Curva de resposta de freqüência
Aqui há uma grande diferença entre microfones e caixas de som. Em microfones, procuramos aqueles cuja curva de resposta de freqüências tenha um “destaque” em uma ou mais faixas (graves, médios, agudos), de forma a ressaltar o som que estamos captando. Em caixas, ao contrário, procuramos a resposta de freqüência mais linear (mais plana) possível, de forma que não “destaque” uma faixa mais que outra.
Se em microfones é fácil encontrar nos manuais o gráfico da curva de resposta, em caixas de som os fabricantes costumam apresentar isso de outra forma, como nos exemplo abaixo:
Caixa 1 – Resposta de Freqüência de 60Hz a 17KHz, +/- 3dB (ou seja, de 60Hz a 17KHz variando em 6dB)
Caixa 2 – Resposta de Freqüência de 50Hz a 20KHz, +0 dB – 10dB (ou seja, a variação máxima dos sons é de 10dB)
Obviamente, quanto menor for a variação, mais linear (e melhor) a caixa é. Se precisarmos fazer um “destaque” de freqüências, fazemos no equalizador gráfico. Mas em produtos pouco lineares, não há equalizador que dê jeito (muito trabalho e o resultado fica aquém do esperado)!
Conseguir uma boa linearidade é algo difícil e complicado, demanda altos investimentos por parte do fabricante. Por isso, muitos reservam apenas seus melhores modelos para os testes de linearidade.
A linearidade é a única coisa que realmente atesta a qualidade sonora de uma caixa. Se 10 pessoas ouvirem o som proveniente de uma caixa, teremos três ou quatro opiniões diferentes. Uns vão achar a caixa “sem peso” (sem graves), outras vão achar que médios em excesso, outras vão reclamar de falta de agudos. Quem estará certo? Todos, já que “audição” é algo subjetivo, pode incluir gostos pessoais. Quando o fabricante atesta a linearidade da caixa, as dúvidas sobre a qualidade sonora se dissipam. As pessoas podem até acreditar que “falta” ou “sobra” alguma coisa, mas podemos saber que isso é gosto pessoal, ou erro de equalização, mas não defeito da caixa.