Pressao sonora?

Olá Caio,

vejamos a sua referência: uma caixa de som com 8 Ohms ligada a um amplificador. Pressão sonora = X

Você quer usar 4 caixas de 8 Ohms associadas, então temos 2 Ohms, tudo montado em cluster central.

Ganho elétrico: de 8 Ohms para 4 Ohms = +3dB. De 4 Ohms para 2 Ohms, +3dB. Total +6dB. Isto considerando que as potências sejam o dobro e o quádruplo, o que raramente é verdade.

Ganho acústico (acoplamento das 4 caixas em conjunto) => duas caixas = ganho +3dB. Quatro caixas ganho +6dB.

Resultado final: ganho de +6 +6 = +12dB em relação à uma única caixa.

E sim, faz uma tremenda diferença!

Um abraço,

Fernando
 
Quando mais de um falante é conectado a um amp, cada falante recebe a potência máxima que o amp tá fornecendo? Ou há divisão?

Exemplo: 2 falantes, de 8 ohms, em paralelo, resultado em 4 ohms, receberiam 600 W, cada um, de um amp que fornece 600 W a 4 ohms?


PS: tô lendo, e relendo, e relendo...
 
TSA disse:
Quando mais de um falante é conectado a um amp, cada falante recebe a potência máxima que o amp tá fornecendo? Ou há divisão?

Exemplo: 2 falantes, de 8 ohms, em paralelo, resultado em 4 ohms, receberiam 600 W, cada um, de um amp que fornece 600 W a 4 ohms?


PS: tô lendo, e relendo, e relendo...

'E a lei do Sr. OHM :

P=U*U/R .
Se R=8. Em paralelo Rp = R/2
Entao potencia aplicada em duas caixas de 8 Ohm seria : Pp=U*U/(R/2)=2U*U/R=2P
OBS : Situacao 'e ideal e sugere que a voltagem de saida nao se altera com mudanca de impedancia que no mundo real raramente verdadeiro.
Principalmente na caixa ativa que pode alimentar a outra (passiva).O fato simples que a fonte tem que ter tudo ao dobro :
capacitores , corrente de saida (retificadores), bitola dos fios (na secundaria) de transformadores ,etc..
No final isso encarece o produto de tal maneira que perde todo o sentido Ou surge algo parecidocom a caixa da Frahm que tem 450 W RMS com fusivel de 3A na entrada de AC ...
Real situacao 'e quando amplificador com baixa impedancia de carga comeca perder sua caracteristica de transiencia (impacto direto de damping) , aumentam as perdas ativas e reativas .Enfim , nunca sai potencia " dobrada" e sempre sai bem mais suja e mais "fofa".
Abrcs,
andry110
 
Gente.

Vcs vão me desculpar, mas há alguma coisa errada nesta teoria, que eu ainda não identifiquei exatamente o que é... mas estou lendo, relendo, relendo... uma hora a ficha vai cair...

Deixem-me começar a teorizar e ver onde isto vai chegar...

Em primeiro lugar, quero que vcs percebam que estão comparando batatas com bananas... ambos começam com a letra b, mudam apenas os t pelos n, mas são completamente diferentes. Vcs estão misturando potência elétrica (as batatas) com pressão sonora (as bananas). Os dois podem ser expressos em decibels, mas decibels diferentes: um tem o multiplicador 10, a potência; o outro tem o multiplicador 20, a pressão sonora. Sendo assim, a relação entre as quantidades expressas por cada um destes tipos de decibel será diferente. Resumindo: o dobro para um será representado por um acréscimo de 3 dB enquanto para o outro será de 6 dB.

