TRANSFORMANDO A SAUNA EM SALA DE GRAVAÇÃO

Jefferson Telles

New Member
Salve, galera. Finalmente tomei coragem de transformar a sauna lá de casa em uma sala de gravação para voz. Aproveitei a falta de uso do cômodo, suas dimensões, seu razoável isolamento e seu teto em desnível para "construir" o que há tempos estava querendo, sem ter que destruir nada. Ainda não testei o resultado acústico da sala, mas é provável que eu tenha que fazer alguns ajustes. A princípio o grande desafio é a porta de alumínio, que apenas revesti internamente com espuma. Com paciência irei testando alguns materiais absorvedores e/ou reflexivos até atingir o resultado desejado. Postei as fotos anexas para críticas e sugestões. Tempo gasto: mais ou menos 30 horas. Custo: R$400,00, aproximadamente.

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Ficou muito bonito o acabamento, mas me preocupo com o material utilizado, pelo custo que vc disse ter tido presumo não sejam placas de SONIC ou outra marca de revestimento acústico apropriado pra isso...

A preocupação se dá pelo fator segurança, já que no caso de espuma comum em caso de incêndio (Produtos homologados não são inflamáveis) a espuma comum além de ser altamente inflamável libera gases tóxicos paralisantes...

Sempre é bom prevenir...
 
Val Oliveira disse:
Qual o material que você utilizou para revestir as paredes ?

Usei um tecido tipo "chenille" utilizado para forração de estofados. R$12,90 o metro linear. Minha prioridade, nesse caso, foi mais decorativa do que acústica. Caso os resultados não estejam satisfatórios, avaliarei a necessidade da utilização de painéis.
 
Preste atenção ao ponto levantado pelo DENER é o um dos senão o mais importante em qualquer sala!
 
deneripr disse:
Ficou muito bonito o acabamento, mas me preocupo com o material utilizado, pelo custo que vc disse ter tido presumo não sejam placas de SONIC ou outra marca de revestimento acústico apropriado pra isso...

A preocupação se dá pelo fator segurança, já que no caso de espuma comum em caso de incêndio (Produtos homologados não são inflamáveis) a espuma comum além de ser altamente inflamável libera gases tóxicos paralisantes...

Sempre é bom prevenir...

A preocupação procede, no entanto, trata-se de um cômodo totalmente isolado, em uma área "úmida", praticamente livre do risco de incêndio. Além do mais, servirá somente para o meu uso particular, onde a possibilidade de abertura de chama é zero. Assim sendo, quando avaliei a espuma a ser utilizada, considerando os riscos envolvidos, não julguei compensatória a relação custo x benefício da utilização de uma espuma "de marca", pois esses Sonex da vida, até onde sei, não são nada mais que espumas comuns tratadas com boro. No prazo de 3 a 5 anos esse produto químico perde a sua eficicácia contra chamas e torna-se novamente uma espuma comum, o que para o meu caso não se mostra uma vantagem, considerando o seu sobrepreço em relação ao material que utilizei. Mas concordo com você: não é aconselhável a ninguém utilizar espuma comum, sobretudo em aplicações comerciais, o que não é o meu caso.
 
De fato, como já respondido ao Dener, o ideal seria utilizar um material que não propagasse chamas, mas o meu caso é diferente. Não terei na sala um equipamento sequer que não seja um mic condenser e um fone de ouvidos. Tenho apenas uma lâmpada eletrônica para iluminar o recinto. Nem ar condicionado precisarei instalar, por se tratar de uma área fria, longe da incidência da luz solar e com frequência de utilização bastante reduzida. A meu ver o risco de incêndio no local é o mesmo que corro todos os dias ao atravessar a rua e ser eventualmente atropelado. Existe, mas é muitíssimo remoto.
 
