Evangelização em ginásio de acústica ruim, mas foi 100%

bersan

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Olá gente,

acabei de chegar de um evento, uma evangelização promovida por minha denominação em um ginásio de esportes de um bairro aqui da Serra/ES.

O evento me foi comunicado na terça-feira, e já avisaram: acústica lá é muito ruim.

Bem, este sábado, 14:00hs em diante, até às 22:00h - praticamente 1 dia de serviço, foi tudo por conta deste evento. As fotos vão explicar melhor:

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Estas duas primeiras fotos mostram o terror de todo operador de som. Ginásio muito fechado, sem tratamento acústico nenhum, teto de folha de zinco, reverberação pura. Já cheguei fazendo meu teste de "RT60 via ouvidômetro". Eu gritei bem alto: "Som" e fui contando quantos segundos para sumir o som... 4 segundos, no mínimo. Bem, fazer o que, tem que sonorizar...

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Nesta foto, uma visão de onde eu coloquei o grupo de cantores e músicos. Havia um palco pequeno logo abaixo de onde estava projetada a imagem na parede, e neste palco apenas os pastores. Assim, coloquei uma caixa de cada lado, e os cantores e músicos bem de cara para a caixa. Resultado: minha necessidade de retorno diminui. Para os músicos eu tive que colocar, mas pelo menos para os cantores a própria caixa de PA atende como retorno.

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A mesa que a gente leva é do Anfiteatro. Uma Ciclotron CSM 32.4. Atende bem, tirando os vazamentos (e como vazou hoje...) e a falta de luz no Mute...

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Esses aqui foram os microfones sem fio que levei. O amarelo e o verde são dois Karsect. Um ATW-702 Audio Technica (show de bola, quem testou amou), um Shure Beta58 velho mas perfeito (quem testou amou mais ainda), e um WMS 40 com transmissor PT40 equipado com um LeSon HD-85S, earset.

Os mics de mão eu já conheço e uso muito, então sem muita coisa a relatar, tirando os usuários que ficam procurando o botão liga-desligado do Audio-Technica e não acham (fica embaixo). Isto obriga que você (operador de som) entregue os mics para os usuários já ligado, mas não é nada de mais.

Agora, o HD-85S da LeSon, que SUPRESA EXCELENTE! Gritei, esperneei, fiz "misérias" com o mic e... não distorceu, sequer microfonou!!! Foi muito fácil de trabalhar com ele, eu mesmo tinha minhas dúvidas sobre o comportamento dele em um ambiente tão reverberante. Um Countryman teria dado uma surra na gente até achar a equalização, mas este aqui... foi de primeira. Uma regulagem inicial e.... pronto!

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Esse aí ficou sendo o nosso rack de equipamentos. Vamos analisar de baixo para cima.

O rack de baixo, feito a partir de um rack desses de informática de 8U de altura, é do Anfiteatro. São dois DBK 3000 (15kg cada) + tomadeiro Oneal (pelo menos tem indicação de voltagem, mas proteção que é bom... nada!). O peso total bate em 40Kg, e precisa de duas pessoas para transportar. O rack de cima é meu: um Z900 novo (primeiro uso dele), um Z700, um DEQ2496 da Behringer, um condicionador da Furman (que eu uso para o DEQ, mesa e periféricos, mas não para os amps. Ele não suporta mais que 1800Watts.

Por cima, a salada mista de microfones sem fio. Funcionou bem, um sem interferir no outro.

Bem, carregar o rack de Ciclotron foi opção minha. Como foi o primeiro uso do Z900, fiquei preocupado em ter problemas... preferi levar algo de reserva. 40kg de reserva... Graças a Deus, não precisei, o Z900 funcionou excelentemente bem, mas tive um cheirinho de queimado logo no início... durou mais de hora com o cheiro. Na verdade, isto é normal, é sobra de verniz interno que aquece e libera o cheiro, com um pouco de uso passa. Realmente, no final do evento, quase 5 horas depois do amp ter sido ligado, já não havia mais cheiro algum.

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Em baixo da minha inseparável caixa de ferramentas vermelha, a nossa "Central de AC". Na verdade, uma caixa com um fio 3 x 4,0mm² de uns 40 metros, que usamos para ligar direto nos disjuntores do local. Dentro, mais alguns disjuntores e fora várias tomadas, algumas identificadas como 110V outras como 220V (através do uso de 2 faases). Para evitar confusão, padronizamos que equipamento 220V usará sempre tomada padrão de ar-condicionado. Bem, isso antes dessa nova norma de tomadas.... esse "padrão Brasil" que só o Brasil tem.