Em segundo lugar, um aumento de duas vezes na potência elétrica não vai representar um aumento de duas vezes na pressão sonora, em função das muitas perdas de energia ocorridas na transdução. É só lembrar dos estudos psicoacústicos feitos há muitos anos atrás, nos quais foram comprovados que, para que o ouvido tenha a sensação de que o volume (SPL) de uma caixa ou falante aumentou, é necessário que a potência elétrica sobre esta fonte dobre, ou seja, que ela receba um acréscimo de 3 dB na potência e não na pressão sonora. Para que o ouvido tenha a sensação que o volume desta mesma caixa dobrou (quer dizer, acréscimo de 6 dB, porque estamos tratando de pressão sonora), a potência elétrica precisa aumentar na ordem de 10 dB (aqui, novamente, estamos tratando de potência elétrica... dBu).

Escrevi isso tudo para dizer que, no que diz respeito a desenvolvimento de projeto eletroacústico, em se tratando de clusters, não me importa se as caixas são amplificadas, uma amplificada e outra não ou se as duas não são amplificadas. O que me importa é saber que o SPL delas, partindo do pressuposto que são iguais, é X dBSPL e que se eu colocar mais uma caixa, o SPL máximo será X dBSPL + 6 dB, porque estamos tratando de pressão sonora e não de potência elétrica. Se a potência elétrica aplicada ao cluster cair à metade, sua pressão sonora também diminuirá (não na mesma proporção), mas o cluster continuará tendo + 6 dB do que teria com apenas uma caixa. Vcs não podem esquecer que o decibel é uma relação e não uma unidade ou grandeza.

Na verdade, ainda preciso amadurecer estas idéias, mas acho que estou na direção certa. Agora vamos ver o pano prá manga que isso vai dar... :D

[]'s
 
David Fernandes disse:
Vcs vão me desculpar, mas há alguma coisa errada nesta teoria
Também me pareceu, sei lá.

Por exemplo, o que o andry explicou só me fez entender que a potência dobra com a queda da impedância (num cenário ideal). Mas isso eu já sei!

Sinceramente, me parece que o ponto chave é saber se a potência dobra p/ cada falante, ou se divide.

Pq pela teoria apresentada, se eu jogasse trocentos falantes, teria um ganho de SPL enorme! Por exemplo, 8 falantes de 32 ohms, em paralelo, com impedância resultante de 4 ohms, num amp de 600 W a 4 ohms. Pelo que entendi, cada um dos 8 falantes receberia 600 W no cenário mostrado!

Pq veja só: se colocar 2 caixas ativas iguais ñ gera aumento de 6 dB, pq a potência ñ dobrou (cada falante continuou recebendo a mesma potência), só o número de falantes, mas colocar 2 falantes em paralelo num amp gera aumento de 6 dB, pq a potência tb dobra, então é plausível pensar que ela dobra p/ cada um, ao invés de se dividir! Note, por exemplo, que os 6 dB vêm se vc acoplar 2 ativas e dobrar a potência em cada uma.

Entenderam??
Falei besteira??
 
TSA disse:
Pq veja só: se colocar 2 caixas ativas iguais ñ gera aumento de 6 dB, pq a potência ñ dobrou (cada falante continuou recebendo a mesma potência), só o número de falantes, mas colocar 2 falantes em paralelo num amp gera aumento de 6 dB, pq a potência tb dobra, então é plausível pensar que ela dobra p/ cada um, ao invés de se dividir! Note, por exemplo, que os 6 dB vêm se vc acoplar 2 ativas e dobrar a potência em cada uma.

Entenderam??
Falei besteira??

Bom, estava meio ausente...
O sistema "hidraulico" oferecido pelo Fernando 'e aplicavel com observacoes de idealizacao que tambem sao sugestivos ao sistema acustico.Na teoria nao tem nada de errado na fprma ideal.Ja com algumas coisinhas a mais fica tudo mais transparente.
1.Com ligacao parallela de 2 altofalantes a sensibilidade de caixa (ou acomplamento das caixas) aumenta em 3dB com aumento de pressao em 6dB.De ponto de vista de preservacao de energia esta tudo OK.
Ai vem OBS : isso 'e veradeiro somente nas condicoes IDEAIS quando altofalantes posicionados no mesmo eixo e tem parametros absolutamente identicos : impedancia, rigidez de suspencao,conexao(fios),etc..
Conclusao :+6dB de ganho na pressao 'e propocionado somente para sinais coerentes nas fontes coerentes.Caso contrario - +3dB.

