Line Array, a real solucao para o Som nas Igrejas ???

amarildo santana

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... amigos, estive lendo este final de semana a materia da revista Audio, Musica e Tecnologia com o titulo "Acustica em Igrejas - Audio, video e acustica com louvor", Dezembro 2009, paginas 48 a 62. Nela foi demonstrado o excelente trabalho executado pela DGC Audio, assinado pelo Denio Costa, onde detalharam o projeto de audio, video e acustica da Igreja Metodista de Belo Horizonte ... quem nao leu vale a pena ler.

... o que trago a discursao eh a seguinte citacao do mestre Solon na materia descrita acima:

"Com o passar dos anos, as religiões assumiram uma posição muito mais próxima das pessoas, todos os cultos são em português claro, e a música sacra passou a ser o pop e o rock. Com isso, houve, logicamente, uma demanda por excelente qualidade de som nos templos, e um cuidado maior nos projetos. A maioria dos materiais acústicos já existe há muitas décadas, apesar de estarem evoluindo constantemente. Os sistemas de sonorização se tornaram compactos e eficientes; e o surgimento do line array foi o maior impulso nesse sentido.

Mas, diante desse mercado, cada dia mais exigente, qual é o fator primário a ser considerado pelo profissional de áudio ao lidar com um projeto de sonorização de templos? Primeiramente, é importante lembrar que vários são os aspectos a serem analisados. Cada religião, ou denominação, tem uma liturgia diferente, que impõe diferentes graus de exigência a cada aspecto do sistema.

Por exemplo, uma igreja em que são feitos louvores em voz alta, e que fica situada dentro de uma zona residencial e silenciosa, precisará de um isolamento acústico extremamente elaborado - e caro - para não ter problemas com a vizinhança. Outra situação: um culto em que a palavra falada e as letras das músicas são importantes deve ter uma boa acústica e um bom sistema de som.

Sendo assim, é essencial levar em conta todos os fatores determinantes da configuração do projeto. Se, no momento da definição do anteprojeto, não são considerados todos os aspectos do funcionamento do templo, qualquer omissão, ou descuido, pode induzir o projetista a relaxar em alguma exigência técnica, causando uma deficiência global que poderá arruinar o trabalho, mesmo que bem elaborado nos demais itens.

Outra dúvida que pode rondar a cabeça do profissional de áudio refere-se à escolha dos equipamentos. Dentre a gama de opções que temos hoje em dia, não há produtos específicos para utilização em igrejas, embora alguns modelos se mostrem mais adequados pelo tamanho e características. A medida certa se faz pela escolha de um sistema line array. Devido ao seu excelente controle de dispersão vertical, é a opção mais correta, pois praticamente toda a energia acústica é dirigida para a plateia, e muito pouca para superfícies refletivas como chão e teto.

Seu posicionamento ideal é o clássico: duas torres suspensas (flying) em cada lado do altar, possivelmente complementadas por um "cluster" na parte central e acima, em caso de igrejas muito largas. Além disso, subwoofers podem ser colocados sob o altar também.

Em igrejas muito grandes, onde a distância entre as caixas acústicas principais e o público mais afastado é longa demais, recomenda-se o uso de sistema(s) de reforço, corrigido(s) por delay digital. Com relação ao alinhamento do sistema, este deve ser feito de forma convencional, mas sem exagerar na resposta de graves. Na verdade, as regras são as mesmas usadas em sistemas de eventos normais, utilizando-se analisador de espectro (RTA) e gerenciadores de sistemas, ou, pelo menos, equalizadores. Lembrando que não há softwares dedicados a este tipo de trabalho. Ou seja, a sonorização de templos segue os mesmos princípios da sonorização de qualquer ambiente." - Revista Audio, Musica e Tecnologia, numero 219, Dezembro 2009, paginas 60,62.

