Gente...
claro que se encontrar Yamaha, Mackie ou Soundcraft mais barato que Behringer, claro que a gente vai comprar essas marcas. São marcas tradicionalíssimas, e a gente sabe que marca faz sim diferença.
Isso acontece em qualquer lugar. Quem vai querer trocar uma camisa Lacoste (original, não falsificada) que esteja mais barata do que uma TACO, por exemplo? Quem não vai comprar um carro de marca melhor se o mesmo estiver mais barato (e com os mesmos opcionais e acessórios) que qualquer desses fabricantes asiáticos?
Mas temos que tomar cuidado nas opiniões. HOJE, por questões de estoque e dólar, você encontra Soundcraft e Yamaha mais barato que Behringer, só que não costuma ser assim. Se quiserem comparar, acessem <!-- m --><a class="postlink" href="http://www.pricegrabber.com" onclick="window.open(this.href);return false;">http://www.pricegrabber.com</a><!-- m --> nos EUA e comparem os preços lá fora, em dólar.
Agora, vamos voltar à pergunta: A BEHRINGER É CONFIÁVEL OU NÃO?
- alguns dos seus produtos são muito ruins mesmo. DI20 = lixo*; amps EP = dor de cabeça se muito exigidos (deficiência na fonte, na ventilação). A DDX3216 foi uma "maravilha" (preço muito menor e recursos semelhantes à concorrente, na época a Yamaha 01V) enquanto durou, e hoje é só dor de cabeça (não fabrica, não há mais peças, quebrou jogou fora). Agora... a Yamaha também já teve produtos infelizes, como o eq 2031A, as primeiras EON da JBL queimavam o driver direto...
- alguns dos seus produtos já atingiram um nível razoavelmente bom. As mesas Xenyx e derivadas, por exemplo. Eu gosto. Não chega a ter a sonoridade das Mackie ou Soundcraft, não chega a ter a mesma resistência que a Yamaha e as outras tem, mas sim, acho que pelo custo que cobram (costumam cobrar, não atualmente), valem a pena. Por outro lado, as Xenyx estão no mercado desde 2007 apenas, e as anteriores (série UB e derivadas) realmente deixaram muito a desejar. Muitos relatos de módulos de efeitos que não funcionavam direito. Mas ainda assim, a série UB vendeu 1.000.000 de exemplares e forçou outros fabricantes (Mackie) a aderir ao "jeito Behringer" de fazer as coisas (TAPCO).
- seus mics, por exemplo, são ótimos. Pelo que cobram (um XM1800 custa menos que 50,00, um XM8500 menos que 100,00) e pelo que oferecem (um XM8500 bate um LeSon SM58 fácil, na verdade até o XM1800 bate o LeSon), para mim tem ótimo custo/benefício. E o pior é que duram. Digo isto porque tenho 12 XM1800 que toda semana estão emprestados para alguém diferente, há mais de 4 anos e todos até hoje tem a mesma sonoridade. Já o Ultralink sem fio é pouco vendido aqui no Brasil para podermos falar alguma coisa. Também, usando 2 baterias de 9V ao mesmo tempo...
- quanto aos periféricos, tem coisa que só a Behringer fabrica, as outras marcas sequer trazem para o Brasil (ex: DEQ 2496, ECM 8000). Outros custam 1/3 do equivalente de marca melhor (ex. DCX2496, MDX4600, etc), fazendo praticamente o mesmo serviço. Fica até complicado fazer comparações nesse caso, literalmente por falta de concorrência nas mesmas condições. Aquela comparação entre as mesas Yamaha, Soundcraft e Behringer, por causa do preço, simplesmente não existe quando falamos de periféricos!
Então, no caso da Behringer, se é confiável ou não, eu diria que no geral, analisando a marca como um todo, acho sim, confiável dentro da faixa de preço a que se propõe, mas que precisa ter uma série de cuidados para não ter problemas depois:
- energia limpa (um estabilizador de computador resolve)
- cuidado no transporte (uso de cases, bags)
- uso de bons cabos.
Agora, me digam qual é o equipamento, da marca que for, que não gosta de energia limpa, cases, bags, e bons cabos?
O David escreveu:
Me desculpe, mas se o fabricante quer ser reconhecido no mercado, tem de fazer um bom produto.
Certíssimo. Mas o mote da Behringer sempre foi fazer um produto barato, e por isto cobrar muito menos que os concorrentes. Ora, é ingenuidade de um comprador experiente comparar um produto que custa muito barato com outro semelhante muito mais caro; então ele "desconfia" e prefere a marca mais tradicional, que sempre funcionou com ele sem problemas. Não há erro nisso, é até um comportamento louvável.
No meu serviço, temos micros Dell, IBM/Lenovo, Itautec e Positivo. Os Positivo vivem sendo consertados, os Itautec também, mas a assistência da Itautec dá um banho no da Positivo. Dell é muito raro de dar defeito e IBM/Lenovo simplesmente NÃO DÁ DEFEITO. 150 computadores em uso a 4 anos e a única coisa que já quebrou foi HD - que não é fabricação deles (Western Digital). Houve nova compra, e quando o chefe me perguntou qual comprar, advinhem qual a minha sugestão? Só que o IBM também é o mais caro de todos!
Voltando à política de vendas da Behringer. O baixo custo dos seus produtos significa que se economizou em alguma coisa. Se não se economizou em recursos, então economizou-se na qualidade dos componentes, no controle de qualidade, na durabilidade, em algum lugar. Quem compra Behringer tem que ter consciência disso - que ele não foi feito para durar tanto quanto alguns outros concorrentes. Ora, porque não dizer que o produto então não é direcionado para o mercado profissional, mas sim para os amadores e /ou para o mercado semi-profissional? Infelizmente, a propaganda da Behringer é exagerada mesmo, prometendo o melhor dos mundos...
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Em resumo...
Tô sem grana, preciso de um equipamento com os recuros X, Y e Z, e tenho pressa nessa compra? Advinha então qual equipamento eu vou comprar?
Um abraço,
Fernando
* sabem onde o DI20 funciona bem? Em um teclado, ligado em estéreo. Nesse uso, os vazamentos de um canal para o outro não incomodam. Também foi o único uso decente que encontrei para ele.