Abrcs
andry110
 
Sou muito novo no audio se comparado a vcs, mas vou colocar aqui o que estive pensando ontem a tarde toda.

Tenho um amp de 400W rms a 8 ohms com impedancia minima de 4 ohms, e este amp dobra a potencia com metade da impedancia.
Minha caixa de referencia tem potencia de 400W rms e sua impedancia é de 8 ohms.

1) Ligando duas caixas iguais em paralelo no amp preciso de 800W (400W cada caixa) para tocar a associação das caixas, com a queda de impedancia para metade o amp fornece exatamente os 800W necessarios. Aqui realmente ouve um ganho de +3dB em relação a potencia que o amp tinha antes da impedancia cair.

2) Ligando as duas caixas uma em cada amp, teremos 800W de potencia das caixas igual no exemplo anterior sendo alimentadas por 800W (400W de cada amp). Em nenhum dos amps ocorreu o ganho de +3dB, mas o resultado sentido sera o mesmo da associação acima, pq sao as mesmas caixas alimentadas com a mesma potencia eletrica. Concordam?

Usando o exemplo das RCF citado no topico do quetionario da IATEC.

dB = 10*log(potencia1/potencia2)
dB = 10*log(700/350)
dB = 10*log 2
dB = 10* 0,301
dB = 3,01

Pressão de uma RCF:
dB SPL = 20 x log (Pressão / 0,000 02 N/m2)
dB SPL = 20 x log (44,77 / 0,000 02)
dB SPL = 20 x log 2.238.500
dB SPL = 20 x 6,349
dB SPL = 126,98

Pressão com duas RCF:
dB SPL = 20 x log (89,54 / 0,000 02 N/m2)
dB SPL = 20 x log 4.477.000
dB SPL = 20 x 6,650
dB SPL = 133,01

Entao o correto seria dizer que no exemplo 1, eu tenho um ganho de +3dB de potencia no amplificador devido a queda de impedancia e um ganho de +6dB SPL por dobra de pressão.
Já no exemplo 2, nenhum dos amplificadores tiveram dobra de potencia e não tem o ganho de +3dB. Mas ouve dobra na pressão sonora por ter 2 caixas iguais a outra associação sendo alimentadas pela mesma potencia, entao ouve um ganho de +6 dB SPL.

Então acho que não importando qual exemplo seguido 1 ou 2, o rendimento sentido pelo ouvido sera o mesmo nos 2 exemplos, o ganho de +6 dB SPL.
O que muda aqui seria a eficiencia do sistema, ja que no exemplo 1 foi necessario 1 amplificador para as duas caixas.

OBS:
Lembrando que na pratica e muito raro acontecer a dobra de potencia com a queda da impedancia para 1/2.

E ai o que vcs acham?
 
Tailan... vamos por partes...

TSA disse:
Sinceramente, me parece que o ponto chave é saber se a potência dobra p/ cada falante, ou se divide.

Pq pela teoria apresentada, se eu jogasse trocentos falantes, teria um ganho de SPL enorme! Por exemplo, 8 falantes de 32 ohms, em paralelo, com impedância resultante de 4 ohms, num amp de 600 W a 4 ohms. Pelo que entendi, cada um dos 8 falantes receberia 600 W no cenário mostrado...

Lembra lá do segundo grau? Pense numa associação de resistores... se eles são iguais, a potência se divide por eles de forma igual, independentemente da forma de associação. Ex: Se eu tenho quatro caixas iguais e 100 W de potência, cada caixa receberá 25 W.

TSA disse:
Pq veja só: se colocar 2 caixas ativas iguais ñ gera aumento de 6 dB, pq a potência ñ dobrou (cada falante continuou recebendo a mesma potência), só o número de falantes, mas colocar 2 falantes em paralelo num amp gera aumento de 6 dB, pq a potência tb dobra, então é plausível pensar que ela dobra p/ cada um, ao invés de se dividir! Note, por exemplo, que os 6 dB vêm se vc acoplar 2 ativas e dobrar a potência em cada uma.

