OPINIÃO - MESA DE SOM TEM TIMBRE?

Jefferson Telles

New Member
Vou escrever o que penso há muito tempo, mas nunca tive coragem de escrever a respeito.

Muito se fala atualmente sobre o timbre de determinados equipamentos de nossa cadeia de áudio, especialmente quando se comenta sobre mesas de som. Mas afinal de contas, esses equipamentos realmente precisam ter timbre? Sabemos que por definição timbre é a “característica sonora que nos permite distinguir os sons de mesma frequência”. Isto posto, interessa-nos que nossos equipamentos da cadeia intermediária (desde a mesa de som até os amplificadores) tenham realmente essa característica? Creio que não. Pelo menos nunca pensei dessa forma.

Quando adquirimos uma mesa, por exemplo, esperamos dela, realmente, além dos seus vários recursos (processamento, efeitos, expansão, conectividade, etc) e outras características construtivas (adequado tamanho, confiabilidade, praticidade de operação, etc) é que ela, sobretudo, tenha bons prés e bons conversores, afetando o mínimo possível na qualidade do áudio captado. Ora bolas, porque falar em timbre então na cadeia intermediária dos equipamentos?

Admito que tanto os microfones como as caixas de som, por terem o mesmo princípio construtivo, realmente possuem características que os distinguem propositalmente um dos outros, características essas as quais poderíamos chamar de timbre, mas isso, a meu ver, não deveria ocorrer na cadeia intermediária. A função do pré de uma mesa, por exemplo, é amplificar os sinais de baixo nível captados pelo microfone. Se ela não o faz com qualidade, introduzindo ruídos e colorações, isso não é timbre é distorção. O mesmo se aplica aos seus conversores DA/AD. Portanto, falar em timbre em equipamentos intermediários é no mínimo curioso.

É minha humilde opinião sobre o tema, já alertando que não pretendo responder aos inúmeros comentários contrários ou a favor que deverão surgir, embora prometa ler todos.

Grande abraço.
 
Minha opinião é que equipamento tem "timbre" sim. Nos meus estudos rudimentares e extremamente limitados de eletrônica, eu havia observado que resistores, capacitores e indutores tinham resposta de frequência diferentes. Sendo assim, diferentes componentes por exemplo em um circuito de EQ poderiam colorir o sinal de áudio. Como o sinal vai viajar por diversos componentes...

Deixando claro que é minha opinião, e se me mostrarem um estudo que prove o contrário ficarei feliz em dizer que estava errado

Chamar timbre de distorção é apenas semântica, você está dando nomes diferentes para o mesmo efeito percebido.

Na minha experiência prática usando mesas Ciclotron, Alesis, Behringer e Yamaha, descreveria assim: a Ciclotron é mais "fechada", com agudos deficientes. A alesis é o contrário, "ardida", com agudos irritantes. A yamaha analógica foi a que achei mais equilibrada para meu gosto, e a 01v puxa um pouco os agudos.

Outro exemplo: ouvindo um AUX da 01v na saída de fones tenho um som. Ouvindo o mesmo AUX e mesmo fone no powerplay, outro som completamente diferente (pra pior).

Se isso não for o "timbre" do equipamento, então eu não sei o que é.
 
Devido às diferenças de construção, os equipamentos assumem características sonoras próprias. Em geral, equipamentos com componentes mais baratos (simples) tendem a interferir no som de uma maneira mais desagradável. Um projeto mal feito ou mesmo uma fabricação mais descuidada pode também influenciar na sonoridade geral. Da mesma forma funciona com instrumentos musicais: um violão desses baratinhos de umas poucas centenas de Reais jamais terá um som comparável a um outro de alguns milhares de Reais. A diferença dos materiais usados e a qualidade da construção certamente fará toda a diferença tanto na qualidade quanto no valor.

