Sabemos que o terror do todo operador, principalmente de igrejas como é nosso caso, é ter que suprir as necessidades de todos músicos, cantores e preletores e ainda assim ter a responsabilidade de fazer uma boa MIX no PA.
Assim sendo, começamos a vislumbrar um sistema de auto mixagem para os músicos dando ao operador autonomia total para que o mesmo se preocupasse única e exclusivamente com o PA.
Dito isto analisando todas as marcas disponíveis no mercado o que saiu mais em conta foi o P16-M, então eis o escolhido.
Pesquisei ainda a qualidade deles e usabilidade, e a resposta do mercado foi boa.
Porém ainda tínhamos um problema, tínhamos em mãos uma 01V96 e não uma X32 então pesquisamos ainda se era possível fazer esta ligação, de cara percebemos era viável implementar o P16-M sem ter que trocar a mesa, então sancionamos o projeto e compramos tudo que precisávamos.
Chegamos então ao foco do artigo, como implementar o P16-M com a 01V96?
Vamos entender como podemos fazer esta ligação.
Primeiramente precisaremos criar uma interface ETHERNET (Rede) compatível com o P16M, para isso precisaremos de uma interface externa já que não existe nenhuma placa de expansão disponível para a 01V96 compatível com o ULTRANET nome dada a rede da BEHRINGUER que alimenta o P16M.
Trata-se da interface P16-I da própria BEHRINGER.
Essa interface pode ser conectada na 01V96 de duas formas.
1- Entradas analógicas da interface.
2- Via ADAT
Para usar via entrada analógica, você deverá de alguma forma efetuar uma divisão do sinal desejado de modo físico, normalmente faz-se um SPLIT no multicabo ou usa-se o INSERT das entradas 1-14 da mesa como DIRECT-OUT para este fim.
Podemos ainda usar as saídas físicas (OMNI e ADA) para rotear os canais desejados via DIRECT, AUX ou BUS e posteriormente interligar com o P16-I.
Já para usar via ADAT a coisa fica bem mais simples, entretanto para aproveitar os 16 canais do P16-M precisaremos que a mesa esteja expandida pelo menos com 24 canais (Placa MY8-AT) porém recomenda-se a placa MY16-AT pois será necessário duas saídas ADAT apenas para este fim, já que o protocolo ADAT consegue transmitir no máximo 8 canais IN/OUT (https://pt.wikipedia.org/wiki/ADAT) usando então a placa indicada usaríamos duas saídas para o P16-I e ainda sobra uma saída para ser usado em um expansor ADA para outros fins como retorno de chão, InEAR, colunas de delay e coisas do tipo.
Dito isto, basta usar dois cabos óticos interligando duas saídas da 01V96 nas entradas do P16-I.
Após esta interligação física, faremos um PATCHOUT na mesa direcionando os canais desejados para as saídas ADAT que estão ligadas ao P16-I.
Feito isto, usaremos as saídas RJ45 do P16-I interligando a interface nos monitores P16-M que receberá automaticamente energia (sem precisar de fonte) e os canais roteados na mesa.
ATENÇÃO AO QUESITO ENERGIA:Os P16-M podem ser interligados entre si, porém a saída RJ45 (TRHU) dele não alimentará o segundo P16-M, ou seja, cada saída do P16-I só é capaz de alimentar eletricamente 1 unidade do P16-M.
Caso a quantidade de saídas do P16-I não sejam suficientes, passa a ser necessário a aquisição de um SWITCHER PPPOE apropriado comercializado pela BEHRINGER, trata-se do P16-M, nunca testamos um que não fosse este, então se for preciso, compre o da própria empresa.
RESULTADOS FINAIS.
Não poderiam ser melhores, conseguimos alcançar o objetivo, demos ao operador uma tarefa bem menos árdua, onde ele se preocupa apenas com o PA e o retorno de chão para preletores, ministros e solistas.
No quesito músicos precisamos fazer um adendo importante, pois eles finalmente perceberam que não é tão fácil conseguir no fone o que eles viviam exigindo e passaram a preferir usar o sistema de fone antigo... Foi necessário uma atenção especial no início, dando dicas de mixagem e ensinando os mesmos a explorarem a ferramenta.
Após este período de adaptação tivemos um feedback extremamente positivo, hoje eles não sabem mais viver sem e estamos prestes a implementar o mesmo sistema no estúdio de ensaios, onde eles usam cubos e não fones.
Porém nem tudo são flores, a BEHRINGER não disponibilizou a impedância da saída dos fones, mas de cara percebemos que a saída não era como no POWERCLICK, o volume era bem menor.
Acredita-se que a impedância dos P16-M seja algo em torno de 100Ohms, pois os fones que melhor responderam no monitor tinham esta impedância.
Então refizemos a estrutura de ganhos da mesa, deixando todos trabalhando perto do 0DB na entrada/saída melhorando substancialmente o HEARDROM do sistema.
Ainda que com menos volume o P16-M atendeu as necessidades da banda de palco onde somente o batera continuou usando um powerclick na saída do P16-M apenas para empurrar melhor o fone.
