Comprei muitos microfones da Le Son na minha vida de operador de som. Mais de 30. Alguns novos, alguns usados, alguns resistiram e estão até hoje, outros foram parar em outras igrejas, etc. Mas não quero falar de microfone, mas sim do cabo que vem junto, principalmente os cabos mais antigos, balanceados.
De alguns anos para cá, para cortar custos, a Le Son envia cabos coaxiais com seus microfones (XLR fêmea no lado do mic, P10 para entrar na mesa de som). Nos tempos áureos (leia-se: sem concorrência dos importados baratos), os cabos eram balanceados, e então era só cortar o plugue P10 fora e colocar um XLR macho e teríamos então um cabo XLR-XLR balanceado, padrão profissional.
Passados alguns anos, estou vendo todos esses cabos darem problema. Todos mesmo: se tiver a marca Le Son estampada no cabo e ele for balanceado, pode procurar o problema que você vai encontrar (a não ser últimos cabos fabricados, pois ainda não deu tempo de aparecer o problema). O caso é sério, pois não é problema nem de solda nem de conector, mas o próprio fio mesmo que estragou, e o resultado é um só: lixo.
O problema é fácil de identificar. Corte fora um pedaço do isolante externo, de uns 3 a 4 centímetros, de forma a ver a malha. Se o cobre estiver “zinabrado” (esverdeado), aí está o problema! Faça também o seguinte: desfaça o trançado da malha e tente “puxar” fora os fios da malha. Eles vão se soltando facilmente! Já os condutores internos estão perfeitos. O problema é “apenas” na malha mesmo, que está toda comprometida e perdeu a sua função de proteger os condutores internos.
Essa situação é extremamente ruim. Um cabo balanceado sem a malha vira um cabo paralelo! Sem a proteção da malha, a interferência chega até o cabo. E daí podem acontecer ruídos, barulhos, etc. E ele deixa de ser balanceado. Não funciona com Phantom Power, por exemplo.
E isso não acontece somente com cabos da Le Son: nos cabos da Santo Ângelo balanceados, modelo OFHC, também acontece a mesma coisa. Os coaxiais Santo Ângelo OFHC também dão o mesmo problema.
Na minha igreja, tivemos algumas reclamações sobre microfones que não funcionavam e/ou com problema e então pedi para um rapaz me ajudar a testar os cabos. São sempre a primeira coisa a se verificar. Antes mesmo de começar a testar ele já foi logo separando alguns (é ele quem mais cuida do som da igreja). Disse “Estes 4 aqui não prestam! Toda vez que tento usá-los não funcionam direito”. Pois é: três Le Son e 1 Santo Ângelo OFHC. Aproveitei os conectores e os cabos foram para o lixo. Todos zinabrados.
O caso é interessante de relatar por várias razões: uma, porque é um cabo comum de se encontrar em qualquer igreja . Segundo, porque a vida útil esperada de um cabo é de década! Eu mesmo tenho cabos balanceados de mais de 10 anos funcionando bem, tenho cabos coaxiais com quase 20 anos de idade e ainda perfeitos. Então perder estes cabos, com idade entre 5 e 7 anos foi algo inesperado.
Por último, cabe ressaltar que a Santo Ângelo não faz mais cabos do tipo OFHC. Os atuais são muito bons, e mesmo cabos antigos de outras séries que não a OFHC também são bons. Já a Le Son, para reduzir custos (e qualidade) só manda agora cabos coaxiais, como já citado.
Esse é um alerta, para que o pessoal possa tomar ações preventivas (trocar os cabos logo), antes de algum problema maior
De alguns anos para cá, para cortar custos, a Le Son envia cabos coaxiais com seus microfones (XLR fêmea no lado do mic, P10 para entrar na mesa de som). Nos tempos áureos (leia-se: sem concorrência dos importados baratos), os cabos eram balanceados, e então era só cortar o plugue P10 fora e colocar um XLR macho e teríamos então um cabo XLR-XLR balanceado, padrão profissional.
Passados alguns anos, estou vendo todos esses cabos darem problema. Todos mesmo: se tiver a marca Le Son estampada no cabo e ele for balanceado, pode procurar o problema que você vai encontrar (a não ser últimos cabos fabricados, pois ainda não deu tempo de aparecer o problema). O caso é sério, pois não é problema nem de solda nem de conector, mas o próprio fio mesmo que estragou, e o resultado é um só: lixo.
O problema é fácil de identificar. Corte fora um pedaço do isolante externo, de uns 3 a 4 centímetros, de forma a ver a malha. Se o cobre estiver “zinabrado” (esverdeado), aí está o problema! Faça também o seguinte: desfaça o trançado da malha e tente “puxar” fora os fios da malha. Eles vão se soltando facilmente! Já os condutores internos estão perfeitos. O problema é “apenas” na malha mesmo, que está toda comprometida e perdeu a sua função de proteger os condutores internos.
Essa situação é extremamente ruim. Um cabo balanceado sem a malha vira um cabo paralelo! Sem a proteção da malha, a interferência chega até o cabo. E daí podem acontecer ruídos, barulhos, etc. E ele deixa de ser balanceado. Não funciona com Phantom Power, por exemplo.
E isso não acontece somente com cabos da Le Son: nos cabos da Santo Ângelo balanceados, modelo OFHC, também acontece a mesma coisa. Os coaxiais Santo Ângelo OFHC também dão o mesmo problema.
Na minha igreja, tivemos algumas reclamações sobre microfones que não funcionavam e/ou com problema e então pedi para um rapaz me ajudar a testar os cabos. São sempre a primeira coisa a se verificar. Antes mesmo de começar a testar ele já foi logo separando alguns (é ele quem mais cuida do som da igreja). Disse “Estes 4 aqui não prestam! Toda vez que tento usá-los não funcionam direito”. Pois é: três Le Son e 1 Santo Ângelo OFHC. Aproveitei os conectores e os cabos foram para o lixo. Todos zinabrados.
O caso é interessante de relatar por várias razões: uma, porque é um cabo comum de se encontrar em qualquer igreja . Segundo, porque a vida útil esperada de um cabo é de década! Eu mesmo tenho cabos balanceados de mais de 10 anos funcionando bem, tenho cabos coaxiais com quase 20 anos de idade e ainda perfeitos. Então perder estes cabos, com idade entre 5 e 7 anos foi algo inesperado.
Por último, cabe ressaltar que a Santo Ângelo não faz mais cabos do tipo OFHC. Os atuais são muito bons, e mesmo cabos antigos de outras séries que não a OFHC também são bons. Já a Le Son, para reduzir custos (e qualidade) só manda agora cabos coaxiais, como já citado.
Esse é um alerta, para que o pessoal possa tomar ações preventivas (trocar os cabos logo), antes de algum problema maior
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