Projeto de novo som para igreja.

Marvic

New Member
Boa tarde pessoal.

Me chamo Marcus e sou o responsável pelo som em minha igreja.

Há alguns anos temos batalhado pra adquirir novos equipamentos até que, com a graça de Deus, pudemos adquirir (a partir da leitura das valiosas dicas dos usuários do fórum) os seguintes equipamentos:

4 RCF Art310A (agradeço ao Ivan da C.Borges pela atenção) - chegaram esta semana;
1 mesa Yamaha MG206C - chegou na semana passada;
1 Processador DBX260 - Adquirimos hoje;
1 Gerenciador de energia Pentacustica PM-1.3 - Deve chegar até a sexta feira.

Bem, as medidas da igreja são generosas, todavia, ela comporta em sua lotação máxima 600 pessoas sentadas, tendo em vista que a mesma possui 120 bancos em madeira onde cabem, confortavelmente, 5 pessoas em cada.

As medidas da igreja são as seguintes:
Largura: 13,70m
Altar: 7,70m x 13,70m
Cumprimento (a partir do altar): 37,55m
Do altar até a primeira fileira de bancos: 4,10m
Altura: 6,83m
Piso frio
Forro em PVC

Como todos devem estar acostumados, os orçamentos disponibilizados pelas igrejas para aquisição de equipamento de som, em geral, são bem apertados e, por aqui, não foi diferente, mas com muita conversa conseguimos um valor pra adquirir o principal.

Anteriormente (e ainda atualmente até a instalação do novo sistema) utilizamos 4 caixas passivas Oneal bem antigas (grudadas nas paredes laterias) alimentadas por potencias DBS3000 da ciclotron e uma mesa de som Ciclotron que, apesar das limitações, "cobriam" bem (com muito custo) as medidas da igreja.

Após a instalação do novo sistema, as caixas passivas oneal serão utilizadas pra monitoração do altar e musicos (que também contarão com um sisteminha de fones)

Vejam que conseguimos fazer um excelente upgrade nos equipamentos.

Observem ainda que, tanto no sistema antigo, como no atual, não foi possível adquirir SUB's, todavia, pretendemos em breve organizar ações com o objetivo de adquirir, pelo menos, 2 SUB's (sinceramente, não temos previsão, mas temos fé e trabalharemos pra isso. Rsrsrsrs...) Não obstante, para o programa musical a que estamos acostumados, um SUB, apesar de dar certo conforto ao sistema como um todo, não nos faz tanta falta.

Gostaria de contar com a ajuda dos amigos a respeito do seguinte:
- Após muita leitura por aqui percebi que o arranjo das caixas em clusters (dois pares, já que são 4 caixas) seria uma opção mais adequada ao já tradicional arranjo que consiste em grudar as caixas nas paredes com suportes metálicos. Todavia gostaria de saber se com este pé direito (creio eu bem elevado), ainda assim vale a pena monta-las em cluster.

Observando as medidas da igreja e as características das ARt310A, eu teria mesmo um resultado melhor?
Vale ressaltar, montando-as em cluster eu teria uma economia enorme nos cabos (tanto de energia quanto de sinal). :)

Ainda tenho algumas outras dúvidas, todavia, irei expondo-as conforme os amigos forem postando suas considerações.

Espero poder contar com a participação dos amigos.

Estamos todos muito entusiasmados com a nova aquisição e estamos fazendo o máximo possível pra fazer tudo de maneira correta (instalação elétrica e etc...), por isso a participação dos amigos será muito valiosa.

Grato!!!
 
Marvic:

Com as novas caixas ART 310, vocês terão um som com muito mais qualidade que o anterior.

Agora, quanto ao local onde as caixas vão ficar e se com um cluster centrar você teria um resultado melhor.
Para responder isso, gostaria de te fazer algumas perguntas:

- O ambiente ficava muito reverberante com as caixas antigas ?
- É essencial trabalhar com o som em stereo ?
 
Fabio_Portella disse:
Marvic:

Com as novas caixas ART 310, vocês terão um som com muito mais qualidade que o anterior.