Bom, o valor é apenas um indicativo, existem muitos equipamentos com preços semelhantes, construção igualmente cuidadosa e com diferenças no timbre. Um exemplo: as séries de mixers VLZ, da Mackie e ZED, da Allen & Heath. Estas duas séries são excelentes em suas características e de fabricantes pra lá de respeitados, porém alguns vão dizer “essa aqui tem graves melhores, aquela ali tem médios mais detalhados, ou, aquela lá tem o som mais quente, etc.” Essas pequenas (ou nem tanto) diferenças na sonoridade podem levar a pessoa a preferir uma e rejeitar a outra, ou seja, há também uma questão de gosto envolvida.

Existem casos em que a busca é justamente por equipamentos que interfiram no som. Um exemplo disso são os pré-amplificadores (especialmente em estúdio, mas também no som ao vivo), que são escolhidos de acordo com suas características sonoras próprias e pela forma como essas características contribuição com aquilo que será gravado.

Para terminar. Existem muitos casos de fabricantes que tem sua sonoridade característica e fazem questão de mantê-la, simplesmente por tradição e/ou porque é justamente “aquele” som que as pessoas procuram nelas. Sendo assim os equipamentos são projetados para ter o som característico do fabricante.

Ok. No som ao vivo pode ser que você deseje um som absolutamente transparente, mas quase sempre que você puder comparar um ou mais equipamentos, você perceberá que existem diferenças e então terá que escolher o “melhor”........timbre.
 
Não acredito muito nessa teoria de timbre de mesa não.

Primeiro pq isso é bem complicado de medir/comparar/aferir. Nesse assunto entra uma tonelada de subjetividade, que é algo bem característico de quem mexe com áudio. O sujeito compra uma mesa de som nova digital de 30 mil e isso acaba o subjetivando a pensar que o som que sai dela é bem melhor do que o som que sai da mesinha analógica de 2 mil que ele tinha antes, mesmo estando tudo em flat. Pra medir isso teria que ser feito uma ampla bateria de teste com analisador de espectro entre outras ferramentas.

Mesmo que exista diferença, creio ser insignificante. Ex: a pessoa compara duas mesas com a mesma música com equalização em flat e nota que uma tem o som um pouquinho mais agudo que a outra. Só que isso não tem importância, pois basta virar o botão do agudo um pouquinho pro lado e o som fica agudo. Ou seja: seria uma estupidez comprar tal mesa pq ela tem "um som melhor pois é mais claro". Ora essa, mexe um pouco a equalização geral do agudo e fica igual a outra.
 
Bruno, me permita discordar e muito de você.

Timbre não é subjetivo, pode ser percebido até em teste cego.
E se tudo é igual, porque não usamos todos ciclotron? Não é a mesma coisa?

E se timbre não influencia, porque mesas voltadas a estúdio são tão caras? Placebo?

Você sabe a diferença de mesas digitais mais simples para as superiores?
Fora a quantidade de recursos, há a QUALIDADE de conversores AD-DA, quantos canais cada conversor "converte" (chegando a um para um nas melhores mesas), qualidade de componentes - desde capacitores, resistores até faders e tudo mais.

Quer uma comparação, aí vai...

Carros com motores 1.0 são todos iguais?
Então Nissan March, Fiat Uno, VW Gol, VW Fox, HB20 andam todos da mesma forma e possuem a mesma curva de torque, potência, e respostas em pista?

Claramente a resposta geral depende dos componentes.

Ou será que este resistor:

<!-- m --><a class="postlink" href="http://www.ebay.com/itm/1-Ohm-20W-5-Ohmite-B20J1R0-Wirewound-Power-Resistor-Ceramic-Case-NEW-/251006034863?pt=LH_DefaultDomain_0&hash=item3a712023af">http://www.ebay.com/itm/1-Ohm-20W-5-Ohm ... 3a712023af</a><!-- m -->

Possui as mesmas características desse resistor:

<!-- m --><a class="postlink" href="http://www.madisoundspeakerstore.com/mundorf-20-watt/1.0-ohm-mundorf-m-resist-supreme-resistors/">http://www.madisoundspeakerstore.com/mu ... resistors/</a><!-- m -->
 