Em eventos como ginásios, parte elétrica é sempre bem preocupante. Nunca confie nas tomadas que você encontra (quando encontra...) espalhadas pelo local. Prefira sempre que possível ir buscar a energia direto da caixa de disjuntores principais.

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As cordas. Violinos e um violoncelo. Pena que sobrou pouco canal para eles.

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Ok, admito. Uma embolação de cabos horrível. Mas a mesa ficou logo junto ao grupo, e sendo nossos cabos todos de 10 metros, a sobra tinha que ficar em algum lugar....

A opção de deixar a mesa junto ao grupo foi para diminuir a necessidade de cabos diversos. E também por ter rádio. Eu fiz o papel de monitor, fiquei lá atrás dizendo se estava bom ou ruim, aumenta/abaixa, põe grave/tira grave, etc. Como estamos acostumados com isto no Anfiteatro, acostumamos assim, a "trabalhar errado". Errado mesmo, porque hoje temos medusas grandes, daria para colocar o som lá atrás.

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Mas vocês vejam que a embolação estava junto do som. Junto aos cantores, organização impecável. Só não foi melhor porque tivemos que acrescentar algumas cadeiras de última hora, e essa senhora aí ficou exatamente em cima dos cabos. Não teve jeito...

Ah, os microfones sabem quais eram? Todos Shure Lyric, velhos de guerra, 10 anos de uso. Para um ambiente complicado daqueles, qualquer mic seria nivelado por baixo, bem baixo mesmo. Esse aí atendeu e não decepcionou.
 
Atire a primeira pedra quem não tem um behringer na house mix ou em casa...

Pow bersan muito bom,só não entendi essa ideia dos shure lyric pra microfonar tudo...
 
Para retorno dos músicos, eu inventei moda. Em um evento normal, a gente levaria caixas, amps, etc. Neste aqui:

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Eu levei esta caixinha aí para atender teclado, baixo e... guitarra não veio.

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Contrabaixo com fone e bateria sem microfonar. Incrível como, mesmo sem mics, TODO MUNDO OUVIU, até demais, a bateria. Tive que ir lá pedir para tocar mais leve.

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A caixinha é isto aí: em baixo, um DI 800 da Behringer, funcionando como Direct Box. Em cima, um Hotsound PhonePlay, velhão, comprei usado, semelhante em funções ao Powerplay da Behringer. No rack, ficam os periféricos, os fones Porta Pro e as extensões de fone. Solução de monitoramento de fone "in-a-box", literalmente

Eu enviava sinal dos músicos para a mesa via pequena medusa, feita certinho para trabalhar com o equipamento, 6 XLR IN (do Direct Box para a mesa), 4 vias P10TRS (para enviar as mandadas auxiliares da mesa para os músicos. Mas tive um problema: esqueceram de levar cabos P10-P10, eu precisava dos cabos... Fiz o seguinte: usei um XLR-XLR para ligar a mesa nas entradas Main do PhonePlay, e os músicos podiam mixar entre seu próprio instrumento e/ou tudo. O teclado e o contrabaixo aprovaram, depois o baterista pediu também (e olha que a bateria não foi microfonada).

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Que coisa horrorosa. Mas faltou um pouco de tempo. Eu estava com 3 novatos lá, eles perguntavam tudo, queriam saber de tudo, etc. Não deu para acertar os "detalhes" tão importantes...

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Esse aí é o pessoal passando o som. Marcaram 18 horas, começou mesmo às 18:20h, mas pelo menos deu para ensaiar e passar o som até 19:00hs.

Falando nisto, vejam:

14:30h - Anfiteatro, separar equipamento
15:00h - Chegar no local com o equipamento
18:00h - tudo pronto para ensaio
19:00h - tudo de tudo pronto mesmo
19:30h - início da reunião
20:30h - final da reunião
21:00h - início desmontagem do equipamento
21:30h - fim da desmontagem do equipamento
22:00h - material todo guardado no Anfiteatro, tudo pronto para o próximo evento (que aliás é amanhã, domingo, 08:00hs...)

Detalhe interessantíssimo: 21:00hs liberaram os músicos e cantores, e ofereceram um lanche. Em 2 minutos não tem mais ninguém, corre todo mundo. Nós do som ficamos para desmontar tudo, e comida que é bom... ainda mais para quem estava lá desde cedo, costuma acabar antes da gente poder ir comer... fazer o quê.