... eh sabido dos grandes beneficios do sistema line array, mas, na minha opniao, a indicacao do mestre ficou meio "tendenciosa", dentro do contexto ... o leigo que le a materia vai sair difundindo o line como "a grande solucao", e sabemos que na pratica, para a realidade de som nas igrejas (respeitando-se as dimensoes e programas musicais de cada uma), nao eh bem assim.

... vamos aos comentarios :)

[ ]'s
 
Se ele estiver pensando em uma igreja nos padrões americanos, aquelas que parecem estádios, a frase dele pode estar correta, agora trazendo para a realidade brasileira, onde não se tem muitas igrejas de grande porte, concordo plenamente com o Amarildo, foi meio tendenciosa. E tem outra, ninguém é dono da verdade, a afirmação dele pode ter sido infeliz, afinal, ninguém é perfeito.
 
A maioria das igrejas americanas que ja vi na net , NÃO usa line array. Quase todas elas usam um cluster central ou sistema de som distribuído.

Na visita que o Aldo Soares e o David Distler fizeram ao nosso novo templo em construção, eles citaram que 80% dos "técnicos" ou "projetistas" de áudio que viessem a igreja iriam sugerir um line array, sendo que esta não é a solução mais indicada para aquele local.

Uma coisa é fazer show em lugar aberto com o máximo SPL pra todo mundo pular. Outra coisa é ter um som HiFi onde as pessoas possam entender o que esta sendo cantado e dito. Acho que esse deve ser o objetivo das igrejas.

Nesse link tem vários projetos de áudio que foram executados em igrejas americanas. É ver e babar. Notem que todas as igrejas usam algum tipo de difusor nas paredes. E as caixas sao sempre apontadas para o publico.
http://www.allchurchsound.com/projects/tour.shtml



Seguem apenas algumas fotos pra vcs verem o nivel da coisa. Sao varias igrejas.
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Tem muito mais no link.

[]´s
Bustillos
 
Olá a todos,

eu acho que o Sóllon foi feliz sim, mas acredito que ele estava longe, pensando no futuro, quando a tecnologia baratear e você não pagar uma nota violentíssima por um sistema desses. Ou, como disse o Raphael, o Sóllon realmente estava pensando nas igrejas muito grandes.

Hoje, a impressão que tenho é a seguinte:

1) Qualquer sistema de line-array tem caixas com um custo mínimo de R$ 2.000,00 (e olhe lá, sistemas passivos), POR CAIXA.

2) Para você realmente ter um line-array, precisa empilhar várias caixas, pois o alcance do efeito de dispersão cilíndrica é dada pela altura do empilhamento. Claro que isto dependerá do fabricante e tudo o mais, mas na prática você empilha 3, 4 caixas NO MÍNIMO para ter um line-array, isso para alcançar seus 10, 15 metros. Para templos com comprimentos maiores, temos empilhamentos de 10, 12, 16 caixas, por aí vai.

3) Ter um line-array exige processamento e principalmente treinamento do operador. Temos casos relatados aqui de gente que detonou o sistema por desconhecimento.

Façam as contas e você verá que o custo é muito, muito alto ainda. No futuro, as coisas vão melhorar, mas por enquanto, acho que ainda falta bom custo/benefício nesse sistema, pelo menos para as igrejas pequenas. Por outro lado, para igrejas realmente grandes, veremos que há benefícios indiretos, como menor custo no tratamento acústico, e a relação fica mais vantajosa.

Um abraço,

Fernando
 
Concordo com o Mestre Bersan,

Ainda mais levando em consideração que para termos um Line posicionado corretamente, muitas de nossas igrejas terão que passar por mudanças estruturais por causa do peso do sistema.

Lá na igreja temos o auditório para 1000 com 30x45m (muito larga), sem contar com a galeria, e a tesoura onde deveria ser colocado o Line, foi colocado um gride para a iluminação. O peso do gride com a iluminação deve estar em torno de uns 300 kg, e, nos ofereceram para testarmos um line da Selenium (SLA2P - passivo) com 7 caixas (3L + 1C + 3R) com cada caixa pesando 67Kg! Resultado: Não colocamos o line por causa do peso!