Quando entramos neste campo é muito complicado chegarmos a uma unanimidade, mas vou deixar uma contribuição:

Lembro quando as mesas eram somente analógicas e começaram a chegar as digitais. As primeiras digitais tinha os sons completamente "flat", não acrescentavam praticamente nada nos prés e as pessoas reclamavam que o som não era bom. "Não tinha o calor do analógico" (algo bem subjetivo. hehe). A aceitação não foi boa. Depois de algum tempo a Yamaha lançou a antecessora da PM5D (agora não me lembro o nome dela). Prés com o calor do analógico e 'buum", sucesso total. Todo mundo queria uma dessas no seu PA, foi ai que as digitais começaram a entrar no mercado das grandes turnês. Facilidade de uso, aliada agora a "qualidade do som" e praticamente as analógicas foram deixando o mercado.

Verifique que quando não se acrescenta nada no som, entendemos de uma forma subjetiva que o som não ficou bom. Quem aqui não usa um Reverd, um Delay, ou qualquer efeito para acrescentar algo bom ao som? É este mesmo efeito que um bom pré faz (evidentemente de uma forma bem sutil), a finalidade é sempre somar algo bom ao som e isso não é subjetivo (subjetivo é a forma que nós tentamos nos expressar chamando isto de "calor analógico", "brilho" e etc), verifique algumas reportagens sobre plug-ins que simulam mesas como SSL, NEVE entre outras e poderá constatar que sempre são acrescentados harmônicos ao sinal, de acordo com os componentes utilizados. Alguns deixam o grave mais "encorpado" (acrescentam nos graves algumas característica dos componentes utilizados nos circuitos, somando ao som), em outros os agudos ficam mais "brilhantes", também característica dos componentes utilizados (e não adiante jogar mais agudo no equalizador de uma mesa qualquer para tentar igualar os agudos de uma SSL que você não vai conseguir, pois os componentes utilizados acrescentam harmônicos "encorpando" o som daquela região - algo que um eq. não faz).

Mesa tem timbre e isso que nós buscamos, e mesmo que alguns não gostem ou não entendem, o bom "timbre" custa caro e as pessoas pagam para tê-los.
 
brunolw disse:
Não acredito muito nessa teoria de timbre de mesa não.

Primeiro pq isso é bem complicado de medir/comparar/aferir. Nesse assunto entra uma tonelada de subjetividade, que é algo bem característico de quem mexe com áudio. O sujeito compra uma mesa de som nova digital de 30 mil e isso acaba o subjetivando a pensar que o som que sai dela é bem melhor do que o som que sai da mesinha analógica de 2 mil que ele tinha antes, mesmo estando tudo em flat. Pra medir isso teria que ser feito uma ampla bateria de teste com analisador de espectro entre outras ferramentas.

Mesmo que exista diferença, creio ser insignificante. Ex: a pessoa compara duas mesas com a mesma música com equalização em flat e nota que uma tem o som um pouquinho mais agudo que a outra. Só que isso não tem importância, pois basta virar o botão do agudo um pouquinho pro lado e o som fica agudo. Ou seja: seria uma estupidez comprar tal mesa pq ela tem "um som melhor pois é mais claro". Ora essa, mexe um pouco a equalização geral do agudo e fica igual a outra.
 
Só para deixar meu testemunho rsrsrs
Já utilizei várias mesas (todas analógicas) e a diferença no som de cada uma é bem perceptível e nada subjetiva.
Somente torcer um Knob de eq não vai fazer uma ciclotron ter som semelhante a uma Midas, Mackie Onix A&H (Pré GL), SSL ...
A Diferença de som da minha Xenix para minha Zed é a mesma que sinto da F1 com motor V12 para esta F1 com motor de geladeira.
 
brunolw disse:
Não acredito muito nessa teoria de timbre de mesa não.

Com todo respeito a opinião do nobre colega Brunolw, mas discordo totalmente de sua colocação.