Agora, quanto ao local onde as caixas vão ficar e se com um cluster centrar você teria um resultado melhor.
Para responder isso, gostaria de te fazer algumas perguntas:

- O ambiente ficava muito reverberante com as caixas antigas ?
- É essencial trabalhar com o som em stereo ?

Agradeço muito por sua ajuda Fabio!

Não ficavam muito reverberantes não, exceto com a igreja vazia (o que é comum). Durante as celebrações, mesmo com a capacidade pela metade, o nível de inteligibilidade era bom em boa parte do ambiente (apesar das limitações do sistema). Todavia, sempre busco melhorar, até porque sou ciente de que a possibilidade de cancelamentos com as caixas nas paredes é muito maior.

Quanto a necessidade de se trabalhar em estéreo, não! Na verdade mesmo com o sistema anterior sempre utilizamos mono, dada a necessidade de a mix chegar uniforme em toda extensão da igreja.
 
Mavic:

As caixas em cluster centrar são utilizadas para evitar a reverberação com o ambiente, ou seja, paredes laterais, teto e fundo da igreja. Como elas ficam no teto e inclinadas para o chão (onde estarão as pessoas), você evita a reverberação com o ambiente. Utilizamos as caixas desta forma em ambientes bastantes reverberantes devido a dificuldade (orçamento) para se fazer um tratamento adequado, mesmo porque, as igrejas são construídas sem qualquer planejamento acústico.

As caixas "grudadas" na parede com suporte metálicos, vão te trazer o stereo. Devido as reverberações com a parede (o que não é ruim, a menos que o ambiente seja muito reverberante) você terá um efeito psicoacústico de que o ambiente é lateralmente maior. Poderá ocorrer cancelamentos de fase, mas isto depende das dimensões do ambiente e da distância entre as caixas.

Perceba que você tem duas opções distintas.
Se você não tiver um excesso de reverberação (o que parece não ocorrer em sua igreja) e nem cancelamentos, o posicionamento em stereo te uma qualidade melhor.
Mas se você não tem tempo e nem recursos para fazer um teste para depois optar por um ou outro, te recomendo utilizar as caixas em cluster central, até porque todos os problemas de reverberação (que influem de forma negativa no som) serão amenizados.

Se te deixei confuso, favor postar as duvidas.
Tentei te explicar o porque utilizamos os posicionamentos diferentes para você poder tomas suas próprias decisões. pois não existe uma receita de bolo, as decisões são tomadas de acordo com as necessidades e para trazer a melhor solução. Em um ambiente ideal o melhor seria o stereo, mas raramente isto é possível, então partimos para a opção de cluster.

Um abraço.
Qualquer duvida estou a disposição.
 
Marvic

Concordo contigo em trabalhar com o som mono. Pelo tamanho da sua igreja e agora com um processador, dá pra fazer tanto cluster como colocar as caixas nas parede com inclinação para o público com delay no segundo grupo de caixas.

Não sei se as caixas atuais na parede já tem inclinação. se estas já tem, pode ser testado da forma que está com as novas caixas. Se não ficar bom, muda-se.
 
existe um suporte da ASK que é bem interessante,,,ele tem inclinação tanto horizontal quanto vertical,

http://www.ninjasom.com.br/prod/busca/6564/6565/suporte-ask-cp10-preto.aspx
 
Agradeço, de antemão, pela preciosa contribuição dos amigos Fabio_Portella, D som e heriberto até aqui!!!

Fabio, compreendo perfeitamente suas colocações. Não obstante, as dúvidas que ainda pairam acerca do melhor arranjo e posicionamento das caixas dizem respeito às dimensões da igreja, especialmente no que tange a sua altura (6,83m) no caso de montagem em cluster central.

Veja: atualmente, com as caixas posicionadas nas paredes, as mesmas ficam a uma altura de cerca de 2,80m do chão, "mais próximas" do público do que num possível arranjo em cluster (as quais ficariam a uma altura de cerca de 6,50m), ou seja, seria o dobro da distancia atual. Isso não poderia ser prejudicial?