Abraços,
 
Túlio, sinta-se a vontade em apresentar o templo pra nós... hehehehe

Quanto a discussão, ainda não posso opinar sobre lines e por ai vai. Mas para muitas igrejas ainda é algo EXTREMAMENTE inviável. Quem sabe um dia?
 
Olá Pessoal,

Eu acho que mestre Sollon citou os Lines foi como o Fernando falou, pensando longe, em grandes templos, munido$ financeiramente, coisa e tal.

Mas tirando minha conclusões através da minha singela visão, é uma tendência que sistema que utilizem tecnologias como o Array tomem o lugar dos sistemas convencionais, isso vai levar algum tempo, mas com certeza este tempo é menor do que imaginamos.

Quem ganha com isso somos nós, isso mostra que os fabricantes e projetistas estão de olho no "mercado religioso", apesar do termo soar meio de duplo sentido, não tem como escapar do consumismo, somos sim hoje grandes consumidores, e é entregue todos os meses um montante considerável nas mãos dos líderes de nossas entidades que investem em templos, gravadoras, televisão, editoras, grandes eventos, política e por último ainda no áudio. Quem quiser ver no que o mercado está de olha dá só uma olhada no link abaixo:

http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/clipping/outubro-2009/doacoes-de-evangelicos-superam-r-1-bi-por-mes/

Procurei horas este link, pois queria colocar a notícia através de um veículo confiável.

Com certeza os setores ligados à nós os Cristãos Evangélicos, ou Católicos, Carismáticos, Pentecostais, Neopentecostais, etc, estão sendo beneficiados e hoje já enxergam grandes possibilidades de lucro e crescimento. O que temos que tomar cuidado é com os "pseudo" projetistas e projetos e os "pseudos" Lines.

E o SAV tem feito sua missão.

A Paz!

Marcelo
 
Túlio disse:
Só falta aprender a postar fotos para isso! :oops: :cry: :shock: :roll:
fácil fácil:
<!-- l --><a class="postlink-local" href="http://www.somaovivo.mus.br/forum/viewtopic.php?t=128" onclick="window.open(this.href);return false;">viewtopic.php?t=128</a><!-- l -->
ficamos no aguardo..

abraços!!
 
Amarildo,

obrigado pelos elogios ao projeto e matéria.

Gostaria de comentar que existem pequenos sistemas de line array como os Panaray da Bose, EAW, FZ Audio e outros.

Utilizamos este formato de caixa em vários projetos com resultados interessantes.

A princípio pode parecer que se encaixam apenas em igrejas com menor demanda de pressão e resposta em frequência mas não é verdade.

Utilizamos em alguns templos católicos e evangélicos com grupos musicais com bateria, percussão, guitarra, teclados, vocais etc.

Acho que se tornam uma boa opção para determinados ambientes e demandas.

Um abraço a todos,
 
Bem Vindo Denio!

É um prazer tê-lo em nosso fórum! Não deixe de passar por aqui! hehe

Entre os sistemas de Vertical Array, quais você já usou, e qual sua preferência?

Abraços
 
bersan disse:
Olá a todos,

eu acho que o Sóllon foi feliz sim, mas acredito que ele estava longe, pensando no futuro, quando a tecnologia baratear e você não pagar uma nota violentíssima por um sistema desses. Ou, como disse o Raphael, o Sóllon realmente estava pensando nas igrejas muito grandes.

Hoje, a impressão que tenho é a seguinte:

1) Qualquer sistema de line-array tem caixas com um custo mínimo de R$ 2.000,00 (e olhe lá, sistemas passivos), POR CAIXA.

2) Para você realmente ter um line-array, precisa empilhar várias caixas, pois o alcance do efeito de dispersão cilíndrica é dada pela altura do empilhamento. Claro que isto dependerá do fabricante e tudo o mais, mas na prática você empilha 3, 4 caixas NO MÍNIMO para ter um line-array, isso para alcançar seus 10, 15 metros. Para templos com comprimentos maiores, temos empilhamentos de 10, 12, 16 caixas, por aí vai.


