Resposta de frequencia

Raphael Andrade

New Member
:D Olá amigos...

Realmente um equipamento com resposta de
frequência maior que os 20@20k altera a qualidade do
audio, sei que tem haver com os harmonicos ......gostaria de uma explicação ...

obrigado
 
Bom, o que eu sei que acontece é o seguinte: os equipamentos tendem a ter uma resposta mais "linear" no "meio" do espectro de frequências, ou seja, nas pontas há uma certa queda, embora mais ou menos acentuada dependendo do caso.

Ora, tendo um equipamento que responda abaixo e acima do que nos é audível, é possível ter uma resposta mais linear justamente na parte que interessa, que é a faixa audível de frequências. Esse é o ponto.

Mas é preciso lembrar que 20 a 20k Hz é um limite teórico, e poucas pessoas ouvem "isso tudo". Acredito que poucos ouçam abaixo de 25 ou 30 Hz, e acima de 15 ou 16k Hz. E, nesse aspecto, a audição limita-se ainda mais com o avanço da idade.

Então, na prática, acaba nem sendo um recurso de máxima utilidade, embora tb ñ seja indesejável -- ñ faz mal a ninguém ter grande margem em termos de resposta de frequência do sistema (basta ter "prudência", hehe).


Abraço.

Tailan
 
A PAZ

Lembrando que quanto mais distante mais as altas frequencias serão atenuadas.
Em "PA" é comum filtro HF 40 Hz e LPF 16 Khz.


Heriberto
 
Olá gente,

A regra é clara: quanto MAIOR a resposta de frequência, melhor.

Por exemplo, de 10Hz a 19Hz ninguém ouve, entretanto o fato de começar a responder em 10Hz provavelmente fará com que responda aos 20Hz melhor que outro que começa em 20Hz.

TSA escreveu muito bem:
"Bom, o que eu sei que acontece é o seguinte: os equipamentos tendem a ter uma resposta mais "linear" no "meio" do espectro de frequências, ou seja, nas pontas há uma certa queda, embora mais ou menos acentuada dependendo do caso."

Ora, se as pontas estão além das frequências audíveis, isto quer dizer que o miolo (dentro do espectro audível) será melhor respondido sim.

Interessante esta frase do Medrmf:
"Lembro que uma vez li um relato, creio que de Sólon do Valle, em que ele constatou que frequencias não audíveis, acabavam por influenciar no som final dentro do espectro audível."

Corretíssimo. Isto se deve a produção de harmônicas. Um som em 25KHz pode produzir uma subharmônica em 12,5KHz, influenciando sim o timbre. Assim como um som em 15Hz pode gerar uma harmônica em 30Hz.

Mas além disto, também precisamos levar em conta outros fatores, principalmente nossas caixas acústicas.

20Hz é bom, uma tremenda vibração que faz levantar poeira do chão. Mas é algo extremamente poderoso, que exige grandíssima energia e que se não bem cuidado, torra seus falantes.

Para você ter 20Hz, você precisa ter comprar amplificadores de enorme potência, e ter um sistema elétrico dimensionado para isto. Haja custo.

Homero Sette levantou uma vez que, se os PA fossem limitados em 40Hz, a queima de falantes se reduziria enormemente. A própria StudioR fez isto (o que acabou não dando certo, tiveram que fazer recall, pois o pessoal preferia queimar falantes a ficar sem o gravão dos 20Hz).

Já no limite superior (os 20KHz), como já falado, dependerá enormemente do público e até do estilo musical. Poucos instrumentos produzem sons acima de 15KHz, e pessoas com mais de 18 anos raramente escutam acima de 16KHz.

Assim, em PA, os filtros que o Heriberto colocou são sim muito usados, e nem por isto o som ficará ruim. Por outro lado, em PA ou não, vamos continuar comprando os equipamentos com a maior resposta de frequência possível.

Mas, além de resposta de frequência, precisamos sempre levar em conta um fator pouco lembrado: a variação da resposta.

Quanto MENOR a variação na resposta de frequência, melhor.

Sempre devemos procurar os equipamentos com a menor variação possível dentro da resposta de frequência.

A partir disto tudo, respondam rápido. Qual é melhor:

Aparelho 1: resposta de 20Hz a 20KHz, +0, -3dB

Aparelho 2: resposta de 10Hz a 25KHz, +/- 3dB[

No exemplo, +0, -3dB indica que, de 20Hz a 20KHz, a maior variação de som que encontraremos será de 3dB. Já com variação de +/- 3dB, indica que encontraremos 6dB de variação entre esses limites.

