Caixa de agudo

boa noite,
como posso testar a impedancia de uma caixa de agudo com capacitores atraves do mutimetro. esta caixa tem 2 supertweter e uma driver para médio cada um com seus capacitores. mais como testar de forma correta?
Grato
 
Jefferson,

boa pergunta. Há muitos anos que eu só trabalho com caixas full-range (um driver e um woofer, por exemplo), e nunca fiz esse teste. Também fiquei curioso.

Sei que, em uma caixa dessas, os capacitores "mascaram" o valor da resistência elétrica (a impedância) do falante, quando vamos testar com o multímetro. Ou seja, você já deve ter testado dessa forma e não apresentou valor, estou correto?

Se você me passar as especificações dos falantes e a forma que estão interligados (se em série ou em paralelo), podemos fazer os cálculos.

Também fiquei curioso com o uso dessa caixa. Um driver para médios e supertweeters para agudos na mesma caixa, sem os graves de um woofer?

Certa vez vi em uma igreja um sistema tipo pirâmide. Um rapaz montou uma caixa enorme para um falante de 15" e, como a caixa ficou muito grande e difícil de transportar, ele montou duas caixas externas, uma com um driver e corneta e outra com um tweeter. O amplificador alimentava a caixa de grave e desta ele ia jampeando para as outras duas. Seria algo parecido com isso?

Um abraço,

Fernando
 
Bom tarde bersan, é mais ou menos parecido com este sistema sim, mas uso um crossover ativo e três amplificadores, com uma caixa de subgrave,uma medio grave e essa de agudo, sendo que na de agudo as ligações do supertweter são independentes do driver de médio assim uso o jampeamento do medio grave para o driver.
 
Jefferson,

fiquei na dúvida. Se você usa crossover, provavelmente de 4 vias, para que os capacitores no driver e no tweeter? O corte de frequência deveria ser feito pelo crossover, e não por capacitor.

Fernando
 
bersan,
elas tem capacitores pois as vezes estas caixas são emprestadas para congregações e não vão os equipamentos juntos, assim como nem todos tem crossover elas tem o capacitor, isso gera algum problema?
 
Jefferson,

você está com dois equipamentos fazendo a mesma coisa. E isso é ruim.

Na igreja, o crossover já tem uma frequência de corte para a via de médio-agudos (o driver) e para os agudos (os supertweeters). Os capacitores também proporcionam um corte na frequência.

Pode acontecer duas situações quando em uso na igreja.

Crossover corta em 1KHz para médio-agudos e em 4KHz para agudos, por exemplo.

Mas chegando lá na caixa, os capacitores (não sei o valor, é exemplo apenas), corta os sons em 3KHz para médios-agudos e em 6KHz para os supertweeters.

O que resultado disso:

- o driver recebe sons entre 1KHz e 4KHz. Mas por causa do capacitor, acaba falando apenas sons entre 3KHz (capacitor) e 4KHz (corte do crossover).

- já o tweeter recebe sons a partir de 4KHz do crossover, mas só começa a falar mesmo a partir de 6KHz.

Resultado: dois "buracos" na resposta de frequência, um entre 1KHz e 3KHz e outro entre 4KHz e 6KHz.

Você poderia argumentar que o corte do capacitor é inferior ao corte do crossover, caso em que não haveria mais "buracos" na resp. frequência, mas aí os falantes estariam muito mal protegidos. O capacitor é o pior tipo de proteção que um falante pode ter. Ele atenua 6dB por oitava, enquanto o crossover deve atenuar 12 ou 18 dB por oitava, para você ter idéia, uma proteção duas ou três vezes melhor.

A única solução seria ter capacitores com freq. de corte idênticas às utilizadas no crossover. E ainda assim não seria uma boa solução, por causa da atenuação mais fraca.

Dê uma olhada nesse artigo para saber os cortes atualmente utilizados na caixa e compará-los com os cortes utilizados nos crossovers:

http://www.somaovivo.mus.br/downloads/divisores_capacitores.zip

Depois conte para a gente como está a situação aí.

Acredito que o som desse conjunto de caixas, quando em uso na igreja, tenha uma sonoridade completamente diferente quando está sendo usada longe, não?

Um abraço,

Fernando
 
Bom dia Bersan,
eu estava pensando oque fazer pois nem todas(nenhuma praticamente) congregações teriam os tres amplificadores para usar com o crossover, então pensei em colocar uma chave seletora na caixa, de forma que selecione passagem pelos capacitores (no caso de não usar o crossover), ou passagem direta fora dos capacitores (para uso do crossover).
será que vai dar certo?
Até mais.
 
Jefferson,

Que interessante. Começamos por causa de capacitores e descobrimos um problema muito maior...

teriam os tres amplificadores para usar com o crossover

Sim, é verdade. Trabalhar com crossovers exige, além do crossover propriamente dito, vários amps. É caro e poucas igrejas tem condições. Por isso é muito mais comum o uso de caixas full-range (caixas com woofer e tweeter, por exemplo) com divisores de frequência internos.

então pensei em colocar uma chave seletora na caixa

Excelente idéia, resolve a situação. Na sua igreja, a caixa receberá as frequências do crossover, e não dos capacitores. Fora da igreja, a caixa receberá o som passando pelo crossover. A chave permitirá escolher o caminho apropriado.

E voltando à pergunta original, na sua igreja, sem os capacitores, você poderá medir no multímetro a impedância dos falantes. Quando fora da igreja, pelos capacitores (e interligada aos falantes de graves), a impedânica é mascarada e considere apenas a impedância do woofer.

Um abraço,

Fernando
 
Back
Topo