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A PAZ

Calma gente, o que quis alertar são os riscos que corremos, e isto é fato

As leis trabalhistas não se aplicam neste caso.

discordo irmão, se aplicam sim, infelismente alguns irmãos para atingirem um lider ou a própria congregação estão se aproveitando da lei.
Mas este precedente tem acontecido devido a alguns lideres (que não deveriam ter este titulo) usado de má fé.
Eu tambem concordo com todos que aqui confessam o seu trabalho voluntário e sinceramente não sei pensar de outra forma.

Heriberto
 
Pessoal,

Quando criei o tópico nem imaginava que ia dar tanto o que falar. Eu apenas vi o tópico na Audiolist e fiquei curioso.

Muitos têm falado na questão espiritual, que não devemos querer nada em troca do nosso trabalho voluntário, e eu acho que isto é senso comum entre nós, não há nem o que discutir.

O que realmente queria saber é justamente o que a lei humana diz sobre isso, já que o Estado não dá a mínima para o lado espiritual do trabalho. O que acontece quando, como já foi falado, pessoas brigam e querem entrar na justiça? É possível que alguma fiscalização bata na porta da Igreja e pergunte sobre o nosso trabalho?

Realmente, talvez isso seja complicação demais e não tenha nada a ver. Mas como eu não sei nada mesmo, recorro aos universitários...
 
Se for assim, fechem todas as organizações não governamentais. Não poderemos mais trabalhar como voluntários em lugar nenhum.

Volto a dizer: estas leis não se aplicam ao serviço voluntário na igreja.

[]'s
 
Caros.

Temos que entender uma coisa; LEI É LEI. Porém sempre existe as exceções - Né ! ! !

Quando falamos da igreja (seja ela qualquer) a legislação brasileira considera uma igreja igual a uma empresa. Vocês sabem disso que legalmente a igreja é uma empresa e como tal esta sujeita a lei.
Nesses termos a lei é dos homens e não adianta discutir dizendo que é pra Deus. "Deus na lei não tem nada a ver com isso".

Tenho visto muitas igrejas indiferentes da denominação, metendo as mãos em vespeiros, ao pensarem que o irmão não vai levar a igreja na justiça. É só ele sentir-se prejudicado que vai levar a igreja pro pau". Não é assim que vemos nas empresas que trabalhamos.

O que é necessário:
Independente do tamanho de sua igreja, ela tem um serviço de contabilidade, lá tem um contador que também é acessorado por um advogado.
Faça uma consulta ao contador da igreja, por escrito, claro que via o seu Pastor, apresente o caso, com certeza ele (o contador) vai lhe dar a resposta por escrito dando as devidas instruções. "Atenção não vale a resposta do Pastor - peça por escrito a do contador".
Encaminhe ao pastor e tome as medidas que sua igreja julgar conveniente.

De qualquer forma, se é remunerar ou não, se é ministério ou não para isso é necessário um estudo melhor, verificar a juriz prudênica e não é matéria para leigos como nós, talvez para uns pouquissímos membros do forúm!
 
prefiro então aguardar ..
Vanius ja vi isso, infelizmente ja vi msm... ja pensamos em alguma coisa semelhante. mas pela misericórdia de DEus todas os que estão envolvidos são de extrema confiança, infelizmente, como a Bíblia nos diz nos últimos dias existirão lobos em pele de cordeiro, e, com pesar no coração, posso dizer que vemos isso em vários lugares.

Lei é Lei... mas como o David disse, tem leis ref ao trabalho assalariado e ao trabalho voluntariado, para distinguir os dois tb tem na legislação. qdo a CLT foi consolidada foi a separação do emprego ( trabalho assalariado) do trabalho voluntário foi feita a se prever que o processo de certificação do que seria o Emprego, como foi citado pelo Unformed, poderia gerar problemas futuros com falsos voluntários ou pessoas que podessem agir de má fé.....
 
gente o David tem razão somos voluntarios e cada um sabe do seu papel na igreja e principalmente como cristão
 
Ta ok...só temos que lembrar que os voluntarios tem um termo a assinar que é repassado para o min. do trabalho. La todos assinamos.
Mas a questão acho q se a pessoa for registrada trabalhar na igreja como Operador de som..se o salario discutido no começo deve ser aplicado, certo?
 
Olá gente,

artigo complicado este.