Eu diria que o aparelho 1, por ser mais linear dentro do espectro audível.

Bons fabricantes fazem o seguinte:

Equipamento X

Reposta de frequência total: de 05Hz a 28KHz, +/- 3dB
Resposta de frequência de 20Hz a 20KHz: +/- 1dB

Ou seja, você tem o melhor dos dois mundo: a resposta total [e sim, com as influências que infrasubs (abaixo de 20Hz) e ultrasons (acima de 20KHz) criam]; e a resposta dentro dos limites.

Este exemplo aí em cima é a resposta de um fone que já vi, de referência, para estúdio. Coisa de R$ 2.000,00. Um dinheirão em um fone!!! Mas que fone que deve ser (não o testei)!!!

Um abraço,

Fernando
 
O "maior" equalizador trabalha em quantas bandas?

Já ouvi de um "maestro" que ele prefere equalizadores anológicos a digitais, mesmo sendo mais limitados, disse que a resposta e a qualidade era muito melhor. É verdade?
 
Daniel Oliveira disse:
O "maior" equalizador trabalha em quantas bandas?

Já ouvi de um "maestro" que ele prefere equalizadores anológicos a digitais, mesmo sendo mais limitados, disse que a resposta e a qualidade era muito melhor. É verdade?

Nao se ele se refere a um Weis digital parametrico de 6 bandas e que custa uns US$ 7.000,00 ...

medrmf disse:
Não apenas a questão da linearidade. Lembro que uma vez li um reato, creio que de Sólon do Valle, em que eleconstatou que frequencias não audíveis, acabavam porinfluenciar no som final dentro do espectro audível. Infelizmente não lembro onde li isso, vou tentar achar.

Isso felizmente nao foi um fato isolado.50-60 anos atras ja foi comporvado que as frequencias das harmonicas de ordem acima de 10 'e dificilmente precebidas pelo ouvido.Porem os produtos de subtracao a pessoa interpreta e "projeta" para cima compencando assim falta de sensibilidade nas frequencias acima de 20K.
Amplificadores da alta qualidade (inclusive pre-amplificadores de microfones de alto nivel) facilmente alcancam algo tipo 5Hz-100kHz com +/-3 dB.

Abrcs,
andry110
 
Daniel Oliveira disse:
Já ouvi de um "maestro" que ele prefere equalizadores anológicos a digitais, mesmo sendo mais limitados, disse que a resposta e a qualidade era muito melhor. É verdade?

Daniel, todo em todo sistema digital existe o processo de conversão analogico-digital. Dependendo do DSP que faça isso, teremos resultados bem poucos satisfatorios. Sendo assim, muitas vezes e recomendavel um EQ analogico do que um digital... eu pelo menos prefiro usar um EQ analogico na saida de um console digital do que usar o EQ da saida do console.
 
Tudo questão de qualidade. De fato, melhor um equipamento analógico de 1ª que um digital meia-boca.
 
Falando sobre frequência, uma boa maneira de se compreender tudo que está sendo discutido nesse post é a utilização de um cd de alinhamento com todas as frequências.

Ouvindo uma por uma a gente cria referência sobre cada faixa. O que ajuda muito na hora de timbrar uma voz ou instrumento e também identificar qual faixa está gerando microfonia.

Em 20hz eu não ouvi nada, só senti. Em 40hz já começou a aparecer alguma coisa.

De 16k em diante o som é tão "fino" e baixo que em uma mix de banda é quase imperceptível.

Só que tem a questão das fundamentais e seus harmônicos.

De 16k em diante pode-se dizer que são praticamente harmônicos ???
 
Samuel P Suriano disse:
De 16k em diante pode-se dizer que são praticamente harmônicos ???
Eu diria que são frequencias muito agudas, que ainda por cima tem seus harmônicos.

Agora uma pergunta, no mundo do audio quando agente fala de harmônico, são considerados os harmônicos graves e agudos de cada frequencia né?!
 
Aqui na área de downloads do site tem muita coisa! MESMO.
Inclusive esses audios.

<!-- m --><a class="postlink" href="http://www.somaovivo.mus.br/download.php">http://www.somaovivo.mus.br/download.php</a><!-- m -->


Have fun!
 
1da4142704025b42f16db10f5b5cbb5a.jpg


Considerando uma banda normal (voz, teclado, cordas e bateria), nenhum instrumento chega em 16k como fundamental, mas chega como harmônico.