Durante anos fui usuário de mesas behringuer, ciclotron e wattson e sinceramente não tenho o que reclamar dessas mesas não, ate por que sou da opinião de que temos de "andar conforme a música", ou seja, se vc nao tem condições, tem fazer o melhor com o que se tem, principalmente em termos de audio, mas tambem nao se pode tirar leite de pedra né ? risos!!

Concordo que a habilidade do técnico de áudio fara uma grande diferença nessas condicoes e vc pode, com certeza, fazer um som decente mesmo com equipamentos de menor qualidade. Mas depois de um certo esforço e ouvindo a opiniao de muitos amigos aqui, conseguimos comprar uma A&H e é ENORMEEEE a diferenca sonora dessa mesa com relacao as que citei!

Sou diretor de um grupo vocal e pessoalmente sou muito exigente com relação a qualidade sonora e musical do nosso grupo, e não apenas eu como todos do grupo e sentiram a grande diferenca com a mudança de mesa.

Outra experiencia muito boa a relatar para esse caso, é que em muitas vezes nos apresentamos em eventos que, parece um exagero, mas tem 2 ou 3 PAs montados! Isso por que participam varios grupos que tambem tem PA e preferem levar o seu, como geralmente sao pequenos, fica uma diversidade grande mais da pra fazer. É notorio ate para leigos a diferenca sonora de outras mesas para a A&H!! Claro que levando em consideração os outros equipamentos, como mics, caixas e etc... Mas finalizando na minha humilde opiniao, tem muito diferenca sim!!

Abraço!!
 
Pessoal, fiquei muito feliz com as respostas obtidas até o momento e creio que o objetivo do tópico está sendo alcançado.

Embora eu houvesse dito que não iria me manifestar, não resisti e estou aqui do outro lado do computador me deliciando com os debates que se formaram em torno do assunto.

Só para corrigir um pouco o rumo da discussão para a essência de seu propósito, proponho uma reflexão:

1) Por que então se preocupar tanto com a entrega (que convencionamos chamar de timbre) dos demais equipamentos da cadeia de áudio, se cada um, à sua forma, introduz um pouco mais disso ou daquilo em cada etapa do caminho do sinal, influenciando o resultado final?

2) Um microfone Leson soará melhor (não disse melhor amplificado) em uma mesa Midas ou em uma Behringer?

3) Como podemos afirmar então (defendendo com unhas e dentes) que o timbre de um equipamento é melhor do que o de outro, se o setup de quem afirma é provavelmente diferente do outro colega?

4) Deveríamos simplesmente aceitar que as mesas possuam timbres diferentes ou deveríamos sonhar com equipamentos que, em flat, entregasse exatamente (ou quase) o mesmo sinal que ele recebeu e, a partir dai, fazermos todos os ajustes artísticos e pessoais? Utopia?

P.s.: Vou continuar daqui do meu cantinho só como leitor. Desejo a todos acaloradas e respeitosas discussões.
 
Facto: O equipamento onde o timbre mais influi é a mesa.

Mas basta se passar um amplificador no clio que você consegue e a curva de sinal já amplificado.
Mas não acho que seja relevante.

2) Um microfone Leson soará melhor (não disse melhor amplificado) em uma mesa Midas ou em uma Behringer?
Essa vou deixar o Everton responder porque ele usou Midas recentemente e conversamos sobre isso ontem.

Teste mesas diferentes com o mesmo setup e veja a porcaria que são algumas mesas. Timbre influencia e existem muitos timbres ruins sim.

Já se ouviu em um som fletado?
Se gostou, venda sua mesa e fique apenas com pré amplificador pra ver... Todo mundo quer e precisa corrigir algo. Não tem por onde fugir.
 
isinho disse:
2) Um microfone Leson soará melhor (não disse melhor amplificado) em uma mesa Midas ou em uma Behringer?

Essa vou deixar o Everton responder porque ele usou Midas recentemente e conversamos sobre isso ontem.


sendo curto e grosso: SIM!