O raciocínio deve ir na direção de que cada caixa usada no cluster receba o mesmo valor de potência. Sendo assim, cada vez que vc coloca uma caixa no cluster, vc consegue um aumento de 6 dB na pressão sonora. É lógico que se só tenho um amplificador para alimentar todo o cluster e eu colocar mais uma caixa, a potência sobre cada caixa vai diminuir e por conseguinte a pressão sonora. Mas ainda assim, a relação de aumento do SPL continuará a mesma: 6 dB a mais para cada caixa colocada. Decibel é uma relação.

Caio Fábio disse:
Entao o correto seria dizer que no exemplo 1, eu tenho um ganho de +3dB de potencia no amplificador devido a queda de impedancia e um ganho de +6dB SPL por dobra de pressão.
Já no exemplo 2, nenhum dos amplificadores tiveram dobra de potencia e não tem o ganho de +3dB. Mas ouve dobra na pressão sonora por ter 2 caixas iguais a outra associação sendo alimentadas pela mesma potencia, entao ouve um ganho de +6 dB SPL.

Então acho que não importando qual exemplo seguido 1 ou 2, o rendimento sentido pelo ouvido sera o mesmo nos 2 exemplos, o ganho de +6 dB SPL.
O que muda aqui seria a eficiencia do sistema, ja que no exemplo 1 foi necessario 1 amplificador para as duas caixas.

Foi o que coloquei no meu post anterior. Não importa como está sendo feita a amplificação (para o projeto). Importa saber que se eu coloco duas caixas, vou ter um ganho de 6 dB em relação ao desempenho de uma caixa apenas. Importa saber que se tenho uma caixa, quando ela estiver trabalhando no máximo, terei 137 dBSPL e que se eu colocar outra caixa igual alimentada pela mesma quantidade de potência, terei 143 dBSPL. Como esta amplificação está sendo feita, qual é a impedância da caixa... nada disso me importa. Depois de ter definido isso, aí sim, vou me preocupar com a potência necessária para gerar o SPL que eu preciso. Não confundam batatas com bananas.

[]'s
 
Olá pessoal.

Que salada hein...!? Quando eu li o texto do Bersan sobre a caixa d'água, a primeira coisa que me veio na cabeça após a leitura foi o slogan da Tigre ou da Amianto. Estava relendo o tópico inteiro e vi muitas informações e calculos em que se é dificil confiar, talvez por erros de interpretação e contextualização, como pode ser o meu logo abaixo.

Toda a vez em que eu li sobre o acoplamento acústico, por exemplo, a unidade utilizada era o dBSPL/W/m, que é a referência utilizada para medir a sensibilidade de alto falantes, certo ? Mas essa discussão foi gerada por um questionamento lá no tópico do IATEC sobre a soma em dBSPL de caixas em cluster, em que foi usado o termo "dobro" como sendo quaisquer +3dB, sendo essa informação corrigida pelo David, em que esse dobro se tratava de potência elétrica, e não de pressão sonora.

Então, penso que, para saber o ganho que um cluster pode ter em dBSPL, tenho que chegar na sensibilidade do falante, em dBSPL/W/m e, depois disto calcular o SPL máximo. Por exemplo, numa caixa com 124dBSPL e 300W, chego à um falante com sensibilidade de 99dBSPL/W/m. Se eu tenho uma caixa com um falante de 99dB, e somar mais uma caixa, terei mais 3dB pela soma de potências, ou seja, 102dB. Se eu agrupá-las, mais 3dB pelo acopamento acústico, chegando em 105dB. Convertendo para dBSPL, chego a um valor de 130dBSPL, tendo como base a sensibilidade do falante. Ou seja, em cluster, eu consigo um aumento de 6dB na pressão, e o David abordou isso:
David Fernandes disse:
Sendo assim, cada vez que vc coloca uma caixa no cluster, vc consegue um aumento de 6 dB na pressão sonora.
Pra mim, quando se é utilizadas duas caixas, mas não agrupadas, o ganho é de apenas 3dB, pela soma das potências, onde apenas podemos preceber que o volume aumentou, mas não que tenha sido dobrado. E o David tmb já citou isso (desculpe a redundância David...) :