Jefferson Telles disse:
Salve, galera. Finalmente tomei coragem de transformar a sauna lá de casa em uma sala de gravação para voz.
Coisas de inversão...
Eu que to lutando para convencer a família para construir a sauna invés de sala de ensaio!!..kkkk
Bom.Basicamente num lugar desses precisara de atenção no momento de posicionar as coisas.Pois se a posição "geográfica" (ou geométrica :)) dum monitor ou microfone estiver num foco das ondas estacionárias - nada vai adiantar : Sonex,Sonic,Sonitec,RPG,Isover, espuma do colchão emprestado do vizinho - da quase no mesmo !Resolvendo isso (infelizmente so na marra, trabalho braçal bruto com analise de resultado )..
Outro detalhe : como entendi o local 'e absolutamente seco (oposto do úmido).E a entrada do ar?Seria por meio de ventilação?Ou seria o ciclo fechado?Com monte de espuma em volta?Tipo, bem vindo alergia!?
Abrcs,
andry110
 
andry110 disse:
Outro detalhe : como entendi o local 'e absolutamente seco (oposto do úmido).E a entrada do ar?Seria por meio de ventilação?Ou seria o ciclo fechado?Com monte de espuma em volta?Tipo, bem vindo alergia!?

Muito bem observado, Andry. Na realidade me expressei mal. Quis dizer frio (tanto o acesso como todas as paredes adjacentes coberta com revestimento cerâmico) e não úmido, pela seguinte razão: este cômodo fica no fundo do salão de festas (200 m2, totalmente circundado por portas de correr de vidro 8 mm), atrás dos banheiros e vestiários. A circulação de ar, com as portas abertas, é normal, mas não acredito que seja indicado passar mais do que meia hora dentro da sala, que mede aproximadamente 5 m2.


Outro ponto a ser salientado: Trata-se apenas de uma sala para gravação de voz e, eventualmente, violão acústico. De vez em quando poderei até experimentar gravar um cubo de guitarra ou baixo, mas o músico nem precisará permanecer fisicamente nessa sala, por isso, considerando a temperatura média da região, acredito ser desnecessária a instalação de um condicionador de ar, mas caso fique comprovada essa necessidade, em dias de temperaturas extremas poderei até adquirir um aparelho portátil e mantê-lo ligado momentos antes de utilizar a sala.
 
Jefferson Telles disse:
(...) No prazo de 3 a 5 anos esse produto químico perde a sua eficicácia contra chamas e torna-se novamente uma espuma comum...
Isto não é verdade.
Neste prazo a espuma não PERDE ela tem um DECRÉSCIMO de eficácia deste tratamento anti-chamas, ainda sim ela é mais segura que espuma comum.
Tenho algumas placas que usava em casa na sala que minha bateria ficava, elas deviam ter uns 7 anos quando houve o problema com a boate KISS, por curiosidade cortei um pequeno pedaço e ateei fogo. Ele acendia mas o fogo não propagava legal e não gotejava, a fumaça era branca e bem pouca.
Hoje elas já não estão comigo pois me mudei para o apartamento do meu pai até terminar a obra da minha casa, então dei elas pra um amigo já que não posso usar lá e não irei usar na minha casa!
 
pTjz disse:
Isto não é verdade.

Verdade ou mentira, :dodgy: não me cabe atestar ou dividar da qualidade de nenhum produto, até porque, nunca utilizei. Minha afirmação baseou-se apenas nos relatos colhidos de algumas pessoas na NET. A diferença entre "perda" e "decréscimo" de eficácia citada por você é, ao meu ver, apenas semântica. Por óbvio que a preservação das características físico-químicas de cada produto depende da sua composição e do seu processo produtivo. Logo, não é possível tomar como verdadeiro o prazo por mim informado (pelo qual peço sinceras desculpas, pois vendi o peixe do jeito que comprei), nem, tampouco, baseado apenas na sua experiência, seja lá qual for a marca do produto a que você esteja se referindo. Essa é a verdade.
 
Não tive paciencia para ler o topico todo, mas LI em algum lugar "PREOCUPAÇÃO ESTETICA", "MEU PROPRIO USO"

Certos materiais, especialmente fibras sinteticas à base de hidro cabonetos (VuRgo PETROLEO) são extremamente inflamaveis, ou se não são extremanete inflamaveis prosuzewm fumaçã extremamante toxica, vide SANTA MARIA - TS.

Se um troço desse pegar fogo, talvez vc sequer tenha tempo de chegar à porta ! A precocpação não é perder a casa, mas sim poupar um vida humana.

A maioria das spumas para tratamento acustico tem validade em torno de 5 anos, algumas (as BOAS) chegam a durar 10 anos, e as perdas se dão em dois niveis distintos :

1 - O aglomerante usado para a fabricação da espuma se evapora ou solidifica, deixando a espuma com uma certa consistencia de poeira ou de esfarelamento.

