Fernando,
Aqui na minha igreja tem uma banda de Black Music, fazem um som estilo Templo Soul, Groove Soul, e etc. Nos que lidamos com mixagem sabemos, quem conduz este tipo de música é literalmente a cozinha da banda, batera e baixo tem que falar. A gama de frequência que estes instrumentos trabalham tem que ser muito bem trabalhada, os intrumentos tem que ser timbrados corretamente e o sistema tem que responder.
Sempre que posso eu faço PA para esta banda. Como eles saem muito, e não gosto muito de perder meu fim de semana (já basta ficar vendo botões durante a semana inteira! rs...) raras vezes eu vou com eles.
É como vc disse, aqui acontece tb, poucas igrejas usam sub, mas das duas últimas vezes que eu os acompanhei tinha erros enormes.
Primeiro: A igreja tinha um sistema de PA R L, bem posicionado, bem angulado e com uma boa resposta. Até ai tudo bem. E o sub? Meu caro... estava a sete metros das caixas do PA, no fundo mesmo! Sete metros na via de sub morde um comprimento de onda fácil-fácil.
Falei sobre fase com os operadores eles nem sequer tinham noção do que era fase. Nós sabemos, problemas de fase em áudio é problema. O resultado sonoro e claramente influenciado, se passarmos um RTA como vc bem disse a coisa se mostra ainda mais "braba".
O que eu fiz? Trouxe os subs para a linha do PA, expliquei para o pastor o motivo, nivelei as vias, dei uma alinhada básica no ouvido e bingo, Groove na veia! Nesta igreja, além destes problemas, a via de sub estava desnivelada, complicando a coisa.
Ah... hoje os operadores me ligaram, estarei indo lá neste fim de semana para trocar umas figurinhas sobre este lance de fase, cancelamento, somas e etc. E como isto influencia no resultado sonoro.
Segundo caso: Um PA todo Clever. Desde os subs até os monitores. Neste dia chegamos uma hora depois do previsto, o grupo de louvor da igreja já estava no altar cantando.
Cara... impressionante! Vc não entendia nada. Os gaves sujavam tudo. Fui diretamenta para a mesa, era uma Yamaha 32/14FX, nós sabemos, esta mesa possui um bom timbre. Rapidamente vc percebia que o problema era de "baixas", tudo embolado.
Dei uma olhada para ver como os instrumentos estavam sendo timbrados, nada de anormal. Educadamente pedi para o operador zerar o sub que estava na via de mono da mesa. Melhorou, mas ainda tinha alguma coisa errada.
Nesta igreja estava o contrario da outra , o sub estava na linha do PA, mas alguém apertou a chave de inversão de fase da caixa de sub. E mais, a chave de corte na mesa estava errada, estava cortando na região dos graves, resultado: Graves embolados! Não era um problema de timbrar corretamete os instrumentos, era uma questão de operação.
E mais, estava socando tudo, além do normal.
Fiz os cortes corretamente, nivelei enquanto a banda tocava, tirei algumas sobras enquanto a banda tocava tb e pronto.
Todo mundo fala que eu me apego a detalhes, mas para mim isto não é detalhes, é saber que no áudio não existe receita, mas existem conceitos.
O que eu percebi nestes dois casos: Os vendedores injetam sub, querem vender, mas não ensinam a usar. Os operadores mesmo bem intencionados mas sem treinamento ficam sem saber o que fazer. E mais, para corrigir o que o vendedor falou é uma luta. É um tal de vendedor falou que só Deus!
Fernando, na minha igreja os músicos usam o Porta Pro e um monitor da Samsom que funciona como Direct Box e Power. Vc deve conhecer, ele fornece o controle da via que chega, assim como total controle do sinal do isntrumento. Os músicos adoram. Para a bateria nos usamos uma outra via, e usamos um pequeno sub para reforçar as baixas, funciona bem.
Um abraço,