David Fernandes disse:
É só lembrar dos estudos psicoacústicos feitos há muitos anos atrás, nos quais foram comprovados que, para que o ouvido tenha a sensação de que o volume (SPL) de uma caixa ou falante aumentou, é necessário que a potência elétrica sobre esta fonte dobre, ou seja, que ela receba um acréscimo de 3 dB na potência e não na pressão sonora.

Agora precisamos ir para a parte de soma/divisão da potência em relação à impedância.
 
Agora falando de impedância:

Vamos considerar uma caixa com 500W e 100dBSPL/W/m em 8ohms e um amplificador de 1000W por canal em 4ohms, sem levar a questão do headroom, ou seja, de o amplificador ter duas vezes a potência das caixas.

Exemplo:

- uma caixa com 500W em 8ohms: 100dB;

- uma caixa com 500W em 8ohms + outra caixa igual em paralelo, no mesmo canal, resultando em 4ohms: 103dB pela queda da impedância, se estiverem separadas, e 106dB se estiverem juntas, devido a acoplamento.

- uma caixa com 500W em 8ohms em um canal + caixa igual no outro canal do amp: 103dB pelo aumento da potência (duas caixas, com a mesma impedância) e 106dB se estiverem agrupadas.

Caio Fábio disse:
Lembrando que na pratica e muito raro acontecer a dobra de potencia com a queda da impedancia para 1/2.
É vdd. O exemplo que citei acima é apenas para fins didáticos.

Acho que esse assunto não tem segredo. Se eu disse alguma bobagem, ou como diria o mestre Carlos Corrêa, cometi alguma injustiça técnica, fiquem à vontade.

Abraço.
 
W. Christian disse:
Então, penso que, para saber o ganho que um cluster pode ter em dBSPL, tenho que chegar na sensibilidade do falante, em dBSPL/W/m e, depois disto calcular o SPL máximo. Por exemplo, numa caixa com 124dBSPL e 300W, chego à um falante com sensibilidade de 99dBSPL/W/m. Se eu tenho uma caixa com um falante de 99dB, e somar mais uma caixa, terei mais 3dB pela soma de potências, ou seja, 102dB. Se eu agrupá-las, mais 3dB pelo acopamento acústico, chegando em 105dB. Convertendo para dBSPL, chego a um valor de 130dBSPL, tendo como base a sensibilidade do falante. Ou seja, em cluster, eu consigo um aumento de 6dB na pressão, e o David abordou isso:

O problema maior que vejo e o seguinte:
No seu exemplo vc pegou a sensibilidade em dB SPL e somou +3dB de potencia eletrica que sao duas coisas diferentes.
No meu entendimento so posso somar coisas iguais dB SPL + dB SPL, dBW + dBW, dBu+dBu...
Acho que estou entendendo, a linha de raciocinio do David.

Foi o que o David disse:
David Fernandes disse:
Não confundam batatas com bananas.
 
Eita coisa linda... todo mundo estudando.... queimando neurônio...

Vou criar coragem e fazer um teste facílimo, mas ainda não feito, que acho que vai resolver todas as dúvidas. Colocar uma caixa para tocar, medir no decibelímetro, ligar então outra caixa, refazer a medição.

Fernando
 
Caio Fábio disse:
O problema maior que vejo e o seguinte:
No seu exemplo vc pegou a sensibilidade em dB SPL e somou +3dB de potencia eletrica que sao duas coisas diferentes.
Caio, acho que vc leu o post rápido demais. Eu baseei minha explicação na sensibilidade de um alto falante, usando uma fórmula para se chegar no dBSPL máximo, que é:

dBSPLmáx= Sens. + 10xlog (pot.máx/pot.ref.)

em que nós temos o dBSPL, 124; a potência máxima, 300W; e a potência de referência, que é 1W. Vamos lá então...