Mas nesta reunião, uma coisa muito rara: alguém se compadeceu da gente, e mandou vir a comida. Valeu!!!! Desde 14:00h sem comer nada.
 
Chefe, achei que voce ia usar as 310 nesse evento... :mrgreen:

Que caixas eram aquelas? Nao parecem ser Wooooooooorrrrrrrk.
 
Bateria sem microfonar em um estadio desse tamanho, até que foi bem, bateria bem alta.

Ouve uma certa bagunça nos cabos, mas fazer o que? um dia precisamos de um cabo menor outro dia um cabo maior então enrola o maior pra ficar menor,realmente foi muito pouco tempo.
 
V. do fly PA.

em locais de acústica difícil, não gosto de trabalhar com condensadores. Prefiro os "mil-e-uma-utilidades" dos mics de mão mesmo. Tenho para usar Shure Lyric ou Samson Q7. O Samson é muito melhor, mas se cair no chão, pode acontecer problemas com a cápsula. Como o local não ajuda em nada, preferi colocar os Lyric para uso, menos problema até se sumir algum. E não, nada sumiu no evento.

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O nosso orgulho está aí abaixo:

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Mackie S500, caixinha simplesmente show. Pesada, grande, e sonoridade fantástica. Isso aqui em espaço aberto (acústica boa) toca muito)

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Mas olhem o cuidado com os detalhes aqui. Como havia previsão de encher o ginásio e ocupar as arquibancadas, o fio devidamente preso com fita crepe para ninguém tropeçar e cair. Se acontecer, a culpa é do pessoal do som sim, que tem que pensar e antecipar possíveis problemas como este.

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Mesa configurada, toda dividida, tudo organizado para facilitar a vida.

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Essa aqui é um pouco antes de começar. Pena que não encheu muito. Caberiam até 1500 pessoas, deu um pouco mais de 600 pessoas. Não tem mais fotos depois porque eu estava um pouco ocupado, hehehe.

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Ah, esta aqui foi a equalização usada no DEQ. Na verdade, eu não equalizei nada, só fiz um roll-off dos graves para atenuar a reverberação. Eu fui até "bonzinho", comecei a cortar em 160Hz, deveria ter cortado mais (talvez a partir de 250Hz). Os graves embolavam muito, tivemos que ir os canais e tirar bastante grave de tudo. Se desse mais tempo, dava para dar uma ajustada melhor, mas 3 horas foi pouco tempo para a montagem . Os novatos queriam saber tudo, perguntar tudo, acabou demorando muito. Com o tempo, com eles "afinados", acredito que conseguimos montar uma estrutura dessas com cerca de 1 hora. Estávamos em 5 (incluindo eu) lá da equipe do Anfiteatro, mais um amigo, sendo 3 novatos (2 do Anfiteatro e esse amigo).

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Coisinha bem legal do DEQ2496: as caixas de delay (no meio do templo) estavam a 18 metros das caixas da frente. Fui lá, acertei o delay e violá, o som batendo certinho.

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Alguém vai perguntar: mas se a acústica foi ruim, como alguém pode dizer que foi 100%?

Foi sim, fomos muito elogiados. Milagre a gente não fez, que seria acabar com a reverberação, mas milagre é em outro departamento, o pessoal entendeu isto. O que a gente fez foi fazer todo mundo entender os louvores e a pregação. Claro que o contrabaixo foi prejudicado, a flauta, o piano. Demos ênfase nas vozes femininas e no instrumental de cordas, porque estes reverberam muito menos que os sons graves (vozes masculinas, contrabaixo, etc). Nesta ênfase, a inteligibilidade melhorou muito.

Não tivemos microfonia, o que é sempre bom, não tivemos cabos falhando (o que seria ruim), não tivemos interferência nem nada. Principalmente, tivemos a chance de testar tudo, cantar os louvores, inclusive o pastor que ia pregar chegou cedo e testou o microfone que ele iria usar (o LeSon HD-85). Claro que ajustes foram necessários, mas como é bom poder fazer passagem de som! É 90% de chances de sucesso quando temos uma boa passagem de som.

