Referências Auditivas e Influências

Prezados amigos,

Esses dias estive em um debate caloroso com alguns amigos sobre Referências auditivas e influências musicais.

Gostaria de saber dos amigos se vocês acham o fator Referência influência muito na hora de operarmos ou até julgarmos a qualidade sonora de de um sistema.

Att,

Rafael
 
No meu ponto de vista, não deveria influenciar, mas acaba influenciando.
Como operadores de áudio, não somos artistas ou produtores musicais, que tem autonomia para definir "pra que lado a música vai".
Devemos entender o projeto proposto e respeitar a produção musical feita.
O objetivo do som é reproduzir, de forma mais transparente possível, o áudio original.

Mixagens artísticas existem, mas devem ser feitas ABSOLUTAMENTE em concordância com a produção musical.
Uma vez ouvi dizer que o show da Lady Gaga possui um console no PA somente para a mixagem das máquinas de efeito. E eu não duvido.
Mas com certeza esse operador ensaia tanto quanto, senão mais, que os próprios músicos.

Seria engraçado, um operador com alta influência de Funk Music, por exemplo, mixando um grupo de Jazz.
Imagino o bumbo e baixo comendo solto nos PAs, e os espectadores de Jazz absolutamente insatisfeitos com a mixagem.
Com certeza é um exemplo de falta de profissionalismo do camarada. Não é porque ele gosta, que é o jeito correto a ser feito.

Imagino que sua pergunta tenha se originado de alguma crítica da banda ou congregação em relação à sua mixagem.
Meu conselho é: sua "clientela" são esses: banda e congregação. Seu papel lá é agradá-los. Então faça o que pedem.
Se você não tem ferramentas para isso, explique a situação e exija condições de trabalhar dignamente, justamente para agradá-los.
 
Gabriel,

Muito Obrigado pelo seu comentário!

Na verdade o meu questionamento foi originado sim por uma critica, porém não necessariamente a mim.

Minha dúvida está mais relacionada a como treinar o ouvido do pessoal que trabalha comigo do que necessariamente a Influências musicais.

Por que eu te digo isso. Estive observando que os membros da minha igreja costumam reclamar muito do som de um modo geral quando algumas outras pessoas estão operando o som. Não apenas por falta de conhecimento, mas, muitas vezes por falta de percepção.

Eles sabem o que é médio, grave agudo, sabem onde estão os knobs, mas, não sabem até que ponto chegar. entendeu? não sei se por medo de errar e tomar uma chamada de atenção do Pastor, realmente não sei se é apenas isso.

Eu, outro dia, estava observando e percebi que a referência auditiva que algumas pessoas tem são de Fones de ouvido de qualidade duvidosa, aparelhos de som que mais tem potência e volume, mas não reproduzem a qualidade final do que está sendo reproduzido, Musicas em MP3 de Baixíssima qualidade.

E, o pior de tudo é que muitas vezes eles tomam isso por base. E o problema acaba se generalizando a membros da equipe de louvor.

Outro dia fomos a uma outra igreja e uma dessas pessoas ficou impressionada com a quantidade de equipamentos que tinha na igreja. Porém, o som estava opaco, seco, sem peso e sem brilho.

Eramos mais ou menos 8 pessoas e três acharam o som ótimo, eu e ouras quatro tivemos a mesma sensação. inclusive, houveram momentos em que não se entendia o que o preleitor falava direito.

A partir dai comecei a traçar esse perfil e observar isso.

Além disso, algumas pessoas na igreja começaram a reparar e a comparar quando o som é operado por um e quando o som é operado por outro.

Quer dizer, minha maior preocupação hoje é que isso não crie divisões no grupo e faça com quem um ou outro se magoe com essas criticas e como fazer com que todos tenham a mesma referência.

Sei que há um imenso trabalho de treinamento, instrução, etc. Mas isso não depende apenas de mim.


Só para complementar, a questão das influências musicais me preocupa ao mesmo ponto que você se referiu.

O bom senso de saber que você está ali como canal para que o louvor liberte e a palavra de Deus seja pregada. Entretanto suas influências musicais devem estar de fora disso e, nesse momento você tem que ser o mais eclético possível Sabendo escutar e estudar os estilos musicais que a sua congregação costuma trabalhar. Para que na hora de mixar, saibamos passar para o publico a maior fidelidade possível de o que está sendo executado.
 
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