Jefferson,
você está com dois equipamentos fazendo a mesma coisa. E isso é ruim.
Na igreja, o crossover já tem uma frequência de corte para a via de médio-agudos (o driver) e para os agudos (os supertweeters). Os capacitores também proporcionam um corte na frequência.
Pode acontecer duas situações quando em uso na igreja.
Crossover corta em 1KHz para médio-agudos e em 4KHz para agudos, por exemplo.
Mas chegando lá na caixa, os capacitores (não sei o valor, é exemplo apenas), corta os sons em 3KHz para médios-agudos e em 6KHz para os supertweeters.
O que resultado disso:
- o driver recebe sons entre 1KHz e 4KHz. Mas por causa do capacitor, acaba falando apenas sons entre 3KHz (capacitor) e 4KHz (corte do crossover).
- já o tweeter recebe sons a partir de 4KHz do crossover, mas só começa a falar mesmo a partir de 6KHz.
Resultado: dois "buracos" na resposta de frequência, um entre 1KHz e 3KHz e outro entre 4KHz e 6KHz.
Você poderia argumentar que o corte do capacitor é inferior ao corte do crossover, caso em que não haveria mais "buracos" na resp. frequência, mas aí os falantes estariam muito mal protegidos. O capacitor é o pior tipo de proteção que um falante pode ter. Ele atenua 6dB por oitava, enquanto o crossover deve atenuar 12 ou 18 dB por oitava, para você ter idéia, uma proteção duas ou três vezes melhor.
A única solução seria ter capacitores com freq. de corte idênticas às utilizadas no crossover. E ainda assim não seria uma boa solução, por causa da atenuação mais fraca.
Dê uma olhada nesse artigo para saber os cortes atualmente utilizados na caixa e compará-los com os cortes utilizados nos crossovers:
http://www.somaovivo.mus.br/downloads/divisores_capacitores.zip
Depois conte para a gente como está a situação aí.
Acredito que o som desse conjunto de caixas, quando em uso na igreja, tenha uma sonoridade completamente diferente quando está sendo usada longe, não?
Um abraço,
Fernando