Uma outra coisa: escolha dos hinos. Para locais com acústica ruim, simplesmente não adiantar colocar hinos rápidos - eles embolam tudo! Tem que hinos calmos, mais tranquilos, em ritmos mais suaves. A maioria foi desses "lentos", isso ajudou muito. Uma ou outra hora pediram hinos rápidos, aí se não fosse a projeção para salvar, ninguém entendia nada. A mesma coisa com quem vai dirigir. O pastor que pregou falava geralmente mais "manso", então dava para entender bem. Quando ele disparava a falar alto e rápido embolava, mas não tínhamos mais o que fazer. Pelo menos foram poucas vezes e não prejudicou o entendimento da mensagem.

Foi o primeiro externos de 2 dos meus "meninos". Fazer evento em local fixo (no Anfiteatro) é bom e dá muito pouco trabalho, e eles aprenderam rápido. Evento externo que é fogo!

Fica aí o registro, espero que ajudem vocês em alguma coisa.

Um abraço,

Fernando
 
Acho que deveria cortar mais os graves,mas tudo bem,gosto muito do deq na behringer uma loja tentou me passar por 600R$ usado tou pensando nisso até hoje.

Legal essas caixas da mackie,de longe pareceu,mas não quiz confirmar.

Fui em uma igreja aqui da região que tem esse furman,na hora do louvor pensei que a energia iria cair simplesmente ele marcando 205v~209v se a voltagem da região é 220v,na pregação ele trabalhou entorno de 211v~213.
 
O DEQ para mim é uma maravilha. Pena que precisa de um bom tempo para deixá-lo redondo redondo... Fazer RTA não é demorado, mas não é coisa para menos de meia hora. E meia hora em evento... ah quem dera.

Fernando
 
Olá Bersan,

Fez o ginásio todo só com estas quatro caixas? Não teve monitor de chão para os vocais ou pastores? O som ficou muito alto lá na frente? E no fundo, como ficou?

Parabéns pela dedicação, eu queria que minha igreja realizasse mais trabalhos assim.

Abraços,
 
V. do Fly PA,

esse mic novo da LeSon foi lançamento na Expomusic 2009, depois eu vi na AES 2010, conversei com o engenheiro João Becrei. As especificações dele são boas, mas faltava o dB SPL máximo sem distorcer. O engenheiro me garantiu que ele aguenta 110dB sem distorcer (eu questionei o fato de não constar nas especificações técnicas, ele disse que ia mandar colocar), e eu comprei por causa disto: aguenta um bom valor de SPL sem ser falso. A CSR tem alguns mics que aguentam 130dB SPL, mas vai lá gritar na ponta dele para ver o que acontece. Nesse aqui eu gritei e não tive problemas de distorção.

O valor do mic foi de R$ 250,00, e me pareceu que finalmente encontrei um bom substituto ao Countryman. Vou fazer mais testes e depois abro um tópico especifico.

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Eduardo,

Sim, ginásio todo só com 4 caixas. São ótimas Mackie, tem sensibilidade altíssima, 101dB/1W/1m e 250W RMS, chegam a 125dB SPL. São muito lineares também (daí a pouca necessidade de equalização. Já fizemos com estas 4 Mackie um ginásio com 8.000 pessoas. Um dos lados do ginásio tinha um palco alto, colocamos elas ali 2 a duas, e mandamos ver. Claro que o fato de ser espaço fechado ajuda também.

Quanto a monitores de chão para vocais e/ou pastores, eu posso lhe dizer o seguinte. Na minha denominação o pessoal que prega geralmente não é acostumado com retornos de chão. Não se grita muito. Eu coloco as caixas de PA na mesma linha do púlpito, então quem prega ouve bem a "sobra" do PA, dá para ter uma noção boa. Agora, se o pastor pedir retorno ANTECIPADAMENTE, a gente coloca. Mas tem que pedir, pois é mais caixa, mais amp para levar. Se não pedir, eu que vou pedir desculpas e dizer "ah, não tenho como, não trouxe equipamento para isto, não sabia, desculpe".

Para os vocais, viu que eles ficaram exatamente de frente para uma das caixas de PA. Faço assim há bastante tempo com sucesso. Coloco eles para ouvir o próprio som do PA, "economizando" assim caixas de retorno.

Em condições "normais", eu faço evento com 4 caixas para PA, um retorno para teclado e guitarra e outro retorno para baixo/bateria (mesmo sem microfonar). Só que para isto eu preciso de uma Kombi para carregar tanta caixa assim, mais amp, mais isto e aquilo. Preferi levar meu "fone-in-a-box" e atendeu bem.