Nos testes que realizei com a Midas Pro1 (que saudade....), utilizei o mixer em vários locais, desde bem equipados até "decadentes" (juro que pensei muito antes de escrever isso, mas não entrarei em detalhes....), e o que mais espantou a todos foi o aumento da qualidade de todos os sistemas, todos mesmos!

Vou colocar o exemplo da minha congregação que estava utilizando alguns microfones Audix OM2 e OM3 e também alguns mic´s CARVER (sim, xing ling) para o vocal, no PA tínhamos as HD-32a da RCF e a mesa que utilizamos ainda é a ZED-420 da A&H, de certa maneira um sistema razoável, ao substituir a mesa de som e colocar a Pro1 tive uma surpresa muito agradável, todos que estavam na congregação falaram que o som melhorou muito! (incluindo até os irmãozinhos bem velhinhos que não conhecem nada de som!rs)....
Fiquei muito contente de ver como o som melhorou, e juro que deixei na primeira hora do culto todos os mic´s FLAT! sem nenhuma equalização nem automação, e todos do grupo de louvor estavam sorrindo e contentes com o resultado...

Agora vem o mais legal, o mic que mais me surpreendeu foi exatamente o Caver, que melhorou d+ com relação a utilizar ele na ZED-420! a Diferença foi da água pro vinho! Logicamente que o Audix também melhorou, mas são mic´s top´s e o Caver não passa de um Xing Ling!
 
Eu não duvido da diferença de som depois que vc começa a EQUALIZAR. Cada mesa tem controles diferentes com componentes diferentes, fazendo com que a equalização que ele faz seja praticamente única.

MAS EM FLAT, eu duvido dessa diferença toda que alguns dizem.

Mas proponho um teste, já que tenho tempo livre no feriado. Vou colocar um audio tocado da mesma fonte sonora e gravar em flat em umas 3 mesas diferentes. Vamos ver se a diferença existe. As que eu tenho aqui é uma Behringer analógica, uma 01v96 e uma analógica da ciclotron. Quem tiver uma quantidade maior de mesas pode fazer. Com o áudio em mãos vai ser mais fácil apurar se a diferença é subjetiva ou realmente existe.
 
Bruno, não precisa equalizar não. Tem equipamentos que em flat já alteram a resposta do sinal de áudio. Como no exemplo que citei, eu passo o AUX ouvindo na mesa e tá um som redondo. Quando ouço o mesmo no powerplay flat, pra mim tá um lixo. Mas para os músicos está bom, e é isso que importa. Tanto que quando eu vou tocar (e "operar" a mesa ao mesmo tempo na medida do possível), eu sempre coloco meu fone na mesa e não no powerplay.

Respondendo as perguntas do Jefferson:

1) Não acho que deva existir essa preocupação em cada estágio. Pra mim o que interessa é o resultado final. Mas que é mais fácil trabalhar quando os equipamentos te dão a coloração que você gosta, isso é.

2) Depende, melhor/pior é conceito subjetivo. Pode ficar melhor pro tonreb, pior pra mim, a mesma coisa pra quem usa o mic...

3) Experiências e gostos, cada um tem a sua. É preciso sempre ter isso em mente ao ler uma opinião: aquela pessoa testou o equipamento em certas condições e de acordo com a preferência dela, chegou a essa conclusão. Eu não terei as mesmas condições, não usarei os mesmos equipamentos, as mesmas caixas, mesmos cabos, não terei a mesma acústica e não terei exatamente as mesmas preferências. Mas isso não significa que a opinião que li não vale nada. Por isso reviews para mim são só um guia, não a verdade absoluta. É preciso ouvir várias fontes.