124= Sens. + 10xlog(300/1)
Sens.= 99dBSPL/W/m (arredodando), ok ?

Isso significa que, quando eu aplico 1W em um alto falante, a 1m de distância, eu consigo 99dBSPL. Quando eu aumento a potência para 2W, eu obtenho 102dBSPL, ou seja, mais 3dB, pq eu dobrei a potência elétrica. Voltando à fórmula de dBSPLmax, com 102dB (mais 3dB em relação à 99dB, pelo acoplamento) e com 600W, pq dobramos a potência elétrica (antes 300W) colocando mais uma caixa:

dBSPLmax= 102 + 10log600 = 130dBSPL (arredondando).

Caio Fábio disse:
No meu entendimento so posso somar coisas iguais dB SPL + dB SPL, dBW + dBW, dBu+dBu...
Acho que estou entendendo, a linha de raciocinio do David.
Caio, o que o David está ressaltando é a importância do multiplicador na fórmula, resultando na diferença entre as referências de "dobro", sendo 3dB para algumas medidas e 6db para outras:
David Fernandes disse:
Os dois podem ser expressos em decibels, mas decibels diferentes: um tem o multiplicador 10, a potência; o outro tem o multiplicador 20, a pressão sonora. Sendo assim, a relação entre as quantidades expressas por cada um destes tipos de decibel será diferente. Resumindo: o dobro para um será representado por um acréscimo de 3 dB enquanto para o outro será de 6 dB.
Abraço.
 
W. Christian disse:
Isso significa que, quando eu aplico 1W em um alto falante, a 1m de distância, eu consigo 99dBSPL. Quando eu aumento a potência para 2W, eu obtenho 102dBSPL, ou seja, mais 3dB, pq eu dobrei a potência elétrica. Voltando à fórmula de dBSPLmax, com 102dB (mais 3dB em relação à 99dB, pelo acoplamento) e com 600W, pq dobramos a potência elétrica (antes 300W) colocando mais uma caixa:

David Fernandes disse:
Lembra lá do segundo grau? Pense numa associação de resistores... se eles são iguais, a potência se divide por eles de forma igual, independentemente da forma de associação. Ex: Se eu tenho quatro caixas iguais e 100 W de potência, cada caixa receberá 25 W.

Quando vc adiciona outra caixa, cada uma recebe 300W. A potencia dobra, mas necessidade de potencia tbm dobra.
Duvida:
Seria correto dobrar a potencia na formula, ja que cada caixa continua recebendo 300W?

Todos nos vamos ficar loucos.....rsrssss
 
Caio Fábio disse:
Quando vc adiciona outra caixa, cada uma recebe 300W. A potencia dobra, mas necessidade de potencia tbm dobra.
Duvida:
Seria correto dobrar a potencia na formula, ja que cada caixa continua recebendo 300W?

Caio, faltou dizer no meu exemplo acima que cada caixa é alimentada com 300W, como se fosse ativa ou alimentada por outro canal do amplificador. Ou seja, duas caixas resultam em 600W. Se as duas fossem alimentadas com 300W e agrupadas, o ganho seria de apenas 3dB, pelo acoplamento acústico.

Abraço.
 
bersan disse:
Eita coisa linda... todo mundo estudando.... queimando neurônio...
Lindo nada. Hehehe

David Fernandes disse:
Lembra lá do segundo grau?
Lembro. Ô!

Acho que finalmente entendi. Vamos ver se acerto??

-Acoplar caixas/falantes gera aumento de 6 dB no SPL. Mas não necessariamente em termos absolutos, mas sim em termos do que seria gerado sem o acoplamento. Digo isso pq se a potência se dividir entre os falantes, é possível que o SPL final caia, pois cada falante ñ é levado próximo a sua potência máxima, mas é 6 dB mais alto do que seria se houvesse apenas um falante recebendo a potência que cada um dos falantes do conjunto tá recebendo.