David Fernandes escreveu:

Vocês estão complicando.
As leis trabalhistas não se aplicam neste caso.

Unformed escreveu:

Estou tendo aula de legislação trabalhista na faculdade e o que caracteriza trabalho são os seguintes pontos:
Habitualidade : Frequência ( pode ser uma vez por semana por uma hora que seja)
Pessoalidade : ou seja executado sempre por você
Subordinação : Pode ser a subordinação do Pastor ou do lider de louvor, etc...
Salário : nem preciso dizer né

Vamos lá...

primeiro, aplicam-se sim! Inclusive a todas as ONG´s, e qualquer outra organização que trabalhe com trabalho voluntário.

Precisamos entender que tudo é trabalho, mas nem tudo é relação de emprego. Como colocou o Unformed, há requisitos para a existência de relação de trabalho:

Habitualidade : tem a ver com a frequência com a qual você trabalha. O TST - Tribunal Superior do Trabalho já pacificou a matéria: tem que ser no mínimo 3x por semana, constantes. Ou seja: sempre nos mesmos dias.

Pessoalidade : ou seja, tal trabalho só pode ser executado sempre por você, não pode haver um substituto para desempenhar a mesma função.

Subordinação : alguém mandando em alguém. Não precisa ser subordinação técnica (dizer como mexer em cada botão), mas subordinação por exemplo de escolher datas, horário de chegada, saída, etc.

Salário : a pessoa deve ter necessidade de contraprestação financeira. Em outras palavras, se a pessoa que faz o trabalho é rica, não é caso de relação de emprego, já que não depende de salário para sobreviver.

Como 99,9% dos casos se trata de gente que depende de dinheiro para sobreviver, diz-se que havendo a presença dos 3 primeiros requisitos, temos relação de emprego, e consequentemente direitos trabalhistas.

Presentes esses requisitos, pode ser qualquer tipo de entidade (empresa, escola, igreja, ONG, etc): se jogar na Justiça do Trabalho, o vínculo de emprego (a relação de emprego) será reconhecida, e o juiz vai mandar pagar todos os direitos. Sei porque trabalho na JT, vemos casos assim várias vezes, aliás todos os dias.

Agora, vamos imaginar um caso:

"A igreja tem um sistema de som que só um rapaz sabe mexer, mais ninguém (pessoalidade). O pastor começa então a exigir a presença dele em todos os cultos (habitualidade), determina hora dele chegar, hora dele sair, como ele deve se vestir (subordinação). Para completar, o pobre do rapaz está desempregado e passando dificuldade em casa (precisando de salário). "

Desculpem o comentário, mas se o rapaz estiver mal espiritualmente a um advogado fazer a cabeça dele, ele vai entrar na justiça e conseguirá sim os direitos trabalhistas. Aliás, nessas condições, acho corretíssimo trabalhar mediante salário, mas não vou julgar porque entrou na justiça contra a igreja. Como já vi muita coisa errada por aí, aprendi a não julgar ninguém.

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Descaracterizar a relação de emprego é muito fácil: basta manter equipe de som, ou seja, várias pessoas trabalhando em escala de revezamento. Você tira a pessoalidade e a habitualidade assim, e pronto, resolvido o problema.
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Mas quero chamar atenção de todos a uma palavrinha: subordinação.

Quando temos relação de emprego, é muito simples: alguém manda e alguém obedece. Há regras claras, direitos e penalidades: há hora para chegar, e um atraso maior que 15 minutos já enseja em mandar a pessoa de volta para casa e cortar o ponto do dia, sem sequer saber por qual motivo a pessoa atrasou (também pacificado pelo TST). Por outro lado, pedir para o empregado ficar mais enseja hora extra.

Agora, trabalho voluntário é bem diferente. Não há alguém que manda e alguém que obedece, há alguém que pede e outro que faz se quiser. As regras são mais flexíveis: se houve um atraso, deve-se procurar saber o motivo; e só faz "hora extra" se o voluntário quiser. O voluntário pode, por exemplo, ligar e avisar: "hoje estou com preguiça, não quero ir". É direito da pessoa.

Não estou dizendo que o voluntário é alguém descompromissado e que faz as coisas "de qualquer jeito" (sentido pejorativo). Mas sim, é direito do voluntário ser assim. Se você não quer alguém assim, procure outro voluntário.

