sobre potencia de amplificadores x caixas

DJ, peço licença para entrar um pouco na conversa de vocês. Tenho uma dúvida: Eu tenho duas caixas JBL Selenium de 800 watts RMS cada uma. São duas bocas de 15" em 8 ohms, mais um driver em cada. A minha potência é uma CIGNUS SA3AB, e manda 390 watts RMS por canal, em 4 ohms. Será que não há risco de eu ligar minha potência nelas? O fato de essa potência mandar 390 watts RMS por canal em 4 ohms, não teria problema de queimar por causa de o dobro de potência das caixas? OBS.: Não sei quantos watts a potência manda para 8 ohms. Obrigado e aguardo a cortesia...


DJ, peço licença para entrar um pouco na conversa de vocês. Tenho uma dúvida: Eu tenho duas caixas JBL Selenium de 800 watts RMS cada uma. São duas bocas de 15" em 8 ohms, mais um driver em cada. A minha potência é uma CIGNUS SA3AB, e manda 390 watts RMS por canal, em 4 ohms. Será que não há risco de eu ligar minha potência nelas? O fato de essa potência mandar 390 watts RMS por canal em 4 ohms, não teria problema de queimar por causa de o dobro de potência das caixas? OBS.: Não sei quantos watts a potência manda para 8 ohms. Obrigado e aguardo a cortesia...

Amigão, seu alto falante está passando fome, seu amplificador fornece 175rms por canal em 8ohms. Procure trocar de amplificador o mais rápido possível, caso queira mais "volume" e segurança, por enquanto modere no volume e siga a dica do amigo Sandro Alves.
 
Obrigado aos que responderam.

Tive ajuda dos textos indicados pelo @carlosecg (não consegui achar o terceiro sem que tivesse me indicado ele), e dos amigos da finada audiolist, no grupo homônimo do facebook. Segue minha análise para críticas.

Primeiro lugar, descobri que o melhor é MEDIR EU MESMO a saída do amp e a potência máxima. Créditos por isso para o Carlos "Destroyer" Mergulhão, e seu canal no YouTube.

Segundo a tabela encontrada na página 7 desse artigo, publicado pela Studio R, o fator de potência média da música varia de gênero para gênero, e estilo de mixagem (mais ou menos compressão). Enquanto os picos chegam entre 10 e 32 vezes a potência média, em relação inversamente proporcional a potência, e também está atrelado ao estilo e mix.

Ou seja, quanto mais dinâmico, mais baixo o som vai parecer, porque não se dissipa a mesma potência em função do eixo do tempo, chamado de RMS.

Bem, para garantir uma onda perfeita, precisaria de um amp com capacidade de responder acima da média, quando a potência máxima fosse solicitada. Segundo a tabela, num amp de 100Wrms com uma senoidal, e 200W conduzindo (quase) continuamente (fator de crista próximo a 0dB) com onda quadrada.

Amplificando um programa de voz numa condição ideal (estrutura de ganho perfeita), estaria produzindo 6,5Wrms, com picos de 208W (15dB, ou 32vezes a média). Isso significa que provavelmente meu amp de 100W, já distorceu nesse pico, pois ele só entrega cerca 200W - quem vai determinar isso na real mesmo é a fonte pelo que me parece.

Porém, 6,5W é algo muito baixo, mesmo num falante de sensibilidade absurda, quase inaudível. Logo, precisaria diminuir a dinâmica ou aumentar o volume (mais óbvio a princípio). Aumentando o volume eu com certeza distorceria o amp. Tendo um amp com potência (o dobro é uma conta aproximada) igual a máxima suportada pelo falante, entregaria talvez ainda um volume baixo, mas tiraria o rendimento máximo do sistema, sem mexer na dinâmica*.

Concluo que de fato um amp nunca vai trabalhar na sua potência média (rms)máxima. Mas precisa corresponder aos picos sem distorcer, por isso poderia usar 2 vezes a potência média do falante -3dB, para compensar os +3dB de headroom (teórico) que o amp tem (que deveria ter na verdade), melhor trabalhar um pouco folgado, que romper uma suspensão (raro, mas possível, geralmente ele só distorce) ou queimar uma bobina em um pico muito forte.

Reproduzindo música, a parte mais difícil é conter a distorção do amp que pode queimar a bobina. Teoricamente bastariater a potência média em um valor X, e teríamos praticamente, o mesmo volume (a diferença entre a dinâmica dos picos é pouco perceptível). A parte difícil é fazer isso.