Concluindo, o sistema é muito bom e vale a pena, dará autonomia tanto aos músicos quanto ao operador a um preço legal.
Assim sendo, começamos a vislumbrar um sistema de auto mixagem para os músicos dando ao operador autonomia total para que o mesmo se preocupasse única e exclusivamente com o PA.
Dito isto analisando todas as marcas disponíveis no mercado o que saiu mais em conta foi o P16-M, então eis o escolhido.
Pesquisei ainda a qualidade deles e usabilidade, e a resposta do mercado foi boa.
Porém ainda tínhamos um problema, tínhamos em mãos uma 01V96 e não uma X32 então pesquisamos ainda se era possível fazer esta ligação, de cara percebemos era viável implementar o P16-M sem ter que trocar a mesa, então sancionamos o projeto e compramos tudo que precisávamos.
Chegamos então ao foco do artigo, como implementar o P16-M com a 01V96?
Vamos entender como podemos fazer esta ligação.
Primeiramente precisaremos criar uma interface ETHERNET (Rede) compatível com o P16M, para isso precisaremos de uma interface externa já que não existe nenhuma placa de expansão disponível para a 01V96 compatível com o ULTRANET nome dada a rede da BEHRINGUER que alimenta o P16M.
Trata-se da interface P16-I da própria BEHRINGER.
Essa interface pode ser conectada na 01V96 de duas formas.
1- Entradas analógicas da interface.
2- Via ADAT
Para usar via entrada analógica, você deverá de alguma forma efetuar uma divisão do sinal desejado de modo físico, normalmente faz-se um SPLIT no multicabo ou usa-se o INSERT das entradas 1-14 da mesa como DIRECT-OUT para este fim.
Podemos ainda usar as saídas físicas (OMNI e ADA) para rotear os canais desejados via DIRECT, AUX ou BUS e posteriormente interligar com o P16-I.
Já para usar via ADAT a coisa fica bem mais simples, entretanto para aproveitar os 16 canais do P16-M precisaremos que a mesa esteja expandida pelo menos com 24 canais (Placa MY8-AT) porém recomenda-se a placa MY16-AT pois será necessário duas saídas ADAT apenas para este fim, já que o protocolo ADAT consegue transmitir no máximo 8 canais IN/OUT (https://pt.wikipedia.org/wiki/ADAT) usando então a placa indicada usaríamos duas saídas para o P16-I e ainda sobra uma saída para ser usado em um expansor ADA para outros fins como retorno de chão, InEAR, colunas de delay e coisas do tipo.
Dito isto, basta usar dois cabos óticos interligando duas saídas da 01V96 nas entradas do P16-I.
Após esta interligação física, faremos um PATCHOUT na mesa direcionando os canais desejados para as saídas ADAT que estão ligadas ao P16-I.
Feito isto, usaremos as saídas RJ45 do P16-I interligando a interface nos monitores P16-M que receberá automaticamente energia (sem precisar de fonte) e os canais roteados na mesa.
ATENÇÃO AO QUESITO ENERGIA:Os P16-M podem ser interligados entre si, porém a saída RJ45 (TRHU) dele não alimentará o segundo P16-M, ou seja, cada saída do P16-I só é capaz de alimentar eletricamente 1 unidade do P16-M.
Caso a quantidade de saídas do P16-I não sejam suficientes, passa a ser necessário a aquisição de um SWITCHER PPPOE apropriado comercializado pela BEHRINGER, trata-se do P16-M, nunca testamos um que não fosse este, então se for preciso, compre o da própria empresa.
RESULTADOS FINAIS.
Não poderiam ser melhores, conseguimos alcançar o objetivo, demos ao operador uma tarefa bem menos árdua, onde ele se preocupa apenas com o PA e o retorno de chão para preletores, ministros e solistas.
No quesito músicos precisamos fazer um adendo importante, pois eles finalmente perceberam que não é tão fácil conseguir no fone o que eles viviam exigindo e passaram a preferir usar o sistema de fone antigo... Foi necessário uma atenção especial no início, dando dicas de mixagem e ensinando os mesmos a explorarem a ferramenta.
Após este período de adaptação tivemos um feedback extremamente positivo, hoje eles não sabem mais viver sem e estamos prestes a implementar o mesmo sistema no estúdio de ensaios, onde eles usam cubos e não fones.
Porém nem tudo são flores, a BEHRINGER não disponibilizou a impedância da saída dos fones, mas de cara percebemos que a saída não era como no POWERCLICK, o volume era bem menor.
Acredita-se que a impedância dos P16-M seja algo em torno de 100Ohms, pois os fones que melhor responderam no monitor tinham esta impedância.
Então refizemos a estrutura de ganhos da mesa, deixando todos trabalhando perto do 0DB na entrada/saída melhorando substancialmente o HEARDROM do sistema.
Ainda que com menos volume o P16-M atendeu as necessidades da banda de palco onde somente o batera continuou usando um powerclick na saída do P16-M apenas para empurrar melhor o fone.
Concluindo, o sistema é muito bom e vale a pena, dará autonomia tanto aos músicos quanto ao operador a um preço legal.
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