Em resumo:

para um empregado, você pode cobrar, exigir.

para um voluntário, você pode pedir, solicitar.

Insatisfeito com o empregado, você manda embora e contrata outro. Insatisfeito com o voluntário, consiga outro.

Mas em ambos os casos, nunca maltrate, nunca cobre além do devido, nunca fale mal, nunca leve nada para o campo pessoal. Na relação de emprego, isso leva a ação por assédio moral.

Na relação de voluntariado, é exatamente a mesma coisa, mas a diferença é que o risco que se corre é de ficar sem o voluntário (já que ninguém aceita trabalhar sob certas condições). E sim, cabe ação de reparação de danos morais na Justiça do Trabalho, mesmo com relação de voluntariado (a Emenda Constitucional 45 ampliou a competência da JT para qualquer relação de trabalho, e voluntariado é trabalho).

Ah, nunca exija do voluntário um comportamento que você só poderia exigir de um empregado. Já vi e sofri na pele vários casos de gente que achava que o operador de som era empregado do pastor.

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Voltando a questão inicial do tópico, é apenas o quanto você deve pagar a um técnico sindicalizado. O contratante só tem essa obrigação com os sindicalizados, não tem com os que não são sindicalizados.

Exemplo interessante: tenho um colega que trabalho que é ator de teatro, e que faz propaganda de TV também. Por ser sindicalizado, ele cobra mediante a tabela do sindicato. Mas ele falou que há diversas empresas que pegam a mãe, tia, sobrinha, qualquer um para fazer propaganda em TV, sem ser ator nem nada, só para pagar menos. O resultado você vê na tela: uma propaganda bem feita e outra bem "amadora".

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Piadinha:

Que tal fundar: "Sindicato dos operadores de som de igrejas?"

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Um abraço,

Fernando
 
Guilherme escreveu:

Ta ok...só temos que lembrar que os voluntarios tem um termo a assinar que é repassado para o min. do trabalho. La todos assinamos.

Sim, iniciativa válida, já vi isto e me colocaram para assinar. Eu assinei, mas avisei que não vale nada.

Os juízes ignoram o que está escrito no papel. Eles vão estudar a relação da pessoa no caso concreto, saber se havia pessoalidade/habitualidade/subordinação.

É igual ao caso de estagiários. Muitas empresas contratavam estagiários que, na verdade, eram empregados. Essas pessoas reclamavam na JT e ganhavam tranquilamente. Hoje que mudou com a lei nova, que estabeleceu limites que antes não existiam e possibilitavam a fraude.

Fernando
 
David Fernandes escreveu:

Se for assim, fechem todas as organizações não governamentais. Não poderemos mais trabalhar como voluntários em lugar nenhum.

Podem sim ter voluntários. Façam o seguinte:

- aqueles que trabalham lá todo dia, sempre, contratem e paguem. Minha cunhada é um desses casos, trabalha em uma ONG, na administração.

Nos eventos, tenham várias pessoas cadastradas como voluntários e convidem quem quer ir. Vai quem quer (pronto, tiramos a pessoalidade e a habitualidade). Entretanto, para quem quiser ir, há algumas regras que devem ser seguidas, que são tais, tais e tais.

O ideal é o seguinte: é mostrar a todos que aquele trabalho tem diversas vantagens, e que trabalhar como voluntário ali é uma grande satisfação.

Feito isto, vai sobrar voluntário para o trabalho, e risco zero de ação trabalhista.

Um abraço,

Fernando
 
Sensacional....

encaminhei os textos pra alguns diretores e pro lider do louvor...
.....

com relação ao sindicato.... prefiro nem brincar com isso.... rsrsrsrsrs daqui a pouco aparece algum de sindicato aqui....e oficializa a ideia...rs
 
A PAZ

Valeu Fernando, o incrivel é que comecei apenas por curiosidade, mas agora com embasamento levarei o caso ao Pastor, pois já houve até um que iniciou um levante, mas felizmente a esposa dele rebateu e evitou um problema maior. Agora tenho como evitar isto, e sem saber eu tinha escolhido dois irmãos para me ajudarem no som parece como sempre dei uma profetada..aahaaahahahah
Mais uma vez muito obrigado, embora eu tenha um irmão fisico que é advogado para me ajudar na igreja ele sempre se nega. Infelizmente o maior motivo dele é que se julga filho de "EXu". Só JESUS.

Heriberto
 
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