Olá Peligo,
lembra das aulas de física do segundo grau? Ondas de mesmo tipo mas em sentidos contrário se anulam. Olhe a figura abaixo:
Essas duas ondas (vermelha e azul) estão defasadas em 180º, ou seja, estão invertidas uma em relação à outra. Quando elas se encontram, se anulam. O som literalmente "some" (não totalmente, por causa de alguma reflexão, mas diminui muito o problema).
Isso pode ser feito facilmente por qualquer um de nós, em nossas igrejas. Coloque duas caixas de som uma ao lado da outra. Coloque as duas em funcionamento e observe o som. Você notará que os sons se "somam". Agora, conecte uma das caixas de maneira invertida, Positivo invertido com o Negativo. Colocando para tocar, você notará que o som perdeu "peso", perdeu qualidade. Isso se deve ao cancelamento de fase!
É exatamente o mesmo princípio.
Esse sistema mostrado nessa página que você citou pode ser usado para eliminar frequências específicas geradas por motores ou equipamentos em escritórios, fábricas, etc. Mas já vi também em grandes shows. Na minha cidade, temos um ginásio de esportes usado para shows. Em uma lateral há o palco (30 m largura x 10m de profundidade) e eles colocam caixas de som ao lado do palco. Na outra ponta, onde há arquibancadas, para não ficar refletindo o som eles colocam caixas acústicas, falando as mesmas frequências, mas em sentido contrário, de forma a anular as ondas que bateriam na arquibancada e seriam refletidas (reverberação).
Evidente que estou explicando em linhas gerais. Seria necessário fazer identificar as frequências problemáticas, gerar essas frequências específicas em contrafase, também medir a atenuação (para a escolha do volume) e também o tempo para que a onda atinja a arquibancada, para ajuste de delay.
Mas a grande vantagem é que o sistema é móvel e adaptável a diversas situações (frequências). Não compensa fazer tratamento acústico em um local onde só haverá um único show, por exemplo.
Um abraço,
Fernando