Obrigado aos que responderam.
Tive ajuda dos textos indicados pelo
@carlosecg (não consegui achar o terceiro sem que tivesse me indicado ele), e dos amigos da finada audiolist, no grupo homônimo do facebook. Segue minha análise para críticas.
Primeiro lugar, descobri que o melhor é MEDIR EU MESMO a saída do amp e a potência máxima. Créditos por isso para o Carlos "Destroyer" Mergulhão, e
seu canal no YouTube.
Segundo a tabela encontrada na página 7
desse artigo, publicado pela Studio R, o fator de potência média da música varia de gênero para gênero, e estilo de mixagem (mais ou menos compressão). Enquanto os picos chegam entre 10 e 32 vezes a potência média, em relação inversamente proporcional a potência, e também está atrelado ao estilo e mix.
Ou seja, quanto mais dinâmico, mais baixo o som vai parecer, porque não se dissipa a mesma potência em função do eixo do tempo, chamado de RMS.
Bem, para garantir uma onda perfeita, precisaria de um amp com capacidade de responder acima da média, quando a potência máxima fosse solicitada. Segundo a tabela, num amp de 100Wrms com uma senoidal, e 200W conduzindo (quase) continuamente (fator de crista próximo a 0dB) com onda quadrada.
Amplificando um programa de voz numa condição ideal (estrutura de ganho perfeita), estaria produzindo 6,5Wrms, com picos de 208W (15dB, ou 32vezes a média). Isso significa que provavelmente meu amp de 100W, já distorceu nesse pico, pois ele só entrega cerca 200W - quem vai determinar isso na real mesmo é a fonte pelo que me parece.
Porém, 6,5W é algo muito baixo, mesmo num falante de sensibilidade absurda, quase inaudível. Logo, precisaria diminuir a dinâmica ou aumentar o volume (mais óbvio a princípio). Aumentando o volume eu com certeza distorceria o amp. Tendo um amp com potência (o dobro é uma conta aproximada) igual a máxima suportada pelo falante, entregaria talvez ainda um volume baixo, mas tiraria o rendimento máximo do sistema, sem mexer na dinâmica*.
Concluo que de fato um amp nunca vai trabalhar na sua potência média (rms)máxima. Mas precisa corresponder aos picos sem distorcer, por isso poderia usar 2 vezes a potência média do falante -3dB, para compensar os +3dB de headroom (teórico) que o amp tem (que deveria ter na verdade), melhor trabalhar um pouco folgado, que romper uma suspensão (raro, mas possível, geralmente ele só distorce) ou queimar uma bobina em um pico muito forte.
Reproduzindo música, a parte mais difícil é conter a distorção do amp que pode queimar a bobina. Teoricamente bastariater a potência média em um valor X, e teríamos praticamente, o mesmo volume (a diferença entre a dinâmica dos picos é pouco perceptível). A parte difícil é fazer isso.
Aqui entra a importância de uma estrutura de ganho bem feita com uma senoidal de 1KHz (mesmo música MUITO comprimida terá fator dinâmico/de crista maior que 3dB), mesmo distorcendo no arquivo exportado, como se vem fazendo muito com sertanejo e batidão ("funk"). E também temos a base para dimensionar um limiter corretamente - o compressor fica para quem for mixar, usar no master a seu gosto.
O mais fácil ficaria para DJ's e VJ's: bastaria normalizar TODAS as faixas para um valor de -X dBrms, mas até parece que eles fariam isso. rs
* Pra mim era o que precisava ouvir, para acabar com a bendita loudness war nos meus sistemas residenciais, profissionais e "guitarrais/baixais".
@tonreb
Gostaria de escutar sua visão, para NÃO recomendar isso.