Fernando

Fernando, o custo do sistema da attack, está em torno de 1750 cada caixa, a versa 206, isso sendo ativa com 300w cada.

A attack pensou em ambientes pequenos-medios quando desenvolveu esse produto, prinicipalmente fechados...
Tanto que está realizando workshops como na Chedas somente para a utilização em templos...
Talvez para a grande maioria das igrejas seja algo ainda inconcebivel pelo preço,(para a minha tambem) mais creio que com 12 caixas já se de para fazer um sistema para medio porte com dois line um R outro L, o custo ficaria em torno de 20.000( somente as caixas)

Mas para algumas igrejas a exemplo da do David Fernandes consegue-se fazer planejamento e se obter os recursos sim...

Não digo que seja o melhor sistema mais poderia sim trazer resultados interessantes...
 
As lines ñ estão longe assim da realidade ñ, e uma questão de pouco tempo, a gente ( Marvim) já produz torres de 8 falantes de 3" polegada ela esta saindo a um valor um pouco auto ( 2500 cada consumidor final ou mais devido a transportadora e outros ) mais estamos tentando reduzir o custo, ja foram instaladas em muitas igrejas, ( maioria em Brasília ) muitos que erra defensores e fanático por bose ( que reaumenta e um ótimo sistema mais com valor si ñ to errado, de 3700 reais pra revenda ) gostaram e aprovaram ... então com o tempo vai surgindo outras soluções ... mais e única solução que "eu acho" , para as igrejas brasileira por maioria que ñ tem tratamento acústico, pra quem ñ teve a oportunidade de colocar um sistema de line em uma igreja, digo "lines" que a maioria quer colocar lines array P.A. ( de auto spl ) em uma igreja pequena e só duas, nessa casso e muito melhor vc colocar um caixa comum de ex: 12+TI , mais si for uma line compatível e bem instalada ,ñ da pra ficar com um sistema comum ... e muito diferente sem contar que o som e muito mais puro com spl bem menor , simplesmente perfeito ...... si augem quiser ver as torres tenho fotos delas aqui ....
 
Na igreja que frequento "Sara nossa Terra sede" trocaram o sistema por lines, e no começo eram 8 gigantescas staners de cada lado, todo mundo reclamou da qualidade do som. finalmente colocaram somente 4 de cada lado e alinharam o sistema, aí sim, valeu a pena o investimento, mais ainda preferia as boses no local.
Quanto ao Marvim cost, não o conheço pessoalmente, dá pra perceber que não tem muito trato na sua escrita, mais suas caixas são muito respeitadas aqui pelo centro-oeste, várias locadoras e templos as usam, o custo benefício e muito bom, se ele postar as fotos e comentar os posts "vai dar muito pano pra manga, como se diz por aqui" ficaria feliz se os usuários respeitassem seus comentários e idéias e moderarem os deboches, como infelizmente vejo em alguns posts.
 
Obrigado, Isinho .....
Bom ai esta a torre MX 4008 , ele é 400w rms corte inferior de 150hz ou 200hz necessita de ganho de 6db em 9k e - 3db em 2,5hz , gabinete em ferro pintura eletrostática , parafusos todos inox , garantia de 3 anos

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Esse e outra line array que é feita sobre encomenda ele e todo em alumínio , e usado também em igrejas muito grandes . São dois de 8” Marvim ( os autos falantes são feito na caixa de som ñ tem como trocar ) e um Ti neodímio

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Marvim, essas lines eu não conhecia! tem alguma instalada aqui em Bsb? agora os subs tenho 16, 8 com esses falantes PV e as mais novas com os falantes vox sound de 2.400 watts, todos fabricados em goiânia, um tiro de bazuca pra quem já ouviu :mrgreen:
 
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