferramente para esse tipo de avaliação pouca gente usa. O OUVIDO!

Como nunca tive contato com um amp Classe D, não posso opinar se é bom ou ruim, mas quanto a comparação....deixo aí pra quem quiser opinar.
 
Abrimos a caixa da potência. É "bonitinha", tem uma aparência bem moderna, incrivelmente leve (cerca de 3,5kg!), pesa menos que nossa Yamaha MG 206c (cerca de 6kg). A parte frontal dela aparentemente é em maior parte de plástico, atrás dela tem 1 switch para bridge/mono/stereo e outro chamado "crossover switch" que tem 2 posições: "fullrange e CH A/LF CH B HF". Ativando a segunda posição a potência direcionaria as frequências abaixo de 100Hz para o canal A e as acima de 100Hz para o canal B. As "inputs" são combo, aceitam XLR e P10 e as "outputs"são para plugs speakon, os mais resistentes que existem! Realmente este amplificador parece ser muito bom e levando em conta o que o pessoal disse eu acredito que não teremos problemas com a qualidade sonora, talvez os R$1040,00 que pagamos nela tenham sido um ótimo investimento.

O único probleminha agora é chamar o eletricista pra fazer uma tomada de 220V próxima ao som, pois a mais próxima está a uns 30 metros e o amplificador só funciona em 220V...
 
Raul

Seria muito interessante se colocasse fotos dessa potencia aberta aqui pra vermos. É importante que em sites e foruns como o nosso possamos ver tudo sem a maquiagem que a indústria do marketing faz dos produtos.
 
D som disse:
Raul

Seria muito interessante se colocasse fotos dessa potencia aberta aqui pra vermos. É importante que em sites e foruns como o nosso possamos ver tudo sem a maquiagem que a indústria do marketing faz dos produtos.

Certo. Deem uma olhada na parte frontal dela 8) :

<!-- m --><a class="postlink" href="http://www.google.com.br/imgres?q=iNUKE+NU3000&hl=pt-BR&safe=off&sa=X&biw=1024&bih=677&tbs=isz:l&tbm=isch&prmd=imvns&tbnid=w-AEyY8X33-WQM:&imgrefurl=http://www.zzounds.com/item--BEHNU3000&docid=IVWVDwvYdDDKsM&w=2072&h=454&ei=rht5Tpa0K8fngQeepZjSAQ&zoom=1">http://www.google.com.br/imgres?q=iNUKE ... SAQ&zoom=1</a><!-- m -->

E este é o lado de trás 8) :

<!-- m --><a class="postlink" href="http://www.google.com.br/imgres?q=iNUKE+NU3000&hl=pt-BR&safe=off&sa=X&biw=1024&bih=677&tbs=isz:l&tbm=isch&prmd=imvns&tbnid=4uNvxUJw0jQcYM:&imgrefurl=http://www.zzounds.com/item--BEHNU3000DSP&docid=OLH2U-x-epRZCM&w=2072&h=504&ei=rht5Tpa0K8fngQeepZjSAQ&zoom=1">http://www.google.com.br/imgres?q=iNUKE ... SAQ&zoom=1</a><!-- m -->

E esta é uma propaganda feita no Youtube 8) :

<!-- m --><a class="postlink" href="http://www.youtube.com/watch?v=N8Qyq-qwSS0">http://www.youtube.com/watch?v=N8Qyq-qwSS0</a><!-- m -->
 
Não sei se você entendeu o que eu quis dizer... o que precisamos são fotos internas dele tiradas por você mesmo se for possível. Porque caso ele tenha garantia onde você comprou, isso não seria possivel antes dela acabar (garantia).
 
D som disse:
Não sei se você entendeu o que eu quis dizer... o que precisamos são fotos internas dele tiradas por você mesmo se for possível. Porque caso ele tenha garantia onde você comprou, isso não seria possivel antes dela acabar (garantia).

Ah bom, desculpe, eu entendi errado mesmo. Você se refere a fotos dos componentes internos do amplificador, ele aberto, desparafusado e tal, né? Bom, não vai dar justamente por causa da garantia mesmo, só daqui a uns 360 dias. Nós a compramos em uma loja na Rua Santa Ifigênia em São Paulo. Claro que em se tratando de Behringer a garantia não garante muitas coisas, mas é que temos que "cumprir o protocolo" de não abrir o aparelho pra não invalidar a garantia. Também procurei fotos dele aberto na net mas nada, certamente devido a ser uma novidade no mercado brasileiro. Compra-lo realmente foi um tiro no escuro, mas ou era esse amplificador ou nada.
 
Para quem tava querendo ver como o iNUKE é por dentro...

<!-- m --><a class="postlink" href="http://www.talkbass.com/forum/f15/behringer-inuke-power-amplifiers-788601/">http://www.talkbass.com/forum/f15/behri ... rs-788601/</a><!-- m -->

Eles também fizeram alguns testes com ele...

Pelo que eu estou vendo, acharia melhor a série EPX seria mais resistente e de manutenção mais facil...

<!-- m --><a class="postlink" href="http://www.avsforum.com/avs-vb/showthread.php?t=1236585">http://www.avsforum.com/avs-vb/showthread.php?t=1236585</a><!-- m -->
 
Hum, então é por isso que eu não achei fotos dele aberto, só procurei em sites do Brasil, onde ele é novidade. Na Europa se não me engano eles já o usam há uns 2 anos pelo menos
 
Raul disse:
Hum, então é por isso que eu não achei fotos dele aberto, só procurei em sites do Brasil, onde ele é novidade. Na Europa se não me engano eles já o usam há uns 2 anos pelo menos

O ruim é isso... não tem comentários de pessoas que já usam elas aqui no Brasil pra gente saber detalhes. Mas Raul, já está usando no PA? se está, nos conte tudo o que for possivel sobre ela e se ainda não está usando, fale-nos depois de usa-la.
 
D som disse:
Raul disse:
Hum, então é por isso que eu não achei fotos dele aberto, só procurei em sites do Brasil, onde ele é novidade. Na Europa se não me engano eles já o usam há uns 2 anos pelo menos

O ruim é isso... não tem comentários de pessoas que já usam elas aqui no Brasil pra gente saber detalhes. Mas Raul, já está usando no PA? se está, nos conte tudo o que for possivel sobre ela e se ainda não está usando, fale-nos depois de usa-la.

Infelizmente ainda não D som. Eu tô ansioso pra ver o que vai dar, mas vamos ter que esperar o eletricista vir fazer uma tomada de 220V próximo do som pra liga-lo, pois esse amplificador só funciona nessa voltagem. Tá aí mais uma herança de países da Europa, muitos só trabalham com essa voltagem elétrica ou superior por lá. Não é certeza, mas provavelmente no sábado eles farão a instalação da tomada, então veremos o seu desempenho no sábado e domingo e na segunda eu dou uma resposta, ou no domingo mesmo se der tempo.
 
220 volts tem uma grande vantagem... o consumo é bem menor que 110 volts. Por isso a indústria brasileira de amplificadores de alta potência prefere fabrica-los nessa voltagem. Studio R, machine, Etelj e tantas outras fabricam em 220 volts os de grande potência e os de média potência, tem chave de comutação.
 
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