2 - O composto anti-chama tambem perde sua eficacia, seja por reações quimicas com o ar, seja por evaporação etc ...

Boa diversão com sua cabine !
 
Ullmann disse:
A maioria das spumas para tratamento acustico tem validade em torno de 5 anos, algumas (as BOAS) chegam a durar 10 anos, e as perdas se dão em dois niveis distintos :

1 - O aglomerante usado para a fabricação da espuma se evapora ou solidifica, deixando a espuma com uma certa consistencia de poeira ou de esfarelamento.

2 - O composto anti-chama tambem perde sua eficacia, seja por reações quimicas com o ar, seja por evaporação etc ...

Boa diversão com sua cabine !

Muito obrigado pelos esclarecimentos, Ullmann. Quanto ao risco de incêndio (ou mesmo de alguém morrer por asfixia), conforme já relatado anteriormente, é praticamente desprezível. Toda avaliação de risco é subjetiva e depende de diversos fatores, como o ambiente, grau de exposição e fator humano. Isto abre uma discussão interessante: Tenho a impressão que 90% dos home estudios (talvez esteja até sendo generoso) que existem por ai utilizam espumas comuns e, mesmo possuindo muitos agravantes de risco, como a construção em áreas impróprias, a utilização de equipamentos eletrônicos e de iluminação capazes de produzir chama ou a falta de delimitação de acesso a pessoas não autorizadas, ainda assim não é todo o dia que se ouve falar em acidentes dessa natureza (se é que alguém já ouviu falar de algum). É importante esclarecer que não estou incentivando a utilização das famigeradas cascas de ovo. Pelo contrário. Somente estou justificando minha opção pelo material mais barato, exclusivamente para o meu caso específico. É como naqueles avisos que antecedem os filmes de ação com cenas perigosas: "...e que ninguém tente imitar ou fazer isso em casa..."
 
Jefferson Telles disse:
pTjz disse:
Isto não é verdade.

Verdade ou mentira, :dodgy: não me cabe atestar ou dividar da qualidade de nenhum produto, até porque, nunca utilizei. Minha afirmação baseou-se apenas nos relatos colhidos de algumas pessoas na NET. A diferença entre "perda" e "decréscimo" de eficácia citada por você é, ao meu ver, apenas semântica. Por óbvio que a preservação das características físico-químicas de cada produto depende da sua composição e do seu processo produtivo. Logo, não é possível tomar como verdadeiro o prazo por mim informado (pelo qual peço sinceras desculpas, pois vendi o peixe do jeito que comprei), nem, tampouco, baseado apenas na sua experiência, seja lá qual for a marca do produto a que você esteja se referindo. Essa é a verdade.
Tomando sua “verdade” como verdade teremos que jogar fora todo e qualquer equipamento/produto pós garantia ou apenas comprar os mais vagabas possível, pois afinal de contas todos eles caducam logo não vale a pena pagar mais.
O fato do fornecedor especificar uma vida útil ao seu produto não confere ao mesmo descarte ou obsolescência programada propriamente dita.
Todos aqui buscaram te ajudar, ninguém está contra você! Emfim, eu no seu lugar só tomaria muito cuidado com o “risco zero”, todo acidente começa com o fator humano e na maioria dos casos todos eles consideravam o risco zero!
 
pTjz disse:
Emfim, eu no seu lugar só tomaria muito cuidado com o “risco zero”, todo acidente começa com o fator humano e na maioria dos casos todos eles consideravam o risco zero!

Querido PT: Trabalho em uma empresa de engenharia e milito no mercado financeiro há muitos anos. Poucas pessoas têm condições de falar sobre administração de risco como eu. Risco existe em qualquer momento e lugar. Existe o risco de atravessar a rua, o de morar perto de uma favela e até o de não acordar. Tudo isso faz parte da vida. Imagine se você fosse dono de uma frota de 1000 de veículos para locação. Você faria seguro de cada veículo? Provavelmente não, pois o risco de se ter um sinistro em toda a sua frota ao mesmo tempo é desprezível e o custo de reposição numa eventual perda de um veículo não compensa o valor a ser pago a uma seguradora (é o que chamamos de auto-seguro). Se você parar para pensar, todos nós fazemos análises de risco a todo o momento, quer seja em um simples depósito na caderneta de poupança ou na hora de escolher um lugar para morar. Mas é importante salientar que essa análise tem que ser feita, seja consciente ou inconscientemente. O ponto de vista que quis colocar é que eu estou muito tranquilo quanto a essa análise de risco e deixei muito claro a todos que cada caso é um caso e o meu, especificamente, está totalmente mitigado pelas razões já expostas.
 