Agora uma pergunta, no mundo do audio quando agente fala de harmônico, são considerados os harmônicos graves e agudos de cada frequencia né?!

Exatamente, de cada frequência, e tendo que considerar cada instrumento ou voz.

Por exemplo: o LÁ central está em 440h, então os harmônicos são os "lás" oitavas acima e abaixo, grave e agudo.

Por isso mesmo é que em equalização não convém acentuar os extremos do espetro. 1º a gente simplesmente não ouve, 2º agindo assim só estaremos forçando os falantes.

Uma vez meu professor disse que um som que consegue reproduzir com fidelidade de 40h a 16k já está de bom tamanho.

Grandes Bersan, David Fernandes e outros falei alguma besteira ??kkkkkkkkkkk :lol:
 
Samuel P Suriano disse:
Agora uma pergunta, no mundo do audio quando agente fala de harmônico, são considerados os harmônicos graves e agudos de cada frequencia né?!
Exatamente, de cada frequência, e tendo que considerar cada instrumento ou voz.
Por exemplo: o LÁ central está em 440h, então os harmônicos são os "lás" oitavas acima e abaixo, grave e agudo.

Gente!
Vamos separar - cavalos e cavalheiros.
1."Frequencia" em si pode ser considerada como harmonica somente como maneira de expressar.Pois a FREQUENCIA 'e um dos parametros de sinal (junto com amplitude , tempo e fase).Uma vez que instrumento (por exemplo violino) tocaria uma nota limpa de 440 Hz (sem harmonicas) ouvinte nao sentira a diferenca de um outro instrumento (clarinete) tocando a mesma nota limpa (sem harmonicas).
Harmonicas sao fundamentais para criar um tal de "timbre" :) .
2.Harmonicas "abaixo" sao utilizados somente num sinal complexo (que normalmente esta desconhecido pelo maioria dos tecnicos de audio) quando se representa na forma matematica.Na maioria dos casos estamos falando sobre harmonicas abaixo de "central" somente para evitar de explicar "centroide de espectro" ou "energia espectral" :shock: .O resto - somente frutos de imaginacao...
3.Todo e qualquer instrumento alem apresentar um timbre diferente (dos outros intrumentos) ainda pode ter um timbre reconecivelmente distante dos seus primos (ou seja do mesmo tipo , modelo e/ou fabricante).Porque sera :) ?...

Lucas Ferreira disse:
Por isso mesmo é que em equalização não convém acentuar os extremos do espetro. 1º a gente simplesmente não ouve, 2º agindo assim só estaremos forçando os falantes.

Se nao tem nada para amplificar vc nao forcaria um amp.A realidade que nao devemos equalisar desta maneira pois alem de amplificar o sinal de audio "desejado" estamos geranmdo monte da harmonicas inferiores e superiores atraves de processos em semi-condutores,capacitores, contatos, etc...Dai vem um monte de coisas que nunca vamos ouvir e ao mesmo tempo estamos "empurrando" para amp e em seguida para as caixas de som.

Samuel P Suriano disse:
Uma vez meu professor disse que um som que consegue reproduzir com fidelidade de 40h a 16k já está de bom tamanho.

A palavra chave 'e FIDELIDADE.
Um amplificador valvulado consegue (com certo esforco) fazer 40-16K com 20-30 Watts e custara uns 3-5-15 mil ?
Em contrapartida : fita K7 pode reproduzir 40-16k (com fita de cromo) sem muita dificuldade.Mas gente nao quer nem se alguem paga para levar.Nao 'e :) ?

Abrcs,
andry110
 
3.Todo e qualquer instrumento alem apresentar um timbre diferente (dos outros intrumentos) ainda pode ter um timbre reconecivelmente distante dos seus primos (ou seja do mesmo tipo , modelo e/ou fabricante).Porque sera :) ?...

Tem ainda o tom e também a "pegada" do instrumentista, o jeito que o cara toca o instrumento. (Teve uma vez, em um evento com várias bandas, que veio um batera que só a graça de Deus na vida dele. O que era aquilo ! O pessoal até pensou que eu havia microfonado a caixa, o cara ao invés de baqueta tava usando um martelo ! Parecia um tiroteio ! kkk :mrgreen: :mrgreen: )

Então voltando, gostei muito da sua explicação, vou pesquisar sobre "centroide de espectro" ou "energia espectral" , mas gostaria de saber onde exatamente eu errei, pra poder aprender e ensinar corretamente.

Abs.
 
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