Amigos, bom dia, preparem-se, este post vai ser longo.
Pelo jeito vcs, agora acertaram a mão no enfoque do tema. Alguns adendos ao post do Bersan (???).
A maior dificuldade no meio evangelico, melhor ainda, RELIGIOSO (mais abrangente, certo ) é o imenso numero de "_voluntarios_que_entendem_ de_ som" e ainda sempre existe a figura do "_parente_do lider_que_sabe_ tudo_voluntario_" e sem esquecer os bons samaritanos (sei de dois aqui pelo jeito).
Essas tres figuras aliadas à eterna falta de grana da maioria das congregações e/ou associações é o que tornam as coisas dificeis, mais dificeis que no meio secular, sem contar o proprio espirito-de-corpo das correntes, congregações etc, que embora possa servir como uma proteção inicial acaba gerando mais problemas que beneficios.
Do meu ponto de vista, sendo profissional e vivendo disso, obviamente que me sinto refratario a prestar serviços ou consultoria de graça, pois esse é meu sustento, concordam ?
Mas, frequentemente faço essas coisas sem custo. Mas como discernir qdo o serviço vai sair de graça ou ser cobrado ?
Bem, a vivencia nos leva a separar muito bem ambas as coisas. Vejamos, todo dia vc passa em frente a uma portinha de garagem, onde se realiza um culto, e percebe que as pessoas lá realmente são humildes, simples. O interior é simples e por ai vai. De repente, vc acaba conhecendo alguem de lá, que sem querer reclama deste ou daquele problema. Vc combina uma visita, e alem de avaliar os problemas, nota que a tal com realmente não tem recursos. O que fazer ?
Sugerir soluções baratas e simples que se adequem a tal falta de recursos. Por exemplo, o som alto e ruim .. Soluções obvias, mostrar ao orador como falar ao microfone, ajustar o volume do sistema para um nivel adequado e a equalização (se houver) idem. A comunidade dispoem de algum material que possa ser usado no tratamento acustico ?
Otimo, algumas dicas de como usar e fazer. Sua parte esta feita, quem sabe uma ou duas visitas aol local depois de algum tempo, sejam adequadas, tambem.
A contra partida, existe, mas a situação é ligeiramente diferente, digamos que o local de culto não seja tão simples, e na visita vc percebe que certos detalhes existentes no interior não são exatamente simples, tipo baixelas de R$ 10,000.00, toalhas de R$1,000.00 e por ai vai.
Nessa situação vc faria o que ? Trabalhar de graça ? Nunca ! Mesmo que se cobre um minimum minimonorum, o serviço deve ser cobrado.
Porquê ? Se a comunidade se cotizou para comprar itens caros, tambem pode fazer o mesmo para resolver um problema ligeiramente
mais serio do que uma baixela ou cortina ou sei lá o que ...
Mas é aqui que as coisas smpre se complicam, uma vez que vc apresnta os custos, sempre aparece alguem para contestar os mesmos, e
se não for para fazer o mesmo de graça, adivinhem quem vai ser essa figura ? Pois é, exatamente aquela citada la em cima. Vc pode ate tentar negociar uma contraproposta, mas por mais que faça a contra-parte sempre vai achar caro e querendo de graça se possivel, senão
ela mesma ira fazer isso.
A solução, deixe que a mesma faça e não se complique com algo que não é seu.
Existe a possibilidade de ser chamado de volta ? Sim, é rara mas existe, mas nessa hora seu preço devera ser exatamento o mesmo, nunca menos. Mas infelizmente, o serviço no geral sera mais caro, pois ja se gastou antes, correto ?
As coisas com a internet tende a piorar um pouco, pois a informação é de graça, softs genericos tambem podem ser. Mas lembrem-se que muita informação e dados de softwares sem saber de onde vieram, como foram obtidas nem sempre são a solução dos problemas.
Alguem chegar num templo, fazer medidas de RT 60, AlCons e por ai vai, so pq o soft gera essas informações é simples, olhar nos livros e
descobrir os valores adequados, tb é simples. Mas analisar aquilo, saber os motivos disto ou daquilo, não é ! Requer alem de estudo, uma certa vivencia. Por consequencia, isso gera custo, ou seja, se vc não tem outro meio de ganhar a vida, isso vai prover seu sustento. Se dispoem de outros meios, então da-se uma chance a quem depende disso para viver e passe a atuar como fiscal de serviços, o que será tão honroso qto.
Ao meu ver, a principal diferença entre os meios secular e não secular, é que no secular pelo fato de que os serviços atuam diretamente no lucro do contratante, ele até faz a coisa pelo menor preço, mas se der errado, fatalmente acaba procurando quem resolva o problema e paga por isso. No meio não secular, isso não ocorre, pois a solução seguinte sempre é procurar por aquele irmãozinho que sabe de som e vai fazer de graça e assim os anos se passam e o problema nunca é resolvido.
(segue ...)