Fazendo uma analogia: se uma pessoa diz que o restaurante A é bom e o restaurante B é ruim. Ok, para o gosto daquela pessoa pode ser, para mim pode ser o contrário. Mas se eu abro o foursquare e por exemplo 80% das mais de 500 pessoas que passaram pelo A acharam ele bom e a 75% das 400 pessoas que passaram pelo B acharam ele ruim... Pode haver um padrão aí no meio. Isso significa que A é bom e B é ruim? Não! Talvez para o paladar da população que frequentou os locais o A seja bom e o B ruim. Mas houveram pessoas que acharam o contrário: A é ruim e B é bom.

Talvez para meu gosto eu ache os dois bons, ou os dois ruins. Isso só vou saber se experimentar a comida dos dois. Mas eu estou no último dia da minha viagem, e estou procurando um local para jantar. Só vou ter a oportunidade de ir em um deles. É óbvio que vou escolher o que tem mais avaliações positivas. Na analogia, alguém não tem condições de testar várias mesas mas tem que escolher uma e comprar pela internet porque as lojas da sua cidade não tem essas mesas.

4) Eu sou a favor da utopia, mas infelizmente isso não acontece. Por isso temos que trabalhar com o que está em nossas mãos, seja uma Ciclotron ou uma SSL.
 
carlosecg disse:
Respondendo as perguntas do Jefferson:

1) Não acho que deva existir essa preocupação em cada estágio. Pra mim o que interessa é o resultado final. Mas que é mais fácil trabalhar quando os equipamentos te dão a coloração que você gosta, isso é.

2) Depende, melhor/pior é conceito subjetivo. Pode ficar melhor pro tonreb, pior pra mim, a mesma coisa pra quem usa o mic...

3) Experiências e gostos, cada um tem a sua. É preciso sempre ter isso em mente ao ler uma opinião: aquela pessoa testou o equipamento em certas condições e de acordo com a preferência dela, chegou a essa conclusão. Eu não terei as mesmas condições, não usarei os mesmos equipamentos, as mesmas caixas, mesmos cabos, não terei a mesma acústica e não terei exatamente as mesmas preferências. Mas isso não significa que a opinião que li não vale nada. Por isso reviews para mim são só um guia, não a verdade absoluta. É preciso ouvir várias fontes.

Fazendo uma analogia: se uma pessoa diz que o restaurante A é bom e o restaurante B é ruim. Ok, para o gosto daquela pessoa pode ser, para mim pode ser o contrário. Mas se eu abro o foursquare e por exemplo 80% das mais de 500 pessoas que passaram pelo A acharam ele bom e a 75% das 400 pessoas que passaram pelo B acharam ele ruim... Pode haver um padrão aí no meio. Isso significa que A é bom e B é ruim? Não! Talvez para o paladar da população que frequentou os locais o A seja bom e o B ruim. Mas houveram pessoas que acharam o contrário: A é ruim e B é bom.

Talvez para meu gosto eu ache os dois bons, ou os dois ruins. Isso só vou saber se experimentar a comida dos dois. Mas eu estou no último dia da minha viagem, e estou procurando um local para jantar. Só vou ter a oportunidade de ir em um deles. É óbvio que vou escolher o que tem mais avaliações positivas. Na analogia, alguém não tem condições de testar várias mesas mas tem que escolher uma e comprar pela internet porque as lojas da sua cidade não tem essas mesas.

4) Eu sou a favor da utopia, mas infelizmente isso não acontece. Por isso temos que trabalhar com o que está em nossas mãos, seja uma Ciclotron ou uma SSL.

ALELUIA! :p

Chegamos lá, Kadu, parabéns! Sempre sensato em seus comentários. A partir de agora serei seu fiel admirador.
 
brunolw disse:
MAS EM FLAT, eu duvido dessa diferença toda que alguns dizem.

huahuahuahua

Ai que é bom, pessoas duvidando do "poder de fogo"!!rs

Dessa forma, depois dessa afirmação só me resta uma coisa: Pegar novamente a Pro1 (que felicidade!!!) e colocar pra ralar com qq mesa que alguém quiser testar!rs (espero que alguem leve a SSL!!!rs).... assim tira essa sua dúvida!rs

p.s.: se vira pra vir pra Guarulhos....
p.s.2: O Cavic tb duvidou e mordeu a língua!
p.s.3: o som em Flat já era melhor que a ZED, depois de equalizar ficou espetacular!!!!
 