Confesso que minha preferência pelo cluster central se dá por motivos importantes:

01 - A inteligibilidade do sistema atual se dá, principalmente, porque nossa igreja possui muitas janelas amplas (que mitigam bastante as reflexões prejudiciais), que permanecem abertas durante as celebrações, visto que o templo ainda não é refrigerado. Todavia, já existem planos para refrigeração da mesma, o que contribuiria para um "certo prejuízo" para a sonorização, visto que as janelas (que a partir de então ficariam permanentemente fechadas durante as celebrações) são compostas, também, por vidro.

Dessa forma, creio que com a opção pelo arranjo em cluster eu me anteciparia ao projeto de refrigeração, alocando as caixas de modo a diminuir bastante as reflexões provocadas pelas paredes e janelas de vidro fechadas durante as celebrações após a refrigeração.

02 - Após muito ler aqui no fórum sobre o arranjo em cluster central percebi que os benefícios deste posicionamento, dentro outros, inclui aumento sensível no SPL, em função do acoplamento dos falantes. Todavia, ainda me preocupa o fato de a altura das caixas neste arranjo dobrar a distancia das caixas em relação público se compararmos a atual posição delas nas paredes. Eu não teria algum prejuízo na inteligibilidade do sistema devido a distancia, apesar da considerável qualidade das novas caixas em relação às anteriores?

"D som", de fato, a configuração em Mono, pelo menos aqui em minha igreja (levando em consideração o programa musical e as características do público a ser atingido), foi a melhor opção. Já havia testado a configuração em estéreo, todavia, não observei maiores benefícios para a aplicação aqui na igreja.

Quanto à inclinação, com os suportes usados atualmente não tenho grande flexibilidade pra isso. Tenho boa regulagem horizontal, mas a vertical não. Tive que "tirar leite de pedra" pra poder angular as caixas da melhor maneira possível, mas consegui posiciona-las razoalvelmente.

"heriberto", suas caixas também são as RCF Art310A? De que forma vc acoplou este suporte na traseira das caixas? Se não estou enganado elas não possuem entradas de parafuso para suporte de parede na traseira, certo?

Agradeço novamente a contribuição de todos.
 
"heriberto", lembrei agora de uma outra opção.

Quando estava pesquisando caixas ativas, acabei encontrando no site da FZaudio que eles vendem acessórios para as caixas deles e eles tem um suporte com excelente regulagem tanto vertical quanto horizontal, todavia o preço é pouco convidativo pra um orçamento apertado (R$290,00):

http://www.fzaudio.com.br/FZ_suporte_articulado.html
 
Mas estes suportes são fixados nas laterais das caixas, o que acarretaria na perca da garantia. São bons sim, mas pra caixas ativas é melhor usar suportes que encaixam naquele orifício embaixo delas.
 
Marvic,
A respeito da altura das caixas. De fato, fixadas na parede, elas ficariam mais baixas e mais perto do publico. Só que mais perto dos que se sentam na frente e mais longe dos que se sentam atrás. Quanto mais alto colocar as caixas, menor será a diferença da distância entre as caixas e os que se sentam na frente, e os que sentam atrás.
Se falei algo errado, me corrijam. 
 
Obrigado pela contribuição "Miranda audio"!!!

Pessoal, segue uma outra dúvida!!!

De que forma eu ligaria essas caixas no gerenciador de energia que adquirimos (Pentacustica PM-1.3)?

Estando elas na parede ou em cluster central no teto eu precisaria confeccionar extensões (creio que gastaria em torno de 100m de cabos de energia) para que as mesmas possam ser ligadas no gerenciador que ficará no rack.

Qual a melhor maneira de fazer essas ligações? Qual a bitola do cabo recomendada para isso?

O Gerenciador possui 4 saídas, então o Fabiano da pentacustica me aconselhou a ligar as caixas em pares (duas em cada saída), restando outras duas saídas para ligar mesa e periféricos. Como proceder?

Agradeço muito a contribuição de todos. Por favor, postem!!! (Rsrsrsrsrsrsr...)
 
Boa tarde Marvic.

