Olá a todos,
a palestra foi ontem, dia 20/07, em Vitória/ES. Estavam lá o Roger, gerente de Marketing, e o Emerson Duarte, que entre outras coisas participa da "comunidade somaovivense".
Iniciou-se com uma apresentação da empresa Proshows, fundada em 2003, especializada em distribuição de equipamentos de áudio e iluminação. Alguns (como eu, confesso), poderão achar que isto é pouco tempo (apenas 6 anos), mas o dono, Wladmir, foi presidente da Selenium por 8 anos, e trabalha com mercado de áudio há decadas. 2003 foi quando abriu a empresa dele!
Iniciaram falando que uma das grandes preocupações da empresa é quanto a assistência técnica, um problema generalizado entre as marcas importadas, sejam boas ou ruins. Para reverter este quadro, a Proshows investe muito em assistência, mantendo um estoque constante de 200.000 dólares em peças de reposição.
E tem um compromisso de que todo equipamento que chega a uma assistência técnica tem que ser consertado em 72h.
Em minha opinião, um compromisso desses é muito importante, mas extremamente difícil de ser conseguido. Imaginem que a empresa é do Rio Grande do Sul, interior, onde fica seu galpão de peças de reposição (pelo menos foi o que entendemos), e que mandar peças para outros estados não é algo que se faz em poucas horas. Haja SEDEX 10!!! De qualquer forma, em um meio onde um conserto realizado em 15 dias é considerado rápido, uma meta de 72 horas é algo fenomenal.
Apresentaram inicialmente as marcas que vendem sobre iluminação, destacando a Martin (segundo eles, o top dos tops), etc, etc. A parte de iluminação deve ter sido bem interessante para quem trabalha com isto, mas como eu não trabalho...
Depois, investiram na parte de equipamentos para DJ, onde o Roger destacou a representação da japonesa Denon e da americana Numark, onde deram mais ênfase pelo fato de ser uma nova marca (desde Jan/2009).
Apresentaram as diversas soluções da Numark para o mercado de DJ. Eu não imaginava que havia tantas soluções possíveis. Há de tudo, literalmente:
Mixers tradicionais, indo de pick-ups para quem gosta de LP´s (só que pick-ups modernas, que também ripam os LPs diretamente para MP3 e direto para o IPOD); Mixers com CDs integrados, com DVD´s; mixers para IPOD; mixers para Pendrivers USB; mixers com HDs internos; softwares para computador que imitam a interface de um mixer; mixers que controlam softwares de computador (para quem quer usar um computador mas quer ter o controle em um mixer normal, não por mouse e teclado), etc, etc, etc.
Uma coisa ficou certa: a Numark tem a ferramenta que o DJ quiser escolher para trabalhar. Alternativas não faltam, e não vai haver DJ que possa reclamar que não encontra este ou aquele recurso.
Também apresentaram um pouco sobre os falantes B&C, entre os melhores do mundo (concorrem diretamente com RCF e Beyma, para o pessoal ter ideia), usados em diversos sistemas de fabricantes famosos (Norton, Nexo, etc), e um pouco sobre os equipamentos da Proel, um gigante da indústria (segundo o Roger, o catálogo master da Proel traz 14.000 itens de fabricação) que está chegando ao Brasil, principalmente com cabos e produtos para áudio, como mesas e processadores.
Entra em cena o Emerson Duarte, um rapaz de aproximados 35 anos, que SABE MUITO! Vejamos o porque.
Ele apresentou a marca Lexsen, que nas palavras do Roger, "tem uma proposta de ter qualidade intrínseca superior mas mantendo boa relação custo-benefício". É marca própria da Proshows e de alguns parceiros comerciais em outros países (mais de 20).
Não esconderam o fato de que são produtos e projetos chineses, mas ressaltaram: foram todos escolhidos "a dedo"; todos os cuidados de escolher fabricantes com certificações ISO, boa qualidade, etc, etc.
Que os equipamentos são levados para um centro de pesquisa na Europa onde são submetidos a diversos testes, incluindo burn-in, para validar as especificações dos fabricantes (deu a entender que para comprovar que o equipamento realmente é o que o fabricante chinês diz que é), e que antes de lançar no mercado eles fazem testes de validação por um período que pode variar de 6 meses a 2 anos.
A ideia é transformar a LexSen em uma das marcas mais vendidas do áudio no Brasil, e sabem que para isto terão que ter um produto de boa qualidade e custo-benefício ótimo.
Feita a "propaganda" (até este ponto, tal palestra não se distingue de nenhum outro fabricante, todos ressaltam a qualidade de seus produtos), veio a melhor parte. E que parte.
O Emerson começou a falar sobre gerenciadores de sistemas de trandutores (caixas e falantes), da qual a LexSen tem 2 modelos, o DSP 2x6 e o DSP 4x8. Concorrentes diretos do Behringer DCX 2496 e da família Drive Rack da dbx.
Só que, em vez de ficar falando como o produto dele é bom e os outros não, em vez disto ele enveredou um outro caminho. Começou uma pequena aula de como um gerenciador de caixas é importante para um sistema.
Por exemplo, um gerenciador faz:
Filtros (os cortes de crossover) => Eq paramétrico => Delay => Limiter
onde ele destrinchou ponto a ponto, tópico por tópico, usando para as demonstrações o SIA Smaart Live, uma mesa jogando ruído rosa para o gerenciador e o retorno desse som (não áudio, mas sim sinal elétrico) para o Smaart.