-Num cenário em que cada caixa/falante receba a mesma potência sem que haja queda da potência recebida por cada um, o aumento é de 6 dB, "de verdade". Exemplo: 2 caixas ativas em cluster. Exemplo 2: 2 falantes em paralelo, quando o amp passa a fornecer exatamente o dobro de potência com a redução da impedância.

Acertei??
--------------------------------------------------------------------

Agora, a pergunta: em termos absolutos, não relativos, acoplar um novo alto-falante com divisão da potência, gera um aumento de SPL de 3 dB?? Exemplo (arbitrário): um falante recebendo 300 W, falando 100 dB; logo após, associa-se um falante ao 1º, e cada um passa a receber 150 W. O SPL vai a 103 dB??
 
W. Christian disse:
Caio, faltou dizer no meu exemplo acima que cada caixa é alimentada com 300W, como se fosse ativa ou alimentada por outro canal do amplificador. Ou seja, duas caixas resultam em 600W. Se as duas fossem alimentadas com 300W e agrupadas, o ganho seria de apenas 3dB, pelo acoplamento acústico.

A teoria proposta pelo Bersan, diz que so ha ganho de +6dB quando ha dobra de potencia no amplificador causada pela queda da impedancia para metade, e acoplamento acustico.

Bersan disse:
PARA O MESMO CANAL DE AMPLIFICADOR - considerando amp de 4 OHMS no mínimo e Pot 4 Ohms = dobro da potência em 8 Ohms

A) Caixa de som de 8 Ohms - nossa referência

B) Caixa de som de 4 Ohms - +3dB pelo aumento da potência por causa da impedância que caiu à metade

C) Duas caixas de som de 8 Ohms em paralelo (4 Ohms de impedância final) = +6dB de aumento em relação à referência, +3dB por causa do acoplamento acústico +3dB por causa do aumento de potência por causa da impedância que caiu à metade.

D) Duas caixas de som de 4 Ohms em série ( 8 Ohms de impedância final) = +3dB de aumento por causa do acoplamento acústico

E) Duas caixas de som de 8 Ohms em série ( 16 Ohms de impedância final) = 0 em relação à referência - +3dB pelo acoplamento entre duas caixas e -3dB pela diminuição na potência por causa da impedância que dobrou..

PARA CAIXAS ATIVAS IMPORTADAS - QUE NÃO ALIMENTAM PASSIVAS (também aplicado a elementos de line-array ativos)

A) Uma caixa ativa - nossa referência

B) Duas caixas ativas - +3dB

C) Quatro caixas ativas - +6dB

D) Oito caixas ativas - +12dB

Penso que os +3dB de ganho de potencia no amplificador não devem ser levados em consideração, pq no final a potencia se divide igualmente pelo arranjo. Realmente ha o ganho de +3dB se comparado a potencia do amplificador com a impedancia anterior e a atual.
O ganho de +6dB SPL acontece porque se dobrou a quantidade de caixas, dobrando a quantidade de caixas dobra o SPL.
Me desculpem, desta vez estou bem teimoso.....
Não consigo ver como terei um ganho no resultado final do cluster (em pressao) com a queda de impedancia, ja que a potencia apesar de ser dobrada se divide igualmente pelas caixas.

Me desculpem pela teimosia!

Abraço a todos.
O tópico esta bom d+
 
Caio Fábio disse:
A teoria proposta pelo Bersan, diz que so ha ganho de +6dB quando ha dobra de potencia no amplificador causada pela queda da impedancia para metade, e acoplamento acustico.
Caio, o Bersan usou exemplos para o mesmo canal de um amplificador. Eu disse que seria uma caixa em cada canal, alimentadas com a mesma potência, ou duas caixas ativas.

Se elas fossem alimentadas pelo mesmo canal de um amplificador, com 300W (ou seja, 150W para cada caixa), o ganho entre elas ainda seria de 6dB, mas 3dB a menos em relação à duas caixas com 300W cada (600W no total), sendo uma caixa em cada canal do amp ou duas caixas ativas.