As art310A tem um consumo elétrico de, se não me engano, 400w. Se você quer ligar as caixas em pares, são 800w.
Caso a ligação seja feita em 110v, a corrente será de aproximadamente 8A (nos picos).
Caso a ligação seja feita em 220v, a corrente será de aproximadamente 4A (nos picos).

Basta então ir em qualquer loja de material elétrico e dizer que quer um cabo PP (de 3 vias, caso o imóvel tenha aterramento) que suporte tal corrente. Não sugiro a bitola diretamente, pois isso pode variar entre os fabricantes.

Uma coisa que você vai descobrir: cabo PP custa caro!
Então, repense a posição do gerenciador de energia. Será que não sai mais barato deixá-lo no palco, e levar uma extensão até a house-mix? Sei que isso não é o ideal de organização, mas gera uma boa economia.

Sem contar que, deixando-o no palco, também poderá usufruir dele nas ligações dos instrumentos, amplificadores, pedaleiras, etc.
Para isso, primeiramente você precisa verificar se o PM 1.3 suporta ligar tudo isso. Caso suporte, você precisa de um "T" nos padrões Pentacústica.
Nesse momento, aproveito para fazer minha publicidade. Tenho anunciado para venda (a preço de banana, inclusive) um PS 2.2, que faz exatamente essa função. Fico a disposição caso tenha interesse.

Independente disso, se tiver alguma dúvida, é só falar.
 
Gabriel, Agradeço muito sua contribuição, todavida, tem um problema: Não se trata de palco + house mix. Mas de uma igreja.

Em qualquer lugar que eu coloque o gerenciador, o mesmo ficará a uma distância considerável das caixas, tendo em vista que elas poderão ficar nas paredes (como já são colocadas as antigas caixas) ou no teto em cluster central.

Percebe que não terei como escapar de comprar algumas dezenas de metros de cabo PP?!?! Rsrsrsrs...

Você tem noção de quanto custa, em média, o metro do cabo PP com esta bitola aproximada que vc recomendou?!?! Só pra eu ter algum parâmetro para meu orçamento.

No mais, por quanto vc está vendendo este distribuidor?!?! Ele é adequado ao uso juntamente com o gerenciador PM1.3?!?

Agradeço novamente a atenção e a contribuição!!!
 
Amigo, sua mesa de som fica no palco ou no meio das cadeiras?
Algumas dezenas de metros você terá que comprar, é verdade. A questão é economizar um pouco, e não deixar de gastar.

Sobre a bitola dos cabos, releia o que escrevi na mensagem anterior. Acho que você não prestou atenção:
Basta então ir em qualquer loja de material elétrico e dizer que quer um cabo PP (de 3 vias, caso o imóvel tenha aterramento) que suporte tal corrente. Não sugiro a bitola diretamente, pois isso pode variar entre os fabricantes.

Sobre a venda do distribuidor, por favor, vamos conversar por e-mail. Lá passo meu telefone, whatsapp, etc...
 
Sim ,sim. Prestei atenção! Por isso minha pergunta foi sobre o custo "médio" da bitola "aproximada" a qual vc citou, só pra que eu tivesse algum "Parâmetro" para meu orçamento.

No mais, agradeço muito por sua valiosíssima contribuição. Deus o abençoe!!!

Aos amigos que possuem uma configuração similar à minha, alguma dica importante?!?! Agradeceria muito a contribuição de todos.
 
Atualizando, levando agora em consideração as distâncias que os cabos (PP de 3 vias) percorrerão do gerenciador até as caixas (no caso do arranjo em cluster central).

Bem, a mesa e periféricos ficarão (por enquanto) próximos do altar onde os ministérios ficam:

- Para o primeiro par de caixas, os cabos percorrerão cerca de 20m;
- Para o segundo par de caixas (mais ao centro da igreja), os cabos percorrerão cerca de 34 metros.

O que me dizem os amigos a respeito da melhor bitola para estes cabos PP que alimentarão as caixas?!?!

Estou realmente um pouco preocupado com isso.

A paz a todos!!!
 
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