Sistemas de proteção em amplificadores de potência

Introdução

Amplificadores de áudio, também chamados de amplificadores de potência, ou até mesmo “potência” (apesar desse termo nos parecer errado), são um dos circuitos de áudio de fabricação mais simples. Não “simples” no sentido pejorativo, pois há muita tecnologia envolvendo qualquer aparelho, mas no sentido da sua própria confecção, projeto e execução ser relativamente mais fácil que outros circuitos, como mesas de som e periféricos diversos.

Prova disto é que existe, no mercado, cerca de três dezenas de fabricantes nacionais que fazem aparelhos deste tipo, e talvez mais um tanto de fabricantes importados, fazendo com que seja o tipo de equipamento com maior número de opções de marcas e modelos no mercado.

Com tantas opções, é absolutamente normal surgirem inúmeras dúvidas sobre qual modelo adquirir. Ora, o que diferencia um aparelho do outro? Será que é apenas a potência máxima? Será que é a sonoridade? As especificações técnicas de Slew-Rate, DHT, Damping Factor e tantos outros nomes pouco conhecidos pelos compradores? E, não podemos deixar de citar, o preço ? Será que devemos escolher um amplificador principalmente pelo preço?

Ainda que a grande maioria dos compradores de amplificadores de potência analise tais aparelhos baseados apenas em dados mínimos, como a potência máxima fornecida e o preço, nosso objetivo neste artigo é despertar o leitor para um tipo de característica que é pouco conhecida, mas que faz uma diferença ENORME na hora de trabalhar, que são os diversos circuitos de proteção que podem existir em um amplificador, e que facilitam ao extremo o trabalho do operador de áudio, que é quem vai lidar com o aparelho diretamente no dia-a-dia.

Para que queremos os circuitos de proteção?

Tenho um cunhado que trabalha em uma concessionária de veículos. Ele conta que a maioria dos clientes observa várias características dos carros, como preço, potência do motor, conforto interno, acessórios diversos, etc. Isso é o “normal”. Mas existe uma categoria de compradores que, logo de começo, pergunta sobre a existência de Air-Bags, freios ABS, terceira luz de freio e outros dispositivos de segurança. Alguns desses compradores exibem nos seus próprios corpos cicatrizes, mostrando que fazem tais perguntas porque descobriram, da pior forma possível, como é importante ter dispositivos de segurança no veículo. Enquanto isto, quem nunca teve tal experiência, relega tais dispositivos a segundo plano.

Evidentemente que freios ABS, Air-Bags frontais, laterais e outros têm um preço, um custo até bastante elevado. Por outro lado, quanto custa uma vida humana? Quem já sofreu um acidente grave e foi salvo por um desses dispositivos sabe bem que o benefício proporcionado ultrapassa em muito o custo!

Nos amplificadores, não é diferente. A maioria dos fabricantes mantém linhas separadas, uma de baixo custo e outra de alto custo. A diferença reside exatamente na existência ou não dos circuitos de proteção. Claro que aparelhos sem tais proteções serão mais baratos, mas por outro lado, em caso de “acidentes” (podem não custar a vida de ninguém, mas podem custar o “nome” do profissional, ou o “pescoço” do voluntário de igrejas), serão esses os dispositivos que vão “salvar” o operador de áudio de muita dor-de-cabeça.

O alto custo desses circuitos se deve ao seu uso crítico. Elas devem garantir a integridade do aparelho nas mais extremas condições, assim como devem ser “invisíveis” quando em condições normais de uso. O monitoramento de todas as funções (alimentação de AC, saídas de potência, temperaturas, níveis de sinal e outros) é constante, e o circuito de proteção deve atuar de imediato quando qualquer problema acontecer, atuando de forma a proteger o equipamento (e/ou proteger as caixas acústicas a ele ligadas). Não é pouca a tecnologia que está associada a essas funções, e logicamente o custo é caro, mas compensador.

Vejamos então os circuitos de proteção.

11 Comments on "Sistemas de proteção em amplificadores de potência"

  1. José Claret dos Santos | 5 de janeiro de 2017 at 23:20 | Responder

    Se o alto-falante funciona com corrente alternda. porque eu meço com o voltimetro e é contínua?

  2. Boa noite, tenho um amplificador XTC de DB8000 DA-BRAT SERIES, MAX POWER 8000W. Quando ligo ele nao funciona, mas sim cende a luz protectora vermelha ao envez do amarelo. Gostaria de saber qual podera ser o problema e o que devo fazer? Estou triste porque e muito novo, peco ajuda ai pessoal

  3. Muito bom mesmo
    Tem o detalhe necessario e exemplos práticos

    Obrigado pela postagem

  4. I have noticed you don’t monetize somaovivo.org,
    don’t waste your traffic, you can earn additional bucks every month with new monetization method.
    This is the best adsense alternative for any type of website (they approve
    all websites), for more details simply search in gooogle: murgrabia’s tools

  5. Rede boa para eventos e trifásico de 220volts dividir más a carga

  6. Há luz amarela acedeu não está há potência não está jogando pra caixas. O que pode ter ocorrido

  7. Opte usar Dr e DPS isso é muito importante pra uso de proteção no esquema eletrica de som

  8. Olá. Muito bons os artigos mas gostaria de destacar um engano logo no primeiro parágrafo onde aparece fase (positivo) e neutro (negativo). Essa nomenclatura não está correta. Ou seja, como se trata de AC(Corrente Alternada) não existe polaridade positivo ou negativo. Essa nomenclatura é utilizada em DC (Corrente Contínua). Assim Fase não é a mesma coisa que Positivo assim como Neutro não é Negativo. Obrigado.
    Há ainda que se destacar que a entrada de um amplificador usa corrente alternada então fase e neutro e na saída para as caixas é corrente contínua aí sim positivo e negativo. Espero ter ajudado. Obrigado.

    • Olá, gostaria de destacar que na saída dos amplificadores de potência temos corrente alternada, e não contínua, se não fosse assim, os falantes não se moveriam para frente e para tráz (acompanhando os sinais senoidais); assim, podemos entender que o borne vermelho seja a “fase”, e o preto seja o “neutro ou terra”.
      Essa convenção de se utilizar cores nos terminais de saída dos amplificadores deve-se ao fato de criar uma “polarização” dos cabos a fim de manter coerência nas ligações de várias caixas num mesmo amplificador ou num mesmo canal, todos com o primeiro ciclo do sinal “batendo” para fora ou para “dentro”, e ainda assim todos “em fase” entre sí. A corrente contínua só estará presente na saida de um amplificador quando algum transístor de saída entrar em curto-circuito, nesse caso, seja ele o PNP ou o NPN, teremos assim as tensóes (+) ou (-) proveniente da fonte de alimentação nesta saída e sobre as caixas acústicas que estiverem conectadas, o que pode levá-las a queima, pois nenhum falante suporta corrente DC.

Leave a comment

Your email address will not be published.


*


Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.