TSA disse:
Acho que finalmente entendi. Vamos ver se acerto??

-Acoplar caixas/falantes gera aumento de 6 dB no SPL.
Sim. Pela soma de potências e pelo acoplamento.


TSA disse:
Mas não necessariamente em termos absolutos, mas sim em termos do que seria gerado sem o acoplamento.
Sem o acoplamento, o ganho é de 3dB, pela soma de potências. A sensação é de apenas que o volume aumentou.

TSA disse:
Agora, a pergunta: em termos absolutos, não relativos, acoplar um novo alto-falante com divisão da potência, gera um aumento de SPL de 3 dB?? Exemplo (arbitrário): um falante recebendo 300 W, falando 100 dB; logo após, associa-se um falante ao 1º, e cada um passa a receber 150 W. O SPL vai a 103 dB??

Se os falantes estiverem juntos, sim. Mas entenda que, toda a vez que vc acoplar dois alto falantes ou caixas, o ganho sempre será de 6dB. O que pode causar essa variação de 3dB é a soma ou diminuição de potências, e eu disse isso logo acima ao Caio, sendo que o David tmb já havia citado isso.

Abraço a todos.
 
Gente
Isso esta começando a se transformar num Samba do Crioulo Doido (Stanislau Ponte Preta).
Vou tentar postar uns esquemas mais tarde, basicamente os mesmos que fiz para o Bersan, mas em versão melhorada.
Mas ate lá vejamos o seguinte :

O ganho (acustico) de 3 dB acontece apenas e tão somente qdo duas caixas, semi-caixas (*) ou falante estão posicionandos muito perto uns dos outrose ALIMENTADOS INDIVIDUALMENTE. E esse ganho por ACOPLAMENTO acontece apenas dentro da faixa de frequencias onde o comprimento de onda é maior que a distancia entre os falantes. Diminui o comprimento de onda (aumenta a freq) diminui o acoplamento.

(*) Semi-caixas (na falta de nome melhor) por exemplo os dois compartimentos de uma SB 850 que acabam por formar um unico volume. Isso não vale para DOIS FALANTES em um unico volume, pois eles se comportam como um unico falante.

Então esse conceito se aplica tanto a caixas ativas (nacionais e importadas), qto às passivas (idem).

No caso das ativas, se elas não forem ligadas a caixas escravas (passivas), ao se colocar duas delas juntas teremos um ganho de apenas e tão somente 3 dB, mais nada

Usando a SB 850 como exemplo. Vimos que qdo juntamos os dois falantes (semi volumes) que são alimentados INDIVIDUALENTE, nosso ganho sera de 3 dB. Porem, se desligarmos um dos amps e fizermos uma ligação em paralelo entre os faantes teremos então um ganho de potencia, visto que qdo se diminui a carga se aumenta a potencia. Então nesse caso, teremos ( teoiricamente) o dobro da potencia, ou seja, 3 dB de potencia a mais. Esses 3 dB pelo aumento de potencia, somados aos 3 dB por acoplamento, vão resultar nos 6 dB obvios.

O fato é que me parece que a maioria de vcs esta "flutuando" no conceito de POTENCIA ELETRICA aplicada a um falante. E para isso accho que seria legal abrir um topico a parte. Como esse vai depender de desenhos, peço que tenham um pouco de paciencia.
Espero ter ajudado - ao menos um pouco.
 
Olá Ullmann.

Já tinha me lembrado sobre a questão da distância entre os trandutores para o cálculo do comprimento de onda, para se saber até onde se ganha com o acoplamento, que geralmente é até 1/4 desse comprimento. Só que na correria eu acabei não colocando esse detalhe.

Com duas caixas ativas, em cluster, por exemplo, aumenta-se a potência e a área do cone, em relação à uma só. Com ativa + passiva escrava, a potência aumenta pq a impedância cai, e a área do cone tmb é aumentada. Qual é a diferença ?

Abraço.
 
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