Aqui entra a importância de uma estrutura de ganho bem feita com uma senoidal de 1KHz (mesmo música MUITO comprimida terá fator dinâmico/de crista maior que 3dB), mesmo distorcendo no arquivo exportado, como se vem fazendo muito com sertanejo e batidão ("funk"). E também temos a base para dimensionar um limiter corretamente - o compressor fica para quem for mixar, usar no master a seu gosto.

O mais fácil ficaria para DJ's e VJ's: bastaria normalizar TODAS as faixas para um valor de -X dBrms, mas até parece que eles fariam isso. rs

* Pra mim era o que precisava ouvir, para acabar com a bendita loudness war nos meus sistemas residenciais, profissionais e "guitarrais/baixais".

@tonreb

Gostaria de escutar sua visão, para NÃO recomendar isso.
 
Só medir a potência... Com um potênciometro de 500k ou 1M, tu controla o nível de uma tensão DC, até que o falante saiu todo pra fora. Mede o valor da tensão com um multímetro. O valor medido tu joga na fórmula P = U²/Z - ou seja, tensão ao quadrado, dividido pela impedância, vai resultar na potência máxima.

Conte os detalhes , por favor!
Quantas amperes de DC Voce vai ter na carga?
Ligação de potenciometro de 1M seria paralelo ou , talvez, em serie com AF de 8 Ohm (talvez 4, quem sabe)?
Que calor Voce tera que dissipar ?
O que vai acontecer quando AF vai sair TODO PRA FORA?
E porque usar formula com impedância se Voce brinca com frequência zero? Vai de resistência mesmo (so que considera a diferença )!

So depois disso falaremos sobre relação de potências e cross-factor.

OBS : espero que ninguém do fórum tentou repetir essa proeza de guru...

Abrcs,
andry110
 
@tonreb

Gostaria de escutar sua visão, para NÃO recomendar isso.

O simples fato de ver tantos fazendo merda das grandes por não saber utilizar a relação das potencias de forma correta. Justamente por este motivo recomendo somente caixas ativas, não deixar qualquer leigo mexendo aonde não deve!
 
@andry110

Obrigado por me chamar pejorativamente de guru mais uma vez.
Já entramos nessa discussão, e sabe minha opinião. Apenas reafirmo:
É ótimo que faça de outro jeito, e não mude nada nisso. Mas nos conte como o faz.
Ou se não, será apenas uma lenda, depois que sua pessoa partir.

Quantas amperes de DC Voce vai ter na carga?

No experimento isso fica irrelevante, não?

Ligação de potenciometro de 1M seria paralelo ou , talvez, em serie com AF de 8 Ohm (talvez 4, quem sabe)?

Precisa-se criar um divisor de tensão, para controlar a tensão DC sobre o "AF". Logo a ligação é em paralelo, com o pino 2 do pot saindo para o alto-falante. Poderia me questionar sobre a queda de tensão a respeito da carga, mas aqui ela não vai ser tão influente.

Que calor Voce tera que dissipar ?

Calor de que? Não é algo que dê tempo para gerar calor.

O que vai acontecer quando AF vai sair TODO PRA FORA?

A tensão máxima admissível, e o limite máximo que poderei chegar antes de começar a forçar a suspensão do alto-falante: peak power, ou potência de pico.

E porque usar formula com impedância se Voce brinca com frequência zero?

Diferença entre resistência DC e a impedância sempre é de Z>R, errar para menos é mais seguro nesse caso.

| ------ | ------ | ------ | ------ | ------ | ------ | ------ | ------ | ------ | ------ | ------ | ------ | ------ | ------ |

Lembre que mesmo os parâmetros de fábrica aceitam variação de 15%.

Que a corrente é significativa para se saber quanta será drenada em função da impedância de carga - por isso um amp ligado em impedância abaixo da mínima recomendada pode se destruir: se drena muita corrente, e há superaquecimento. E que o conceito de 1Watt, são 2,83Volts numa carga de 8Ohms, Ou seja, não se considera a corrente, mas obviamente, ela deve ser suportada pelo fio usado na bobina, que nesse caso, pela Lei de Ohm (I = V/R, no caso I = 2,83/8) é de 0,35375A.
Também vale lembrar que o conceito de potência média, é um valor que o aparato pode emitir por longos períodos, sem se danificar. Logo o que mais determina a potência são os parâmetros elegidos.

Especificamente de falantes tem esse artigo (em inglês*):

http://www.psbspeakers.com/articles/Guide-to-Speaker-Specifications

É o padrão para medir potência máxima?
Não, é o mais viável e barato. Chegando a valores apenas próximos.