Isinho escreveu: “...Já se ouviu em um som fletado? Se gostou, venda sua mesa e fique apenas com pré amplificador pra ver... Todo mundo quer e precisa corrigir algo. Não tem por onde fugir...”

É exatamente esse o ponto. Se todo mundo quer e precisa corrigir algo, mesmo no setup dos sonhos, é porque não existe melhor timbre, pois gosto é subjetivo, além do que as pessoas, fisiologicamente falando, não conseguem ouvir as mesmas coisas. Experimente colocar dois operadores experientes com o mesmo setup todo flat e na mesma sala, em momentos distintos, e peça a eles que ajustem os equipamentos da “melhor maneira possível”, utilizando o mesmo programa musical. Os ajustes serão iguais?

Tonreb escreveu: “...Fiquei muito contente de ver como o som melhorou, e juro que deixei na primeira hora do culto todos os mic´s FLAT! sem nenhuma equalização nem automação, e todos do grupo de louvor estavam sorrindo e contentes com o resultado...”.

Já parou para pensar se a melhora percebida pelo grupo realmente se referia a timbre ou teria sido a inteligibilidade? O “timbre” de um microfone ruim pode ser melhorado somente com bons prés, sem qualquer equalização, compressão ou processamento?

Então a resposta correta para o item 2 deveria ser: DEPENDE. O sinal ruim enviado pelo Leson será melhorado pela Midas? Pode até ser. Mas será melhor do que se fosse com a Behringer? Pode também ser verdade, quem sabe? Mas sob qual aspecto inteligibilidade ou timbre? Mas será que com qualquer outra mesa o Leson soará pior do que com a Midas? Será que no caso do Leson não seria melhor um pré ruim da Behringer, que disfarçasse o som áspero por ele captado?

Minha percepção é a seguinte: Se as mesas (e outros equipamentos da cadeia) tivessem prés e conversores “transparentes”, ou seja, entregassem o sinal mais próximo possível do que receberam, nossa preocupação se restringiria aos ajustes de equalização, compressão e processamento (o toque de midas). Por outro lado: Se toda a cadeia altera o sinal, a afirmação de que uma mesa é melhor que a outra em timbre, sempre será relativizada em função dos demais equipamentos da cadeia. Daí a afirmação de que existem timbres diferentes sim, mas melhor timbre não existe, pois além de relativo é subjetivo.

Brunolw escreveu: “...Vou colocar um audio tocado da mesma fonte sonora e gravar em flat em umas 3 mesas diferentes. Vamos ver se a diferença existe...”

Acredito que diferenças sempre existirão, a gente pode até não perceber, mas elas estarão lá. Alguns perceberão mais essas diferenças e outras menos. A questão levantada por você é: Exclusivamente no que diz respeito ao TIMBRE, existe diferença significativa em se utilizar um pré da Midas ou da Behringer? É uma boa pergunta.

No quesito pré-amplificação não há a menor dúvida.
 
Entendi, mas você me entendeu errado...

Você sempre vai querer alterar algo por conta da tua voz, intrumento, etc e não por conta dos prés.

É a tal coisa, geralmente as pessoas odeiam se ouvir.

E só uma pergunta Jeferson, quais são seus referenciais?

Que mesas já usou?
 
A grande questão do tópico é: a simples diferença de componentes entre uma mesa e outra é capaz de alterar significativamente o som? (não digo nem melhorar ou piorar, simplesmente alterar)

Creio que qualquer coisa que falarmos será puro chutômetro e impressão pessoal. Só fazendo o teste mesmo, gravando a mesma fonte sonora em mesas diferentes em equalização flat, sendo gravadas pelo mesmo equipamento de gravação e sem pós-edição alguma.
 
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