Jefferson Telles disse:
(...) A meu ver o risco de incêndio no local é o mesmo que corro todos os dias ao atravessar a rua e ser eventualmente atropelado. Existe, mas é muitíssimo remoto.
Normalmente frases com "a meu ver" não conotam ANÁLISE e conhecimento como o vosso, sendo nosso papel como fórum e moderadores ajudar e alertar, principalmente se tratando de um tópico onde fora solicitado pelo seu autor críticas e sugestões. Este é o motivo das colocações feitas por mim.
Mas se já fora mitigado e exumado as possibilidades, bons trabalhos na sala.
 
Poste o resultado das medidas, RTA e resposta da sala antes do trabamento, com as resposta depois dotrabamento, quais frequencias foram mais diviceis atenuar e como lidou com as ondas estacionarias, se teve este problema. Tambem coloca pra gente o nivel de isolamento que consegui, tanto para quem fica fora da sala quanto dentro da sala. O projeto é muito interessante!!!
 
stract disse:
Poste o resultado das medidas, RTA e resposta da sala antes do trabamento, com as resposta depois dotrabamento, quais frequencias foram mais diviceis atenuar e como lidou com as ondas estacionarias, se teve este problema. Tambem coloca pra gente o nivel de isolamento que consegui, tanto para quem fica fora da sala quanto dentro da sala. O projeto é muito interessante!!!

Por enquanto vou deixar apenas alguns detalhes do que fiz.

A primeira coisa foi escolher um tecido que pudesse ficar com uma decoração legal. Inicialmente pensei em forrar as paredes com material absorvedor, como lã de rocha, mas desisti devido à dificuldade de instalação (o acabamento não ia ficar legal). Fiz uma opção que achei bastante legal: utilizar cola em spray 3m. As colas comuns (Cascola, por exemplo), embora bem mais em conta faz uma sujeirada danada e é bem mais difícil de aplicar, sem falar no odor caraterístico. A cola spray e rápida e muito fácil de aplicar, sobretudo na parte mais crítica que foi o teto. Intalei a espuma sem qualquer ajuda e em 2 minutos. Dependendo do tamanho da superfície pode ser indicado dividir a colagem em partes. Continuo em instantes.
 
No cantos, coloquei ripas de madeirite 15 mm com 30 cm de largura, fixada com parafuso e bucha. Preenchi o vão formado com lã de rocha e revesti externamente com espuma como aparece nas fotos.


Como utilizei dois dois tipos de tecidos diferentes, fui obrigado a instalar molduras (apliques de madeira) nos encontros dos tecidos. Neste caso utilizei cola comum, pois ficava mais seguro e prático. O carpete cinza também foi instalado com cola comum pelos mesmos motivos. Nos degraus da sauna coloquei cantoneiras de alumínio fixadas com parafusos e buchas para maior segurança do carpete e durabilidade nestes pontos. Detalhe: fiz a furação e o embuchamento dos degraus antes da instalação do carpete, pois caso contrário, se tentasse furar com broca com o carpete instalado, provavelmente haveria um embolamento, prejudicando o resultado. Coloquei aplique em todos os demais cantos aparentes para escoder as emendas do carpete.
 
Com relação à pessoa que pediu dados tipo RT60 (creio que era isso o solicitado), grau de isolamento etc.

Na verdade, temos um problema, em salas PEQUENAS o RT60 ou equivalente não faz muito sentido pelo volume pequeno envolvido, faz mais sentido a forma como se consegue a maior difusão possivel. Existe inclusive um troço chamado de ACUSTICA DE PEQUENOS AMBIENTES que se estuda em algum lugar ..

E pelo todo que li, creio que dificilmente nosso amigo teria condições de estimar qualquer um desses parametros.

E no mais, so posso desejar boa sorte !
 
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