O padrão de medição é variável pelo mundo afora. Não sei até onde se considera a distorção gerada no falante, ao dar fim de curso, nem o quanto ela é perceptível por meros mortais - os audiófilos, com ouvidos de morcego dizem ser nítida. Alguns exemplos:

Existe o baseado em dimensões do fio, dissipação térmica, e a potência máxima aplicável, baseado na excursão máxima, como falei. Então, se testa o falante aplicando ruído rosa nessa potência de pico por 2 horas. Se ele "sobreviver" intacto, temos o valor máximo. A potência rms (se considera potência média igual a rms), é considerada pelo fator de crista do ruído rosa: -6dB, ou 4x menos, que o máximo tolerado.

Créditos:

Um site gringo que perdi o link.


Da forma como eu falei, medindo excursão máxima, baseada na tensão máxima suportada, e considerando essa tensão como fator de crista.

Créditos:

Carlos Mergulhão - audiófilo, projetista e construtor de equipamentos hi-fi
DoctorProAudio

in http://www.doctorproaudio.com/doctor/temas/powerhandling.htm

Existe o determinado pela ABNT, o famosa norma 10303. Expresso por:

Prms = R * Imax² | Imax = corrente máxima suportada pelo fio, considerando-a como o valor de pico da senoide gerada por i(t).

Créditos:

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - CENTRO TECNOLÓGICO II

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
in http://altofalanteufes2007.blogspot.com.br/2007/12/clculos.html

* Não me incomoda que tem quem não queira compartilhar seu conhecimento, é hábito em terra tupiniquim reter informação, eu que sou deslocado e vivo a cultura americana.
 
Última edição:
@tonreb

É um ato sábio. Eu recomendo pesquisar, e pesquisar muito antes de qualquer coisa.
Na área de amps de guitarra, onde se deseja distorção, essa regra é absurdamente fora de questão, chegando facilmente a render 40~50% mais de potência na saída de um Plexi com tudo no talo. Van Halen usava seu amp clean e drive com potência dos alto-falantes dimensionada para trabalhar próxima da razão 1:1. Segundo ele, tirando assim o máximo proveito dos falantes.
Parte do segredo do som da Vox está na distorção (fim de curso da suspensão) dos falantes.

Agora imaginemos, caso vá distorcer um amp de PA, que já tem o dobro da potência rms suportada pelo falante.
Fu*** com tudo. E pode acontecer, caso a estrutura de ganho seja desbalanceada.
 
Precisa-se criar um divisor de tensão, para controlar a tensão DC sobre o "AF". Logo a ligação é em paralelo, com o pino 2 do pot saindo para o alto-falante. Poderia me questionar sobre a queda de tensão a respeito da carga, mas aqui ela não vai ser tão influente.
...

Calor de que? Não é algo que dê tempo para gerar calor.
...

A tensão máxima admissível, e o limite máximo que poderei chegar antes de começar a forçar a suspensão do alto-falante: peak power, ou potência de pico.

e monte de bla-bla..

Entendo porque foi banido do outro forum...
Coisa simples (ate para guru) : para deslocar ("hipoteticamente" falando pois ninguém dos normais faz isso) difusor de um AF com uma corrente DC vai precisar de vários amperes sei la de que fonte (nem quero nem saber ja que todo esse método tem lugar certo na historia). Nos conta então : como esses AMPERES vao aparecer dum divisor de 1M !? Depois multiplique esses AMPERES conforme Lei de Ohm e vê o que Voce vai ter que dissipar nessa sua "construção".

Abrcs,
andry110
 
Finalmente estamos tendo progressos, mesmo da sua forma ofensiva.

Realmente não é algo doméstico e isso deveria estar no que consideras "bla-bla" (que não leu), onde falei de alguns dos diferentes métodos de aferir potência.

A priori, me parece o método mais fácil, seria se basear na medida da sessão transversal do fio, e estimar a potência com base na máxima de corrente que possa circular, sem danos e aplicar a fórmula (P = I²/R), não?



[OFF] A definição que encontrei logo no começo, já faz muito sentido... "No fim, medir a potência dissipada pelo falante é quase como tentar medir um canguru pulando sem parar, usando uma trena de borracha em rinque de patinação no gelo."
 
Bora voltar : faca funcionar seu teste mais simples. Sem bla-bla no meio.
Pegue um potenciometro de 30-40 quilos , algumas baterias de carro , um altofalante descartável e FAZ VIDEO DESSE TESTE!
Depois joga resultado desse teste ... no lixo ! Porque ele não vai dar absolutamente nada de informação pertinente.Sem mais sem menos.
O resto é so bla-bla.Como sempre.
Abrcs,
andry110
 
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