Quanto ao volume, correto, alto lá na frente e mais baixo atrás. Não tem jeito. Entretanto, como é local fechado, a reverberação não deixa cair muito o volume, a "lei dos inversos dos quadrados" não se aplica 100% nesses caso. Quanto pior o RT60, aliás, mais "igual" fica o volume por todo o ambiente.

Quanto as caixas de delay, faltou escrever uma coisa. Elas eram importantes para recuperar o nível de inteligibilidade. Lá na frente, ouvia-se bem. Há medida que se afastava da frente em direção ao fundo, a pessoa se afasta do som direto e passa a sentir mais influência do som indireto. As caixas nas laterais voltaram a recuperar o som direto para quem estava por ali.

Na verdade, o pior local para se escutar som no local foi exatamente no corredor central, últimas cadeiras, pois era onde se estava mais longe de qualquer caixa, ou seja, onde mais se ouvia campo reverberante. Foi exatamente nesta posição que eu fiquei para monitorar. Eu regulei (pelo rádio) o som para que ali ficasse com um mínimo de inteligibilidade aceitável. Nos outros locais (mais próximos das caixas), o som estava muito melhor.

Um abraço,

Fernando
 
bersan disse:
Coisinha bem legal do DEQ2496: as caixas de delay (no meio do templo) estavam a 18 metros das caixas da frente. Fui lá, acertei o delay e violá, o som batendo certinho.
... se aprendi bem, as caixas vc ligou atraves da saida AUX do DEQ, assim, tem como ter controle do atraso do som (delay) nas caixas que ficaram no meio do ginasio (informando ao DEQ apenas a distancia que elas se encontravam).

[ ]'s
 
Fernando, você disse que tinha espaço para 1500 pessoas, mas vocês colocaram 1500 cadeiras ou contavam com as arquibancadas?
 
Olá Amarildo,

essa ligação pelo Aux é possível sim, mas eu prefiro fazer diferente. Uso PA mono, então...

Master L da mesa > DEQ2496 > equalização > amplificador Z900 > caixas da Frente

Master R da mesa > DEQ2496 > equalização > delay > amplificador Z700 > caixas de trás.

Porque isto? Para ter controle específico das caixas de trás. Se o evento encher muito, abra o volume de trás igual ao da frente. Caso contrário, abro menos, para evitar que muito som seja jogado na parede do fundo.

O único detalhe é que o DEQ só permite delay ou de L/R juntos ou apenas do L. Assim, eu tive que fazer uma pequena inversão nas saídas do DEQ, pois na mesa eu prefiro que primeiro venha "Frente" (L), só depois o "Atrás" (R).

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Rafael,

sim, eu tinha ali som para até 1.500 pessoas tranquilo. Em uma quadra com dimensões oficiais, dá para colocar até 1.000 cadeiras, com folga para movimentação (corredores). Já nas arquibancadas iria o restante das pessoas (500). No caso, colocaram 800 cadeiras, encheu bastante, mas não lotou.

Um abraço,

Fernando
 
Tava fuçando no Behringer Shark e ele tem essa função de delay, você coloca em metros e ele faz a conversão automática para o tempo necessário do atraso.

O DEQ deve ser assim também.

Pelo que sei mede-se a distância em linha reta entre a caixa de PA e a caixa de delay.
 
Queria muito estar lá, mas infelizmente não deu. Se tem uma coisa que eu tenho o prazer em fazer é isso...


Nasci para isso mesmo :lol: rsrs


Mas teremos uma próxima vez não é Fernando?


Um grande Abraço.
 
Raphael Leal disse:
Tava fuçando no Behringer Shark e ele tem essa função de delay, você coloca em metros e ele faz a conversão automática para o tempo necessário do atraso.

O DEQ deve ser assim também.

Pelo que sei mede-se a distância em linha reta entre a caixa de PA e a caixa de delay.


Sim Raphael, vc pode escolher que ser metros, milisegundos. E a temperatura tb dá pra variar.

Sabado aqui o calor tava de rachar, o som vai bem mais rapido.


Abraço
 
Alvaro_Dominicini disse:
Queria muito estar lá, mas infelizmente não deu. Se tem uma coisa que eu tenho o prazer em fazer é isso...


Nasci para isso mesmo :lol: rsrs


Mas teremos uma próxima vez não é Fernando?


Um grande Abraço.
Isso é o que eu mais sinto falta do Brasil, aqui tem um por ano e olhe lá, ano passado foi cancelado.
Adrenalina corre solta! Mão suando antes de começar! Muito bom isso!
 
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